Na festa de São Pedro e São Paulo,
Igreja celebra Dia do Papa
No dia 29 de junho, a Igreja celebra a festa solene dos
apóstolos Pedro e Paulo. De fato, é a comemoração do martírio desses dois
“príncipes dos apóstolos”, cujo sangue foi derramado em Roma em testemunho por
Jesus Cristo e pelo Evangelho; seus túmulos são venerados em Roma também em
nossos dias.
São Pedro representa a unidade da Igreja e o pastoreio
universal das ovelhas do rebanho do Senhor, conforme encargo por ele recebido
do próprio Jesus, após a ressurreição: “apascenta os meus cordeiros… apascenta
as minhas ovelhas” (cf Jo. 21,15-17). Pedro também foi encarregado de
“confirmar os irmãos na fé” (cf Lc 22,32) e esta missão já lhe é reconhecida
pela Igreja apostólica; o próprio Paulo foi confrontar sua pregação com Pedro,
“para verificar se eu não estava correndo em vão” (cf Gl 2,2.7-9).
São Paulo representa a Igreja “em missão”, anunciando o
Evangelho a todos os povos; ele mesmo reconhece que esta foi a missão recebida
de Jesus e sua ação missionária ardorosa e incansável o demonstrou bem. A
Liturgia desta festa destaca o papel diverso dos dois apóstolos, mas que
contribuíram para a mesma missão da Igreja: “por meios diferentes, os dois
congregaram a única família de Cristo” (Prefácio da missa).
O Papa, enquanto sucessor de Pedro, representa ambas
essas missões da Igreja. Por isso, ele se ocupa e preocupa com a unidade da
Igreja na confissão da mesma fé e com a superação das divisões; ao mesmo tempo,
anima a Igreja para manter viva e dinâmica a ação missionária, em toda parte. O
papa Francisco, como seus predecessores, está profundamente empenhado nesta
dupla missão da Igreja de Cristo. Esta mesma dúplice missão também é
compartilhada pelo colégio episcopal, junto com o Papa, e por todos e cada um
dos bispos em sua diocese.
A missão evangelizadora não é obra apenas de vontades e
projetos humanos; a Igreja age e faz a sua parte, “confiada à graça de Deus”,
como fizeram Paulo e seus companheiros de missão (cf At. 14,26). Por isso, a
oração é necessária, quer para se colocar na sintonia constante com Deus e seu
desígnio sobre nós e o mundo, quer para obter do Espírito Santo a fecundidade e
o fruto para a sua ação.
Na festa de São Pedro e São Paulo, a Igreja Católica
comemora o “dia do Papa” e convida as suas comunidades, em todo o mundo, a
fazerem oração pelo Sucessor de Pedro e a renovar a consciência da sua comunhão
com ele; ao mesmo tempo, pede que expressem sua adesão ao Papa e sua missão, de
maneira concreta, através do “óbolo de São Pedro”; com essa ajuda, o Papa pode
realizar, em nome de todos, a caridade em situações de necessidade urgente, como
catástrofes, e apoiar a vida e a missão da Igreja em lugares muito carentes.
O poder do Papa na Igreja não é de um soberano absoluto,
cujo querer é lei. Mas sua missão é por-se a serviço da palavra de Deus e fazer
que esta palavra de Deus esteja no coração de todos. É pois, Ele que ilumina os
passos da humanidade e aponta os caminhos do Evangelho em nome de Jesus Cristo.
Por ser criatura humana, carrega em si, não obstante a
excelsitude de seu cargo e de sua missão, as qualidades e limitações da
natureza humana. Daí as diferenças pessoais dos Papas. Para nós que temos fé,
sabemos ver nos Papas, que a história nos retrata, tanto a autoridade suprema
em nome de Jesus, como as diferenças pessoais de cultura, de psicologia, de
origem e de formação.
Nos Atos dos Apóstolos já aparece a origem da prática de
“rezar por Pedro”: enquanto o apóstolo estava na prisão, por ordem de Herodes,
“a Igreja rezava continuamente a Deus por ele” (At 12,5). Pedro é libertado da
prisão por um anjo de Deus. E a Igreja nunca mais deixou de rezar “por Pedro” e
o faz ainda hoje, na Oração Eucarística de cada Missa, após a consagração.
E não é outro o pedido do papa Francisco, desde o
primeiro momento de sua apresentação ao mundo, após a sua eleição: antes de dar
a bênção apostólica ao povo, ele convidou todos a pedirem a bênção de Deus para
ele. Em muitas outras ocasiões, ele o fez publicamente e, em privado,
encontrando as pessoas: rezem por mim!
Portanto, “oremus pro Pontifice Francisco”! No dia do Papa e todos os dias.
fonte:
www.cnbb.org.br
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