19/junho/2014 - A Celebração do Mistério da Eucaristia
Nossa Igreja celebra a festa de Corpus Christi
universalmente desde 1264. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa
Urbano IV em 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a
Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.
Essa festa foi fruto das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont
Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico. Nesse ano
Eucarístico, convocado pelo grande João Paulo II, gostaria de chamar a atenção
para três aspectos dessa festa.
Primeiro Aspecto: Corpus Christi é a festa do fiel, do
homem simples que ama a Eucaristia e a Igreja. Ou seja, aqui vemos, pela
história que o Espírito Santo despertou
nos próprios fiéis à necessidade de se celebrar com mais propriedade a
Eucaristia. Foi uma demanda que surgiu do povo simples, vocalizada na visão da
Ir. Juliana e no consentimento do Papa. A festa de Corpus Christi foi acolhida
com grande alegria por parte de toda a Igreja. Ela faz parte não só da vida
litúrgica como do folclore cultural do nosso país. Qual católico que não se lembra
das madrugadas frias, em que levantou cedo para preparar o tapete da procissão
de Corpus Christi? E das crianças que vão
em busca do produtos para o enfeite. E das donas de casa que vão guardando
material para produzir as cores desejadas. Não se ouve ninguém reclamar. Todos
estão ali com muita alegria, desde cedo, até a missa e a procissão. É como se
todo o povo, sabendo da importância da Eucaristia, se coloca a disposição para
dar o melhor de si para Jesus e para a Igreja. Uma fé que se faz concreta, em
obras simples mas marcantes. Quem tem muito, muito dá. Quem pouco tem, o dá de
coração aberto.
Segundo aspecto: De fato, a festa de Corpus Christi é a
festa do Deus que se faz pão, alimento na caminhada do seu povo. O pão é a
comida do dia-a-dia do povo. Por isso o povo se sente tão tocado por essa
festa. E Jesus quis se fazer pão para
estar em nosso meio. A festa de Corpus Christi nos lembra que Jesus Eucarístico
é o centro de tudo em nossas vidas. Ele nos alimenta principalmente quando já
estamos cansados e às vezes quase desanimados. Ele é muito mais o pão dos
pecadores, como eu e você. Ele sabe das nossas limitações, mas antes olha
"a fé da sua Igreja". No pão da Eucaristia se vislumbra o entrelaçar
de Deus e dos homens numa mistura perfeita em que o Senhor transforma nossa
humanidade em partícipes da obra divina. Celebrar essa festa é reafirmar nossa
oração permanente: que ninguém passe nessa vida sem a graça da Eucaristia. Daí
também a importância do sacerdócio ministerial, que nos garante o alimento
celestial aqui e agora nesse mundo. Rezemos por vocações e para que nossos
padres sejam santos servidores do Reino de Deus.
Terceiro aspecto: Nessa festa, a Eucaristia vai ao Mundo
e o Mundo vai a Eucaristia. No Corpus Christi a Eucaristia sai das Igrejas para
abençoar nossas casas, casebres, ruas, ruelas, avenidas, comércios e toda a
comunidade. À passagem do sacerdote com o ostensório e o Santíssimo celebra a
presença transformadora e salvífica de Deus. Não se construa a cidade alguma
sem Deus e seu Reino! O Corpus Christi reafirma nosso desejo de construir o
mundo à imagem da Eucaristia: Comunhão, Participação, Justiça. Ninguém pode ser
deixado de lado ou dito impuro ou excluído. Não é o momento para grandes
ostentações, mas para demonstrar o carinho do povo em levar todo o seu mundo e
seu ser para fazer parte da caminhada da Eucaristia. O padre caminhando sobre
os tapetes, simboliza Jesus caminhando em nossa história, deixando seus passos
para serem seguidos. Com a Eucaristia, Ele marca de forma indelével nossos
caminhos. O profano e o Sagrado se confundem no coração de Deus. Porque tudo
foi criado para louvar, reverenciar e servir a Deus e desse modo prestar-lhe a
maior glória.
Fonte: catolicanet
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