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31 janeiro, 2017

31-janeiro  - SÃO JOÃO BOSCO 
João Bosco, nasceu no dia 16 de agosto de 1815, numa família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d'Asti, no norte da Itália, perto de Turim. Órfão de pai aos dois anos de idade, cresceu cercado do carinho da mãe, Margarida, e amparo dos irmãos. Recebeu uma sólida formação humana e religiosa, mas a instrução básica ficou prejudicada, pois a família precisava de sua ajuda na lida do campo.  Aos nove anos, teve um sonho que marcou a sua vida. Nossa Senhora o conduzia junto a um grupo de rapazes desordeiros que o destratava. João queria reagir, mas a Senhora lhe disse: "Não com pancadas e sim com amor. Torna-te forte, humilde e robusto, e a seu tempo tudo compreenderás". Nesta ocasião decidiu dedicar sua vida a Cristo e a Mãe Maria; quis se tornar padre. Com sacrifício, ajudado pelos vizinhos e orientado pela família, entrou no seminário de Chieri, daquela diocese.  Inteligente e dedicado, João Bosco trabalhou como aprendiz de alfaiate, ferreiro, garçom, tipógrafo e assim, pôde se ordenar sacerdote, em 1841. Em meio a revolução industrial, aconselhado pelo seu diretor espiritual, padre Cafasso, desisti ser missionário na Índia. Ficou em Turim, dando início ao seu apostolado da educação de crianças e jovens carentes. Este "produto da era da industrialização", se tornou a matéria prima de sua obra e vida.  Neste mesmo ano, criou o Oratório de Dom Bosco, onde os jovens recebiam instrução, formação religiosa, alimentação, tendo apoio e acompanhamento até a colocação em um emprego digno. Depois, sentiu necessidade de recolher os meninos em internatos-escola, em seguida implantou em toda a obra as escolas profissionais, com as oficinas de alfaiate, encadernação, marcenaria, tipografia e mecânica, repostas às necessidades da época. Para mestres das oficinas, inventou um novo tipo de religioso: o coadjutor salesiano.  Em 1859, ele reuniu esse primeiro grupo de jovens educadores no Oratório, fundando a Congregação dos Salesianos. Nos anos seguintes, Dom Bosco criou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Construiu, em Turim, a basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, e fundou sessenta casas salesianas em seis países. Abriu as missões na América Latina. Publicou as Leituras Católicas para o povo mais simples.  Morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e canonizado por Pio XI em 1934. São João Bosco, foi proclamado "modelo por excelência" para sacerdotes e educadores. Ecumênico, era amigo de todos os povos, estimado em todas as religiões, amado por pobres e ricos; escreveu: "Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas" e se fez , ele próprio, o exemplo perfeito desta máxima.
 REFLEXÃO:
 Dom Bosco agia rápido, acompanhou a ação do seu tempo e viveu o modo de educar, que passou à humanidade como referência de ensino chamando-o de "Sistema Preventivo de Formação". Não se esqueceu do seu sonho de menino, mas, sobretudo compreendeu a missão que lhe investiu Nossa Senhora. Quando lhe recordavam tudo o que fizera, respondia com um sorriso sereno: "Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez".
ORAÇÃO:
 São João Bosco, pai e mestre dos jovens, que tanto trabalhaste por eles, particularmente pelos mais pobres e marginalizados a fim de que se tornassem honestos cidadãos e bons cristãos; desperta em nós o amor à nossa juventude, o cuidado pelos nossos filhos e filhas, a dedicação às crianças, adolescentes e jovens abandonados, o esforço por conduzi-los a Jesus por meio de uma eficiente catequese feita no acolhimento e no amor. Amém!
Fonte:

www.a12.com

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

28 janeiro, 2017

29-janeiro-2017 - 4º Domingo do Tempo Comum -  Mt 5,1-12
As leituras deste domingo nos propõem uma reflexão sobre o “Reino” e a sua lógica. Mostram que o projeto de Deus – o projeto do “Reino” – gira em sentido contrário à lógica do mundo… Nos esquemas de Deus – ao contrário dos esquemas do mundo – são os pobres, os humildes, os que aceitaram despir-se do egoísmo, do orgulho, dos próprios interesses que são verdadeiramente felizes. O “Reino” é para eles.  Na primeira leitura, o profeta Sofonias denuncia o orgulho e a auto-suficiência dos ricos e dos poderosos e convida o Povo de Deus a converter-se à pobreza. Os “pobres” são aqueles que se entregam nas mãos de Deus com humildade e confiança, que acolhem com amor as suas propostas e que são justos e solidários com os irmãos. Na segunda leitura, Paulo denuncia a atitude daqueles que colocam a sua esperança e a sua segurança em pessoas ou em esquemas humanos e que assumem atitudes de orgulho e de auto-suficiência; e convida os crentes a encontrar em Cristo crucificado a verdadeira sabedoria que conduz à salvação e à vida plena. O Evangelho apresenta a  carta magna do “Reino”.  Proclama “bem-aventurados” os pobres, os mansos, os que choram, os que procuram cumprir fielmente a vontade de Deus, porque já vivem na lógica do “Reino”; e recomenda aos crentes a misericórdia, a sinceridade de coração, a luta pela paz, a perseverança diante das perseguições: essas são as atitudes que correspondem ao compromisso pelo “Reino”.
Reflexão:
• Jesus diz: “felizes os pobres em espírito”; o mundo diz: “felizes vós os que tendes dinheiro – muito dinheiro – e sabeis usá-lo para comprar influências, comodidade, poder, segurança, bem-estar, pois é o dinheiro que faz andar o mundo e nos torna mais poderosos, mais livres e mais felizes”. Quem é, realmente, feliz?
• Jesus diz: “felizes os mansos”; o mundo diz: “felizes vós os que respondeis na mesma moeda quando vos  provocam, que respondeis à violência com uma violência ainda maior, pois só a linguagem da força é eficaz para lidar com a violência e a injustiça”. Quem tem razão?
• Jesus diz: “felizes os que choram”; o mundo diz: “felizes vós os que não tendes motivos para chorar, porque a vossa vida é sempre uma festa, porque vos moveis nas altas esferas da sociedade e tendes tudo para serdes felizes: casa com piscina, carro com telefone e ar condicionado, amigos poderosos, uma conta bancária interessante e um bom emprego arranjado pelo vosso amigo ministro”. Onde está a verdadeira felicidade?
• Jesus diz: “felizes os que têm vontade de cumprir a vontade de Deus”; o mundo diz: “felizes vós os que não dependeis de preconceitos ultrapassados e não acreditais num deus que vos diz o que deveis e não deveis fazer, porque assim sois mais livres”. Onde está a verdadeira liberdade, que enche de felicidade o coração?
• Jesus diz: “felizes os que tratam os outros com misericórdia”; o mundo diz: “felizes vós quando desempenhais o vosso papel sem vos deixardes comover pela miséria e pelo sofrimento dos outros, pois quem se comove e tem misericórdia acabará  nunca sendo eficaz neste mundo tão competitivo”. Qual é o verdadeiro fundamento de uma sociedade mais justa e mais fraterna?
• Jesus diz: “felizes os sinceros de coração”; o mundo diz: “felizes vós quando sabeis mentir e fingir para levar a água ao vosso moinho, para levar vantagens, pois a verdade e a sinceridade destroem muitas carreiras e esperanças de sucesso”. Onde está a verdade?
• Jesus diz: “felizes os que procuram construir a paz entre os homens”; o mundo diz: “felizes vós os que não tendes medo da guerra, da competição, que sois duros e insensíveis, que não tendes medo de lutar contra os outros e sois capazes de os vencer, pois só assim podereis ser homens e mulheres de sucesso”. O que é que torna o mundo melhor: a paz ou a guerra?
• Jesus diz: “felizes os que são perseguidos por cumprirem a vontade de Deus”; o mundo diz: “felizes vós os que já entendestes como é mais seguro e mais fácil fazer o jogo dos poderosos e estar sempre de acordo com eles, pois só assim podeis subir na vida e ter êxito na vossa carreira”. O que é que nos eleva à vida plena?
O “ofertório”, um ato litúrgico… Quando vimos à missa, os nossos corações estão cheios da nossa vida e da vida dos nossos irmãos, com as alegrias, os sofrimentos, os projetos, as questões, as inquietudes, a esperança. Com o pão e o vinho, no momento do ofertório, é um pouco desta vida que oferecemos concretamente. O dinheiro é o que nós ganhamos; ele é feito para ser partilhado. O “ofertório” é, pois, um ato litúrgico. Querer que a comunidade cristã à qual  pertencemos  possa viver é uma obra de justiça. Quando beneficiamos dos serviços de uma associação, a ela aderimos financeiramente. Temos muitas ocasiões para aderir financeiramente à comunidade cristã – e os cristãos são generosos. Procuremos valorizar ou revalorizar o nosso “ofertório”…
ORAÇÃO 
Deus, Pai e pastor do teu povo, nós Te bendizemos pela tua paciência e pela tua bondade. Quando Israel se afastava do caminho da justiça, Tu, através de teus profetas, os alertava para a conversão.  Nós procuramos o teu rosto e Te pedimos: purifica-nos da mentira e do engano, faz-nos procurar a justiça e a humildade.
Deus de infinita sabedoria, nós Te damos graças, porque nos chamaste; escolhes aqueles que são fracos e desprezados, para lhes fazer descobrir a tua sabedoria, no teu Filho, desprezado no calvário, mas vitorioso na Páscoa. Pomos em Ti a nossa confiança e estendemos as mãos para o teu Filho: Ele é a nossa justiça, a nossa santificação e a nossa redenção.
Nosso Pai dos céus, bendito sejas, Tu que abres ao teu povo a terra prometida e o Reino dos céus, Tu que o sacias com a tua justiça, Tu que nos chamas teus filhos e mostra-nos o teu rosto.  Faz-nos estar entre os pobres, os mansos, os aflitos, os misericordiosos, os famintos da tua justiça, os corações puros e as testemunhas do teu Reino.
Meditação para a semana . . .
Uma pequena porção… “Só deixarei ficar no meio de ti um povo pobre e humilde, que buscará refúgio no nome do Senhor…”
 Uma pequena “porção” de gente que procura Deus na verdade, numa Igreja minoritária no seio de uma sociedade que só crê na riqueza, no poder, nas performances. Gente que procura a justiça, a humildade, a doçura, a paz, o perdão…
Este programa faz parte de nossa vida?
fonte:
www.dehonianos.org
28 de janeiro  - SÃO TOMÁS D'AQUINO 
Tomás nasceu em 1225, na Campânia, da família feudal italiana. Ingressou no mosteiro beneditino de Montecassino aos cinco anos de idade, dando início aos estudos que não pararia nunca mais. Ainda jovem, mesmo com a resistência da família, fez-se dominicano.  Em Paris estudou com o grande Santo e doutor da Igreja, Alberto Magno. Depois se tornou conselheiro dos papas Urbano IV, Clemente IV e Gregório X, além do rei São Luiz da França. Também lecionou em grandes universidades de Paris, Roma, Bolonha e Nápoles e jamais se afastou da humildade de frei, da disciplina que cobrava tanto de si mesmo quanto dos outros e da caridade para com os pobres e doentes.  Grande intelectual vivia imerso nos estudos, chegando às vezes a perder a noção do tempo e do lugar onde estava. Sua norma de vida era: "oferecer aos outros os frutos da contemplação". Sábios e políticos tentaram muitas vezes homenageá-lo com títulos, honras e dignidades, mas Tomás sempre recusou.  Tomás D'Aquino morreu muito jovem, sem completar os quarenta e nove anos de idade, em 07 de março de 1274. É padroeiro das escolas públicas, dos estudantes e professores.
 REFLEXÃO:
 Tomás de Aquino foi Doutor da Igreja, professor de teologia, filosofia e outras ciências nas principais universidades do mundo em seu tempo; frei caridoso, estudioso dos livros sagrados. Muito se falou, se fala e se falará deste Santo, cuja obra perdura ao longo dos séculos.
ORAÇÃO:
 Deus de amor e bondade, dai-me, pela intercessão de Santo Tomás, inteligência e a facilidade do estudo, a profundidade na interpretação e uma graça abundante de expressão. Fortificai meu estudo, dirigi o seu curso, aperfeiçoai o seu fim, Vós que sois verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e que viveis nos séculos dos séculos. Amém!
Fonte:
www.a12.com
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

26 janeiro, 2017

26-janeiro - SÃO TIMÓTEO
Depois de celebrar a memória da conversão de São Paulo, a Igreja honra Timóteo, missionário que percorreu muitas comunidades junto com o grande apóstolo cristão. Timóteo era o "braço direito" do apóstolo Paulo, seu grande amigo e companheiro, sendo considerado, ao lado do mestre, como o primeiro e corajoso pregador do cristianismo. Era tão querido por Paulo que este confiava missões exclusivas a ele, mandando-o como seu representante. Timóteo nasceu em Listra, Ásia. Seu pai era grego e pagão, a mãe se chamava Eunice e era judia. Foi educado dentro do judaísmo. Converteu-se aos vinte anos e nunca mais abandonou a fé cristã e a vida missionária.  Fiel colaborador de Paulo, o acompanhou em suas viagens a Filipos, Tessalônica, Atenas, Corinto, Éfeso e Roma. Às vezes ia sozinho, como para Corinto, sendo recomendado por Paulo: "Estou lhes mandando Timóteo, meu filho dileto e fiel no Senhor: manterá em suas memórias os caminhos que lhes ensinei".  Por volta do ano 66, Timóteo era o bispo de Éfeso e, com este cargo, foi nomeado pelo apóstolo para liderar a Igreja da Ásia Menor. Faleceu no ano 97.
 REFLEXÃO:
 Ser apóstolo é dedicar a vida, palavras e ações, para espalhar a palavra de Jesus a todas as pessoas. Que Deus inspire-nos para o apostolado fecundo e que nosso testemunho seja motivação para que mais pessoas reconheçam a graça de Deus atuando em nossas vidas.
ORAÇÃO:
 Pai de amor, que escolheste Timóteo para ser um grande apóstolo, convertei-nos também a nós e inspirai-nos gestos de renovação da sociedade e das nossas comunidades eclesiais. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Fonte:
www.a12.com
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR


25 janeiro, 2017

25-janeiro - CONVERSÃO DE SÃO PAULO
A pessoa de Paulo é tão importante para a Igreja, por causa de seu apostolado, que celebramos o dia de sua conversão. Para nós brasileiros, esta data também marca a fundação da maior cidade do país, São Paulo, em 1554.  Saulo, nome do apóstolo antes da conversão, nasceu na cidade de Tarso. Esta cidade era um pólo de desenvolvimento financeiro e comercial, um centro cultural da antiguidade. Seu pai era fariseu e judeu descendente da tribo de Benjamim. Por causa da fidelidade ao imperador, a família de Saulo tinha recebido a cidadania romana.  Portanto, Saulo era um cidadão romano, fariseu de linhagem nobre, bem situado financeiramente, religioso, inteligente, estudioso e culto. Aos quinze anos foi para Jerusalém dar continuidade aos estudos de latim, grego e hebraico, na conhecida Escola de Gamaliel. Seus pais sonhavam que o filho seria um famoso Rabi.  Saulo era um perseguidor dos cristãos. Tinha raiva dos seguidores de Cristo. Mas Deus tinha reservado para ele um outro caminho. A Escritura nos conta que Saulo foi surpreendido por Jesus, que em forma de luz, fez o jovem fariseu mudar completamente de vida. De perseguidor Saulo tornou-se o maior propagador da fé. Era agora chamado de Paulo.  O jovem foi batizado por Ananias, um cristão de Damasco. Desta cidade saiu a pregar a palavra de Deus, como lhe ordenara Jesus, tornando-se seu grande apóstolo. Paulo passou a viajar pelo mundo, evangelizando e realizando centenas de conversões. Perseguido incansavelmente foi preso várias vezes e sofreu muito, sendo martirizado no ano 67, em Roma.
 REFLEXÃO:
 O Senhor fez de Paulo seu grande apóstolo, o apóstolo dos gentios, isto é, o evangelizador dos pagãos. Ele escreveu 14 cartas expondo a mensagem de Jesus, que se transformaram numa verdadeira "Teologia do Novo Testamento". É sem dúvida o grande missionário da fé cristã.
ORAÇÃO:
 Ó grande apóstolo São Paulo, mestre dos gentios, corajoso, seguidor de Cristo, destemido evangelizador, fundador de comunidades; dai-nos este espírito de apóstolo de vosso Mestre Jesus, a fim de que possamos dizer a todos - "Já não sou eu quem vivo, mas é o Cristo que vive em mim". Amém!
Fonte:
www.a12.com
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

24 janeiro, 2017

24-janeiro - SÃO FRANCISCO DE SALES 
Francisco, primogênito des treze irmãos, nasceu no castelo de Sales, em 21 de agosto de 1567. Na juventude Francisco mudou-se para Paris, onde fez estudos universitários. O menino estudou retórica, filosofia e teologia. Recebeu também lições de esgrima, dança e equitação. Mas no fundo sentia chamado para servir inteiramente a Deus, por isso fez voto de castidade e se colocou sob a proteção da Virgem Maria.
Aos 24 anos, Francisco voltou para junto da família e recusou a vida que seu pai havia planejado para ele. Queria ser padre. Com ajuda de um tio sacerdote, o jovem conseguiu ocupar o posto de capelão da catedral da cidade.
Durante os cinco primeiros anos de sua ordenação, o então padre Francisco se ocupou com a evangelização entre os protestantes. O nome do padre Francisco começava a emergir como grande confessor e diretor espiritual.
Em 1599, foi nomeado Bispo auxiliar de Genebra. Dom Francisco de Sales fundou escolas, ensinou catecismo às crianças e adultos, dirigiu e conduziu à santidade grandes almas da nobreza. Todos queriam ouvir a palavra do Bispo, que era convidado a pregar em toda parte.
Francisco de Sales faleceu no dia 28 de dezembro de 1622, em Lion, França. Mas tarde, Dom Bosco, um admirador deste santo deu o nome de Congregação Salesiana à Obra que fundou para a educação dos jovens.
 REFLEXÃO A tarefa de Francisco não foi fácil, e nos primeiros anos o fruto do trabalho missionário era muito escasso. Entretanto, graças a sua paciência e sua humildade, pouco a pouco o santo conseguiu abundantes números de conversões. Para ele o mais importante era que Cristo crescesse e ele diminuísse.
ORAÇÃO Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Francisco de Sales, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Fonte:
www.a12.com
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
22-janeiro  - SÃO VICENTE PALLOTTI 
Vicente Pallotti nasceu em Roma, dia 21 de abril de 1795, numa família de classe média. Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais pobres, crescendo generoso e bondoso. Enquanto nos estudos mostrava grande esforço e dedicação, nas orações mostrava devoção extremada ao Espírito Santo.  Às vezes sua generosidade preocupava, pois geralmente no inverno, voltava para casa sem os sapatos e o casaco. Em 1818, depois de muito custo, tornou-se sacerdote pela diocese de Roma, onde ocupou cargos importantes na hierarquia da Igreja. Muito culto, obteve o doutorado em Filosofia e Teologia.  Vicente defendia que todo cristão leigo, através do sacramento do batismo, tem o legítimo direito assim como a obrigação de trabalhar pela pregação da fé católica. Fundou, em 1835, a Obra do Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promoverem as suas associações evangelizadoras e de caridade.  Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinquenta e cinco anos de idade. Em 1963, as suas ideias e carisma espiritual foi plenamente reconhecido pelo papa João XXIII que o proclamou santo.
 REFLEXÃO:
 Vicente Palotti deu prioridade ao engajamento dos leigos na Igreja. Pelo trabalho em comunidade, esperou novos impulsos na evangelização. Com entusiasmo apaixonado, trabalhou pela difusão da fé, animado pelo maior dos mandamentos: A Caridade. Seu exemplo de vida era Jesus Cristo, Deus entre os homens, irmão maior entre irmãos.
ORAÇÃO:
 Deus Pai de misericórdia, que tudo fizeste para possibilitar que o ser humano fosse redimido, enviando até seu Filho para morar entre nós. Ajudai-nos, pela intercessão de São Vicente Palotti, a responder com fidelidade e amor aos apelos de nossa fé. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Fonte:
www.a12.com
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

22 janeiro, 2017

22-janeiro-2017 - 3º Domingo do Tempo Comum  - Mt 4,12-23
A liturgia nos apresenta o projeto de salvação e de vida plena que Deus tem para oferecer ao mundo e aos homens: o projeto do “Reino”.  Na primeira leitura, o profeta/poeta Isaías anuncia uma luz que Deus irá fazer brilhar por cima das montanhas da Galiléia e que porá fim às trevas que submergem todos aqueles que estão prisioneiros da morte, da injustiça, do sofrimento, do desespero.  O Evangelho descreve a realização da promessa profética: Jesus é a luz que começa a brilhar na Galileia e propõe aos homens de toda a terra a Boa Nova da chegada do “Reino”. Ao apelo de Jesus, respondem os discípulos: eles serão os primeiros destinatários da proposta e as testemunhas encarregadas de levar o “Reino” a toda a terra. A segunda leitura apresenta as vicissitudes de uma comunidade de discípulos, que esqueceram Jesus e a sua proposta. Paulo, o apóstolo, exorta-os veementemente a redescobrirem os fundamentos da sua fé e dos compromissos assumidos no batismo.
Reflexão:
• Jesus é o Deus que vem ao nosso encontro para realizar os nossos sonhos de felicidade sem limites e de paz sem fim. Nele e através dele (das suas palavras, dos seus gestos), o “Reino” aproximou-se dos homens e deixou de ser um sonho, para se tornar numa realidade em construção no mundo. Contemplar o anúncio de Jesus é aprofundar-se na contemplação de uma incrível história de amor, protagonizada por um Deus que não cessa de nos oferecer oportunidades de realização e de vida plena. Sobretudo, o anúncio de Jesus toca e enche de júbilo o coração dos pobres e humilhados, daqueles cuja voz não chega ao trono dos poderosos, nem encontram lugar à mesa farta do consumismo, nem protagonizam as histórias das colunas sociais. Para eles, ouvir dizer que “o Reino chegou” significa que Deus quer oferecer-lhes essa vida plena e feliz que os grandes e poderosos insistem em negar-lhes.
• Para que o “Reino” seja possível, Jesus pede a “conversão”. Ela é, antes de mais nada, um refazer a existência, de forma a que só Deus ocupe o primeiro lugar na vida do homem. Implica, portanto, despir-se do egoísmo que impede de estar atento às necessidades dos irmãos; implica a renúncia ao comodismo, que impede o compromisso com os valores do Evangelho; implica o sair do isolamento e da auto-suficiência, para estabelecer relação e para fazer da vida uma doação e um serviço aos outros… O que é que nas estruturas da sociedade ainda impede a efetivação do “Reino”? O que é que na minha vida, nas minhas opções, nos meus comportamentos constitui um obstáculo à chegada do “Reino”?
• A história do compromisso de Pedro e André, Tiago e João com Jesus e com o “Reino” é uma história que define os traços essenciais da caminhada de qualquer discípulo… Em primeiro lugar, é preciso ter consciência de que é Jesus que chama e que propõe o Reino; em segundo lugar, é preciso ter a coragem de aceitar o chamamento e fazer do “Reino” a prioridade essencial (o que pode implicar, até, deixar para segundo plano os afetos, as seguranças, os valores humanos); em terceiro lugar, é preciso acolher a missão que Jesus confia e comprometer-se corajosamente na construção do “Reino” no mundo. É este o caminho que eu estou  percorrendo?
• A missão dos que escutaram o apelo do “Reino” passa por testemunhar a salvação que Deus tem para oferecer a todos os homens, sem exceção. Nós, discípulos de Jesus, comprometidos com a construção do “Reino”, somos testemunhas da libertação e levamos a Boa Nova da salvação aos homens de toda a terra? Aqueles que vivem condenados à marginalização (por causa do fraco poder econômico, por causa da doença, por causa da solidão, por causa do seu inexistente poder de reivindicação), já receberam, através do nosso testemunho, a Boa Nova do “Reino”?
• Em certos momentos da história, procura vender-se a ideia de que o mundo novo da justiça e da paz se constrói a golpes de poder militar, de mísseis, de armas sofisticadas, de instrumentos de morte… Atenção: a lógica do “Reino” não é uma lógica de violência, de vingança, de destruição; mas é uma lógica de amor, de doação da vida, de comunhão fraterna, de tolerância, de respeito pelos outros. A tentação da violência é uma tentação diabólica, que só gera sofrimento e escravidão: aí, o “Reino” não está.
ORAÇÃO 
Deus de luz e de glória, nós Te damos graças pela tua constante presença ao lado do teu povo. Depois da saída do Egito até hoje, Tu nos visitas sempre que estamos nas trevas. Nós Te pedimos pelos nossos irmãos que habitam a terra das trevas, e por nós mesmos, que nos envias a levar-lhes a luz.
Deus nosso Pai, nós Te bendizemos pelo Espírito de unidade que revelas às tuas Igrejas em todo o tempo e lugar, desde a época de São Paulo até aos nossos dias. Nós Te pedimos pelas comunidades e pelas famílias cristãs: que não haja divisão entre nós, que estejamos em perfeita harmonia, para tornar credível o anúncio do Evangelho e a salvação pela Cruz de Cristo.
Nosso Pai, nós Te louvamos pelo Reino dos céus, do qual manifestaste a presença no meio de nós, e pelo apelo que diriges a cada um de nós.  Nós Te pedimos pelas tuas comunidades e por todos nós: Converte os nossos corações à tua presença nas nossas vidas. Tu nos envias como pescadores de homens. Fortalece a nossa fé em Ti, que ela seja irradiadora de luz.
Meditação para a semana . . .
Irradiar a luz… Os textos bíblicos de hoje são atravessados de Luz para o nosso caminho de trevas. Quantos homens e mulheres andam à procura de sentido e procuram o seu caminho na noite… As nossas vidas de batizados estão em coerência com Aquele  a quem procuramos seguir, como cristãos que desejamos  ser ? A Luz do Ressuscitado nos  é confiada para nos juntarmos aos nossos irmãos… Somos focos que irradiam luz ou candeeiros apagados?
fonte:
www.dehonianos.org


21 janeiro, 2017

21-janeiro - SANTA INÊS
Inês pertencia a uma rica e nobre família cristã romana. Isso lhe possibilitou receber uma bela educação. Tinha apenas 13 anos quando foi denunciada como cristã. Tudo porque não aceitou casar-se com o prefeito de Roma.  A narração que nos chegou conta que o rapaz tentou a todo custo casar-se com Inês, mas nada convencia Inês. Um dia tentou agarrá-la a força e acabou sendo atingido por um raio. O pai do rapaz suplicou a Inês que recuperasse a vida do filho. Inês, armada de fé, rezou e trouxe de novo respiração ao rapaz.  Diante disso, o rapaz converteu-se, mas o pai, endurecido de coração, passou a perseguir Inês. Acabou presa, mas nem sob tortura renegou a fé em Cristo. Arrastada violentamente até a presença de um ídolo pagão, para que o adorasse, Inês se manteve firme em suas orações a Cristo. Depois foi levada à uma casa de prostituição, para que fosse possuída à força, mas ninguém ousou tocar sequer num fio de seu cabelo.  Num ato de desespero, o prefeito mandou decapitar a jovem menina, que tornou-se uma das mártires mais conhecidas do cristianismo. Na arte, Santa Inês é comumente representada com uma ovelha e uma palma.
 REFLEXÃO:
 A santidade é o ideal do cristão. Todos somos chamados a ser santos, realizando em nossas vidas o projeto sonhado por Deus. A exemplo de santa Inês façamos gestos de amor ao próximo, sobretudo aos mais abandonados.
ORAÇÃO:
 Senhor nosso Deus, que deste Santa Inês como modelo e guia à numerosas virgens, concedei que conservemos sempre bem vivo aquele espírito seráfico, que ela ensinou com sabedoria e confirmou com magníficos exemplos de santidade. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Fonte:
www.a12.com
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

20 janeiro, 2017

20-janeiro - SÃO SEBASTIÃO

Sebastião nasceu na França, mas foi educado em Milão, na Itália. Pertencente a uma família cristã, foi batizado ainda pequenino. Mais tarde, tomou a decisão de tornar-se militar nas tropas romanas, sendo um dos oficiais prediletos de Diocleciano. Contudo, nunca deixou de ser um cristão convicto e protetor ativo dos cristãos.  Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo, inclusive o governador de Roma e seu filho. Em certa ocasião, Sebastião foi denunciado e teve que comparecer ante ao imperador para dar satisfações sobre o seu procedimento.  Levado à presença de Diocleciano, Sebastião não negou sua fé. O imperador lhe deu ainda uma chance para que escolhesse entre sua fé em Cristo e o seu posto no exército romano. Ele não titubeou, ficou mesmo com Cristo. A sentença foi imediata: deveria ser amarrado a uma árvore e executado a flechadas.
Sebastião foi dado como morto e ali mesmo abandonado. Entretanto, quando uma senhora cristã foi até o local à noite, pretendendo dar-lhe um túmulo digno encontrou-o vivo! Levou-o para casa e tratou de suas feridas até vê-lo curado.  Depois de curado, ele apresentou-se ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusando-o de inimigo do Estado. Perplexo e irado com tamanha ousadia, o sanguinário Diocleciano o entregou à guarda pretoriana após condená-lo, desta vez, ao martírio no circo. Sebastião foi executado então com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte, no dia 20 de janeiro de 288.
 REFLEXÃO:
 Sebastião é o protetor da humanidade, contra a fome, a peste e a guerra. No Brasil a devoção a São Sebastião é muito grande, sendo que muitas cidades e paróquias são colocadas sobre a proteção deste grande soldado de Cristo. Ele é o patrono da cidade do Rio de Janeiro.
ORAÇÃO:
 Ó Deus, dá-me espírito de fortaleza, para que, sustentado pelo exemplo de São Sebastião, possa obedecer mais a Ti do que aos homens. Dá-me, também, a graça de imitar sua constância na fé. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Fonte:

www.a12.com
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

17 janeiro, 2017

18-janeiro - SANTA MARGARIDA DA HUNGRIA
Margarida era uma princesa, filha do rei da Hungria, de origem bizantina. Ela nasceu em 1242, logo foi batizada, pois os reis eram fervorosos cristãos. Aos dez anos, o casal real a entregou para viver e ser preparada para os votos religiosos. Dois anos depois, fez a profissão de fé de religiosa e em 1261, tomou o véu definitivo, entregando seu coração e sua vida a serviço do Senhor. Tinha especial devoção pela Eucaristia e Paixão de Cristo. Ela foi um exemplo de humildade e virtude para as outras religiosas. Rezava sempre e fazia muitas penitências.
Margarida, ainda que fosse princesa, não teve uma formação intelectual primorosa. Sua instrução se limitou ao conhecimento primário da escrita e da leitura. Ela pedia que lhe lessem as Sagradas Escrituras e confiava sua direção espiritual ao seu confessor.Amava a pobreza e nada possuía de seu. Sua vida contemplativa a fez receber o dom das visões. Ela se tornou uma das grandes místicas medievais da Europa, respeitada e amada pelas comunidades religiosas, pela corte e população. Morreu em 18 de janeiro de 1270.
REFLEXÃO:
 O desejo de servir a Deus pela pobreza e dedicação ao próximo santificou e santifica muitos homens e mulheres ao longo dos anos. A vida de Santa Margarida é um belo exemplo de como pelo amor a Deus nossa vida pode alcançar a mais completa felicidade, ainda que cercada de sofrimentos e dores.
ORAÇÃO:
Ó Deus de misericórdia e de bondade, compadecei-vos de todos os que sofrem, os que choram, os que passam por duras provações. Eu vos peço, Senhor, fortalecei-os na fé, para que busquem vossa vontade e estejam dispostos a acolhê-la. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Fonte:
www.a12.com
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

14 janeiro, 2017

15-janeiro - 2º Domingo do Tempo Comum

A liturgia deste domingo coloca a questão da vocação; e nos convida a situá-la no contexto do projeto de Deus para os homens e para o mundo. Deus tem um projeto de vida plena para oferecer aos homens; e elege pessoas para serem testemunhas desse projeto na história e no tempo.  A primeira leitura nos  apresenta uma personagem misteriosa – Servo de Jahwéh – a quem Deus elegeu desde o seio materno, para que fosse um sinal no mundo e levasse aos povos de toda a terra a Boa Nova do projeto libertador de Deus.  A segunda leitura nos apresenta um “chamado” (Paulo)  recordando aos cristãos da cidade grega de Corinto que todos eles são “chamados à santidade” – isto é, são chamados por Deus a viver realmente comprometidos com os valores do Reino. O Evangelho nos apresenta Jesus, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Ele é o Deus que veio ao nosso encontro, investido de uma missão pelo Pai; e essa missão consiste em libertar os homens do “pecado” que oprime e não deixa ter acesso à vida plena.
Reflexão:
• Em primeiro lugar, importa termos consciência de que Deus tem um projeto de salvação para o mundo e para os homens. A história humana não é, portanto, uma história de fracasso, de caminhada sem sentido para um beco sem saída; mas é uma história onde é preciso ver Deus  conduzindo o homem pela mão e  apontando-lhe, em cada curva do caminho, a realidade feliz do novo céu e da nova terra. É verdade que, em certos momentos da história, parecem erguer-se muros intransponíveis que nos impedem de contemplar com esperança os horizontes finais da caminhada humana; mas a consciência da presença salvadora e amorosa de Deus na história deve nos animar, nos dar confiança e acender nos nossos olhos e no nosso coração a certeza da vida plena e da vitória final de Deus.
• Jesus não foi mais um “homem bom”, que coloriu a história com o sonho ingênuo de um mundo melhor e desapareceu do nosso horizonte , mas Jesus é o Deus que Se fez pessoa, que assumiu a nossa humanidade, que trouxe até nós uma proposta objetiva e válida de salvação e que hoje continua presente e ativo na nossa caminhada, concretizando o plano libertador do Pai e nos oferecendo a vida plena e definitiva. Ele é, agora e sempre, a verdadeira fonte da vida e da liberdade. Onde é que eu mato a minha sede de liberdade e de vida plena: em Jesus e no projeto do Reino ou em pseudo-messias e miragens ilusórias de felicidade que só me afastam do essencial?
• O Pai investiu Jesus de uma missão: eliminar o pecado do mundo. No entanto, o “pecado” continua a escurecer o nosso horizonte diário, traduzido em guerras, vinganças, terrorismo, exploração, egoísmo, corrupção, injustiça… Jesus falhou? É o nosso testemunho que está  falhando? Deus propõe ao homem o seu projeto de salvação, mas não impõe nada e respeita absolutamente a liberdade das nossas opções. Ora, muitas vezes, os homens pretendem descobrir a felicidade em caminhos onde ela não está. De resto, é preciso termos consciência de que a nossa humanidade implica um quadro de fragilidade e de limitação e que, portanto, o pecado vai fazer sempre parte da nossa experiência histórica. A libertação plena e definitiva do “pecado” acontecerá só nesse novo céu e nova terra que nos espera para além da nossa caminhada terrena.
• Isso não significa, no entanto, pactuar com o pecado, ou assumir uma atitude passiva diante do pecado. A nossa missão – na sequência da de Jesus – consiste em lutar objetivamente contra “o pecado” instalado no coração de cada um de nós e instalado em cada degrau da nossa vida coletiva. A missão dos seguidores de Jesus consiste em anunciar a vida plena e em lutar contra tudo aquilo que impede a sua concretização na história.
ORAÇÃO
Deus, Pai do teu povo, nós Te bendizemos pelo envio de salvadores, os profetas, os juízes e os reis, mas sobretudo pelo envio do teu Filho, o teu eleito, em quem puseste toda a tua alegria, e que Se manifestou como a luz das nações.  Nós Te confiamos as vítimas das inumeráveis angústias da nossa terra, todos os infelizes que aspiram a reencontrar a luz, a liberdade e a paz.
Cristo Jesus, Tu que és o Senhor de todos e que revestiste a nossa condição humana, Tu que o Pai revelou como o Messias e encheu com a sua força, nós Te damos graças pela tua obra de salvação.  Nós Te confiamos os nossos irmãos e irmãs que procuram a luz e a verdade, como fazia outrora o centurião Cornélio. Dá-nos a coragem de ir ao seu encontro, como outrora o apóstolo Pedro.
Pai de Jesus e nosso Pai, nós Te damos graças pelo batismo de Jesus no Jordão, porque nele nos revelaste a nova humanidade, da qual Jesus é a cabeça. Faz de nós também teus filhos bem-amados e cumula-nos com o teu Espírito. Nós Te pedimos pelos novos batizados, pelos padrinhos e madrinhas, pelos pais e pelas equipas que asseguram a preparação para o batismo.
 Reflexão para a semana:
Testemunho…
 A palavra “Servidor” retorna hoje com força, em Isaías, enquanto João nos convida a contemplar o Cordeiro de Deus investido da Força do Espírito, ao qual dá testemunho.
 E nós? O nosso testemunho ficará limitado a estas palavras do Credo proclamado ao domingo? Ou nos  leva a empenharmo-nos em ações concretas no seguimento do Servidor?
fonte:
www.dehonianos.org

09 janeiro, 2017

09-janeiro-2017 - O Batismo do Senhor
A Festa do Batismo do Senhor será celebrada nesse ano na primeira segunda-feira após o Domingo da Epifania. Com o Batismo do Senhor, encerra-se o ciclo das Festas da Manifestação do Senhor – o ciclo de Natal. Na terça-feira após esta festa, iniciaremos a Primeira Semana do Tempo Comum, que, nesse início de ano, irá até a Terça-feira antes da Quaresma.
Comemoramos nesta festa a manifestação de Jesus como o Filho Amado, cheio do Espírito Santo, que veio para salvar a todos, e o início de sua vida pública. Isso acontece logo após o Batismo de Jesus por São João Batista nas águas do rio Jordão. Sem ter mancha alguma que purificar, Jesus quis submeter-se a esse rito, tal como se submetera às demais observâncias legais que também não O obrigavam. João chamava as pessoas à penitência para preparar a vinda do Messias. Ele foi o precursor.
O Senhor desejou ser batizado, diz Santo Agostinho, “para proclamar com a sua humildade o que para nós era uma necessidade”. Com o batismo de Jesus, ficou preparado o Batismo cristão, diretamente instituído por Jesus Cristo e imposto por Ele como lei universal no dia da sua Ascensão: Todo poder me foi dado no Céu e na Terra, dirá o Senhor; ide, pois, ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28, 18-19).
Por isso, junto com a bela manifestação da Trindade e da Missão de Jesus, esta festa nos faz refletir sobre a nossa vida batismal. A partir do Batismo, o cristão passa a fazer parte de um povo, e a Igreja apresenta-se como a verdadeira família dos filhos de Deus. O Batismo é a porta por onde se entra na Igreja. Em virtude do Batismo, somos chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo. Como diz o Documento de Aparecida nº 209: “Os fiéis leigos são os cristãos que estão incorporados a Cristo pelo batismo que formam o povo de Deus e participam das funções de Cristo: sacerdote, profeta e rei. Realizam, segundo a sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo. São homens da Igreja no coração do mundo e homens do mundo no coração da Igreja”.
Às margens do Jordão, Jesus foi ungido com o Espírito Santo como o Messias, o Cristo, Aquele que as Escrituras prometiam e Israel esperava. Agora, Ele irá começar publicamente a missão de anunciar e inaugurar o Reino de Deus. Esta missão ele começou desde que Se fez homem por nós; agora, no entanto, vai manifestar-Se publicamente a Israel e a toda a humanidade. É na força do Espírito Santo que Ele pregará, fará seus milagres, expulsará Satanás e inaugurará o Reino; é na força do Espírito que Ele viverá uma vida de total e amorosa obediência ao Pai e doação aos irmãos até a morte, e morte de cruz.
Podemos fazer um paralelo de Isaías 42, do Servo sofredor com Jesus. Jesus, que é o Filho, é também o Servo sofredor anunciado por Isaías. Hoje, o Pai revela a Jesus qual o modo, qual o caminho que Ele deve seguir para ser o Messias como Deus quer: na pobreza, na humildade, no despojamento, no serviço! É assim que o Reino de Deus será anunciado no mundo. Jesus deverá ser manso: “Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas”. Deve ser cheio de misericórdia para com os pecadores, os fracos, os pobres, os sem esperança: “Não quebra a cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega”. Ele irá sofrer, será tentado ao desânimo, mas colocará no seu Deus e Pai toda a sua esperança, toda a sua confiança: “Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na Terra”. O Senhor Deus estará sempre com Ele e Ele veio não somente para Israel, mas para todas as nações da Terra: “Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como aliança do povo, luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas”.
O batismo de João não é o Sacramento do Batismo: era somente um sinal exterior de que alguém se reconhecia pecador e queria preparar-se para receber o Messias. Ao ser batizado no Jordão, Jesus é ungido com o Espírito Santo para a missão. Esta unção será plena na ressurreição, quando o Pai derramará sobre Ele o Espírito como vida da sua vida. Então Ele, pleno do Espírito Santo que O ressuscitou, derramará este Espírito, que será também seu Espírito, sobre nós, dando-nos uma nova vida! Os cristãos são batizados na água e no Espírito (cf. Jo 3,5; 7,37-39). Ao sermos batizados, recebemos o Espírito Santo de Jesus e, por isso, somos participantes de Sua missão de viver, testemunhar e anunciar o Reino de Deus, a Vida eterna, a Vida no amor a Deus e aos irmãos, que Jesus veio anunciar ao Se fazer homem igual a nós! O testemunho é dado na simplicidade, na pobreza e na humildade do dia a dia! 
Portanto, no Batismo está em jogo um bem infinitamente maior do que qualquer outro: a Graça e a Fé; a salvação eterna! Só por ignorância e por uma fé adormecida se pode explicar que muitas crianças sejam privadas pelos seus próprios pais, já cristãos, do maior dom da sua vida. Recordemos também a importância da Iniciação Cristã em nossas comunidades. Fazendo um itinerário batismal, teremos pessoas mais conscientes de sua missão e identidade. Esse caminho trilhado pela Igreja, e agora mais incrementado, deve ser uma oportunidade de, aproveitando a conclusão do Tempo do Natal, darmos passos em nossos trabalhos paroquiais para que a iniciação cristã seja uma realidade que nos ajude a encontrar o Senhor Jesus, tornarmo-nos seus discípulos e, consequentemente, anunciá-Lo ao mundo pela vida, testemunho e palavra. 

Cardeal Orani João Tempesta
fonte:
www.arqrio.org

07 janeiro, 2017

ANÚNCIO DAS SOLENIDADES MÓVEIS DE 2017
A ser proclamado na Solenidade da Epifania do Senhor:

Irmãos caríssimos,
a glória do Senhor manifestou-se, e sempre há de manifestar-se no meio de nós até a sua vinda no fim dos tempos. Nos ritmos e nas vicissitudes do tempo recordamos e vivemos os mistérios da salvação.  O centro de todo o ano litúrgico é o Tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado, que culminará no Domingo de Páscoa, este ano a 16 de abril. Em cada Domingo, Páscoa semanal, a S anta Igreja torna presente este grande acontecimento,  no qual Jesus Cristo venceu o pecado e a morte. a celebração da Páscoa do Senhor  derivam todas as celebrações do Ano Litúrgico:
as Cinzas, início da Quaresma, a 01 de março;  a Ascensão do Senhor, a 28 de maio; Pentecostes, a 04 de junho;  o Primeiro Domingo do Advento, a 03 de dezembro.
Também nas festas da Santa Mãe de Deus, dos Apóstolos, dos Santos e na Comemoração dos Fiéis Defuntos,  a Igreja peregrina sobre a terra  proclama a Páscoa do Senhor.

A Cristo, que era, que é e que há de vir,  Senhor do tempo e da história, louvor e glória pelos séculos dos séculos. Amém.
fonte:
www.freifrancisco.com.br
08-janeiro-2017 - Epifania do Senhor

Jesus é a luz que brilhou para os povos. Ele é a Estrela do Oriente, o sol que ilumina nossas vidas, revelando-nos a verdade sobre nossa origem  e nosso destino. Podemos nos alegrar e cantar, afinal,  somos filhos de Deus, e não escravos ( cf. Rm 8,14-17). O medo e a dúvida já não tem mais poder sobre nós. Assim, busquemos crescer na fé  e no amor e vivermos como filhos e filhas de Deus que somos. Não nascemos  para andar de cabeça baixa, maldizendo a vida, chorando o passado que não deu certo. Nascemos para caminhar na Luz e viver  na comunhão do amor. É hora de acordar , ficar em pé e deixar que o Cristo transfigure nossas vidas ( Jo 1,12)

Pe. Marcos Ramalho

fonte:

08-janeiro-2017 - Solenidade da Epifania do Senhor

1ª Leitura: Is 60, 1-6;  2ª Leitura: Ef 3, 2-3ª.5-6;  Evangelho: Mt 2, 1-12
Onde a Estrela parou
A Epifania marca a fase final do ciclo natalino [Historicamente, a festa da Epifania (6 de janeiro) é a data do Natal no Oriente. Mas a Igreja ocidental (latina), que celebrava o Natal no dia 25 de dezembro, conservou a data de hoje com o nome de Epifania, tornando-se um sinal de unidade entre a Igreja oriental e a ocidental.]. Celebra a manifestação (epifania, em grego) de Deus ao mundo, na figura dos reis magos que, representando o mundo inteiro, vão adorar o menino Jesus em Belém.  A liturgia retoma o tema da luz - luz que brilha não só para o povo oprimido de Israel (como na 1ª leitura da noite de Natal), mas para todos os povos, segundo a visão do profeta universalista que escreveu o fim do livro de Isaías (1ª leitura). Jerusalém, restaurada depois do exílio babilônico, é vista como o centro para o qual convergem as caravanas do mundo inteiro. Essa visão recebe um sentido pleno quando reis astrólogos do oriente procuram o messias nascido de Davi – nos arredores de Jerusalém, em Belém, cidade de Davi (evangelho). A 2ª leitura comenta, mediante o texto de Ef 3, 2-6, esse fato como revelação do mistério de Deus também para os pagãos.
Toda a liturgia de hoje é permeada pelo sentido universal da obra de Cristo. Mas para não cairmos no universalismo abstrato e global das grandes declarações internacionais, que nunca chegam até o chão, encontramos aqui, como na festa da Mãe de Deus, a inserção bem concreta de Jesus num ponto “parcial” da humanidade. Mesmo não sendo a menor das principais cidade de Judá (Mt 2,6), Belém não passa de um povoado que os magos nem sequer encontram no mapa. E, contudo, nesse momento, é o centro do inundo, assim como Ezequiel, por volta de 580 a.C., chama a aparentemente insignificante terra de Israel de “umbigo da terra” (Ez 38,12). O ponto por onde passa a salvação não precisa ser grandioso.
Belém representa a comunidade-testemunha, não o império oficial do poderoso Herodes. É centro do mundo, não para si mesma, mas para quem procura o agir de Deus. Não em Roma, nem na Jerusalém de Herodes, mas na Belém do presépio é que a estrela parou. Para mostrar que não depende do poder humano, Deus se manifesta no meio dos pobres, no Jesus pobre.
Adorar Deus no Menino Jesus
Quando celebramos, no dia 6 de janeiro ou no domingo seguinte, a festa dos Reis Magos, as ocupações do turismo impedem muitos de contemplar o sentido desta festa. Mesmo assim, vale a pena dedicar-lhe nossa atenção, pois não é uma festa meramente folclórica.
O nome oficial da festa dos Reis Magos, “Epifania”, significa manifestação ou revelação. Contemplamos o paradoxo da grandeza divina e da fragilidade da criança no menino Jesus. Pensamos nos milhões de crianças abandonadas nas ruas de nossas cidades, destinadas à droga, à prostituição. Outras milhões mortais pela fome, doença, guerra,
aborto. Órgãos extraídos, fetos usados para produzir células que devem rejuvenecer velhos ricaços… Qual é o valor de uma criança?  Os “magos” – astrólogos vindos do Oriente – seguiram o caminho da estrela para adorar um menino do qual não sabiam nome nem paradeiro (evangelho). Como os reis anunciados pelo “terceiro Isaías” (1ª leitura), trazem de longe suas riquezas, para apresenta-las ao menino Jesus. Essa narração quer nos ensinar que Jesus é aquele que merece adoração universal, o Messias. E acena também à missão da Igreja, de anunciar a salvação universal (2ª leitura).  A estrela conduziu os magos a uma criança pobre, que não tinha nada de sensacional. Mas o rei Herodes, cioso de seu poder, pensou que Jesus fosse poderoso e, portanto, perigoso. Esse rei, que tinha mandado matar seus próprios filhos e sua mulher Mariamne, mandou, para que Jesus não lhe escapasse, matar todos os meninos de Belém.  Deus se manifesta ao mundo numa criança, e nós somos capazes de mata-la, em vez de reconhecer nela a luz de Deus. Por que Deus se manifestou numa criança? Esquisitice, para nos enganar? Nada disso. Salvação significa ser libertado dos poderes tirânicos que nos escravizam, para realizar a liberdade que nos permite amar. Pois para amar é preciso ser livre, agir de graça, não por obrigação nem por cálculo. Por isso, a salvação que vem de Deus não se apresenta como poder opressor, como o de Herodes. Apresenta-se como antipoder, como uma criança aparentemente sem valor.  Aqui, no início do evangelho de Mateus, a salvação universal manifesta-se numa criança; no fim dos ensinamentos de Jesus, o critério do juízo final será a caridade gratuita realizado ao pequenino (Mt 25, 31-46). O pequenino de Belém é venerado como rei, e no fim do evangelho, esse “rei” (25,34) julgará o universo, identificando-o com os mais pequeninos: “O que fizestes a um desses mais pequenos, que são meus irmãos, a mim o fizestes” (25,40). Quanta lógica em tudo isso!  Deus não precisa de nos esmagar com seu poder para se manifestar. Nem precisa do palco de uma TV mundial para se dar a conhecer. Para ser universal, prefere o pequeno, pois só quem vai até os pequenos e os últimos é realmente universal. Falta-nos a capacidade de reconhecer no frágil, naquele que o mundo procura excluir, o absoluto de nossa vida – Deus. Eis a lição que os reis magos nos ensinam.
fonte:
www.franciscanos.org

06 janeiro, 2017

06-janeiro-2017

Na busca da fonte
Exupéry, no livro O Pequeno Príncipe, conta que um comerciante tinha inventado umas pílulas que acabavam com a sede.  Vendia isso para que as pessoas não perdessem tempo procurando água para beber. Com esses comprimidos  era possível economizar 53 minutos por semana. Uma bela façanha! O pequeno príncipe, no entanto, exprime seu desacordo: “Se eu dispusesse de 53 minutos caminharia calmamente na direção de uma fonte”. Que belo texto! Há sede de paz, de harmonia, de fraternidade no coração de cada um. Essas sedes têm , para nós cristãos, uma fonte borbulhante: o peito de Jesus. Ao longo de muito mais do que 53 minutos vamos ao encalço do Senhor. Ao longo da vida, no deserto da oração, nos contatos com os irmãos, na sagrada liturgia, andamos em busca da Fonte.

Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM
fonte:















REZAR COM O PAPA (JAN 2017)
Intenção universal do Papa para o mês de JANEIRO:
Cristãos ao serviço da humanidade.
Por todos os cristãos, para que, fiéis ao ensinamento do Senhor, se empenhem com a oração e a caridade fraterna no restabelecimento da plena comunhão eclesial, colaborando para responder aos desafios atuais da humanidade.
fonte:
www.passo-a-rezar.net

01 janeiro, 2017

01-janeiro-2017 - Solenidade Santa Mãe de Deus, Maria


Nascido de mulher, nascido sob a lei
1ª Leitura: Nm 6,22-27;  2ª Leitura: Gl 4, 4-7;  Evangelho: Lc 2, 16-21
Deram-lhe o nome de Jesus
Quem se lembra da antiga liturgia gregoriana terá saudades, hoje, da maravilhosa antífona Salve sancta parens (“Salve, santa genitora”), a participação de Maria no mistério da Encarnação. Celebramos a oitava de Natal. Ora, ao oitavo dia do parto confere-se ao filho a circuncisão (nome antigo desta festa), acompanhada da imposição do nome.  É a integração na comunidade judaica. A 2ª leitura ressalta a maternidade e o rito judaico: “Nascido de mulher, nascido sob a Lei” (Gl 4,4). Mediante a figura de Maria é celebrada a inserção de Jesus na humanidade, especificamente, na comunidade judaica. Pois Jesus não era “bom demais” para nascer como homem, nem para ser submetido à lei judaica. Com isso combina bem o fato de celebrarmos essa festa no início do ano civil, lembrando a bênção do ano novo israelita (1ª leitura), reforçada pelo pedido de bênção no salmo responsorial. Aliás, o nome que Jesus recebe (evangelho) é uma bênção: Ieshua (‘= “Javé salva”).  Através do nascimento maravilhoso, Maria deu Jesus à humanidade como um presente de Deus (cf. 4° dom. do Advento), no seio de um povo com leis e costumes, povo sobre o qual Deus faz “brilhar sua face”, e o nome de Jesus traz a bênção do Senhor Deus. Jesus, “o Senhor salva”, este é o nome que doravante será invocado sobre a humanidade (cf. Nm 6,27).  A mediação da comunidade de Israel no projeto salvífico de Deus nos ensina que Deus não ama em geral, abstratamente, mas através de pessoas e comunidades concretas. Só aquilo que é concreto pode ser realidade. Assim como Maria, no seio do povo de Israel, foi o caminho concreto para o Salvador, serão comunidades concretas as portadoras de Cristo como salvação de Deus para o mundo hoje. Assim, Maria é protótipo da Igreja e das comunidades eclesiais (cf. oração do dia). 
A festa de hoje remete também à renhida discussão teológica que reclamou para Maria o titulo de Theótokos, “Genitora (Mãe) de Deus” (Concílio de Éfeso). Decerto, Deus não tem mãe, mas escolheu Maria como mãe para o Filho que em tudo realiza a obra de Deus. Santificou em Maria a maternidade quando o Filho assumiu a humanidade. Deus experimentou a realidade íntima da maternidade em Cristo. A maternidade é, como a humanidade, capax Dei, capaz de receber Deus… Deus é tão grande que conhece também o mistério da maternidade, e por dentro! (Para captar isso talvez tenhamos de modificar um pouco nosso conceito de Deus.)
Maria, “Porta do Céu”
Nas ladainhas chamamos Maria “Porta do Céu”. Porta para nós subirmos, ou para Deus descer? A festa de hoje confirma as duas interpretações.  “Nascido de mulher, nascido sob a Lei”, assim Paulo qualifica Jesus (1ª leitura).  Jesus nasceu como todo ser humano de uma mãe humana, Maria, e dentro de uma sociedade humana, a sociedade de Israel, com sua “lei”, regime ao mesmo tempo religioso e sociopolítico. O evangelho narra que Jesus, no oitavo dia do nascimento, foi acolhido na sociedade judaica pela circuncisão e pela imposição do nome, como teria acontecido a qualquer masculino dentre nós se tivesse nascido naquela sociedade. Maria é, portanto, mãe do verdadeiro homem e judeu Jesus de Nazaré, mas nós a celebramos hoje como “Mãe de Deus”… Como se conjugam essas duas maternidades? Não são duas, são uma só!.  O título “Mãe de Deus” foi conferido a Maria pelo Concílio de Éfeso no ano 431 d.C. Este mesmo concílio insistiu que Jesus foi igual a nós em tudo menos o pecado (cf. Hb 4, 15) e viveu e sofreu na carne de maneira verdadeiramente humana. Vinte anos depois, o concílio de Calcedônia chamou Jesus “verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem”. É por ser mãe de Jesus humanamente que Maria é chamada Mãe de Deus, pois a humanidade e a divindade de Jesus humanamente que Maria é chamada Mãe de Deus, pois a humanidade e a divindade de Jesus não se podem separar. Dando Jesus ao mundo Maria deu Deus a todos nós.  Em Jesus, Maria faz Deus nascer no meio do povo. Maria é o ponto de inserção de Deus na humanidade. Neste sentido ela é “porta do céu”, porta para Deus que desce até nós e pela qual nós temos acesso a Deus. Toda mulher-mãe é ponto de inserção de vida nova no meio do povo. Em Maria, essa vida nova é vida divina. Deus se insere no povo por meio da maternidade que ele mesmo criou.  De maneira semelhante, Deus respeita também a Lei que ele mesmo criou e comunicou ao povo. Seu Filho nasceu sob a Lei e foi circuncidado conforme a Lei. As estruturas políticas e sociais do povo, quando condizentes com a vontade de Deus, são instrumento para Deus se tornar presente em nossa história. Deus mostrou isso em Jesus. E quando as leis e estruturas são manipuladas a ponto de se tornarem injustas, o Filho de Deus as assume para as transformar no sentido do seu amor. Por isso, Jesus morreu por causa da Lei, injustamente aplicada a ele.  Assim como pela maternidade humano-divina Maria se tornou “Porta do Céu”, a comunidade humana é chamada a tornar-se acesso de Deus ao mundo e do mundo a Deus. A vida do povo, suas tradições, cultura e estruturas políticas e sociais devem ser um caminho de Deus e para Deus, não um obstáculo. Por isso é preciso transformar a vida humana e as estruturas da sociedade, quando não servem para Deus e não condizem com a dignidade que Deus lhes conferiu pelo nascimento de Jesus de mulher e sob a Lei.
fonte:
www.franciscanos.org.br