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31 agosto, 2017

01-setembro-2017
Sentir a dor e o amor do Coração do Redentor

Francisco de Assis deixou-se fascinar pelo Cristo. Ficava encantado e, ao mesmo tempo, chocado com Jesus suspenso entre o céu e a terra no Calvário.  A tradição diz que o Santo tinha um duplo desejo: gostaria de sentir na alma e no corpo a dor que o Redentor tinha experimentado,  bem como o amor  de que estava abrasado. Francisco é o santo seráfico, que está perto de Deus como os serafins, que ardem de amor. Esse duplo pedido revela um coração que se fundia de amor. Ele desejava experimentar a dor do abandono, dos pregos e da indiferença de tantos. Queria ainda experimentar o amor do Cristo, o significava esvaziar-se de si para cumular de bens a tantos. Um amor que fez Francisco, quase no final de sua vida, receber em seu corpo as chagas do Redentor.
Frei Almir Ribeiro Guimarães. OFM
fonte:
















                     Intenção universal do Papa 
                               setembro/2017
Paróquias ao serviço da missão: Pelas nossas paróquias, para que, animadas pelo espírito missionário, sejam lugares de comunicação da fé e testemunho de caridade.
fonte:
www.passo-a-rezar.net

29 agosto, 2017

Martírio de São João Batista, o último e maior dos profetas
Com satisfação lembramos a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.”  Filho de Zacarias e Isabel, João era primo de Jesus Cristo, a quem “precedeu” como um mensageiro de vida austera, segundo as regras dos nazarenos.  São João Batista, de altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzí-lo ao cumprimento da profecia do Anjo a seu respeito: “Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente…”  São João Batista desejava que todos estivessem prontos para acolher o Mais Forte por isso, impelido pela missão profética, denunciou o pecado do governador da Galileia: Herodes, que escandalosamente tinha raptado Herodíades – sua cunhada – e com ela vivia como esposo.  Preso por Herodes Antipas em Maqueronte, na margem oriental do Mar Morto, aconteceu que a filha de Herodíades (Salomé) encantou o rei e recebeu o direito de pedir o que desejasse, sendo assim, proporcionou o martírio do santo, pois realizou a vontade de sua vingativa mãe: “Quero que me dês imediatamente num prato, a cabeça de João, o Batista”  Desta forma, através do martírio, o Santo Precursor deu sua vida e recebeu em recompensa a Vida Eterna reservada àqueles que vivem com amor e fidelidade os mandamentos de Deus.

São João Batista, rogai por nós!
fonte:
www.cancaonova.com

27 agosto, 2017

27-agosto-2017 -  21º Domingo do Tempo Comum - Mt 16,13-20

No centro da reflexão a liturgia nos propõe dois temas à volta dos quais se constrói e se estrutura toda a existência cristã: Cristo e a Igreja.  O Evangelho convida os discípulos a aderirem a Jesus e a acolherem-no como “o Messias, Filho de Deus”. Dessa adesão, nasce a Igreja – a comunidade dos discípulos de Jesus, convocada e organizada à volta de Pedro. A missão da Igreja é dar testemunho da proposta de salvação que Jesus veio trazer. À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves – isto é, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece.  A primeira leitura mostra como se deve concretizar o poder “das chaves”. Aquele que detém “as chaves” não pode usar a sua autoridade para concretizar interesses pessoais e para impedir aos seus irmãos o acesso aos bens eternos; mas deve exercer o seu serviço como um pai que procura o bem dos seus filhos, com solicitude, com amor e com justiça.  A segunda leitura é um convite a contemplar a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus que, de forma misteriosa e às vezes desconcertante, realiza os seus projetos de salvação do homem. Ao homem resta entregar-se  nas mãos de Deus e deixar que o seu espanto, reconhecimento e adoração se transformem num hino de amor e de louvor ao Deus salvador e libertador.
Reflexão:
• Quem é Jesus? O que é que “os homens” dizem de Jesus? Muitos dos nossos conterrâneos veem em Jesus um homem bom, generoso, atento aos sofrimentos dos outros, que sonhou com um mundo diferente; outros veem em Jesus um admirável “mestre” de moral, que tinha uma proposta de vida “interessante”, mas que não conseguiu impor os seus valores; alguns veem em Jesus um admirável condutor de massas, que acendeu a esperança nos corações das multidões carentes e órfãs, mas que ”caiu de moda” quando as multidões deixaram de se interessar pelo fenômeno; outros, ainda, veem em Jesus um revolucionário, ingênuo e inconsequente, preocupado em construir uma sociedade mais justa e mais livre, que procurou promover os pobres e os marginalizados e que foi eliminado pelos poderosos, preocupados em manter o “status quo”. Estas visões apresentam Jesus como “um homem” – embora “um homem” excepcional, que marcou a história e deixou uma recordação imorredoura. Jesus foi, apenas, um “homem” que deixou a sua pegada na história, como tantos outros que a história absorveu e digeriu?
• Para os discípulos, Jesus foi bem mais do que “um homem”. Ele foi e é “o Messias, o Filho de Deus vivo”. Defini-lo dessa forma significa reconhecer em Jesus o Deus que o Pai enviou ao mundo com uma proposta de salvação e de vida plena, destinada a todos os homens. A proposta que Ele apresentou não é apenas uma proposta de “um homem” bom, generoso, clarividente, que podemos admirar de longe e aceitar ou não; mas é uma proposta de Deus, destinada a tornar cada homem ou cada mulher uma pessoa nova, capaz de caminhar ao encontro de Deus e de chegar à vida plena da felicidade sem fim. A diferença entre o “homem bom” e o “Messias, Filho de Deus”, é a diferença entre alguém a quem admiramos e que é igual a nós, e alguém que nos  transforma, que nos renova e que nos encaminha para a vida eterna e verdadeira.
• “E vós, quem dizeis que Eu sou?” É uma pergunta que deve, de forma constante, ecoar nos nossos ouvidos e no nosso coração. Responder a esta questão não significa papaguear lições de catequese ou tratados de teologia, mas sim interrogar o nosso coração e tentar perceber qual é o lugar que Cristo ocupa na nossa existência… Responder a esta questão nos obriga a pensar no significado que Cristo tem na nossa vida, na atenção que damos às suas propostas, na importância que os seus valores assumem nas nossas opções, no esforço que fazemos ou que não fazemos para o seguir… Quem é Cristo para mim?
• É sobre a fé dos discípulos (isto é, sobre a sua adesão ao Cristo libertador e salvador, que veio do Pai ao encontro dos homens com uma proposta de vida eterna e verdadeira) que se constrói a Igreja de Jesus. O que é a Igreja? O nosso texto responde de forma clara: é a comunidade dos discípulos que reconhecem Jesus como “o Messias, o Filho de Deus”. Que lugar ocupa Jesus na nossa experiência de caminhada em Igreja? Porque é que estamos na Igreja: é por causa de Jesus Cristo, ou é por outras causas (tradição, inércia, promoção pessoal…)?
• A Igreja de Jesus não existe, no entanto, para ficar  olhando para o céu, numa contemplação estéril e inconsequente do “Messias, Filho de Deus”; mas existe para  testemunha-lo e para levar a cada homem e a cada mulher a proposta de salvação que Cristo veio oferecer. Temos consciência desta dimensão “profética” e missionária da Igreja? Os homens e as mulheres com quem contactamos no dia a dia – em casa, no emprego, na escola, na rua, no prédio, nos acontecimentos sociais – recebem de nós este anúncio e este convite a integrar a comunidade da salvação?
• A comunidade dos discípulos é uma comunidade organizada e estruturada, onde existem pessoas que presidem e que desempenham o serviço da autoridade. Essa autoridade não é, no entanto, absoluta; mas é uma autoridade que deve, constantemente, ser amor e serviço. Sobretudo, é uma autoridade que deve procurar discernir, em cada momento, as propostas de Cristo e a interpelação que Ele lança aos discípulos e a todos os homens.
ORAÇÃO
Mestre do universo, nós Te louvamos porque em todo o tempo enviaste profetas. Iluminados pelo teu Espírito, eles perceberam os sinais dos tempos. Tornados fortes pelo teu Espírito, denunciaram o mal com coragem.  Nós Te pedimos: torna-nos receptivos aos profetas do nosso tempo, suscita pastores para as nossas comunidades e para o nosso mundo.
Deus, que ultrapassas infinitamente tudo o que possamos imaginar, com o apóstolo Paulo proclamamos a profundidade e a riqueza da tua sabedoria e da tua ciência. A Ti, glória eterna!
Nós Te pedimos pelos pregadores, catequistas, teólogos e mensageiros da tua Palavra. Que o teu Espírito nos eduque para a ação de graças.
Jesus, nosso irmão, com o apóstolo Pedro proclamamos os títulos que revelam a tua natureza e a tua missão: Filho do homem, novo Elias, grande Profeta, Messias, Filho do Deus vivo. Nós Te bendizemos! Nós Te pedimos pela tua Igreja, pelo sucessor de Pedro e por todos os bispos a quem confias as chaves do teu Reino.
Meditação para a semana. . .
«Para vós, quem sou Eu?» Tomemos um tempo para colocar esta questão a nós mesmos, no real muito concreto das nossas existências. Quem é Jesus para nós? E que “dizemos” d’Ele – ou não dizemos – quando se apresenta ocasião para testemunhar a nossa fé?
fonte:
www.dehonianos.org

19 agosto, 2017

20-agosto-2017 - Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria
Bendita és tu, Maria! Hoje, Jesus ressuscitado acolhe a sua mãe na glória do céu… Hoje, Jesus vivo, glorificado à direita do Pai, põe sobre a cabeça da sua mãe a coroa de doze estrelas… Primeira leitura: Maria, imagem da Igreja. Como Maria, a Igreja gera na dor um mudo novo. E como Maria, participa na vitória de Cristo sobre o Mal. Salmo: Bendita és tu, Virgem Maria! A esposa do rei é Maria. Ela tem os favores de Deus e está associada para sempre à glória do seu Filho.  Segunda leitura: Maria, nova Eva. Novo Adão, Jesus faz da Virgem Maria uma nova Eva, sinal de esperança para todos os homens.  Evangelho: Maria, Mãe dos crentes. Cheia do Espírito Santo, Maria, a primeira, encontra as palavras da fé e da esperança: doravante todas as gerações a chamarão bem-aventurada!

Reflexão:
O cântico de Maria descreve o programa que Deus tinha começado a realizar desde o começo, que ele prosseguiu em Maria e que cumpre agora na Igreja, para todos os tempos.
Pela Visitação que teve lugar na Judeia, Maria levava Jesus pelos caminhos da terra. Pela Dormição e pela Assunção, é Jesus que leva a sua mãe pelos caminhos celestes, para o templo eterno, para uma Visitação definitiva. Nesta festa, com Maria, proclamamos a obra grandiosa de Deus, que chama a humanidade a se juntar a ele pelo caminho da ressurreição. Em Maria, Ele já realizou a sua obra na totalidade; com ela, nós proclamamos: “dispersou os soberbos, exaltou os humildes”. Os humildes são aqueles que crêem no cumprimento das palavras de Deus e se põem a caminho, aqueles que acolhem até ao mais íntimo do seu ser a Vida nova, Cristo, para leva-lo ao nosso mundo. Deus debruça-se sobre eles e cumpre neles maravilhas.

Rezar por Maria.
Frequentemente, ouvimos a expressão: “rezar à Virgem Maria”… Esta maneira de falar não é absolutamente correta, porque a oração cristã dirige-se a Deus, ao Pai, ao Filho e ao Espírito: só Deus atende a oração. Os nossos irmãos protestantes que, contrariamente ao que se pretende, por vezes têm a mesma fé que os católicos e os ortodoxos na Virgem Maria Mãe de Deus, recordam-nos que Maria é e se diz ela própria a Serva do Senhor.

Rezar por Maria é pedir que ela reze por nós: “Rogai por nós pecadores agora e na hora da nossa morte!” A sua intervenção maternal em Caná resume bem a sua intercessão em nosso favor. Ela é nossa “advogada” e nos diz: “Fazei tudo o que Ele vos disser!”
Rezar com Maria.
Ela está ao nosso lado para nos levar na oração, como uma mãe sustenta a palavra balbuciante do seu filho. Na glória de Deus, na qual nós a honramos hoje, ela prossegue a missão que Jesus lhe confiou sobre a Cruz: “Eis o teu Filho!” Rezar com Maria, mais que nos ajoelharmos diante dela, é ajoelhar-se ao seu lado para nos juntarmos à sua oração. Ela nos acompanha e nos guia na nossa caminhada junto de Deus.

Rezar como Maria.
Aprendemos junto de Maria os caminhos da oração. Na escola daquela que “guardava e meditava no seu coração” os acontecimentos do nascimento e da infância de Jesus, nós meditamos o Evangelho e, à luz do Espírito Santo, avançamos nos caminhos da verdade. A nossa oração torna-se ação de graças no eco ao Magnificat. Colocamos  os nossos passos nos passos de Maria para dizer com ela na confiança: “que tudo seja feito segundo a tua Palavra, Senhor!”

Oração:
“Pai do céu, juntamos as nossas vozes à que nos vem do céu para proclamar: Eis agora a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e o poder do seu Cristo. Glória a Ti, Deus de vida.

Nós Te pedimos pelas tuas Igrejas, ameaçadas pelos «dragões» da nossa época: a indiferença, as religiosidades desviadas e as perseguições”.

“Deus Pai, nós Te damos graças pela ressurreição que manifestaste pelo teu Filho Jesus, o novo Adão, e pela assunção na vida gloriosa que revelas em Maria, mãe do teu Filho. Nós Te confiamos os nossos defuntos e as famílias em luto. Releva-nos pela promessa da ressurreição. transformas as nossas penas em esperança”.
“Nós Te bendizemos, Deus do universo, porque pelo teu Filho ainda pequeno e pela sua mãe, Maria, visitaste o teu povo, vieste até nós. Felizes aqueles que acreditam no cumprimento da tua Palavra.  Nós Te pedimos pelas nossas comunidades cristãs, encarregadas, como Maria, de levar Cristo ao mundo. Como fizeste por ela, guia-nos pelo teu Espírito Santo”.
Meditação para a semana. . .
Um tríplice segredo… junto de Maria, vamos parar e meditar:

- o segredo da fé sem falha tão bem ajustada a Deus (“Eis a serva do Senhor”…);
- segredo da sua esperança confiante em Deus (“nada é impossível a Deus”…);
- segredo da sua caridade missionária (“Maria pôs-se a caminho apressadamente”…).
 E nós podemos pedir-lhe para nos acompanhar no caminho das nossas vidas…
fonte:
www.dehonianos.org

13 agosto, 2017

14-agosto - SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE - 

Raimundo nasceu no dia 8 de Janeiro de 1894 na Polônia. Mais tarde, no seminário, assumiu o nome de Maximiliano Maria Kolbe. Sua família era pobre, de humildes operários, mas muito rica de religiosidade. Com apenas 13 anos foi residir com os franciscanos.  No colégio, foi um estudante brilhante e atuante. Nesta época, manifestou seu zelo e amor a Maria, fundando o apostolado mariano "Milícia da Imaculada". Concluiu os estudos em Roma onde foi ordenado sacerdote.  O carisma do apostolado de Padre Kolbe foi marcado pelo amor infinito a Maria e pela imprensa escrita e falada. Editou uma revista mariana, um diário semanal, uma revista mariana infantil e uma revista em latim para sacerdotes; instalou uma emissora de rádio católica. O seu objetivo era conquistar o mundo inteiro para Cristo por meio de Maria Imaculada.  Voltou para a Polônia e cuidou da direção do seminário e da formação dos novos religiosos. Em 1939, as tropas nazistas tomaram a Polônia. Padre Kolbe foi preso e enviado para o campo de concentração de Auschwitz (Auchuitz).  Em agosto de 1941, por causa de um prisioneiro que fugiu do campo, foram condenados à morte outros dez prisioneiros. Um deles, Francisco, começou a chorar e, em alta voz, declarou que tinha mulher e filhos. Padre Kolbe solicitou ao comandante para ir em seu lugar e ele concordou. Todos os dez, despidos, ficaram numa pequena, úmida e escura cela dos subterrâneos, para morrer de fome e sede. Depois de duas semanas, sobreviviam ainda três com Padre Kolbe. Então, foram mortos com uma injeção venenosa, para desocupar o lugar. Era o dia 14 de agosto de 1941.  
REFLEXÃO Um santo é sempre um dom de Deus para a Igreja e a Humanidade. Maximiliano Kolbe o é de um modo particularmente eloqüente. Houve sempre necessidade de santos; mas hoje é preciso um tipo especial. Frei Maximiliano Kolbe é figura exemplar que encarna no modo mais profundo a revelação contra o horror de nosso tempo. O Papa João Paulo II o chamou de "padroeiro do nosso difícil século XX”.
ORAÇÃO Ó Deus de admirável providência, que, no mártir São Maximiliano Maria Kolbe destes ao vosso povo pastor corajoso e forte, concedei-nos, pela sua intercessão, ajuda nas tribulações e firme constância na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte:
www.a12.com
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

12 agosto, 2017

13-agosto-2017 - 19º Domingo do Tempo Comum 
A liturgia deste domingo tem como tema fundamental a revelação de Deus. Fala-nos de um Deus preocupado em percorrer, de braço dado com os homens, os caminhos da história.
A primeira leitura convida os crentes a regressarem às origens da sua fé e do seu compromisso, a fazerem uma peregrinação ao encontro do Deus da comunhão e da Aliança; e garante que o crente não encontra esse Deus nas manifestações espetaculares, mas na humildade, na simplicidade, na interioridade.

O Evangelho nos apresenta uma reflexão sobre a caminhada histórica dos discípulos, enviados à “outra margem”  propondo aos homens o banquete do Reino. Nessa “viagem”, a comunidade do Reino não está sozinha, à mercê das forças da morte: em Jesus, o Deus do amor e da comunhão vem ao encontro dos discípulos, lhes estende a mão, lhes dá a força para vencer a adversidade, a desilusão, a hostilidade do mundo. Os discípulos são convidados a reconhecê-lo, a acolhê-lo e a aceitá-lo como “o Senhor”.
A segunda leitura sugere que esse Deus, preocupado em vir ao encontro dos homens e em lhes  revelar o seu rosto de amor e de bondade, tem uma proposta de salvação que oferece a todos. Convida a estarmos atentos às manifestações desse Deus e a não perdermos as oportunidades de salvação que Ele nos oferece.

Reflexão:
• O Evangelho deste domingo é, antes de mais nada, uma catequese sobre a caminhada histórica da comunidade de Jesus, enviada à “outra margem”,  convidando  todos os homens para o banquete do Reino e  oferecendo o alimento com que Deus mata a fome de vida e de felicidade dos seus filhos. Estamos dispostos a embarcar na aventura de propor a todos os homens o banquete do Reino? Temos consciência de que nos foi confiada a missão de saciar a fome do mundo? Aqueles que são deixados à margem dessa mesa onde se jogam os interesses e os destinos do mundo, que têm fome e sede de vida, de amor, de esperança, encontram em nós uma proposta credível e coerente que aponta no sentido de uma realidade de plenitude, de realização, de vida plena?
• A caminhada histórica dos discípulos e o seu testemunho do banquete do Reino não é um caminho fácil, feito no meio de aclamações das multidões e dos aplausos unânimes dos homens. A comunidade (o “barco”) dos discípulos tem de abrir caminho através de um mar de dificuldades, continuamente batido pela hostilidade dos adversários do Reino e pela recusa do mundo em acolher os projetos de Jesus. Todos os dias o mundo nos mostra – com um sorriso irônico – que os valores em que acreditamos e que procuramos testemunhar estão ultrapassados. Todos os dias o mundo insiste em provar-nos – às vezes com agressividade, outras vezes com comiseração – que só seremos competitivos e vencedores quando usarmos as armas da arrogância, do poder, do orgulho, da prepotência, da ganância… Como nos colocamos  face a isto? É possível desempenharmos o nosso papel no mundo, com rigor e competência, sem perdermos as nossas referências cristãs e sem trairmos o Reino?
• Para que seja possível viver de forma coerente e corajosa na dinâmica do Reino, os discípulos têm que estar conscientes  da presença de Jesus, o Senhor da vida e da história, que as forças do mal nunca conseguirão vencer nem domesticar. Ele diz aos discípulos, tantas vezes desanimados e assustados face às dificuldades e às perseguições: “tende confiança. Sou Eu. Não temais”. Os discípulos sabem, assim, que não há qualquer razão para se deixarem afundar no desespero e na desilusão. Mesmo quando a sua fé vacila, eles sabem que a mão de Jesus está lá, estendida, para que eles não sejam submergidos pelas forças do egoísmo, da injustiça, da morte. Nada  nem ninguém poderá roubar a vida àqueles que lutam para instaurar o Reino. Jesus,  vivo e ressuscitado, não deixa nunca que sejamos vencidos.
• A oração de Jesus nos  convida  a manter um diálogo íntimo com o Pai. É nesse diálogo que os discípulos colherão o discernimento para perceberem os caminhos de Deus, a força para seguir Jesus, a coragem para enfrentar a hostilidade do mundo.
ORAÇÃO
Bendito sejas, Deus todo-poderoso e Mestre do universo, porque nos convidas a reconhecer-Te no silêncio, como um sopro de vida, que renova a face da terra. Nós Te bendizemos, porque nos falas ao coração. Nós Te pedimos pelos pregadores e pelos catequistas, chamados a revelar o teu rosto e a preparar os encontros contigo. Guia-os!
Cristo Jesus, mesmo quando somos ameaçados pelas tempestades da nossa terra e a barca da tua Igreja é sacudida pelas tormentas, nós Te bendizemos, por causa da tua ressurreição: verdadeiramente, Tu és o Filho de Deus! Como Pedro, nós Te suplicamos: salva-nos!  Dá-nos o teu Espírito de confiança, para nos conduzir contigo pelos caminhos da vida.
Meditação para a semana. . .
Fechar os olhos e escutar… Na invasão sonora que nos envolve – e por vezes nos agride – escutamos a voz do nosso Deus? Porque não? Entretanto, tomemos, de vez em quando, o risco do silêncio e da solidão. “Ao largo… para rezar”. É aí, com Jesus, que poderemos ouvir a voz do nosso Pai.

fonte:
www.dehonianos.org

11 agosto, 2017

11-agosto - SANTA CLARA

Clara nasceu em Assis no ano 1193, no seio de uma família da nobreza italiana, muito rica. Mas sua vida mudou radicalmente: Clara foi a primeira mulher da Igreja a se entusiasmar com o ideal franciscano.  Desde jovem adquiriu o hábito de rezar diariamente e se mortificar. Também exercitava com frequência a piedade cristã, distribuindo esmolas e atendendo com disponibilidade as pessoas necessitadas que a procuravam. Fazia isto espontaneamente, como demonstração de seu sincero e fervoroso amor a Deus.  Aos dezenove anos de idade, fugiu de casa se apresentou na igreja de Santa Maria dos Anjos, onde era aguardada por Francisco e seus frades. Nesta noite, fez uma oração de renúncia ao mundo “por amor ao Sagrado e Santíssimo Menino Jesus”. Entregou aos frades sua veste luxuosa e vestiu uma túnica de lã, semelhante a deles, ajustada ao corpo por um cinto de corda.  Clara viveu num mosteiro beneditino para conhecer o ritmo de uma vida comunitária. Depois, conduzida por Francisco, foi para o mosteiro de São Damião, formando com outras mulheres a ordem segunda Franciscana, depois chamadas de “Clarissas”.  Em 1216 Clara aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de abadessa, mas manteve o carisma franciscano. A partir de 1224, Clara adoeceu e aos poucos foi definhando. De sua cela, através de visões, acompanhou o funeral de francisco. Por essas visões que pareciam filmes projetados numa tela, Santa Clara é considerada padroeira da televisão e de todos seus profissionais.  Clara morreu no ano de 1253 e foi proclamada santa dois anos após sua morte.  
 REFLEXÃO:  Nos diz a tradição que antes de morrer Clara assim rezou: “Vai em paz minha alma, pois você tem um guia seguro que lhe mostrará o caminho, Aquele que lhe criou, santificou, amou e não cessou de vigiá-la com a ternura de uma mãe que zela pelo filho único de seu amor. Dou graças e bendigo ao Senhor porque Ele criou a minha vida”. Assim rezando partiu para o Pai.
ORAÇÃO:  Creio firmemente que sabeis que o reino dos céus não é prometido e dado pelo Senhor senão aos pobres, porque, quando se ama uma coisa temporal, perde-se o fruto da caridade. Não se pode servir a Deus e às riquezas, porque ou se ama a um e se odeia às outras, ou serve-se a Deus e desprezam-se as riquezas. Não dá para ser glorioso no mundo e lá reinar com Cristo. Ajudai-nos a escolher o melhor caminho. Amém.
Fonte:
www.a12.com

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

10 agosto, 2017

Diaconato Permanente
Assim como padres e bispos, os diáconos compõem a hierarquia da Igreja. Com a ordenação, o diácono deixa de ser leigo e passa a fazer parte do clero. Recebe um Sacramento que o faz diácono por toda a vida. Diferentemente de padres e bispos, o diácono permanente pode casar-se. Além do diácono permanente, existe o diácono transitório, que é aquele que recebe o Sacramento da Ordem no grau diaconal para posteriormente receber o Sacramento da Ordem no grau presbiteral, tornando-se padre. Já o diácono permanente, sendo casado, não pode ascender ao grau de padre, portanto, é permanentemente diácono. O diácono deve dedicar a vida ao serviço, seguindo os ensinamentos de Cristo. Diaconia significa servir. Entre outras atividades, pode celebrar batismos e casamentos, além de abençoar fiéis.


10-agosto - SÃO LOURENÇO
Lourenço era o primeiro dos sete diáconos a serviço da Igreja de Roma. Devia ter uma boa formação acadêmica, pois, seu cargo era de muita responsabilidade e importância. Depois do Papa Xisto II, era o responsável pela Igreja. Ele era o assistente do Papa nas celebrações e na distribuição da Eucaristia.  Além disto, ele era o único administrador dos bens da Igreja, cuidando das construções dos cemitérios, igrejas e da manutenção das obras assistenciais destinadas ao amparo dos pobres, órfãos, viúvas e doentes.  No ano 257 o imperador romano Valeriano ordenou uma perseguição contra os cristãos: proibiu as reuniões dos cristãos, fechou as catacumbas, exilou os bispos e exigiu respeito aos ritos pagãos. Finalmente ordenou que os bispos e padres fossem todos mortos. Por causa da perseguição religiosa, o Papa Xisto II foi morto, junto com seis diáconos. Conta a tradição que Lourenço conseguiu conversar com o Papa um pouco antes dele morrer. O Papa teria lhe pedido para que distribuísse aos pobres todos os seus pertences e os da Igreja também, pois temia que caíssem nas mãos do governador.  Lourenço distribuiu riquezas aos pobres e cuidou de esconder os livros e objetos sagrados. Em seguida, reuniu um grupo de cegos, órfãos, mendigos, doentes e os colocou na frente do governador, dizendo: "Pronto, eis aqui os tesouros da Igreja". Irado, o chefe pagão mandou que o amarrassem sobre uma grelha, para ser assado vivo e lentamente. O suplício cruel não desviou Lourenço de sua fé. Lourenço morreu no dia 10 de agosto de 258, rezando pela cidade de Roma.
 REFLEXÃO O nome de São Lourenço brilha como astro de primeira grandeza no firmamento da Igreja primitiva. Seu martírio trouxe vida para a Igreja. O testemunho de sua fé no Cristo nos anima a continuar enfrentando as tempestades da vida. Façamos também a nossa parte na construção do reino de Deus.
ORAÇÃO Onipotente Deus, que ao vosso bem aventurado mártir São Lourenço destes forças para triunfar os tormentos, concedei-me que se extingam em mim as chamas do pecado. Reparti comigo vossa coragem para enfrentar os perigos e vossa fé para depositar em Deus vossa vida e vossa alma. Por Cristo, Nosso Senhor, que convosco vive e reina, Amem!
Fonte:
www.a12.com
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

09 agosto, 2017

09-agosto - SANTA TERESA BENEDITA DA CRUZ (EDITH STEIN)
Edith Stein nasceu na Alemanha, no dia 12 de outubro de 1891, em uma próspera família de judeus. Desde menina, Edith era brilhante nos estudos. Na adolescência viveu uma crise, abandonou a escola, as práticas religiosas e a crença em Deus. Depois, terminou os estudos, recebendo o título de doutora.  Depois de ler a autobiografia de Santa Teresa d'Ávila, a jovem judia foi tocada pela luz da fé e converteu-se ao catolicismo. Sua mãe e os irmãos nunca compreenderam ou aceitaram sua adesão ao Cristo.  Em 1933, chegava ao poder o partido nazista. Todos os professores que não eram alemães foram demitidos. Para não ter que abandonar o país, Edith fez-se noviça da Ordem do Carmelo. Com o hábito Carmelita passou a ser chamada de Teresa Benedita da Cruz.  Quatro anos depois, a perseguição nazista aos judeus alemães se intensificou e Edith foi transferida para a Holanda. Em julho de 1942, publicamente, os Bispos holandeses emitiram sua posição formal contra os nazistas e em favor dos judeus. Hitler considerou uma agressão da Igreja Católica local e revidou.  Em agosto, oficiais nazistas levaram Edith do Carmelo. Neste dia, outros duzentos e quarenta e dois judeus católicos foram deportados para os campos de concentração. Edith Stein procurava consolar os mais aflitos, levantar o ânimo dos abatidos e cuidar do melhor modo possível das crianças. Assim ela viveu alguns dias, suportando com doçura, paciência e conformidade a vontade de Deus.  No dia 07 de agosto de 1942, Edith Stein e centenas de homens, mulheres e crianças foram de trem para o campo de extermínio de Auschwitz. Dois dias depois foram mortas na câmara de gás e tiveram seus corpos queimados.  
REFLEXÃO:  Uma leitura dos textos de Edith revela claramente seu forte compromisso com o reconhecimento e desenvolvimento da mulher, assim como o valor da maturidade da vida cristã na mulher, como uma resposta para o mundo. Edith foi reconhecida pelo seu silêncio, sua calma, sua compostura, seu autocontrole, seu consolo para com outras mulheres, seu cuidado para com os mais pequenos.
ORAÇÃO:  Deus Pai de bondade, dai-nos ser abençoados pela intercessão de santa Edith Stein e concedei-nos a graça da conversão cotidiana. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Fonte:
www.a12.com
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

05 agosto, 2017

06-agosto-2017 - Festa da Transfiguração do Senhor 
A Transfiguração tem um significado muito singular: revelar aos apóstolos que a passagem pela morte era temporária e a ela sucederia o fato impensável da ressurreição. Isso porque Jesus de Nazaré era o Filho de Deus e tinha o “poder de dar e retomar a vida” .  Mas, o que é a Transfiguração? Não é uma aparição, podemos dizer inicialmente. Podemos, contudo, afirmar tratar-se de um parecer sob outra forma, senão a forma costumeira que Jesus aparecia aos seus discípulos. Ele não apareceu no Tabor, mas tomou outra figura. Como o fenômeno é inteiramente desconhecido no Antigo Testamento, não há uma palavra própria para descrevê-lo ao entendimento humano. Assim, os Evangelistas foram buscar uma nova terminologia usada na linguagem pagã, quando falavam de deuses que não assumiam a forma humana. No Monte Tabor, não temos um outro Jesus; é o mesmo Jesus de Nazaré que assume uma forma divina. Embora não possamos dizer que Deus tenha uma outra forma, o Evangelista teve de ater-se ao linguajar e à compreensão humana. Ainda que o Antigo Testamento não conte com transfigurações em sua linguagem, os termos com que se descreve a de Jesus são todos desconhecidos ao descrever a divindade: luz resplandecente, vestes brancas, alto de um monte, nuvem da qual sai uma voz.  A Transfiguração confirma a fé dos Apóstolos, manifestada por Pedro em Cesareia de Filipe, e os ajuda a ultrapassar a sua oposição à perspectiva da paixão anunciada por Jesus. Quem quiser Seu discípulo, terá de participar nos seus sofrimentos . A Transfiguração é um primeiro resplendor da glória divina do Filho, chamado a ser Servo sofredor para salvação dos homens. Na oração, Jesus transfigura-se e deixa entrever a sua identidade sobrenatural. Moisés e Elias são protagonistas de um êxodo muito diferente nas circunstâncias, mas idêntico na motivação: a fidelidade absoluta a Deus. A luz da Transfiguração clarifica interiormente o seu caminho terreno. Quando a visão parece estar a terminar, Pedro como que tenta parar o tempo. É, então, envolvido com os companheiros pela nuvem. É a nuvem da presença de Deus, do mistério que se revela permanecendo incognoscível. Mas Pedro, Tiago e João recebem dele a luz mais resplandecente: a voz divina proclama a identidade Jesus, Filho e Servo sofredor .  Jesus manda os seus discípulos rezar. Hoje, toma à parte os seus prediletos, Pedro, Tiago e João, para os fazer rezar mais longa e intimamente. Estes três representam particularmente os pontífices, os religiosos, as almas chamadas à perfeição. Para rezar Jesus gosta da solidão, a montanha onde reina a paz, a calma, onde pode ver-se a grandeza da obra divina sob o céu estrelado durante as belas noites do Oriente. A transfiguração é uma visão do céu. É uma graça extraordinária para os três apóstolos. Não nos devemos agarrar às graças extraordinárias que são por vezes o fruto da contemplação. Pedro agarra-se a isso. Engana-se. Queria ficar lá: “Façamos três tendas”, diz. Não sabia o que dizia. A visão desaparece numa nuvem. Há aqui uma lição para nós. Entreguemo-nos à oração habitual, à contemplação. Não desejemos as graças extraordinárias. Se vierem, não nos agarremos a elas. Os frutos desta festa são, em primeiro lugar, o crescimento da fé. Os apóstolos testemunham-nos que viram a glória do Salvador. “Não são fábulas que vos contamos, diz São Pedro , fomos testemunhas do poder e da glória do Redentor. Ouvimos a voz do céu sobre a montanha gritando-nos no meio dos esplendores da transfiguração: É o meu Filho bem-amado, escutai-o”. São Paulo encoraja a nossa esperança recordando a lembrança da glória do salvador manifestada na transfiguração e na ascensão: “Veremos a glória face a face, diz, e seremos transfigurados à sua semelhança”. – Esperamos o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo terrestre e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso” . Mas este mistério é sobretudo próprio para aumentar o nosso amor por Jesus. Nosso Senhor manifestou-nos naquele dia toda a sua beleza. O seu rosto era resplandecente como o sol. Os apóstolos, testemunhas da transfiguração, estavam totalmente inebriados de amor e de alegria. “Que bom é estar aqui”, dizia São Pedro. “Façamos aqui a nossa tenda”. “A transfiguração não é uma mudança de Jesus, mas é a revelação da sua divindade, a íntima compenetração do seu ser com Deus, que se torna pura luz”.  Uma nuvem luminosa os cobre, lembrando-lhes a nuvem gloriosa que enchia a Tenda da Reunião quando Deus falava com Moisés e diz: “Este é o meu Filho amado, ouvi-o!” Cristo é o amado. N’Ele nós também somos filhos amados. Ele é o servo obediente, “até a morte”, e nós somos chamados a ser também servos obedientes, que sabem escutar a voz do seu Senhor, do seu Mestre. Ouvir o Cristo é o caminho para a glória. Não é à toa que São Bento começa a sua Regula Monachorum convidando-os com o termo Obsculta… Nós o ouvimos na Palavra da Escritura Sagrada; nós o ouvimos na Tradição da Igreja; nós o ouvimos quando os nossos pastores nos conduzem e nos dirigem uma Palavra que nos orienta e guia até o mesmo Cristo; nós o ouvimos quando aceitamos entrar na intimidade do nosso quarto, do quarto do nosso coração, onde, no dizer de Santo Inácio de Antioquia “existe uma água viva e murmurante que me diz: Vem para o Pai!”  As vestes de Cristo ficaram “brancas como a luz”. Marcos ressalta que as vestes de Cristo ficaram brancas de tal forma que nenhuma lavadeira poderia tê-las alvejado daquela forma. A brancura das vestes de Cristo não era uma brancura terrena, mas uma cor do céu. Cristo apareceu aos discípulos revestido de luz, porque Ele é a luz, nos vai dizer São João, talvez como fruto dessa experiência. Cristo alvejou as nossas vestes no seu sangue. O sangue d’Aquele que é luz alvejou as nossas vestes. A nós cabe agora clamar constantemente o Espírito para vivermos de acordo com a veste nova recebida.  A Transfiguração ocorreu em um monte, local para os judeus de contato com a Divindade. As vestes brancas simbolizam a eternidade, o pertencer ao céu e ser santo como Deus é santo. Por isso, o anjo da ressurreição estará vestido de vestes brancas. A Santa Igreja conservou a figura da veste branca e a impõe ao recém-batizado, para simbolizar a pertença à família de Deus e expressar que o sagrado Batismo devolveu à criatura a santidade que a coloca em comunhão com Deus, conforme nos ensinou São Paulo: “Passais por uma transformação espiritual de vossa mentalidade e vos revestis do homem novo, criado segundo Deus na justiça e verdadeira santidade” . Tudo isso levando-se para a santidade e para a comunhão íntima com Deus e com a comunidade.  Outro símbolo da Transfiguração é a luz. Deus mora na luz inacessível, conforme nos ensina a IV Oração Eucarística, tão rica de significados teológicos. São João nos ensina: “Deus é Luz” . Jesus de Nazaré definiu-se como sendo a encarnação da luz .  A nuvem, simboliza a presença de Deus, como a manifestação no Monte Sinai  e a aliança entre Deus e o povo. Isaías cantava que a nuvem é o carro de Deus . Quando Jesus subir ao céu, em certo momento, será envolto por uma nuvem. Ora, o Tabor tem muito do significado do Sinai. Cristo estava para dar à luz um novo povo, uma nova e definitiva aliança, um novo Testamento por meio do sangue derramado na cruz. Como vimos, a Transfiguração tem todo um sentido pascal. E a Páscoa tem um sentido de recriação.  Para o angélico Santo Tomás de Aquino, o Tabor tem a presença do Espírito Santo: “A Trindade inteira apareceu: o Pai, na voz; o Filho, no homem; o Espírito, na nuvem luminosa”. A voz do Pai, saída da nuvem, é o centro do episódio: “Este é meu filho bem-amado. Escutai o que Ele diz!” . Aqui está uma clara afirmação da filiação divina de Jesus, de sua autoridade de Filho de Deus, de sua natureza divina. Por isso Ele tem palavras de vida eterna.
Para nos transfigurarmos, devemos nos revestirmos de Cristo para sermos como Ele é.  É muito importante termos presente que a festa de hoje nos sinaliza que, pelo caminho do sofrimento e da cruz, chegaremos à ressurreição. São Pedro nos representa a todos, quando pretendemos viver e anunciar a alegria da ressurreição, sem passar pela generosa entrega e pela morte. Também nós preferimos montar a nossa tenda na montanha. Mas é preciso ter a experiência mística e coletiva da missão, do anúncio do Evangelho. Não podemos ficar na “fresca” da contemplação da Montanha, mas descer para o dia a dia da vida missionária.  Nesta reflexão sobre a Transfiguração, torna-se oportuno atermo-nos a alguns aspectos. Primeiro, o discípulo reza unindo a oração à realidade do dia-a-dia, principalmente pedindo a força de Deus para vencer os obstáculos, pedindo as forças que vêm de Deus. Depois, somos convidados a dar espaço e oportunidade a novas experiências. Para isso é preciso rezar e amar, conforme nos ensina São João Maria Vianney no silêncio do confessionário e na acolhida da partilha de seu ministério.  A experiência do Monte Tabor, a Transfiguração do Senhor, deu força aos apóstolos para aguentarem a experiência amarga do Monte Calvário. São Marcos relatou a história para fortalecer a fé vacilante dos membros de sua comunidade, quarenta anos depois do acontecido. O texto os convidou a renovar a fé em Jesus e na sua Palavra. O texto, ainda hoje, convida-nos a essa mesma atitude, conforme o convite de Deus Pai: “Este é o meu Filho amado. Escutem o que ele diz!” O convite de ontem vale hoje também para nós. Mais do que um convite é uma convocação para a missão e para o engajamento na realidade concreta da missão.  Contemplando hoje a face de Jesus transfigurado e escutando o que ele diz, encontraremos força para passar suportar os sofrimentos e dificuldades da vida, até o dia em que poderemos contemplá-Lo na glória do Pai, realização definitiva da aliança e das promessas.  Que Deus nos ajude e que as palavras finais do saudoso amigo Cardeal Dom Lucas Moreira Neves, OP, nos interpele: “Que eu possa sempre ver o rosto sereno e radioso do meu Cristo”. E eu completo: sempre na realidade da oração e do amor no irmão que vive e convive conosco no cotidiano. Amém!

03 agosto, 2017


04-agosto-2017
Ele os guarda como a pupila dos olhos.


Os  que tem o hábito de ler os salmos conhecem figuras que mostram a ternura do Altíssimo. Elas fizeram e fazem a experiência da proximidade do Senhor e de como Ele é carinhoso. Na medida em que o tempo da vida  vai passando, em que falhas e pecados são perdoados, negligencias desculpadas, aquele  que busca o Senhor se lembra do amor de Deus em sua vida: a graça da vocação cristã, um convite a dar um passo adiante, o fervor na oração, a vontade decidida de querer bem até o fim. É aquele a respeito dos quais o cronista declara: “ Cercou-o de cuidados e carinhos e o guardou como a pupila dos seus olhos”. Todos os que contemplam o Coração do Redentor sabem do  carinho do Mestre pelos seus.


Frei Almir Ribeiro Guimarães. OFM
fonte:

















Intenção universal do Papa para o mês de agosto 2017:



Pelos artistas:  Pelos artistas do nosso tempo, para que, através das obras do seu engenho, ajudem todas as pessoas a descobrir a beleza da criação.
fonte:
www.passo-a-rezar.net
Padre Marcos que Deus o abençoe muito e sempre

01 agosto, 2017


01-agosto - SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO 
Afonso de Ligório nasceu no dia 27 de setembro de 1696, no povoado de Marianela, em Nápoles, na Itália. Filho de pais cristãos, ricos e nobres que ao se depararem com sua inteligência privilegiada deram-lhe todas as condições e suporte para se tornar uma pessoa brilhante.   Enquanto seu pai o preparava nos estudos acadêmicos e científicos, sua mãe se preocupava em educá-lo nos caminhos da fé e do Cristianismo. Ele cresceu um cristão fervoroso, músico, poeta, escritor e, com apenas dezesseis anos de idade, doutorou-se em direito civil e eclesiástico. Ele sempre foi muito prudente, atendia a todos, ricos ou pobres, com igual empenho. Era um advogado bem sucedido, mas em uma ocasião, por influência políticas desonestas, acabou perdendo uma importante causa. Após este acontecimento, decidiu abandonar tudo e seguir a vida religiosa. Ele concluiu os estudos de teologia, sendo ordenado sacerdote aos trinta anos, em 1726. Seu pai demorou a aceitar sua decisão, mas vendo as ações do filho, acabou reconhecendo a graça de Deus presente nele. Afonso colocou seus talentos a serviço do povo de Deus. Em suas pregações usava as qualidades da oratória e colocava sua ciência a serviço do Redentor.  As suas palavras eram um bálsamo aos que procuravam a reconciliação e orientação, através do confessionário, ministério ao qual se dedicou durante todo o seu apostolado. Aos que lhe perguntavam qual era seu lema, dizia: "Deus me enviou para evangelizar os pobres". Em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, destinada exclusivamente à pregação aos pobres, às regiões de população abandonada, sob a forma de missões e retiros. Em 1762 aceitou ser o Bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos. Entretanto, a saúde enfrequecida o fez retirar-se de volta para o convento, onde continuou a escrever. Durante a vida chegou a escrever mais de 120 livros e tratados. Dentre os mais célebres estão: Teologia Moral; Glórias de Maria, Visitas ao SS. Sacramento e o Tratado sobre a oração. Afonso Maria de Ligório morreu aos noventa e um anos no dia 1º de agosto de 1787. Santo Afonso é doutor da Igreja e padroeiro dos confessores e moralistas.  
ORAÇÃO: Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de Santo Afonso Maria de Ligório, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte:
www.a12.com
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR