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31 maio, 2016

31-maio - Visitação de Nossa Senhora

A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos bem-aventurada aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro
Sabemos que Nossa Senhora foi visitada pelo Arcanjo Gabriel com esta mensagem de amor, com esta proposta de fazer dela a mãe do nosso Salvador. E ela aceitou. E aceitar Jesus é estar aberto a aceitar o outro. O anjo também comunicou a ela que sua parenta – Santa Isabel – já estava grávida. Aí encontramos o testemunho da Santíssima Virgem – no Evangelho de São Lucas no capitulo 1, – quando depois de andar cerca de 100 km ela encontrou-se com Isabel.
Nesta festa, também vamos descobrindo a raiz da nossa devoção a Maria. Ela cantou o Magnificat, glorificando a Deus. Em certa altura ela reconheceu sua pequenez, e a razão pela qual devemos ter essa devoção, que passa de século a século.
“Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações.” (Lucas 1,48)
A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos bem-aventurada aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro. É impossível dizer que se ama a Deus, se não se ama o outro. A visitação de Maria a sua prima nos convoca a essa caridade ativa. A essa fé que se opera pelo amor. Amor que o outro tanto precisa.
Quem será que precisa de nós?
Peçamos a Virgem Maria que interceda por nós junto a Jesus, para que sejamos cada vez mais sensíveis à dor do outro. Mas que a nossa sensibilidade não fique no sentimentalismo, mas se concretize através da caridade.
Virgem Maria, Mãe da visitação, rogai por nós!

30 maio, 2016

30-maio - SANTA JOANA D'ARC

Joana nasceu na região francesa de Lorena, em 6 de janeiro de 1412. Cresceu no meio rural, piedosa, devota e analfabeta. Assinava seu nome utilizando uma cruz. Aos treze anos, começou a viver experiências místicas. Os pais acharam que estava louca. A França vivia a guerra dos cem anos com a Inglaterra. Os franceses estavam enfraquecidos com o rei deposto e os ingleses tentando firmar seus exércitos para tomar de vez o trono. Joana, nas suas orações, recebia mensagens que exigiam que ela expulsasse os invasores, reconquistasse a cidade de Órleans e reconduzisse ao trono o rei Carlos VII. O rei só concordou em seguir os conselhos de Joana quando percebeu que ela realmente era um sinal de Deus. Deu-lhe a chefia de seus exércitos. Joana vestiu armadura de aço, empunhou como única arma uma bandeira com a cruz e os nomes de Jesus e Maria nela bordados, chamando os comandantes à luta pela pátria e por Deus. Os franceses sitiados reagiram e venceram os invasores ingleses, livrando o país da submissão. Carlos VII foi então coroado na catedral de Reims, como era tradição na realeza francesa. Quanto a Joana, foi ferida, traída e vendida para os ingleses, que decidiram julgá-la por heresia. Num processo religioso, grotesco, completamente ilegal, foi condenada à fogueira como "feiticeira, blasfema e herética". Tinha dezenove anos e morreu murmurando os nomes de Jesus e Maria, em 30 de maio de 1431. Vinte anos depois, o processo foi revisto pelo Papa Calisto III, que constatou a injustiça e a reabilitou. Joana d'Arc foi canonizada em 1920 pelo Papa Bento XV, sendo proclamada padroeira da França. 
 REFLEXÃO
 Joana entrou para a história como mito. Aquela jovem camponesa de 20 anos incompletos, tendo como arma principal sua fé, tornou-se respeitada como uma grande líder. Joana D'Arc é considerada a maior heroína nacional da França. Seu nome, imagem e história estão presentes em todo o país. Mesmo tendo sido uma guerreira, ela jamais deixou de praticar sua fé em Jesus Cristo.
ORAÇÃO 
Ó Deus, que nos alegrais com a comemoração de Santa Joana d'Arc, concedei que sejamos ajudados pelos seus méritos e iluminados pelos seus exemplos de castidade e fortaleza. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
 Fonte:
www.a12.com

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

28 maio, 2016

29-maio-2016- 9 Domingo do Tempo Comum - Lc 7,1-10

A  fé do centurião de Cafarnaum é emocionante (evangelho). É tenente do exército romano, “pagão”,mas estima muito o judaísmo. Sendo Jesus judeu, o centurião se julga indigno de fazer-lhe um pedido direto e manda os anciãos da comunidade judaica (afinal, ajudara-os a construir a sinagoga). Estes insistem com Jesus, e ele vai com eles. Ainda no caminho, o centurião lhes corre ao encontro: “Não, Senhor, não entre em minha casa. Eu não sou digno. Mas fale só uma palavra, que meu servo já fica bom. Pois eu sou militar, eu sei o que uma palavra é capaz de fazer quando a gente tem poder de mandar!” E Jesus cura o servo, à distância. História emocionante, porque mostra a grande fé do homem e também sua expressão tão espontânea, nascida de sua vida profissional. “Eu sei o que é mandar!” Emocionante ainda é a simplicidade com que, primeiro, procura intermediários e, depois, corre ao encontro de Jesus. Para o evangelista dos “pagãos”, Lucas, porém, a maior emoção se encontra na palavra de Jesus: “Nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé” (v. 9).
O universalismo transparece na 1ª leitura, tirada da bela oração de Salomão por ocasião da Dedicação do Templo. Salomão pede a Deus que também os que vêm de longe encontrem ouvido quando rogarem no templo de Jerusalém. Mas há certa ambiguidade. Pode ser uma maneira de promover o templo que ele, Salomão, construiu inclusive, para atrair interesses estrangeiros, colocou estátuas de divindades estrangeiras em Jerusalém (1Rs 11,7-8). Um universalismo que cheira a propaganda barata. Universalismo para promover as próprias instituições. Nesta atitude, a gente se mistura um pouco com Deus. O verdadeiro universalismo faz abstração do ganho próprio, mas deseja que cada um encontre Deus no caminho que lhe é próprio. No encontro de Jesus com o centurião romano, Jesus faz abstração das instituições judaicas.
São Paulo, nas suas viagens, evangelizara uma região bem “subdesenvolvida”, de pouca cultura, lá no interior da Turquia: a Galácia (2ª leitura). Eram bárbaros, que mal falavam um pouco de grego. Mas, uma vez que Paulo abriu o caminho, outros judeus, valendo-se do nome de Jesus de Nazaré, começaram a pregar para os gálatas, ávidos por qualquer novidade do mundo das grandes culturas e religiões. Estes novos missionários consideravam o cristianismo como sendo apenas uma variante do judaísmo. Segundo eles, Jesus era um grande mestre, mas não tinha iniciado algo realmente novo; o judaísmo permanecia o único caminho seguro de salvação. Quando fica sabendo disso, Paulo inflama-se e escreve uma carta severa para explicar aos gálatas que Jesus pôs fim ao judaísmo. O judaísmo tinha crucificado Jesus e, com ele, suas próprias prerrogativas e privilégios. O judaísmo servia para os judeus (Paulo o observava ainda), mas não devia ser imposto aos não-judeus: ou Jesus salva o homem, ou o judaísmo, mas não ambos ao mesmo tempo; se a Lei salva, Jesus morreu em vão (cf. Gl 2,21). As leituras de hoje evocam, portanto, um problema bastante crucial entre nós também. Por um lado, temos pessoas que acham que fora do catolicismo romano (de preferência na sua forma mais tradicional) não existe salvação. Por outro, o povão quer garantir sua salvação por uma combinação de várias crenças (o sincretismo). Nenhuma das duas maneiras entende o universalismo da salvação de Deus. Deus salva a quem o procura de modo sincero e autêntico, no caminho que lhe é próprio, seja esse caminho budista, animista, espírita, ou seja lá o que for. Mas Deus se manifestou também para ser conhecido melhor em Jesus Cristo, de maneira única. Quem tem a felicidade de conhecer Jesus Cristo deve, por isso, ajudar a todos a crescerem lá onde Deus os fez brotar. Se assim eles descobrirem que é Jesus quem os coloca em contato com o Deus que buscam, tanto melhor. Mas não desejemos um monopólio para as nossas instituições religiosas. Isso é contraproducente, como mostra a “implantação” da Igreja no Brasil, que talvez não tenha sido uma verdadeira evangelização.
Falamos hoje muito em ecumenismo, diálogo inter-religioso. Mesmo seguros em nossa fé, sentimos que a nossa religião não deve monopolizar tudo o que é valioso. Na 1ª leitura de hoje, o rei Salomão pede a Deus que ele atenda também as preces dos não-judeus que forem rezar no templo de Jerusalém. No evangelho, Jesus louva a fé de um pagão, militar estrangeiro, que lhe pede a cura de seu empregado com tamanha fé como Jesus “nem mesmo em Israel” tinha encontrado. Os que moram mais perto da Igreja não são necessariamente os que têm mais fé. Muitos cristãos tratam a religião cristã como tradição de família ou forma de aparecer; mas no fundo do seu coração não acreditam, não dão crédito a Deus. Dirigem-se por seu próprio nariz, sem deixar Deus se intrometer nos seus negócios … Decidem por conta própria o que lhes convém, Deus e religião à parte. E mesmo quando estão em apuros, só rezam por interesse próprio. Diferente é a fé do centurião pagão, que usa a magnífica imagem tirada da vida militar para reconhecer o poder de Jesus e lhe pedir pela vida de seu empregado. Este pagão reconheceu em Jesus a presença do “Deus da vida”.
Será que também hoje se encontra tamanha fé entre os que não pertencem oficialmente à Igreja, mas talvez no coração estão mais próximos de Jesus do que nós? Não apenas os pagãos que ainda não ouviram o evangelho – uns poucos índios no coração da selva -, mas os pagãos de nossas selvas de pedra, desta nossa sociedade, que abafou o evangelho a tal ponto que, apesar dos muitos templos, ele já não chega ao ouvido das pessoas. Tal que se diz ateu, talvez porque nunca encontrou verdadeiro cristianismo; ou tal que vive dissoluto, por ter sido educado assim; ou então, tal que busca Deus com o coração irrequieto de Santo Agostinho … todos esses não receberão maior elogio de Deus do que os cristãos acomodados?
Tomar consciência disso terá um duplo efeito salvífico para os próprios cristãos: descobrirão a riqueza dos outros, o modo como Deus se manifesta em todo o universo humano; e darão mais valor ao modo único no qual ele se dá a conhecer em Jesus Cristo.

Fonte:
Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes

www.franciscanos.org.br/
28 - maio - São Germano, homem de oração e escuta

Homem de oração e escuta, era dócil e pronto para renunciar a si mesmo e optar pelo querer de Deus.
Seu nome quer dizer ‘irmão’. Nasceu em 378 na França. Foi muito cedo para os estudos e acabou estudando Direito em Roma. Mas, seu grande desejo, era o de viver o Santo Evangelho. E foi pautando a sua vida na Palavra do Senhor. Homem de oração e escuta, era dócil e pronto para renunciar a si mesmo e optar pelo querer de Deus. Germano foi visitado pela Divina Providência. Foi eleito governador da alta Itália mas, de repente, com a morte do Bispo em sua terra natal, o povo e o clero o escolheram Bispo. São Germano renunciou à sua vontade e quis a vontade de Deus para sua vida. Promoveu a vida monástica e a evangelização na França. Foi um apóstolo de Jesus Cristo, cheio do Espírito Santo. Com o exemplo deste santo, aprendemos que precisamos viver como verdadeiros irmãos.
São Germano, rogai por nós!

fonte: 
www.canacaonova.com.br

26 maio, 2016

26 de maio - NOSSA SENHORA DE CARAVAGGIO

História da Devoção
A história relatada abaixo é atribuída à fé católica. O município de Caravaggio, terra da aparição, se encontrava nos limites dos estados de Milão e Veneza e na divisa de três dioceses: Cremona, Milão e Bérgamo.
Ano de 1432, época marcada por divisões políticas e religiosas, ódio, heresias, assolada por bandidos e agitada por facções, traições e crimes. Além disso, teatro da segunda guerra entre a República de Veneza e o ducado de Milão, passou para o poder dos venezianos em 1431. Pouco antes da aparição, em 1432, uma batalha entre os dois estados assustou o país. Neste cenário de desolação, às 17 horas da segunda-feira, 26 de maio de 1432, acontece a aparição de Nossa Senhora a uma camponesa. A história conta que a mulher, de 32 anos, era tida como piedosa e sofredora. A causa era o marido, Francisco Varoli, um ex-soldado conhecido pelo mau caráter e por bater na esposa. Maltratada e humilhada, Joaneta Varoli colhia pasto em um prado próximo, chamado Mezzolengo, distante 2 km de Caravaggio. Entre lágrimas e orações, Joaneta avistou uma senhora que na sua descrição parecia uma rainha, mas que se mostrava cheia de bondade. Dizia-lhe que não tivesse medo, mandou que se ajoelhasse para receber uma grande mensagem. A senhora anuncia-se como “Nossa Senhora” e diz: “Tenho conseguido afastar do povo cristão os merecidos e iminentes castigos da Divina Justiça, e venho anunciar a Paz”. Nossa Senhora de Caravaggio pede ao povo que volte a fazer penitência, jejue nas sextas-feiras e vá orar na igreja no sábado à tarde em agradecimento pelos castigos afastados e pede que lhe seja erguida uma capela. Como sinal da origem divina da aparição e das graças que ali seriam dispensadas, ao lado de onde estavam seus pés, brota uma fonte de água límpida e abundante, existente até os dias de hoje e nela muitos doentes recuperam a saúde. Joaneta, na condição de porta-voz, leva ao povo e aos governantes o recado da Virgem Maria para solicitar-lhes – em nome de Nossa Senhora – os acordos de paz. Apresenta-se a Marcos Secco, senhor de Caravaggio, ao Duque Felipi Maria Visconti, senhor de Milão, ao imperador do Oriente, João Paleólogo, no sentido de unir a igreja dos gregos com o Papa de Roma. Em suas visitas, levava ânforas de água da fonte sagrada, que resultavam em curas extraordinárias, prova de veracidade da aparição.
Os efeitos da mensagem de paz logo apareceram. A paz aconteceu na pátria e na própria Igreja. Até mesmo Francisco melhorou nas suas atitudes para com a esposa Joaneta. Sobre ela, após cumprida a missão de dar a mensagem de Maria ao povo, aos estados em guerra e à própria Igreja Católica, os historiadores pouco ou nada falam. Por alguns anos foi visitada a casa onde ela morou que, com o tempo desapareceu no anonimato.
fonte:
www: aveluz.org.br

26-maio-2016 - Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo 

No centro desta Solenidade está a  celebração de Deus que alimenta o seu povo e que, no seu Filho, dá-lhe o alimento supremo e eterno, quer a grande Eucaristia dos crentes.
Para exprimir esta oração de louvor e de agradecimento, que dirigimos ao Senhor acolhendo o dom do seu amor, a Escritura emprega duas palavras: a bênção (primeira leitura) e a ação de graças (segunda leitura). Estas duas dimensões de oração estão intimamente ligadas e devem habitar a nossa vida para além da missa, para testemunhar todo o amor com o qual Cristo ama os homens (Evangelho).
A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo é a festa da Pessoa de Cristo. Ao levantarmos os olhos para o Pão e o Vinho consagrados, só podemos dizer: «É mesmo Ele! Meu Senhor e meu Deus!»
Breve comentário do Evangelho.
A refeição da fração do pão, que Jesus celebrou com os seus discípulos, é destinada ao conjunto do seu povo. O próprio Jesus demonstrou  isso alimentando a multidão que O seguia, como Deus o havia feito outrora no deserto. Para viver, é preciso comer. E como Deus nos quer vivos, Ele próprio intervém. Como um Pai que cuida dos seus filhos, quando estes não encontram o alimento necessário. A tradição de Israel tinha guardado a memória de uma intervenção providencial, em que Deus tinha alimentado o seu povo no deserto, depois da saída do Egito, com o maná e as codornizes (Ex 16); era um pão vindo do céu, portanto, de Deus.  Por outro lado, Jesus alimenta o povo que está quase  fracassando. Vários detalhes anunciam a Eucaristia: Jesus parte os pães e o distribuiu aos seus discípulos, como na comunhão: o povo está organizado, os Apóstolos fazem o serviço, é a Igreja; no deserto, o maná era apenas suficiente, mas aqui, no banquete do Senhor, restam cestos cheios, porque o pão de Jesus nos é oferecido generosamente, para que tenhamos a vida em abundância (Jo 10,10).  É impossível isolar a «ordem de reiteração» da Eucaristia propriamente dita de outras ordens que Jesus nos deu: muito próximo da Eucaristia, há o «exemplo» do lava-pés; há ainda o «mandamento do amor» e a necessidade primordial de amar o nosso próximo; e hoje, o apelo a darmos nós mesmos de comer àqueles que nada têm que comer. Significando já o Reino onde todos os bens superabundam, Jesus recorda que Ele quer associar desde já todos os batizados à sua construção, ao seu anúncio. E para isso, Ele nos  santifica com a sua própria vida.
  A fé da Igreja na presença do seu Senhor ressuscitado no mistério da Eucaristia remonta à origem da comunidade cristã. São Paulo transmite o que recebeu da tradição, cerca de 25 anos depois da morte de Jesus. É a narração mais antiga da Eucaristia. A Igreja nunca abandonou esta centralidade.
A Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo foi instituída em meados do século XIII, numa época em que se comungava muito pouco e onde se levantavam dúvidas sobre a «presença real» de Jesus na hóstia consagrada depois da celebração da Eucaristia. A Igreja respondeu, não com longos discursos, mas com um ato: Sim, Jesus está verdadeiramente presente mesmo depois do fim da missa. E para provar esta fé, criou-se o hábito de organizar procissões com a hóstia consagrada pelas ruas, fora das igrejas.
Hoje, não é raro encontrar católicos que põem em dúvida esta permanência da presença Jesus no pão eucarístico. As palavras de Jesus nos esclarecem: «Este é o meu Corpo… Este cálice é a nova Aliança no meu sangue». Estas afirmações de Jesus, na noite de quinta-feira santa, não dependiam nem da fé nem da compreensão dos apóstolos. É Jesus que se compromete, que dá o pão como sendo o seu corpo, o cálice de vinho como sendo o cálice da nova Aliança no seu sangue. Só Ele pode ter influência neste pão e neste vinho.
Hoje, é o sacerdote ordenado que pronuncia as palavras de Jesus, mas não é ele que lhes dá sentido e realidade. É sempre Jesus ressuscitado que se compromete, exatamente como na noite de quinta-feira santa. O sacerdote e toda a comunidade com ele são convidados a aderir na fé a esta ação de Jesus. Mas não têm o poder de retirar a eficácia das palavras que não lhes pertencem. A Igreja tem razão em celebrar esta permanência da presença de Jesus. Que esta seja para nós fonte de admiração e  de ação de graças!
 ORAÇÃO
O PÃO DA VIDA 
O dia começava a declinar.  Os Doze aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe:  Manda embora esta multidão…  Aqui estamos num local deserto… 
Manda embora esta multidão…  Durante todo o dia, a multidão  te escutou longamente.
Alimentou-se da tua Palavra  a ponto de esquecer o alimento corporal…  Felizmente que estamos aí, pensam talvez os teus Apóstolos.  Porque a noite chega: é preciso encontrar uma solução!  Eles têm uma: Manda embora esta multidão…  É a solução humana bem indicada:
nas aldeias dos arredores, as pessoas poderão alojar-se e alimentar-se. 
É a solução de facilidade. Mas não é o teu ponto de vista.  Dai-lhes vós mesmos de comer!
É muito  fácil dar conselhos aos outros  sem se comprometer a si mesmo|
O teu discípulo Tiago retomará o teu pensamento, Senhor, escrevendo:
«Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano,
e um de vós lhes disser: “Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome”,
mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará?» (Tg 2,15-16) Tu nos pedes- para fazer qualquer coisa,  para ir em ajuda aos outros.  Por vezes a nossa ação não será muito grande,  mas tu queres ter necessidade dela.  A ação dos apóstolos, nesse dia, foi simplesmente  de Te trazer os cinco pães e de convidar as pessoas a se instalarem no gramado. 
Todos comeram…  e ainda recolheram doze cestos dos pedaços que sobraram.
Os apóstolos terão cada um,  um cesto cheio dos  «dons de Deus» para levar aos famintos o alimento essencial, o Pão de vida…  E isso até o fim dos tempos, até ao teu regresso! 
Pelo alimento eucarístico, obrigado, Senhor!
Os homens têm fome, sabes bem disso, e Tu queres que ninguém caia no caminho…
Mas muitos já não sentem mais esta fome… Tem piedade deles, Senhor!
Tu queres também ter necessidade de ajuda para partilhar o teu Pão  a todas as um ltidões de todos os lugares…
Dá à tua Igreja, Senhor, os sacerdotes que continuarão a missão  e o trabalho dos Apóstolos em favor dos famintos de hoje.
Meditação para a semana. . .
É a lei biológica da nossa condição humana: é preciso comer para viver. A nossa vida espiritual exige também ser alimentada e cuidada, para crescer e ser fecunda. Ao multiplicar os pães e os peixes para a multidão que tinha vindo escutar o seu ensinamento, Jesus respondia, certamente, a uma necessidade física imediata. Mas revelava já todo o seu amor pelos homens e o seu desejo de os saciar com o verdadeiro alimento: a sua própria vida, o seu corpo entregue como Pão da Vida, o seu sangue derramado como sangue da Aliança.
Assim, comungar é ser alimentado pela vida de Jesus, enriquecido pelas suas próprias forças, ser capaz do seu amor. Do mesmo modo que comemos para viver, comungamos na Eucaristia para viver como discípulos de Jesus… Que fazemos das nossas comunhões? Que vidas fazem elas crescer em nós?
Para meditar estas interrogações, perguntemo-nos verdadeiramente sobre o que nos faltaria se não tivéssemos Eucaristia…
A Eucaristia é verdadeiramente «vital» para nós? Se assim não for, um período de «jejum eucarístico», um tempo de retiro espiritual para lhe descobrir o sentido, podem ajudar a reencontrar a grandeza deste sacramento. Se assim for, procuremos rezar por aqueles que são privados da Eucaristia e sofrem, e peçamos ao Senhor para lhes dar de novo a graça do seu amor.
E como andamos de adoração? Com a Festa do Corpo de Deus vem também a questão das procissões e da adoração eucarísticas. Se a ocasião se proporcionar, vivamos este tempo de adoração em ligação com a própria celebração, como prolongamento desta e para melhor nos prepararmos ao serviço dos nossos irmãos.
 fonte:
www.dehonianos.org

24 maio, 2016

24-maio- Nossa Senhora Auxiliadora


Esta invocação mariana encontra suas raízes no ano 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lança seu olhar de cobiça sobre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate católico.  A vitória aconteceu no dia 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão à Virgem acrescentando nas ladainhas loretanas a invocação: Auxiliadora dos Cristãos.  No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus: Napoleão I, empenhado em dominar os estados pontifícios, foi excomungado pelo Sumo Pontífice. Em resposta, o imperador francês seqüestrou o Vigário de Cristo, levando-o para a França. Movido por ardente fé na vitória, o Papa recorreu à intercessão de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto. O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Uma vez fracassado, Napoleão cedeu à opinião pública e libertou o Papa, que voltou a Savona para cumprir sua promessa.
 No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral. Os bens eclesiásticos foram restituídos. Napoleão viu-se obrigado a assinar a abdicação no mesmo palácio onde aprisionara o velho pontífice.
Para marcar seu agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.
O grande apóstolo da juventude, Dom Bosco, adotou esta invocação para sua Congregação Salesiana porque ele viveu numa época de luta entre o poder civil e o eclesiástico. A fundação de sua família religiosa, que difunde pelo mundo o amor a Nossa Senhora Auxiliadora, deu-se sob o ministério do Conde Cavour, no auge dos ódios políticos e religiosos que culminaram na queda de Roma e destruição do poder temporal da Igreja. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra educacional de Dom Bosco para defendê-la em todas as dificuldades. No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São João Bosco iniciou a construção, em Turim, de um santuário, que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos. A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu com sua mãe Margarida, a confiar inteiramente em Nossa Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o título Auxiliadora dos Cristãos. Para perpetuar o seu amor e a sua gratidão para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido por todos e para sempre que foi “Ela (Maria) quem tudo fez”, quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregação por ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fossem um monumento vivo dessa sua gratidão. Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a “Virgem de Dom Bosco”.
Escreveu Dom Bosco: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso”.
Oração a Nossa Senhora Auxiliadora, Protetora do Lar
Santíssima Virgem Maria a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos,
nós vos escolhemos como Senhora e Protetora desta casa.
Dignai-vos mostrar aqui Vosso auxílio poderoso.
Preservai esta casa de todo perigo: do incêndio, da inundação, do raio, das tempestades, dos ladrões, dos malfeitores, da guerra e de todas as outras calamidades que conheceis.
Abençoai, protegei, defendei, guardai como coisa vossa as pessoas que vivem nesta casa.  Sobretudo concedei-lhes a graça mais importante, a de viverem sempre na amizade de Deus, evitando o pecado.
Dai-lhes a fé que tivestes na Palavra de Deus, e o amor que nutristes para com Vosso Filho Jesus e para com todos aqueles pelos quais Ele morreu na cruz.
Maria, Auxílio dos Cristãos, rogai por todos que moram nesta casa que Vos foi consagrada.
Amém.

fonte:
www.cancaonova.com.br

22 maio, 2016

22/maio – Santa Rita de Cássia
Não são poucos os santos que chegaram à santidade por meio de um longo processo de aperfeiçoamento espiritual através do que os moralistas acharam os “três estados de vida”: casamento, viuvez, vida religiosa. Na idade Moderna, poderíamos lembrar, entre outros, de São Francisco de Borja, governador e duque, que se fez jesuíta depois de perder a esposa e casar seus filhos, chegando a ser terceiro geral da Companhia de Jesus; S. Afonso Rodrigues, também jesuíta, após a morte de sua esposa a de suas duas filhas; Santa Francisca Romana, fundadora das Oblatas de Maria; Santa Luíza de Marillac, fundadora das Irmãs da Caridade; Santa Francisca Fremiot de Chantal, fundadora das Salesas.
Santa Rita de Cássia (1381-1457) pertenceu a este grupo, pois ela também foi casada, Viúva e religiosa. Há, contudo, uma diferença fundamental entre ela e os Santos acima mencionados: o casamento não foi para ela, como para Francisco de Borja ou Luíza de Marillac, uma etapa de harmonioso crescimento espiritual, mas um período de terrível provação.
Casada aos treze anos, teve de suportar durante dezoito longos anos os excessos de um marido duro e cruel. Quando morreu assassinado, Rita ofereceu a Deus a vida de seus dois filhos, João e Paulo Maria, determinados a vingar a morte do pai. Os dois morreram antes de consumar a vingança. Pede então ser admitida no convento das freiras agostinianas. É lhe negado por não ser virgem. Insiste três vezes. A lenda revestiu poeticamente esse fato, fazendo-a ser introduzida no convento milagrosamente por seus três santos protetores. Por isso é invocada como advogada dos impossíveis.
Oração a Santa Rita de Cássia
Ó Poderosa e gloriosa Santa Rita, eis a vossos pés uma alma desamparada que, necessitando de auxílio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós que tem o título de santa dos casos impossíveis e desesperados. Ó cara santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça de que tanto necessito (faça o pedido). Não permitais que tenha de me afastar de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que me impeça de alcançar a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste. Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus, em união com a vossa prece. Ó Santa Rita, eu ponho em vós toda a minha confiança. Por vosso intermédio, espero tranquilamente a graça que vos peço. Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós.Amém!
fonte:
www.cleofas.org.br

21 maio, 2016

22-maio-2016 – Solenidade da Santíssima Trindade 

A Solenidade  que hoje celebramos  não é um convite  para decifrar  o mistério  que se esconde por detrás de “um Deus em três pessoas”; mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor. A primeira leitura nos sugere a contemplação do Deus criador. A sua bondade e o seu amor estão inscritos e manifestam-se aos homens na beleza e na harmonia das obras criadas (Jesus Cristo é  “sabedoria” de Deus e o grande revelador do amor do Pai). A segunda leitura nos convida a contemplar o Deus que nos ama e que, por isso, nos “justifica”,  de  forma  gratuita  e  incondicional.  É  através  do  Filho  que  os  dons  de Deus/Pai se derramam sobre nós e nos oferecem a vida em plenitude. O  Evangelho  nos convoca,  outra  vez,  para  contemplar  o  amor  do  Pai,  que  se manifesta na doação e na entrega do Filho e que continua  acompanhando a nossa caminhada  histórica  através  do Espírito.  A meta  final  desta  “história  de amor”  é a nossa inserção plena na comunhão com o Deus/amor, com o Deus/família, com o Deus/comunidade.
Reflexão:
Esta passagem de São João retoma o que Jesus nos dizia domingo passado na Solenidade do Pentecostes sobre o Espírito de verdade que nos guiará para a verdade total… É o Espírito que nos dará a força para  compreende-la. Domingo passado, refletimos sobre a verdade que o Espírito Santo desvela progressivamente, ao longo da história da Igreja. Hoje, estamos atentos ao fato que a verdade do Evangelho nos atinja  enquanto  seres  em  crescimento  de  humanidade  e  de  fé.  Ora  a  fé, contrariamente  ao que por vezes se imagina, não é uma luz que cega. Ela é uma espécie de luz obscura, uma confiança dada na noite. Ela implica um salto no desconhecido. Isto  se verifica particularmente a propósito do mistério da Santíssima Trindade. A palavra não se encontra na Bíblia, mas a realidade que quer exprimir está muito presente no ensino de Jesus. Assim, hoje, vemos com que insistência Jesus fala de seu Pai e do Espírito de verdade. Jesus diz, o mais explicitamente possível, que entre o Pai, o Espírito e Ele tudo é comum… Deus que é Pai, Filho e Espírito, Deus único,  mas não solitário, Deus comunhão eterna de Amor infinito no mais profundo do seu mistério, é a pedra angular da fé cristã, a diferença, sem dúvida, fundamental em relação  às  outras  concepções  de  Deus.  O  nosso  ato  de  fé  é  aqui  decisivo  e determina se somos verdadeiramente “de Cristo”. “Senhor, eu creio, mas aumenta a minha fé”.
♦  O Espírito  aparece,  aqui,  como  presença  divina  na  caminhada  da  comunidade cristã, como essa realidade que potencia a fidelidade dinâmica dos crentes às propostas que o Pai, através de Jesus, fez aos homens. A Igreja de que fazemos parte tem sabido estar atenta, na sua caminhada histórica, às interpelações do Espírito? Ela tem procurado, com a ajuda do Espírito, captar a Palavra eterna de Jesus e deixar-se guiar por ela? Tem sabido, com a ajuda do Espírito, continuar em  comunhão  com  Jesus?  Tem-se  esforçado,  com  a  ajuda  do  Espírito,  por responder às interpelações  da história e por atualizar, face aos novos desafios que o mundo lhe coloca, a proposta de Jesus? 
♦  Sobretudo, somos convidados a contemplar o mistério de um Deus que é amor e que,  através  do  plano  de  salvação/libertação  do  Pai,  tornado  realidade  viva  e humana em Jesus, e continuado pelo Espírito presente na caminhada dos crentes, nos conduz para a vida plena do amor e da felicidade total – a vida do Homem Novo, a vida da comunhão e do amor em plenitude. 
♦  A celebração da Solenidade da Trindade não pode ser a tentativa de compreender e decifrar essa estranha charada de “um em três”. Mas deve ser, sobretudo, a contemplação de um Deus que é amor e que é, portanto, comunidade. Dizer que há três pessoas em Deus, como há três pessoas numa família – pai, mãe e filho – é afirmar três deuses e é negar a fé; inversamente, dizer que o Pai, o Filho e o Espírito são três formas de apresentar o mesmo Deus, como três fotografias do mesmo rosto, é negar a distinção das três pessoas e é, também, negar a fé. A natureza divina de um Deus amor, de um Deus família, de um Deus comunidade, expressa-se  na nossa  linguagem  imperfeita  das  três  pessoas.  O Deus  família torna-se trindade de pessoas distintas, porém unidas. Chegados aqui, temos que parar, porque a nossa linguagem finita e humana não consegue “dizer” o mistério de Deus. 
♦  As nossas comunidades  cristãs são, realmente,  a expressão  desse Deus que é amor  e  que  é  comunidade  –  onde  a  unidade  significa  amor  verdadeiro,  que respeita a identidade e a especificidade do outro, numa experiência verdadeira de amor, de partilha, de família, de comunidade?
 O pintor crente Roublev tentou mostrar, numa troca de olhares, a relação de amor que existe entre o Pai, o Filho e o Espírito: quando o Pai e o Filho se olham, cada um guarda a sua personalidade  e revela ao mesmo tempo a personalidade  do outro, e esta relação  de amor faz existir  o Espírito  que olha o Pai e o Filho, eles próprios deixando-se  olhar,  olhando  ao  mesmo  tempo  o  Espírito  de  Amor  que  faz  a  sua unidade. Muitas vezes basta um olhar para dizer  muitas coisas, basta um olhar para dar de novo esperança, confiança e vida, basta um olhar para dizer “amo-te!” e ouvir dizer em eco: “amo-te!” A Trindade é um intercâmbio de “amo-te!” Há unidade e, ao mesmo tempo, personalidades diferentes: cada um diz “ te amo!” e pode acrescentar “eu sou amado!” Tal é o segredo da sua existência e da sua eternidade. Mistério! Não por ser incompreensível, mas por, sem cessar, merecer ser  melhor compreendido. E a Trindade não é o único mistério, a humanidade também o é, porque criada à imagem de Deus, homens e mulheres capazes de dizer “ te amo!” e capazes de dizer “eu sou amado!” 
ORAÇÃO
Deus  eterno,  Pai  e  criador  de  todo  o  universo,  contemplamos  o  céu,  a  terra,  os oceanos e todas as suas maravilhas, onde vemos a obra admirável da tua Sabedoria. Por todas as tuas obras, nós Te bendizemos. Nós  Te  confiamos  as  nossas  inquietações  quanto  ao  futuro  da  tua  criação  e  ao equilíbrio da natureza, que as nossas técnicas violentas já perturbaram muito.  Pai,  nós  Te damos  graças  pelos  dons  incomparáveis  com  que  nos  gratificaste:  a justiça, a paz, a fé, a esperança e, sobretudo, o teu amor, que derramaste nos nossos corações pelo Espírito Santo que Tu nos deste.   
Nós  Te   pedimos  pela  unidade  das  Igrejas,  outrora  quebrada  por   diferentes compreensões da justificação. Ilumina-nos com o teu Espírito.
Deus fiel, Pai revelado pelo teu Filho no teu Espírito, nós Te damos graças, porque nos introduzes na comunhão da tua glória e na verdade do teu amor. Nós Te pedimos: Deus, Espírito de verdade, guia-nos para a verdade completa e dá-nos a força de levar as mensagens do Evangelho.
 Meditação para a semana. . .
Mergulhar no coração do mistério… Uma festa para celebrar a relação de Amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Um mistério imenso que ultrapassa as nossas concepções  humanas  e  no  qual  somos  convidados  a  entrar.  Durante  a  próxima semana podemos dedicar um tempo à oração, à contemplação, para nos deixarmos mergulhar  no  coração  deste  mistério  de  Amor  da  Trindade…  e  um  tempo  para repensar  de novo as nossas vidas de batizados: a vida, o amor, a paz, o serviço… passam livremente através de nós? Ou estamos desgarrados do conjunto?
fonte:
www.dehonianos.org

19 maio, 2016

19-maio - SÃO PEDRO CELESTINO

Pedro nasceu em 1215 na Itália, fillho de pais camponeses. Segundo os escritos, decidiu que seria religioso aos seis anos de idade, quando revelou esse desejo à mãe. Cresceu estudando com os beneditinos e assim que terminou os estudos, retirou-se para um local isolado, onde viveu por alguns anos. Depois foi para Roma recebendo o sacerdócio em 1239. Voltou para a vida de eremita e foi viver no sopé de um morro onde levantou uma cela, vivendo de penitências e orações contemplativas. Em 1251 fundou, com a colaboração de dois companheiros, um convento. Rapidamente, sob a direção de Pedro, o convento abrigava cada vez mais seguidores. Assim, ele fundou uma nova Ordem, mais tarde chamada "dos Celestinos". Em 1292 morreu o Papa Nicolau V e Pedro foi eleito o novo papa. Entretanto a sua escolha foi política, por pressão de Carlos II, rei de Nápoles. Com temperamento para a vida contemplativa e não para a de governança, o erro de estratégia logo foi percebido pelos cardeais. Pedro Celestino exerceu o papado durante um período cheio de intrigas, crises e momentos difíceis. Reconhecendo-se deslocado, renunciou em favor do Papa Bonifácio VIII, seu sucessor. Para não gerar um cisma na Igreja, Pedro Celestino aceitou humildemente ficar prisioneiro no Castelo Fumone. Ali permaneceu até sua morte. Dez meses depois de seu confinamento, Pedro Celestino teve uma visão e ficou sabendo o dia de sua morte. Assim, recebeu os Santos Sacramentos e aguardou por ela, que chegou exatamente no dia e momento previstos: 19 de maio de 1296. 
 REFLEXÃO 
O Espírito Santo concede a cada um de nós um dom específico. Viver esta vocação doada por Deus é sinal de sabedoria e união com a vontade de Deus. Quando trocamos nossa vocação por outros caminhos, fica-nos uma lacuna na vida. Assim, vamos encontrar em Deus nossa verdadeira vocação e responder ao chamado de Deus com alegria e fidelidade.
ORAÇÃO 
Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Celestino V governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Fonte:

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

17 maio, 2016

17-maio - SÃO PASCOAL BAILÃO

Pascoal nasceu na cidade de Torre Formosa, na Espanha, no dia 16 de maio de 1540. Filho de uma família humilde, foi pastor de ovelhas e, aos dezoito anos, seguindo sua vocação, tentou ser admitido no convento franciscano de Santa Maria de Loreto. Sua primeira tentativa foi frustrada, mas por causa dos seus dons carismáticos ele pôde ingressar na Ordem. Pascoal por humildade permaneceu um simples irmão leigo, exercendo as funções de porteiro e ajudante dos serviços gerais. Bom, caridoso e obediente às regras da Ordem, fazia penitência constante, alimentando-se muito pouco e mantendo-se em constante oração. Defensor extremado de sua fé, travou grande luta contra os calvinistas franceses que negavam a eucaristia. Apesar da sua simplicidade, Pascoal era muito determinado quando se tratava de dissertar sobre sua espiritualidade e conhecimentos eucarísticos. Ele morreu no dia 17 de maio de 1592, aos cinqüenta e dois anos, em Villa Real, Valência. São Pascoal é patrono dos congressos eucarísticos. 
 REFLEXÃO 
A amor de São Pascoal pela eucaristia o fez perseverar na fé e no amor ao Cristo. Sua simplicidade era a marca de sua dedicação à causa do reino de Deus. Pascoal sabia que o Cristo estava presente na eucaristia, mas também sabia que Jesus está presente em cada pessoa que sofre as injustças neste mundo. Possamos também nós descobrir Jesus presente na Eucaristia e presente nos sofredores e sofredoras deste mundo.
ORAÇÃO 
Ó Deus, que fizestes resplandecer São Pascoal por um profundo amor para com os sagrados mistérios do Corpo e Sangue do vosso Filho, concedei-nos acolher em nossa vida as riquezas espirituais de que ele se alimentava nesse sagrado banquete. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Fonte:

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

16 maio, 2016

16-maio - SÃO JOÃO NEPOMUCENO

João nasceu no ano de 1330. Apesar de ter pais pobres, João conseguiu se formar doutor em teologia e direito canônico na universidade de Praga. João sabia que sua verdadeira vocação era o sacerdócio, a pregação. Quando finalmente recebeu a unção sacerdotal pôde colocar em prática o seu talento de orador sacro. O fez de forma tão brilhante que foi convidado à ser capelão e confessor na corte. Tornou-se confessor da rainha e provocou a ira do rei. A tradição diz que o rei teria exigido que João violasse o segredo da confissão da rainha, coisa a que ele se negou e, por isso, foi torturado e morto. O seu corpo foi jogado nas águas do rio Moldávia. Seu corpo foi descoberto e recebeu digna sepultura na Igreja de Santa Cruz.
 REFLEXÃO 
A ganância pelo poder faz o ser humano perder a razão e usar de artimanhas injustas para estar sempre no posto mais alto. João Nepomuceno morreu por causa da intolerância do rei, que não suportava submeter-se aos designios de Deus. Ainda hoje milhares de homens e mulheres são perseguidos pelas autoridades, sobretudo quando lutam pela justiça e pela paz.
ORAÇÃO
 Senhor, nós vos louvamos hoje dizendo com o Salmista: Aleluia! Feliz o homem que teme ao Senhor e se compraz com seus mandamentos! Sua descendência será poderosa na terra, a descendência dos retos será abençoada. Na sua casa há abundância e riqueza, sua justiça permanece para sempre. Ele brilha na treva como luz, ele é piedade, compaixão e justiça.

Fonte:

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

15 maio, 2016



O Catecismo da Igreja Católica diz que: “Os sete dons do Espírito Santo são: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. Em plenitude, pertencem a Cristo, Filho de Davi. Completam e levam à perfeição as virtudes daqueles que os recebem”. Tornam os fiéis dóceis para obedecerem prontamente às inspirações divinas. São Paulo lembra que “Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus […]. Filhos e, portanto herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo” (Rm 8,14.17
Desde o nosso batismo, o Espírito Santo habita em nossa alma e produz aí os seus frutos e dons para nos conduzir ao amor de Deus e ao serviço dos irmãos. Eles nos ajudam a vencer o pecado e viver de acordo com as leis morais. Eles são indispensáveis à santificação do cristão mesmo na vida cotidiana, e não apenas para as grandes obras.
O dom da ciência faz que o cristão penetre na realidade deste mundo sob a luz de Deus; vê cada criatura como reflexo da sabedoria do Criador e como caminho a Deus. Leva o homem a compreender o vestígio de Deus que há em cada ser criado. O homem foi feito para Deus e só n'Ele pode descansar, como disse Santo Agostinho. Por este dom o cristão reconhece o sentido do sofrimento e das humilhações no plano de Deus, que liberta e purifica o homem.
O dom do entendimento ou inteligência nos ajuda a penetrar no íntimo das verdades reveladas por Deus e entendê-las. Por ele o cristão contempla os mistérios da fé. É um entendimento diferente daquele que o teólogo obtém pelo estudo; o que é penoso e lento. O dom da inteligência é eficaz mesmo sem estudo; é dado aos pequeninos e ignorantes, desde que tenham grande amor a Deus. Um irmão leigo franciscano disse certa vez a São Boaventura († 1274), o Doutor Seráfico: “Felizes vós, homens doutos, que podeis amar a Deus muito mais do que nós, os ignorantes!” Respondeu-lhe Boaventura: “Não é a doutrina alcançada nos livros que mede o amor; uma pobre velha ignorante pode amar a Deus mais do que um grande teólogo se estiver unida a Deus.” Por esse dom conhecemos os nossos pecados e a nossa miséria. Os santos, quanto mais se aproximaram de Deus, mais tiveram consciência do seu pecado ou da sua distância de Deus.
O dom da sabedoria nos dá um conhecimento da verdade revelada por Deus. Abrange todos os conhecimentos do cristão e os põe sob a luz de Deus, mostra a grandeza do plano do Criador e a sua onipotência. Vem da intimidade com o Senhor. “O dom da sabedoria faz-nos ver com os olhos do Bem-amado”, dizia um grande místico. Isto não quer dizer que devemos menosprezar o estudo, pois, se Deus nos deu a inteligência, foi para que a apliquemos à verdade, que é Ele mesmo. Os teólogos afirmam que veremos a Deus face a face por toda a eternidade na proporção do amor com que O tivermos amado nesta vida.
O dom do conselho permite ao cristão tomar as decisões oportunas nas horas difíceis da vida, para que se comporte como verdadeiro filho de Deus. Isso, às vezes, exige coragem. Pelo dom do conselho o Espírito Santo nos inspira a maneira correta de agir no momento oportuno. “Todas as coisas têm o seu tempo, e tudo o que existe debaixo dos céus tem a sua hora […]” (Ecl 3, 1-8); fora desse momento preciso, o que é oportuno pode tornar-se inoportuno; nem sempre é fácil discernir se é oportuno falar ou calar, ficar ou partir, dizer "sim" ou dizer "não".
O dom da piedade nos orienta em todas as relações que temos com Deus e com o próximo. São Paulo se refere a isso: “Recebestes o Espírito de adoção filial, pelo qual bradamos: Abbá ó Pai” (Rm 8,15). O Espírito Santo, mediante o dom da piedade, nos faz, como filhos adotivos de Deus, reconhecer Deus como Pai. E, pelo fato de reconhecermos Deus como Pai, consideramos as criaturas com olhar novo. Este dom nos leva a considerar o fato de que Deus é sumamente santo e sábio: “Nós vos damos graças por vossa grande glória”. É o dom da piedade que leva os santos a desejar, acima de tudo, a honra e a glória de Deus. “Para que em tudo seja Deus glorificado”, diz São Bento. E Santo Inácio de Loiola exclama: “Para a maior glória de Deus”. É também o dom da piedade que desperta no cristão a inabalável confiança em Deus Pai, como, por exemplo, Santa Teresinha. Este dom leva o cristão a ver o outro como irmão e a amá-lo como filho de Deus.
O dom da fortaleza nos dá força para a fidelidade à vida cristã, cheia de dificuldades. Jesus disse que “o Reino dos céus sofre violência dos que querem entrar, e violentos se apoderam dele” (Mt 11,12). Pelo dom da Fortaleza o Espírito Santo nos dá a coragem necessária para a luta diária contra nós mesmos, nossas paixões e problemas, com paciência, perseverança, coragem e silencio. Nos dá forças além das naturais. Esta força divina transforma os obstáculos em meios e nos dá a paz mesmo nas horas mais difíceis. Foi o que levou São Francisco de Assis a dizer: “Irmão Leão, a perfeita alegria consiste em padecer por Cristo, que tanto quis padecer por nós”.
O dom do temor de Deus nos leva a amá-Lo tão profundamente que tenhamos receio de ofendê-Lo. Nada tem a ver com o temor do mercenário ou o temor do castigo (do escravo); mas é o temor do amor do filho. É a rejeição que o cristão experimenta diante da possibilidade de ofender a Deus; brota das entranhas do amor. Não há verdadeiro amor sem este tipo de temor. Medo de ofender o Amado. Pelo dom do temor de Deus a vitória é rápida e perfeita, pois é o Espírito que move o cristão a dizer "não" à tentação. O dom do temor de Deus está ligado à virtude da humildade, que nos faz conhecer nossa miséria, impede a presunção e a vã glória, e assim, nos torna conscientes de que podemos ofender a Deus; daí surge o santo temor de Deus. Ele se liga também à virtude da temperança; combate a concupiscência e os impulsos desordenados do coração, para não ofender e magoar a Deus.
O apagar do círio pascal

Com a solenidade de Pentecostes o círio pascal é retirado do presbitério e conduzido ao batistério, onde permanece ao longo de todo o ano para ser aceso durante o Batismo. 
Rito Para Apagar o Círio Pascal
Irmãos e irmãs, na noite da Vigília Pascal, aclamamos Cristo nossa luz e acendemos o círio pascal. A luz do círio nos acompanhou nestes cinquenta dias. Hoje, dia de Pentecostes, ao concluir o tempo da Páscoa, o círio é apagado. Este sinal  nos é tirado para que, educados na escola pascal do mestre ressuscitado, nos tornemos a “ luz de Cristo” que se irradia, como uma coluna luminosa que passa no mundo, para iluminar os irmãos e irmãs e guiá-los no êxodo definitivo rumo ao céu. –Cristo, luz do mundo.
Demos graças a Deus.
Dignai-vos, ó Cristo, acender as nossas lâmpadas da fé; que em vosso templo refuljam constantemente, alimentadas por vós, que sois a luz eterna. Sejam iluminados os ângulos escuros do nosso espírito e sejam expulsas para longe de nós as trevas do mundo. Vós, que viveis e reinais para sempre.

Amém!

14 maio, 2016

15-maio-2016- Solenidade de Pentecostes

O tema deste domingo é, evidentemente, o  Espírito Santo. Dom de Deus a todos os crentes, o Espírito dá vida, renova, transforma, constrói comunidade e faz nascer o Homem Novo.  O Evangelho nos apresenta a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É o Espírito que permite aos crentes superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus viveu até às últimas consequências. Na primeira leitura, Lucas sugere que o Espírito é a lei nova que orienta a caminhada dos crentes. É Ele que cria a nova comunidade do Povo de Deus, que faz com que os homens sejam capazes de ultrapassar as suas diferenças e comunicar, que une numa mesma comunidade de amor, povos de todas as raças e culturas. Na segunda leitura, Paulo avisa que o Espírito é a fonte de onde brota a vida da comunidade cristã. É Ele que concede os dons que enriquecem a comunidade e que fomenta a unidade de todos os membros; por isso, esses dons não podem ser usados para benefício pessoal, mas devem ser postos ao serviço de todos.
Reflexão:
Testemunhas da verdade… Jesus chama ao Espírito Santo “o Defensor”. A palavra grega significa “advogado”. A sua função é fazer surgir a verdade e tomar a defesa do acusado, de “dar testemunho em seu favor”. Estamos assim no contexto de um processo em tribunal. O acusado é Jesus e, através dele, é toda a humanidade: “Eis o homem!”, disse Pilatos. O acusador é aquele que São Pedro chama “vossa parte adversa, o Diabo”, o Maligno. Só tinha um fim em vista: levar os homens para longe da luz. O Juiz é Deus. Jesus envia o seu Espírito, o Espírito de Verdade, que denuncia à face do mundo as mentiras do Maligno. No Pentecostes, Ele proclama a vitória do Ressuscitado sobre as forças de divisão e constitui os apóstolos como testemunhas autênticas desta Boa Nova. Desde dois mil anos, de geração em geração, o Espírito do Pentecostes continua  chamando homens e mulheres para lhes confiar a mesma missão: serem testemunhas autênticas da verdade dada em Jesus, o Ressuscitado. Aí se encontra o mistério secreto e incandescente do mistério da Igreja. 
A comunidade cristã só existe de forma consistente, se está centrada em Jesus. Jesus é a sua identidade e a sua razão de ser. É n’Ele que superamos os nossos medos, as nossas incertezas, as nossas limitações, para partirmos à aventura de testemunhar a vida nova do Homem Novo. As nossas comunidades são, antes de mais nada , comunidades que se organizam e estruturam à volta de Jesus? Jesus é o nosso modelo de referência? É com Ele que nos identificamos, ou é em qualquer ídolo de pés de barro que procuramos a nossa identidade? Se Ele é o centro, a referência fundamental, têm algum sentido as discussões acerca de coisas não essenciais, que às vezes dividem os crentes? 
Identificar-se como cristão significa dar testemunho diante do mundo dos “sinais” que definem Jesus: a vida doada, o amor partilhado. É esse o testemunho que damos? Os homens do nosso tempo, olhando para cada cristão ou para cada comunidade cristã, podem dizer que encontram e reconhecem os “sinais” do amor de Jesus? 
As comunidades construídas à volta de Jesus são animadas pelo Espírito. O Espírito é esse sopro de vida que transforma o barro inerte numa imagem de Deus, que transforma o egoísmo em amor partilhado, que transforma o orgulho em serviço simples e humilde… É Ele que nos faz vencer os medos, superar as covardias e fracassos, derrotar o ceticismo e a desilusão, reencontrar a orientação, readquirir a audácia profética, testemunhar o amor, sonhar com um mundo novo. É preciso ter consciência da presença contínua do Espírito em nós e nas nossas comunidades e estar atentos aos seus apelos, às suas indicações, aos seus questionamentos.
Num processo, o advogado existe para emprestar a sua voz àquele que não tem voz, procura encontrar as palavras daquele que as procura. Jesus conhece os seus apóstolos, conhece os seus limites, os seus medos, a sua timidez, Ele sabe também que eles encontrarão os difamadores, como Ele próprio os encontrou. É então que Ele promete o Defensor, o “Espírito de Verdade”, afirma Ele. Este Espírito não estará ao lado deles, mas neles, Ele amá-los-á, fortificá-los-á, santificá-los-á, soprar-lhes-á as palavras que é preciso dizer e que farão eco às palavras pronunciadas pelo seu Mestre. “Não sou eu que vivo, é Cristo que vive em Mim”. Sim, o Espírito Santo, Espírito do Ressuscitado, anima hoje ainda a sua Igreja. Porque ter medo, então? A palavra está no Defensor, é preciso não contradizer esta palavra.
SEQUÊNCIA DO PENTECOSTES
Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente.
Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.
Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.
Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.
Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.
Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.
Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.
Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.
Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:
Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.
Meditação para a semana...
A festa do Pentecostes é uma boa ocasião para fazer uma reflexão   sobre a ação e os frutos do Espírito na nossa vida: refletir nisso pessoalmente, falar com um orientador espiritual, viver momentos privilegiados de oração? C abe a cada um escolher o meio para este balanço espiritual…

fonte:
www.dehonianos.org