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26 junho, 2014

27/junho  - Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 
A devoção à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro nasceu de um ícone milagroso, roubado de uma igreja, na ilha de Creta, Grécia, no século XV. Trata-se de uma pintura sobre madeira, de estilo bizantino, através do qual o artista, sabendo que a verdadeira feição e a santidade de Maria e de Jesus jamais poderão ser retratadas só com mãos humanas, expressa a sua beleza e a sua mensagem em símbolos. 
Nesse quadro a Virgem Maria foi representada a meio corpo, segurando o Menino Jesus nos braços. O Menino segura forte a mão da Mãe e observa assustado, dois anjos que lhe mostram os elementos de sua Paixão. São os Arcanjos Gabriel e Miguel que flutuam acima dos ombros de Maria. A belíssima obra é atribuída ao grande artista grego Andréas Ritzos daquele século e pode ter sido uma das cópias do quadro da Virgem pintado por São Lucas, segundo os peritos. 
Diz a tradição que no século XV, um rico comerciante se apropriou do ícone para vendê-lo em Roma. Durante a travessia do Mediterrâneo, uma tempestade quase fez o navio naufragar. Uma vez em terra firme, foi para a Cidade Eterna tentar negociar o quadro. Depois de várias tentativas frustradas, acabou adoecendo. Procurou um amigo para ajudá-lo, mas logo faleceu. Antes, porém contou sobre o ícone e lhe pediu para levá-lo à uma igreja, para ser venerado outra vez pelos fiéis. A esposa do amigo não quis se desfazer da imagem. Após ficar viúva, a Virgem Maria apareceu à sua filha e lhe disse para colocar o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro numa igreja, entre as basílicas de Santa Maria Maior e São João Latrão. Segundo a menina, o título foi citado pela Virgem sem nenhuma recomendação. O ícone foi entronizado na igreja de São Mateus, no dia 27 de março de 1499, onde permaneceu nos três séculos seguintes. A notícia se espalhou e a devoção à Virgem do Perpétuo Socorro se propagou entre os fiéis. Em 1739, eram os agostinianos irlandeses exilados do seu país, os responsáveis dessa igreja e do convento anexo, no qual funcionava o centro de formação da sua Província, em Roma. Alí, todos encontravam paz sob a devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Três décadas depois os agostinianos irlandeses foram designados para a igreja de Santa Maria em Posterula, também em Roma, e para lá também seguiu o quadro da "Virgem de São Mateus". Mas alí já se venerava Nossa Senhora da Graça. O ícone foi colocado na capela interna e acabou quase esquecido. Isto só não  ocorreu, por causa da devoção de um agostiniano remanescente do antigo convento.  Mais tarde, já idoso ele quis cuidar para a devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, não ser esquecida e contou a história do ícone milagroso à um jovem coroinha. Dois anos depois de sua morte, em 1855 os padres redentoristas compraram uma propriedade em Roma, para estabelecer a Casa Generalícia da Congregação fundada por Santo Afonso de Ligório. Mas não sabiam que aquele terreno era da antiga igreja de São Mateus, escolhida pela própria Virgem para seu santuário. No final desse ano ingressou com a primeira turma do noviciado aquele jovem coroinha.  Em 1863, já padre, ajudou os redentoristas a localizarem o ícone de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, depois da descoberta oficial dessa devoção nos livros antigos da igreja de São Mateus. O quadro entregue pelo próprio Papa Pio I, com a especial recomendação: "Fazei que todo o mundo A conheça", foi entronizado no altar-mor do seu atual santuário, em 1866. Outras cópias seguiram com esses missionários para a divulgação da devoção a partir das novas províncias instaladas por todo o mundo. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi declarada Padroeira dos Redentoristas, sendo celebrada no dia 27 de junho.
fonte:
www.paulinas.org.br


A Mensagem do Quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Aparentemente é um simples quadro de mais uma das inúmeras devoções à Santa Mãe de Deus, mas se nos determos em seus detalhes, veremos que a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é cheia de simbolismos e significados.
Medindo 53 por 41,5 centímetros o ícone foi produzido no estilo bizantino em madeira sobre um fundo dourado.
Na época em que a obra foi executada, durante o Império Romano, os artistas utilizavam o ouro ou simplesmente sua cor para retratar apenas as grandes personalidades.
Segundo a tradição o quadro foi pintado por um artista até hoje desconhecido que, por sua vez, inspirou-se em uma pintura atribuída a São Lucas.
O ícone é rico em detalhes e a cada um deles é atribuído um significado, uma simbologia, uma mensagem.
Eis alguns desses detalhes:
1 - Abreviação grega de "Mãe de Deus".
2 - Estrela no véu de Maria, a Estrela que nos guia no mar da vida até o porto da salvação.
3 - Abreviatura de "Arcanjo São Miguel".
4 - Coroa de Ouro - O quadro original foi coroado em 1867 em agradecimento dos muitos milagres feitos por Nossa Senhora em se título preferido "Perpétuo Socorro".
5 - Abreviatura de "Arcanjo São Gabriel".
6 - São Miguel apresenta a lança, a vara com a esponja e o cálice das amarguras.
7 - A boca de Maria é pequenina, para guardar silêncio, e evitar as palavras inúteis.
8 - São Gabriel com a cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus.
9 - Os olhos de Maria, grandes, voltados sempre para nós, a fim de ver todas as nossas necessidades.
10 - Túnica vermelha, distintivo das virgens no tempo de Nossa Senhora.
11 - Abreviação de "Jesus Cristo".
12 - As mãos de Jesus apoiadas na mão de Maria, significando que por elas nos vêm todas as graças.
13 - Manto azul, emblema das mães naquela época. Maria é a Virgem - Mãe de Deus.
14 - A mão esquerda de Maria sustentando Jesus - a mão do consolo que Maria estende a todos que a ela recorrem nas lutas da vida.
15 - A sandália desatada - símbolo talvez de um pecador preso ainda a Jesus por um fio - o último - a devoção a Nossa Senhora.


O fundo do quadro é de ouro, dele esplendem reflexos cambiantes, matizando as roupas e simbolizando a glória do paraíso para onde iremos, levados pelo perpétuo socorro de Maria.
Assustado pela aparição dos dois anjos, mostrando-lhe os instrumentos de sua morte, Jesus corre para os braços de sua Mãe, e com tanta pressa que desamarrou-se o cordão da sandália... Nossa Senhora abriga-o com ternura e o Menino Jesus sente-se seguro nos braços de sua Mãe. O olhar de Nossa Senhora não se dirige ao menino, mas a nós - apelando para os homens evitarem o pecado, causa do susto e da morte de Jesus. As mãos de Jesus estão na mão de Maria para lembrar que Ela é a Medianeira de todas as graças.
Por Emílio Portugal Coutinho.

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