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24 setembro, 2016

25 Setembro 2016 - 26º Domingo do Tempo Comum - Lc 16,19-31

A liturgia deste domingo nos  propõe, de novo, a reflexão sobre a nossa relação com os bens deste mundo… Nos convida a vê-los, não como algo que nos pertence de forma exclusiva, mas como dons que Deus colocou nas nossas mãos, para que os administremos e partilhemos, com gratuidade e amor.  Na primeira leitura, o profeta Amós denuncia violentamente uma classe dirigente ociosa, que vive no luxo à custa da exploração dos pobres e que não se preocupa minimamente com o sofrimento e a miséria dos humildes. O profeta anuncia que Deus não vai pactuar com esta situação, pois este sistema de egoísmo e injustiça não tem nada a ver com o projeto que Deus sonhou para os homens e para o mundo.  O Evangelho nos apresenta, através da parábola do rico e do pobre Lázaro, uma catequese sobre a posse dos bens… Na perspectiva de Lucas, a riqueza é sempre um pecado, pois supõe a apropriação,  em benefício próprio, de dons de Deus que se destinam a todos os homens… Por isso, o rico é condenado e Lázaro recompensado.  A segunda leitura não apresenta uma relação direta com o tema deste domingo… Traça o perfil do “homem de Deus”: deve ser alguém que ama os irmãos, que é paciente, que é brando, que é justo e que transmite fielmente a proposta de Jesus. Poderíamos, também, acrescentar que é alguém que não vive para si, mas que vive para partilhar tudo o que é e que tem com os irmãos?
Reflexão:
Eis ainda uma parábola sobre a má riqueza. Notemos, em primeiro lugar, que é a única parábola em que Jesus dá um nome a um dos protagonistas da história que inventa. O pobre chama-se Lázaro. Este nome, em hebraico, significa “Deus socorreu”. É bem isto que Jesus fez pelo seu amigo. O rico, esse, é descrito com todo o fausto que o rodeava: vestidos luxuosos, festins suntuosos e quotidianos. Mas não tem nome. Ele é “o rico”. Aos olhos de Deus, os que ocupam o primeiro lugar são os pobres. Vamos mais longe. Uma frase é central no relato: “Lázaro bem desejava saciar-se do que caía da mesa do rico, mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas”. Uma frase muito próxima da parábola do filho pródigo, quando o filho mais novo lamenta não poder comer a comida dos porcos. O filho mais novo simboliza, sem dúvida, o homem pecador fechado na sua solidão. O pobre Lázaro, esse, é vítima do pecado do rico, mas o resultado é o mesmo: não são vistos por ninguém. Ninguém lhes dá atenção. Só os cães vêm lamber as chagas do pobre. Temos aí uma descrição muito realista do que são muitas vezes as nossas relações. “O rico” é um nome anônimo. As nossas relações não são muitas vezes anônimas? Mesmo com os nossos mais próximos, não acontece, por vezes, que não os vemos verdadeiramente, a ponto de esquecer simplesmente de lhes dizer bom dia, de estar atentos a eles. A indiferença é verdadeiramente um pecado que pode matar. Nomeando o pobre Lázaro, Jesus nos recorda, ao contrário, que, para Ele e para o seu Pai, cada ser humano é olhado como único. Jesus veio compensar o olhar vazio e anônimo do rico. Veio socorrer todos os pobres – é o sentido do nome de Lázaro! Mais ainda que Moisés e os profetas, é Jesus que devemos escutar, para agir como Ele.
• Talvez a catequese que o Evangelho de hoje nos apresenta nos pareça, à principio, muito radical: não temos o direito de ser ricos, de gozar os bens que conquistamos honestamente? No entanto, convém termos consciência de que cerca de um quarto da humanidade tem nas mãos cerca de 80% dos recursos disponíveis do planeta; e que três quartos da humanidade têm que se  contentar com os outros 20% dos recursos. Isto é justo? É justo que várias dezenas de milhares de crianças morram diariamente por causa da fome e de problemas relacionados com a subnutrição, enquanto o primeiro mundo destrói as colheitas para que o excesso de produção não obrigue a baixar os preços? É justo que se gastem em festas sociais quantias que davam para construir uma dúzia de escolas ou meia dúzia de hospitais num país do quarto mundo?
• O Vaticano II afirma: “Deus destinou a terra com tudo o que ela contém para uso de todos os homens e povos; de modo que os bens criados devem chegar equitativamente às mãos de todos (…). Sejam quais forem as formas de propriedade, conforme as legítimas instituições dos povos e segundo as diferentes e mutáveis circunstâncias, deve-se sempre atender a este destino universal dos bens. Por esta razão, quem usa desses bens, não deve considerar as coisas exteriores que legitimamente possui só como próprias, mas também como comuns, no sentido de que possam beneficiar não só a si, mas também aos outros. De resto, todos têm o direito de ter uma parte de bens suficientes para si e suas famílias” (Gaudium et Spes, 69).
• Como me situo face aos bens? Vejo os bens que Deus me concedeu como “meus, muito meus, só meus”, ou como dons que Deus depositou nas minhas mãos para eu administrar e partilhar, mas que pertencem a todos os homens?
• Por mais pobres que sejamos, devemos continuamente interrogar-nos para perceber se não temos um “coração de rico” – isto é, para perceber se a nossa relação com os bens não é uma relação egoísta, apropriadora, exclusivista (há “pobres” cujo sonho é, apenas, levar uma vida igual à dos ricos). E não esqueçamos: é a Palavra de Deus que nos questiona continuamente e que nos permite a mudança de um coração egoísta para um coração capaz de amar e de partilhar.
Durante a sua vida, o rico de quem ignoramos o nome conheceu uma certa felicidade, enquanto que o pobre Lázaro conheceu a infelicidade. A felicidade nesta terra é efêmera pois está ligada às riquezas. A infelicidade é provisória porque a verdadeira riqueza será dada. Então, é preciso que a morte intervenha para que cada um encontre o seu verdadeiro lugar e a justiça seja feita: o pobre é elevado, ele que tinha sido rebaixado, ele a quem os cães vinham lamber as chagas. Quanto ao rico, é enterrado, ele que trazia vestes de luxo e fazia festins suntuosos. São os pobres que são exaltados porque esperam a consolação de Deus. São os ricos que são enterrados, porque procuram a sua própria consolação.

ORAÇÃO 
“Bendito sejas, Deus de justiça e Pai dos pobres, porque abres os olhos dos profetas aos sinais dos tempos. Nos excessos da fortuna e do bem-estar, Tu nos fazes ler os anúncios de revoltas e de desordens. Nós Te pedimos pela nossa terra e pela nossa sociedade, cujas riquezas estão tão mal distribuídas. Nós Te pedimos perdão pelos nossos próprios excessos”.

“Soberano único e bem-aventurado, Rei dos reis e Senhor dos senhores, que possuis a imortalidade, nós Te damos graças porque dás vida a todas as coisas e nós Te bendizemos pelo teu Filho Jesus, que se manifestará no tempo fixado. Nós Te pedimos: guarda-nos irrepreensíveis e justos, na fé e no amor, na perseverança e na doçura”.
“Pai dos pobres e defensor dos oprimidos, nós Te bendizemos pelos profetas que nos envias, quando deixamos os caminhos da justiça, e pela glória que reservas àqueles que os homens desprezam. Presos nas redes de uma sociedade que produz tantos pobres, nós Te pedimos: ilumina-nos com o teu Espírito, nos conduza por caminhos da justiça”.

Meditação para a semana…
E nós hoje? As palavras de Amós atingem sem compaixão aqueles que não se preocupam com o desastre de Israel. Lucas põe em cena um homem rico fechado no luxo, que não tem mesmo qualquer olhar para o pobre Lázaro que está à sua porta. E nós hoje? Ricos ou não, diante de todos os desastres do mundo, temos um olhar diferente para com todos os “Lázaros” da nossa sociedade? 
fonte:
www.dehonianos.org

21 setembro, 2016

21 Setembro  - S. Mateus, Apóstolo 

S. Mateus era um cobrador de impostos, profissão pouco bem conceituada. Jesus chamou-o a segui-lo. É o próprio Mateus que, de modo muito simples, nos conta a sua conversão (cf. Mt 9, 1-9). Lucas evidencia o banquete oferecido por Mateus, em que Jesus está presente e revela o seu amor misericordioso pelos pecadores. Dotado de certa cultura, Mateus foi o primeiro a relatar  por escrito os acontecimentos da vida de Jesus, que testemunhara, agrupando-lhe nesse quadro os ensinamentos do Mestre. O seu evangelho, escrito entre os anos 62 e 70, é especialmente destinado aos seus compatriotas judeus. Apresenta Jesus como o novo Moisés, aquele que dá ao novo Povo de Deus a nova lei do amor. Mateus dá também grande atenção à Igreja que Jesus convoca, salva e institui.
Mateus/Levi era publicano ou cobrador de impostos. Os homens desta profissão eram muito desprezados entre os Judeus, abusavam muito das suas funções para oprimirem as populações! Nosso Senhor quis, no entanto, escolher um dos seus apóstolos de entre eles. Levi estava no seu escritório, junto do lago de Genesaré, quando Jesus dele se apercebeu e lhe disse para o seguir. O publicano abandonou imediatamente o lugar lucrativo que ocupava, para se ligar a Nosso Senhor. Todo feliz e reconhecido pela sua vocação, convidou o divino Salvador e os seus discípulos para virem tomar uma refeição em sua casa. Convidou ao mesmo tempo vários publicanos seus amigos para os atrair a Jesus. Os fariseus ficaram escandalizados e disseram aos discípulos do Salvador: «Porque é que o vosso mestre come com os publicanos e os pecadores?». Jesus, ouvindo as suas murmurações, deu esta bela resposta: «Os médicos são para os doentes, e não para aqueles que estão com boa saúde. Eu vim chamar, não os justos, mas os pecadores». Palavra encorajadora caída do Coração de Jesus! Não percamos confiança, embora sejamos pecadores.
Oração
Pai misericordioso, concede-nos a graça de reconhecer na nossa história pessoal o chamamento fundamental da vida, que o teu Filho e nosso Senhor nos dirige com amor. Que te respondamos com um “sim” pronto e generoso, nas pequenas e grandes ocasiões da nossa vida. Assim poderemos concretizar aquela obra pessoal e comunitária que devemos realizar na Igreja. Que o nosso testemunho de cristãos e de Igreja possa contribuir para a conversão do nosso mundo ao teu amor misericordioso. Ámen.
Ação

Repete muitas vezes e vive hoje a palavra:
“Eu não vim chamar os justos,
mas os pecadores” (Mt 9, 13).
fonte:
www.dehonianos.org

17 setembro, 2016

18 Setembro 2016  - 25º Domingo do Tempo Comum -  Lc 16,1-13

A liturgia nos sugere, uma reflexão sobre o lugar que o dinheiro e os outros bens materiais devem assumir na nossa vida. De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, os discípulos de Jesus devem evitar que a ganância ou o desejo exagerado do lucro manipulem as suas vidas e condicionem as suas opções; em contrapartida, são convidados a procurar os valores do “Reino”. Na primeira leitura, o profeta Amós denuncia os comerciantes sem escrúpulos, preocupados em ampliar sempre mais as suas riquezas, que apenas pensam em explorar a miséria e o sofrimento dos pobres. Amós avisa: Deus não está do lado de quem, por causa da obsessão do lucro, escraviza os irmãos. A exploração e a injustiça não passam em branco  aos olhos de Deus.  O Evangelho apresenta a parábola do administrador astuto. Nela, Jesus oferece aos discípulos o exemplo de um homem que percebeu como os bens deste mundo eram passageiros  e precários e que os usou para assegurar valores mais duradouros e consistentes… Jesus avisa os seus discípulos para fazerem o mesmo. Na segunda leitura, o autor da Primeira Carta a Timóteo convida os crentes a fazerem do seu diálogo com Deus uma oração universal, onde caibam as preocupações e as angústias de todos os nossos irmãos, sem exceção. O tema não se liga, diretamente, com a questão da riqueza (que é o tema fundamental da liturgia deste domingo); mas o convite a não ficar fechado em si próprio e a preocupar-se com as dores e esperanças de todos os irmãos, ou seja, o discípulo é convidado a sair do seu egoísmo para assumir os valores duradouros do amor, da partilha, da fraternidade.
Reflexão:
Eis Jesus que Se põe a dissertar sobre a economia, mas uma economia que parece envolver falsários… Como compreender tal parábola na boca de Jesus? Podemos logo pensar que Ele não quer dar o administrador desonesto como exemplo, mesmo se o mestre deste faz o seu elogio. Jesus chama-o explicitamente “administrador desonesto, com esperteza”. Jesus conhece o coração do homem, um coração perverso. Mas Jesus não fica nesta dimensão do coração do homem. Ele sabe que em todo o homem, por mais pervertido que seja, há sempre um cantinho positivo. Ele vê a prova de habilidade do administrador para conseguir safar-se. Esta habilidade é colocada ao serviço de um mal. Mas, em si mesma, pode ser posta ao serviço do bem. Então, diz Jesus, se vós, meus discípulos, que sois chamados “filhos da luz”, sabeis ser tão habilidosos a respeito da vossa vida cristã, quantas coisas poderão mudar! Jesus aproveita para recordar o seu ensinamento constante sobre o dinheiro e a riqueza material. Não podemos viver sem dinheiro. Mas saibamos utilizá-lo com habilidade, para o bem. Que ele não se torne um mestre tirânico. Saibamos utilizá-lo, não para nos enriquecermos egoisticamente, mas para o pôr ao serviço do bem dos outros, a começar pelos mais pobres. Aqui, a nossa habilidade deve estar ao serviço do bem! Não levaremos dinheiro no nosso caixão. Mas o bem que com ele tivermos feito seguirá para além da morte, “nas moradas eternas”. A lição continua sempre válida hoje!
• O mundo em que vivemos decidiu que o dinheiro é o deus fundamental e que tudo deixa de ter importância, desde que se possam acrescentar mais uns números à conta bancária. Para ganhar mais dinheiro, há quem trabalhe doze ou quinze horas por dia, num ritmo de escravo, e prescinda da família e dos amigos; por dinheiro, há quem sacrifique a sua dignidade e apareça a expor, diante de uma câmara de televisão, a sua intimidade e a sua privacidade; por dinheiro, há quem venda a sua consciência e renuncie a princípios em que acredita; por dinheiro, há quem não tenha escrúpulos em sacrificar a vida dos seus irmãos e venda drogas e armas que matam; por dinheiro, há quem seja injusto, explore os seus operários, se recuse a pagar o salário do mês porque o trabalhador é ilegal e não se pode queixar às autoridades… Que pensamos disto? Ser escravo dos bens é algo que só acontece aos outros? Talvez não cheguemos, nunca, a estes casos extremos; mas até onde seríamos capazes de ir por causa do dinheiro?
• Jesus avisa os discípulos de que a aposta obsessiva no “deus dinheiro” não é o caminho mais seguro para construir valores duradouros, geradores de vida plena e de felicidade. É preciso – sugere Ele – que saibamos aquilo em que devemos apostar… O que é, para nós, mais importante: os valores do “Reino” ou o dinheiro? Na nossa atividade profissional, o que é que nos move: o dinheiro, ou o serviço que prestamos e a ajuda que damos aos nossos irmãos? O que é que nos torna mais livres, mais humanos e mais felizes: a escravidão dos bens ou o amor e a partilha?
• Todo este discurso não significa que o dinheiro seja uma coisa desprezível e imoral, do qual devamos fugir a todo o custo. O dinheiro (é preciso ter os pés bem firmes na terra) é algo imprescindível para vivermos neste mundo e para termos uma vida com qualidade e dignidade… No entanto, Jesus recomenda que o dinheiro não se torne uma obsessão, uma escravidão, pois Ele não nos assegura (e muitas vezes até perturba) a conquista dos valores duradouros e da vida plena.
Quanto se trata de viver, e sobretudo de sobreviver, estamos prontos a tudo, todos os meios parecem bons para pôr a cabeça de fora. O administrador da parábola vai perder os seus meios de viver, procura a maneira de se sair. Reconhece que não tem a força de trabalhar, nem de mendigar. Então, tomando consciência que não pode conseguir sozinho, procura amigos a todo o preço, mesmo com o preço da desonestidade. O mestre faz o elogio, não da sua desonestidade, mas da sua habilidade. O objetivo da parábola é fazer refletir aqueles que se dizem cidadãos do Reino: estão dispostos a tudo para procurar o essencial e vivê-lo? A sua habilidade é também como a dos filhos deste mundo que, para as coisas materiais, estão dispostos a sacrificar a dimensão espiritual da sua vida? Jesus não pede para imitar o administrador nos seus gesto
ORAÇÃO
“Pai dos pobres, justiça dos oprimidos, nós Te bendizemos pelo teu Espírito Santo, que deste aos profetas, encarregando-os de proclamar sempre e em toda a parte as exigências da justiça.
Nós Te pedimos: que o teu Espírito purifique os nossos pensamentos e os nossos corações. Somos testemunhas de tantas injustiças! Que Ele nos inspire as iniciativas que se impõem”.
“Deus nosso Pai, Tu que és o único Deus e queres que todos os homens sejam salvos e cheguem a conhecer a verdade, nós Te damos graças por Jesus, que nos revelaste como o único mediador  entre Ti e a humanidade. Unidos a todos os cristãos que elevam para Ti as suas mãos e Te dirigem as suas orações, intercedemos por todos os homens e te pedimos  pela paz”.
 “Deus Pai, único mestre digno de ser servido, nós Te damos graças pela confiança que depositas em nós;  nos confias o teu Reino, que é infinitamente mais precioso que todos os bens da terra.  Nós Te pedimos: pelo teu Espírito, faz de nós filhos da luz, inspira-nos o bom uso dos bens da terra e a aptidão que convém ao teu Reino”.
Meditação para a semana…
Deus ou o dinheiro? Amós e Lucas nos convidam a um sério exame de consciência sobre a nossa maneira de praticar a justiça social e de utilizar o dinheiro. Quantos pobres, hoje no mundo, são explorados com poucos reais por alguns que enriquecem sobre a sua miséria? Não acusemos ninguém! Nesta semana, retomemos estes textos para fazer uma reflexão: a que mestre estamos amarrados: a Deus ou ao dinheiro?

fonte:
www.dehonianos.org

15 setembro, 2016

14 setembro, 2016

15 Setembro - Nossa Senhora das Dores
Primeira leitura: Hebreus 5, 7-9
Evangelho: Lucas 2, 33-35
A devoção a Nossa Senhora das Dores remonta aos inícios do segundo milénio, quando se desenvolveu a com-paixão para com Maria junto à cruz de Jesus, onde a Virgem vive e sente os sofrimentos do seu Filho. O primeiro formulário litúrgico desta festa surgiu em Colônia, na Alemanha, no ano de 1423. Sisto IV inseriu no Missal Romano a memória da Senhora da Piedade. A atenção à “Mãe dolorosa” desenvolve-se gradualmente sob a forma das Sete Dores, representadas nas sete espadas que Lhe trespassam o peito. Os Servos de Maria, que celebravam a memória desde 1668, favoreceram a sua extensão à igreja latina, em 1727. Pio X colocou a memória no dia 15 de Setembro.
Reflexão:
A carta aos hebreus faz-nos entrever os sentimentos de Jesus na sua paixão: “Nos dias da sua vida terrena, apresentou orações e súplicas àquele que o podia salvar da morte” (v. 7). A paixão de Jesus foi impressa no coração da Mãe. O clamor e as lágrimas do Filho fizeram-na sofrer de forma atroz. Como Jesus, e talvez até mais do que Ele, desejava que a morte se afastasse, e o Filho fosse salvo. Mas, ao mesmo tempo, Maria uniu-se à piedade de Jesus, submeteu-se, como Ele, à vontade do Pai. Por tudo isto, a compaixão de Maria é verdadeira: carregou realmente sobre si o sofrimento do Filho e aceitou, com Ele, a vontade do Pai, numa atitude de obediência que vence o sofrimento. A nossa compaixão, muitas vezes, é superficial. Não temos a fé de Maria. Nem sempre vemos no sofrimento dos outros a vontade de Deus, o que está certo. Mas também não sofremos com os que sofrem. As leituras de hoje  nos fazem  pensar no sofrimento, que continua a ser uma realidade na história individual e coletiva da humanidade, mas que, de certo modo, também existe no mundo divino. Foi, de fato, assumido por Deus na encarnação do Filho, e partilhado pela sua Mãe, uma mulher ao mesmo tempo comum e especial. A sua experiência de sofrimento humano, pode subtrair esse mesmo sofrimento à maldição e torná-lo mediação de vida salva e serviço de amor. Enquanto permanecestes com o vosso divino Filho, ó Rainha dos Anjos, o vosso Coração sagrado esteve à espera das dores que vos tinham sido anunciadas pelo velho Simeão: dores sem igual, porque a grandeza do vosso amor era a sua medida. A hora da Paixão chega: Jesus despede-se de vós para ir sofrer, e faz-vos compreender que, para cumprir a vontade de seu Pai, deveis acompanhá-lo ao pé da cruz, e que o vosso coração tão terno lá será trespassado pela espada da dor. S. João vem advertir-vos que o Cordeiro divino vai ser conduzido à imolação. Saís imediatamente da vossa morada, banhando com as vossas lágrimas as ruas de Jerusalém; encontrais o vosso Filho no meio de uma tropa furiosa de carrascos e de tigres, que rugem e blasfemam, pedindo a grandes gritos que o crucifiquem… Ele caminha carregado com o madeiro da cruz; vós o seguis, toda banhada com as vossas lágrimas e com o coração mergulhado numa dor imensa.  Ele chega finalmente ao Gólgota. Com golpes de martelo enterram nos seus pés e nas suas mãos cravos que perfuram o vosso coração materno. Logo o elevam da terra no meio de blasfêmias. Ó meu Deus! Todo o vosso sangue gela nas vossas veias. Durante três horas, permaneceis ao pé da cruz de Jesus, cravada pelo amor e pela dor a esta árvore sagrada, até finalmente Ele expira no meio dos mais horríveis tormentos… Depositam-no sem vida nos vossos braços. A terra nunca viu semelhante dor.
Oração
Ó Maria, Mãe de Deus, Rainha e Mãe dos homens, eu vos ofereço as homenagens da minha veneração e do meu amor filial. Quero viver como vosso filho dedicado, consolando-vos e obedecendo-vos em tudo. Pela vossa poderosa intercessão, fazei que todos os meus pensamentos e ações sejam conformes à vossa vontade e à do vosso divino Filho.
Ó Maria, Mãe de Deus, Rainha e Mãe dos homens, eu vos ofereço as homenagens da minha veneração e do meu amor filial. Quero viver como vosso filho dedicado, consolando-vos e obedecendo-vos em tudo. Pela vossa poderosa intercessão, fazei que todos os meus pensamentos e ações sejam conformes à vossa vontade e à do vosso divino Filho.
Vivemos num mundo onde a compaixão faz imensa falta. A memória que hoje celebramos ensina-nos a compaixão verdadeira e consistente. Maria sofre por Jesus, mas também sofre com Ele. Por sua vez, a paixão de Cristo é participação no sofrimento humano, é com-paixão solidário conosco.
Ação:
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores»
fonte:
www.dehonianos.org.br

13 setembro, 2016

14 Setembro - Exaltação da Santa Cruz

Foi na Cruz que Jesus consumou a sua oblação de amor para glória e alegria de Deus e nossa salvação. É, pois, justo que veneremos o sinal e o instrumento da Redenção.
Esta festa nasceu em Jerusalém e difundiu-se por todo o Médio Oriente, onde ainda hoje é celebrada, em paralelo com a Páscoa. A 13 de Setembro foi consagrada a Basílica da Ressurreição, em Jerusalém mandada construir por Santa Helena e Constantino. No dia seguinte, foi explicado ao povo o significado profundo da igreja, mostrando-lhe o que restava da Cruz do Salvador. No século VI esta festa em honra da Santa Cruz já era conhecida em Roma. Em meados do século VII, começou a ser celebrada no dia 14 de Setembro, quando se expunham à veneração dos fiéis as relíquias da Santa Cruz.
Evangelho: João 3, 13-17
“Naquele tempo, Jesus disse a Nicodemos: Ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem. Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto, a fim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigênito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele”.
Reflexão:
O texto do evangelho faz parte do longo discurso com que Jesus responde a Nicodemos, apontando a necessidade da fé para obter a vida eterna e fugir ao juízo de condenação. Jesus, o Filho do homem, provém do seio do Pai; é aquele que «desceu do Céu» , o único que viu a Deus e pode comunicar o seu projeto de amor, que se realiza na oblação do Filho unigênito. Jesus compara-se à serpente de bronze , afirmando que a plena realização do que aconteceu no deserto irá verificar-se quando Ele for elevado na cruz  para salvação do mundo 
 Quem olhar para Ele com fé, isto é, quem acreditar que Cristo crucificado é o Filho de Deus, o salvador, terá a vida eterna. Acolhendo nele o dom de amor do Pai, o homem passa da morte do pecado à vida eterna. No horizonte deste texto, transparece o cântico do “Servo de Javé” , onde encontramos juntos os verbos “elevar” e “glorificar”. Compreende-se, portanto, que S. João quer apresentar a cruz, ponto supremo de ignomínia, como vértice da glória.
Jesus veio dar cumprimento à história do povo hebreu e à nossa história. Verificamo-lo todas as vezes que lemos a palavra de Deus. De fato, como Ele mesmo afirma, não veio abolir, mas dar pleno cumprimento à Lei. Jesus é Aquele que desceu do céu, Aquele que conhece o Pai, e que está em íntima união com Ele: “Eu e o Pai somos Um” . Jesus é enviado pelo Pai para revelar o mistério da salvação, o mistério de amor que se há de realizar com a sua morte na cruz. Jesus crucificado é a suprema manifestação da glória de Deus. Por isso, a cruz torna-se símbolo de vitória, de doação, de salvação, de amor. Tudo o que podemos entender com a palavra “cruz” – o sofrimento, a injustiça, a perseguição, a morte – é incompreensível se for olhado apenas com olhos humanos. Mas, aos olhos da fé e do amor, tudo aparece como meio de conformidade com Aquele que nos amou por primeiro. Então, o sofrimento não é vivido como fim em si mesmo, mas como participação no mistério de Deus, caminho que leva à salvação.
Só se acreditamos em Cristo crucificado, isto é, se nos dispomos a acolher o mistério de Deus que eincarna e dá a vida por todos; só se nos pomos diante da vida com humildade, livres para nos deixar amar e, por nossa vez, nos tornarmos doação de amor aos irmãos, saberemos receber a salvação: participaremos na vida divina de amor. Celebrar a festa da Exaltação da Santa Cruz significa tomar consciência do amor de Deus Pai, que não hesitou em nos enviar o seu Filho, Jesus Cristo: esse Filho que, despojado do seu esplendor divino, se tornou semelhante aos homens, deu a vida na cruz por cada um dos seres humanos, crente ou não crente. A Cruz torna-se o espelho em que, refletindo a nossa imagem, podemos reencontrar o verdadeiro significado da vida, as portas da esperança, o lugar da renovada comunhão com Deus.
Como dizem as nossas Constituições, “Do Coração de Cristo, aberto na cruz, nasce o homem de coração novo, animado pelo Espírito e unido aos seus irmãos na comunidade de amor, que é a Igreja”.
"Do Coração de Cristo, aberto na cruz, nasce o homem de coração novo, animado pelo Espírito" . Este nascimento, preanunciado a Nicodemos , realizou-se na perfuração do Lado, onde a água que brota de Cristo é sinal do dom do Espírito, do Batismo, do nascimento da Igreja e, na Igreja, de cada um de nós.

Oração
Divino Coração de Jesus, Tu amaste e quiseste a cruz, como nos mostras nas chamas do teu amor; não tinhas modo mais forte de nos dizer que devemos amá-la. Abraço a tua cruz. Quero carregá-la hoje e todos os dias, praticando o evangelho, obedecendo, trabalhando e suportando as provações que vierem.
Esta festa nos mostra o  valor do sinal da cruz. É o sinal da salvação… A cruz fala a Deus, apresenta-lhe tudo o que Nosso Senhor sofreu por nós. Mas a cruz é também símbolo da penitência, da reparação, do sacrifício. A cruz coroou a vida de Nosso Senhor, que foi totalmente passada na humildade, no desapego, no desprezo pelos prazeres terrestres, e na expiação dos nossos pecados. A cruz fala às nossas almas, como um sinal sagrado, como um estandarte eloquente. Ela tornou-se o sinal do cristão. Ela indica o caráter da nossa vida. Somos cruzados, somos marcados pela luta e pelo sacrifício. Uma obra não é verdadeiramente cristã se não for marcada pela cruz. As nossas ações serão santas se tiverem esse sinal, se forem feitas em espírito de humildade, de penitência, de reparação. As nossas iniciativas serão abençoadas por Deus se forem marcadas pela cruz e, sendo preciso, será o próprio Deus a marcá-las com alguma provação, sobretudo se se tratar de uma obra importante.
Ação:

Repete frequentemente e vive hoje a Palavra:
«Quem acreditar em Jesus elevado na cruz,
terá a vida eterna» (cf. Jo 3, 15)

fonte:
www.dehonianos.org

11 setembro, 2016

11-setembro -2016 - 24º Domingo do Tempo Comum -Lc 15,1-32

A liturgia centra a nossa reflexão na lógica do amor de Deus. Sugere que Deus ama o homem, infinita e incondicionalmente; e que nem o pecado nos afasta desse amor… A primeira leitura nos apresenta a atitude misericordiosa de Jahwéh face à infidelidade do Povo. Neste episódio – situado no Sinai, no espaço geográfico da aliança – Deus assume uma atitude que vai se  repetir muitas vezes ao longo da história da salvação: deixa que o amor se sobreponha à vontade de punir o pecador.  Na segunda leitura, Paulo recorda algo que sempre o surpreendeu: o amor de Deus manifestado em Jesus Cristo. Esse amor derrama-se incondicionalmente sobre os pecadores, os transforma e os torna pessoas novas. Paulo é um exemplo concreto dessa lógica de Deus; por isso, não deixará de testemunhar o amor de Deus e de Lhe agradecer.  O Evangelho nos apresenta o Deus que ama todos os homens e que, de forma especial, Se preocupa com os pecadores, com os excluídos, com os marginalizados. A parábola do “filho pródigo”, especialmente, apresenta Deus como um pai que espera ansiosamente o regresso do filho rebelde, que o abraça quando o avista, que o faz reentrar em sua casa e que faz uma grande festa para celebrar o reencontro.

Reflexão:
• Essencialmente, as parábolas da misericórdia nos revelam um Deus que ama todos os seus filhos, sem exceção, mas que tem um “fraco” pelos marginalizados, pelos excluídos, pelos pecadores… O seu amor não é condicional: Ele ama, apesar do pecado e do afastamento do filho. Esse amor manifesta-se em atitudes exageradas, desproporcionadas, de cuidado, de solicitude; revela-se também na “festa” que se sucede a cada reencontro… Não é que Deus pactue com o pecado; Deus abomina o pecado, mas não deixa de amar o pecador. É este Deus – “escandaloso”  para os que se consideram justos, perfeitos, irrepreensíveis, mas fascinante e amoroso para todos aqueles que estão conscientes da sua fragilidade e do seu pecado – que somos convidados a descobrir.
• Se essa é a lógica de Deus em relação aos pecadores, é essa mesma lógica que deve marcar a minha atitude face àqueles que me ofendem e, mesmo, face àqueles que têm vidas duvidosas ou moralmente reprováveis. Como é que eu acolho aqueles que me ofendem, ou que assumem comportamentos considerados reprováveis: com intolerância e fanatismo, ou com respeito pela sua dignidade de pessoas?
• Face ao aumento da criminalidade e da violência cria-se, por vezes, um clima social de alguma histeria e radicalismo. Exigem-se castigos mais severos e os adeptos das soluções definitivas chegam a falar na pena de morte para certos crimes. Que sentido é que isto faz, à luz da lógica de Deus?
• Ser testemunha da misericórdia e do amor de Deus no mundo não significa, no entanto, pactuar com o pecado… O pecado – tudo o que gera ódio, egoísmo, injustiça, opressão, mentira, sofrimento – é mau e deve ser combatido e vencido. Distingamos claramente as coisas: Deus me convida a amar o pecador e a acolhê-lo sempre como um irmão; mas me convida também a lutar objetivamente contra o mal – todo o mal – pois ele é uma negação desse amor de Deus que eu devo testemunhar.
A parábola do filho pródigo é a mais conhecida das três “parábolas da misericórdia”. Mas as duas primeiras nos dão também uma grande luz. Recordemos que as ovelhas tinham grande importância para o pastor. Não se pode aceitar que ele perdesse uma. Quanto à dracma, era uma soma importante. Basta pensar que uma família inteira podia viver um dia com duas dracmas. Compreende-se que a mulher que a perdeu, faça de tudo para encontra-la. Jesus afirma: o pastor procura a sua ovelha perdida “até a encontrar”; a mulher procura a dracma perdida “até a encontrar”. Através destas duas personagens, é o Pai que Jesus quer nos  mostrar. Eis como o nosso Pai age: diante dos homens que se afastam d’Ele, que vão por caminhos de perdição, Ele parte à sua procura, mas nunca pára esta procura. Quando há um naufrágio, efetuam-se procuras para encontrar as vítimas. Mas, ao fim de um  certo tempo, acabam-se estas procuras: já não há mais esperança! Mas não para Deus. Ele vai até ao fim, Ele encontrará de qualquer modo a sua criatura perdida. Mas onde? É na morte  que Jesus irá para encontrar a humanidade perdida. E aí, no fundo das nossas trevas, que faz o pastor? Enche-se de cólera, bate na sua ovelha infiel, obriga-a a subir todo o caminho pelos seus próprios meios? Não! Nada disso! Quando a encontra, leva-a aos ombros. Jesus pega o homem aos ombros, poupa-lhe a dificuldade da subida para a luz. Como dizer mais explicitamente a gratuidade da salvação que Ele nos vem trazer? É a mesma luz do Pai que acolhe o seu filho sem nada lhe pedir, que lhe dá gratuitamente a sua dignidade de homem livre o seu lugar de filho, como se nada se tivesse passado. Como não transbordar de alegria diante de um  Deus assim ?
ORAÇÃO 
“Deus de Israel, Deus das promessas renovadas e da Aliança fiel, Tu que guiaste Moisés para que ele conduzisse o teu povo fora do Egito, nós Te bendizemos pela paciência e pelo perdão que nos revelas. Nós invocamos o teu perdão para as nossas infidelidades para contigo, para o esquecimento dos teus ensinamentos e para os nossos afastamentos do caminho da vida”.
 “Nosso Pai, honra e glória a Ti, Rei dos séculos, Deus único, invisível e imortal, pelos séculos dos séculos. Nós, pecadores, afirmamos o nosso reconhecimento pelo teu perdão, que nos faz levantar todos os dias. Nós Te pedimos pelos nossos irmãos e irmãs abatidos pelos seus afastamentos e que duvidam do perdão que Tu concedes a todos os que vêm a Ti”.
 “Nosso Pai, Tu que fazes bom acolhimento aos pecadores como nós e que nos convidas à mesa do teu Filho, nós Te bendizemos. Alegras-te pela ovelha e pela moeda reencontradas e pelo regresso do filho perdido. Nós Te pedimos. Pelo teu Espírito, inspira as nossas intenções. Dá-nos o desejo de voltar para Ti. Partilha conosco a tua alegria pelo regresso dos teus filhos que se afastaram”.

Meditação para a semana…
Entrar na alegria do nosso Pai… No Evangelho de hoje, Lucas oferece-nos três parábolas para nos falar da Misericórdia de Deus nosso Pai: a ovelha perdida, a moeda perdida, o filho pródigo. Ser beneficiários deste perdão pleno de amor do nosso Pai é o desejo de todos nós. Mas não nos acontece, tal como o filho mais velho, considerar que alguns dos nossos irmãos são imperdoáveis e, por vezes, acolher com cólera sanções da justiça que nos parecem muito clementes? Vamos recusar entrar na alegria do nosso Pai, que Se alegra concedendo a sua graça?
fonte:
www.dehonianos.org.

09 setembro, 2016

08-setembro - Natividade de Nossa Senhora

Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus
Hoje é comemorado o dia em que Deus começa a pôr em prática o Seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Esta “casa”, que é Maria, foi construída com sete colunas, que são os dons do Espírito Santo.
Deus dá um passo à frente na atuação do Seu eterno desígnio de amor, por isso, a festa de hoje, foi celebrada com louvores magníficos por muitos Santos Padres. Segundo uma antiga tradição os pais de Maria, Joaquim e Ana, não podiam ter filhos, até que em meio às lágrimas, penitências e orações, alcançaram esta graça de Deus.
De fato, Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus. E por isso comemoramos o dia de sua vinda para este mundo, e não somente o nascimento para o Céu, como é feito com os outros santos.
Sem dúvida, para nós como para todos os patriarcas do Antigo Testamento, o nascimento da Mãe, é razão de júbilo, pois Ela apareceu no mundo: a Aurora que precedeu o Sol da Justiça e Redentor da Humanidade.

Nossa Senhora, rogai por nós!

fonte:
www.cancaonova.com.br
08-setembro - FREDERICO OZANAM
Nascido na Itália, em 23 de abril de 1813, Antonio Frederico Ozanam viveu na França. Muito de sua vida de caridade e serviço aos pobres se deve ao pai, João Antonio, um exemplo de caridade cristã.   Frederico estudou na Sorbone, uma importante universidade francesa. Neste período envolveu-se com intelectuais cristãos, fazendo do cristianismo um ideal de vida. Entendia que era necessário fundamentar a fé no exercício de uma obra de caridade. Voltou-se para os pobres e norteou a sua vida no sentido de servi-los, a exemplo de seu pai e dos ensinamentos de Jesus Cristo.  Junto de outros jovens cristãos, com o mesmo objetivo, fundou a Sociedade de São Vicente de Paulo, em 1833, uma instituição católica de leigos, direcionada para dar abrigo e assistência aos pobres e aos excluídos. Junto com o acompanhamento caritativo, Frederico pedia que fosse administrado o conforto e a formação religiosa. Por esta visão humanitária e democrática da fé cristã ele é considerado precursor da doutrina social da Igreja.  Frederico Ozanam se casou em 1841 e teve uma filha. Sua vida matrimonial continuou a testemunhar a amor a Cristo. Difundiu sua obra por toda a Europa até o dia em que tomado pela doença passou a residir numa das casas vicentinas, levando vida simples e humilde. 
Morreu em 08 de setembro de 1853, em Marselha, França. 
Reflexão:
Em nosso mundo, onde a publicidade toma conta de muros e telas, os vicentinos são os artesãos da caridade discreta. Uma caridade que é antes de tudo uma partilha. Partilha do que se é e do que se tem, buscando um autêntico desenvolvimento de todo homem e de todos os homens. Partilha não somente do supérfluo, mas do necessário. Esta partilha é bem diferente de uma esmola. Ela é amor e serviço, troca e enriquecimento recíproco. 
Oração: 
Deus fiel, te agradecemos por ter inspirado o Beato Frederico Ozanam e seus companheiros na criação da Sociedade de São Vicente de Paulo. Deus de amor, te pedimos que nos ajudes a preservar e perpetuar, em sua autenticidade original, o espírito e a visão do Beato Frederico para nos guiar na busca de seu sonho: "abraçar o mundo em uma rede de Caridade". Por Cristo Nosso Senhor. Amém. 

07 setembro, 2016

05 setembro, 2016

05/setembro/2016
89 anos.

04/09/2016 -Madre Teresa de Calcutá é canonizada pelo papa Francisco em missa no Vaticano
Em missa de canonização celebrada neste dia 4 de setembro de 2016 na Praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco declarou santa Madre Teresa de Calcutá. A cerimônia contou com a presença de cerca de 120 mil fiéis de diversas partes do mundo.
A missão de Madre Teresa, segundo Francisco, permanece nos dias de hoje como um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto aos mais pobres. O papa também se referiu à religiosa, de origem albanesa, como modelo de santidade para todos os agentes de misericórdia.
Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, por meio do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados.”
Referindo-se à nova santa, fundadora das Missionárias da Caridade, Francisco pediu que “esta incansável agente de misericórdia” ajude o mundo a entender que o único critério de ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e de qualquer vínculo e que é derramado sobre todos sem distinção de língua, cultura, raça ou religião.
“Levemos no coração o seu sorriso e o ofereçamos a quem encontremos no nosso caminho, especialmente àqueles que sofrem. Assim, abriremos horizontes de alegria e de esperança numa humanidade tão desesperançada e necessitada de compreensão e ternura”, concluiu o papa.
A religiosa, cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu em uma comunidade albanesa no sul da antiga Iugoslávia. Ordenou-se freira na Índia, onde tomou o nome de Teresa. Em 1946, decidiu abandonar o convento e viver para os pobres. Sua atuação como missionária lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979.
Madre Teresa de Calcutá morreu em setembro de 1997 – seis anos antes de ser beatificada pelo papa João Paulo II.
04-setembro-2016 -  23º Domingo do Tempo Comum-Lc 14,25-33
A liturgia deste domingo nos convida a tomar consciência de quanto é exigente o caminho do “Reino”. Optar pelo “Reino” não é escolher um caminho de facilidade, mas sim aceitar percorrer um caminho de renúncia e de doação da vida. É, sobretudo, o Evangelho que traça as coordenadas do “caminho do discípulo”: é um caminho em que o “Reino” deve ter a primazia sobre as pessoas que amamos, sobre os nossos bens, sobre os nossos próprios interesses e esquemas pessoais. Quem tomar contacto com esta proposta tem que pensar seriamente se a quer acolher, se tem forças para a acolher… Jesus não admite meios-termos: ou se aceita o “Reino” e se embarca nessa aventura a tempo inteiro, ou não vale a pena começar algo que não vai levar a lado nenhum (porque não é um caminho que se percorra com hesitações e com “meias palavras”). A primeira leitura lembra a todos aqueles que não conseguem decidir-se pelo “Reino” que só em Deus é possível encontrar a verdadeira felicidade e o sentido da vida. Há, portanto, aí, um encorajamento implícito a aderir ao “Reino”: embora exigente, é um caminho que leva à felicidade plena. A segunda leitura recorda que o amor é o valor fundamental, para todos os que aceitam a dinâmica do “Reino”; só ele permite descobrir a igualdade de todos os homens, filhos do mesmo Pai e irmãos em Cristo. Aceitar viver na lógica do “Reino” é reconhecer em cada homem um irmão e agir com coerência.
Reflexão:
O que Jesus critica nos dois heróis das parábolas é o fato de não terem tomado tempo para se sentar. Ora, Ele propõe estas duas parábolas no momento em que convida os seus discípulos a segui-lo sem condições, e mesmo a levar a sua cruz, isto é, a aceitar as provas que seguirão ao seu compromisso. Quer dizer que, antes de seguir Jesus, é preciso reservar tempo para a reflexão. Jesus não esconde as exigências, mas é preciso perguntar porquê O seguimos, até onde O podemos seguir. É a maneira de Jesus respeitar a liberdade do homem. Ele não quer discípulos que decidem segui-lo sem mais nem menos. Ele não pede a mesma coisa a toda a gente, mas a cada um Ele pede para segui-lo em função dos seus carismas. Mais uma razão para nos sentarmos e perguntar: quais são os meus carismas que quero pôr ao serviço do Reino?
• Jesus não é um demagogo que faz promessas fáceis e cuja preocupação é juntar adeptos ou atrair multidões a qualquer preço. Ele é o Deus que veio ao nosso encontro com uma proposta de salvação, de vida plena; no entanto, essa proposta implica uma adesão séria, exigente, radical, sem “panos quentes” ou “meias palavras”. O caminho que Jesus propõe não é um caminho de “massas”, mas um caminho de “discípulos”: implica uma adesão incondicional ao “Reino”, à sua dinâmica, à sua lógica; e isso não é para todos, mas apenas para os discípulos que levam a sério e conscientemente essa opção. Como é que eu me situo face a isto? O projeto de Jesus é, para mim, uma opção radical, que eu abracei com convicção e a tempo inteiro ou um projeto em que eu vou leando, sem grande esforço ou compromisso, por inércia, por comodismo, por tradição?
• A forma exigente como Jesus põe a questão da adesão ao “Reino” e à sua dinâmica nos faz pensar na nossa pastoral – vocacionada para ser uma pastoral de multidão – e na tentação que sentem os agentes da pastoral no sentido de facilitar as coisas, de não serem exigentes… Às vezes, interessa mais que as estatísticas da paróquia apresentem um grande número de batizados, de casamentos, de crismas, de comunhões, do que propor, com exigência, a radicalidade do Evangelho e dos valores de Jesus… O caminho cristão é um caminho de facilidade, onde cabe tudo, ou é um caminho verdadeiramente exigente, onde só cabem aqueles que aceitam a radicalidade de Jesus? A nossa pastoral deve facilitar tudo, ou ir pelo caminho da exigência?
• Às vezes, as pessoas procuram a comunidade cristã por tradição, por influências do meio social ou familiar, porque “a cerimônia religiosa fica bonita nas fotografias”… Sem recusarmos nada, devemos, contudo, fazê-las perceber que a opção pelo batismo ou pelo casamento religioso é uma opção séria e exigente, que só faz sentido no quadro de um compromisso com o “Reino” e com a proposta de Jesus.
• Dentro do quadro de exigências que Jesus apresenta aos discípulos, sobressai a exigência de preferir Jesus à própria família. Isso não significa, evidentemente, que devamos rejeitar os laços que nos unem àqueles que amamos… No entanto, significa que os laços afetivos, por mais sagrados que sejam, não devem nos afastar dos valores do “Reino”. As pessoas têm mais importância para mim do que o “Reino”? Já me aconteceu renunciar aos valores do “Reino” por causa de alguém?
• Outra exigência que Jesus faz aos discípulos é a renúncia à própria vida e o tomar a cruz do amor, do serviço, da doação da vida. O que é mais importante para mim: os meus interesses, os meus valores egoístas, ou o serviço dos irmãos e a doação da vida?
• Uma terceira exigência de Jesus pede aos candidatos a discípulos a renúncia aos bens. Os bens, a procura da riqueza são, para mim, uma prioridade fundamental? O que é mais importante: a partilha, a solidariedade, a fraternidade, o amor aos outros, ou o ter mais, o juntar mais?
Podemos ainda comentar esta página do Evangelho? Jesus, decididamente, é muito duro, as suas exigências muito radicais: “Se alguém vem ter comigo, sem Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo… Quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo». Sem contar  este convite ao sofrimento: “Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo”. Parece que Jesus quer desencorajar quem quer ser seu discípulo. Como compreender? Primeiro, é preciso compreender que Lucas escreve o seu Evangelho num contexto de perseguições. Alguns cristãos preferiam morrer a renegar a sua fé. Outros, talvez os mais numerosos, escolhiam colocar, pelo menos momentaneamente, a sua fé entre parêntesis para salvar os seus bens, a sua família e a sua própria vida. São Lucas quis, não tanto condenar estas fraquezas na fé, mas sobretudo dar um forte encorajamento àqueles que se mantinham firmes na fé, até à morte. Eram esses, os mártires, que tinham razão em seguir Jesus até no mistério da sua morte na cruz. O que estas palavras podem nos dizer hoje? O nosso mundo é duro em tantos domínios. Por exemplo, talvez não se possa dizer que o sentido do casamento e da família, o valor da palavra dada para ser fiel ao seu marido, à sua esposa, sejam grandes referências da nossa cultura. Querer, neste mundo, ter em conta estes valores não somente “espirituais”, mas propriamente cristãos, fazer referência ao Evangelho, afirmar-se como crente em Jesus, numa sociedade “descristianizada”, não é evidente hoje. A maior parte tomou as suas distâncias em relação a Deus, à fé cristã. Então, a palavra de hoje nos  é dada para nos despertar e, ao mesmo tempo, para nos encorajar. Aqueles que, apesar de tudo e contra tudo, continuam a dar um lugar importante na sua vida a Jesus, têm razão. O Evangelho de hoje é um convite urgente a mantermo-nos na nossa fé, por mais que isso custe.

ORAÇÃO
“Pai do céu, quem pode descobrir as tuas intenções e descobrir a tua vontade? Mas nós podemos bendizer-Te por Jesus, por quem comunicaste a tua Sabedoria, e pelo Espírito Santo, que Tu nos deste.Nós Te pedimos pelos pais e educadores, catequistas e pregadores. Que o teu Espírito seja a sua Sabedoria, que Ele os sustente e os guie”.
“Deus nosso Pai, nós Te damos graças pelo batismo, que é um novo nascimento. Por ele nos destes a vida no teu Filho Jesus. Nós Te pedimos pelos mediadores e conciliadores, que se dedicam a restaurar o diálogo nos conflitos profissionais e noutros conflitos. Pelo teu Espírito, orienta os nossos pensamentos e os nossos esforços na procura da conciliação”.
“Deus nosso Pai, como bom empreendedor Tu construíste pacientemente a nova torre que nos liga a Ti e une o céu e a terra. Colocaste as fundações e pelo teu Espírito terminas em nós a obra começada. Nós Te pedimos por todos nós, teu povo, que chamas a seguir-Te. Confiamos-Te todos aqueles que levam pesadas cruzes”.
Meditação para a semana…
Como O seguimos? No caminho, grandes multidões à procura de Jesus, com interesses muito variados! Era ontem! E nós, hoje, como o seguimos? Como um líder político? Uma estrela da musica? Um ídolo do futebol? “Jesus voltou-Se”, indicando claramente os desafios. Tornar-se seu discípulo é uma questão de preferência absoluta, num caminho que passa pela cruz.

fonte:
www.dehonianos.org

01 setembro, 2016

SETEMBRO - MÊS DA BÍBLIA

Com o tema “Para que Nele nossos povos tenham vida” e o lema “Praticar a justiça, amar a misericórdia e caminhar com Deus”, o Mês da Bíblia 2016 traz como proposta de estudo o livro do profeta Miqueias.
Vivência da Palavra
Criado na década de 1970, com a finalidade de instruir os fiéis sobre a Palavra de Deus, o Mês da Bíblia é celebrado, no Brasil, em setembro. Para o arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo, o Mês da Bíblia na Igreja no Brasil tornou-se espaço de vivência e experiência de fé nas paróquias.
“Graças ao bom Deus, a cada ano vemos crescer nas comunidades de fé o gosto e o sadio anseio por conhecer a Palavra de Deus. Não é apenas curiosidade; não apenas desejo de melhor saber e mais conhecer temas sobre religião. Muito mais, há no coração de nossa gente um secreto desejo de sentido e de esperança. Há uma busca sincera e singela de experiências de fé. Nosso povo quer sentir a proximidade de Deus”, diz.
Dom Peruzzo recorda, ainda, a importância da vivência da Palavra de Deus na vida em comunidade e na família.
“Nosso país precisa de novas experiências de profetismo. O mesmo vale para a nossa Igreja e para as nossas comunidades. Enquanto houver profetas, aqueles que pronunciam a Palavra ouvida de seu Senhor, Deus ainda não terá sido silenciado em meio aos seus. Valorizar a palavra profética, ouvindo-a com humildade e respondendo com fidelidade, é como desejar que a voz de Deus seja sempre a primeira a ressoar e a última a ecoar”, pontua dom Peruzzo.
Fonte:

www.cnbb.org
02-setembro-2016

O amor derramado em nossos corações

“O lado aberto de Cristo revela-nos a riqueza de seu amor infinito” ( São João Paulo II);  “amor misericordioso de um Coração voltado para cada um de nós” ( Santo Anselmo de Catária). “ O Coração de Jesus resume toda minha vida:  por Ele vivi, por ele morro” (Pe.Dehon).  No inicio da oração para o V Conferencia Geral  do Episcopado Latino Americano e do Caribe escreveu o Papa Bento XVI: “Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, rosto humano de Deus e rosto divino do ser humano, acendei em nosso corações o amor do Pai que está no céu e a alegria de sermos cristãos”.  Assim teremos a ternura de Cristo, vivendo o amor autêntico.

Pe. Antonio Francisco Bohn
fonte:













REZAR COM O PAPA (SETEMBRO-2016)

Cada mês, o Santo Padre propõe intenções de oração a todos os cristãos, pelos desafios que considera mais importantes para o mundo e para a Igreja.

Universal:  Humanização da sociedade
Para que cada um contribua para o bem comum e para a edificação de uma sociedade que ponha no seu centro a pessoa humana.

Pela Evangelização:   Missão evangelizadora dos cristãos
Para que os cristãos, participando nos Sacramentos e meditando a Sagrada Escritura, se tornem cada vez mais conscientes da sua missão evangelizadora.
fonte:
www.passo-a-rezar.net