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28 fevereiro, 2017


Mensagem do Papa para Quaresma 2017

Amados irmãos e irmãs!
A Quaresma é um novo começo, uma estrada que leva a um destino seguro: a Páscoa da Ressurreição, a vitória de Cristo sobre a morte. E este tempo não cessa de nos dirigir um forte convite à conversão: o cristão é chamado a voltar para Deus «de todo o coração» (Jl 2, 12), não se contentando com uma vida medíocre, mas crescendo na amizade do Senhor. Jesus é o amigo fiel que nunca nos abandona, pois, mesmo quando pecamos, espera pacientemente pelo nosso regresso a Ele e, com esta espera, manifesta a sua vontade de perdão (cf. Homilia na Santa Missa, 8 de janeiro de 2016). A Quaresma é o momento favorável para intensificarmos a vida espiritual através dos meios santos que a Igreja nos propõe: o jejum, a oração e a esmola. Na base de tudo isto, porém, está a Palavra de Deus, que somos convidados a ouvir e meditar com maior assiduidade neste tempo. Aqui queria deter-me, em particular, na parábola do homem rico e do pobre Lázaro (cf. Lc 16, 19-31). Deixemo-nos inspirar por esta página tão significativa, que nos dá a chave para compreender como temos de agir para alcançarmos a verdadeira felicidade e a vida eterna, incitando-nos a uma sincera conversão.
1. O outro é um dom
A parábola inicia com a apresentação dos dois personagens principais, mas quem aparece descrito de forma mais detalhada é o pobre: encontra-se numa condição desesperada e sem forças para se solevar, jaz à porta do rico na esperança de comer as migalhas que caem da mesa dele, tem o corpo coberto de chagas, que os cães vêm lamber (cf. vv. 20-21). Enfim, o quadro é sombrio, com o homem degradado e humilhado.  A cena revela-se ainda mais dramática, quando se considera que o pobre se chama Lázaro, um nome muito promissor pois significa, literalmente, «Deus ajuda». Não se trata duma pessoa anônima; antes, tem traços muito concretos e aparece como um indivíduo a quem podemos atribuir uma história pessoal. Enquanto Lázaro é como que invisível para o rico, a nossos olhos aparece como um ser conhecido e quase de família, torna-se um rosto; e, como tal, é um dom, uma riqueza inestimável, um ser querido, amado, recordado por Deus, apesar da sua condição concreta ser a de uma escória humana (cf. Homilia na Santa Missa, 8 de janeiro de 2016).  Lázaro ensina-nos que o outro é um dom. A justa relação com as pessoas consiste em reconhecer, com gratidão, o seu valor. O próprio pobre à porta do rico não é um empecilho fastidioso, mas um apelo a converter-se e mudar de vida. O primeiro convite que nos faz esta parábola é o de abrir a porta do nosso coração ao outro, porque cada pessoa é um dom, seja ela o nosso vizinho ou o pobre desconhecido. A Quaresma é um tempo propício para abrir a porta a cada necessitado e nele reconhecer o rosto de Cristo. Cada um de nós encontra-o no próprio caminho. Cada vida que se cruza conosco é um dom e merece aceitação, respeito, amor. A Palavra de Deus ajuda-nos a abrir os olhos para acolher a vida e amá-la, sobretudo quando é frágil. Mas, para se poder fazer isto, é necessário levar a sério também aquilo que o Evangelho nos revela a propósito do homem rico.
2. O pecado  nos cega
A parábola põe em evidência, sem piedade, as contradições em que vive o rico (cf. v. 19). Este personagem, ao contrário do pobre Lázaro, não tem um nome, é qualificado apenas como «rico». A sua opulência manifesta-se nas roupas, de um luxo exagerado, que usa. De fato, a púrpura era muito apreciada, mais do que a prata e o ouro, e por isso se reservava para os deuses (cf. Jr 10, 9) e os reis (cf. Jz 8, 26). O linho fino era um linho especial que ajudava a conferir à posição da pessoa um caráter quase sagrado. Assim, a riqueza deste homem é excessiva, inclusive porque exibida habitualmente: «Fazia todos os dias esplêndidos banquetes» (v. 19). Entrevê-se nele, dramaticamente, a corrupção do pecado, que se realiza em três momentos sucessivos: o amor ao dinheiro, a vaidade e a soberba (cf. Homilia na Santa Missa, 20 de setembro de 2013).  O apóstolo Paulo diz que «a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro» (1 Tm 6, 10). Esta é o motivo principal da corrupção e uma fonte de invejas, contendas e suspeitas. O dinheiro pode chegar a dominar-nos até ao ponto de se tornar um ídolo tirânico (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 55). Em vez de instrumento ao nosso dispor para fazer o bem e exercer a solidariedade com os outros, o dinheiro pode-nos subjugar, a nós e ao mundo inteiro, numa lógica egoísta que não deixa espaço ao amor e dificulta a paz.  Depois, a parábola mostra-nos que a ganância do rico fá-lo vaidoso. A sua personalidade vive de aparências, fazendo ver aos outros aquilo que se pode permitir. Mas a aparência serve de máscara para o seu vazio interior. A sua vida está prisioneira da exterioridade, da dimensão mais superficial e efêmera da existência (cf. ibid., 62). O degrau mais baixo desta deterioração moral é a soberba. O homem veste-se como se fosse um rei, simula a posição dum deus, esquecendo-se que é um simples mortal. Para o homem corrompido pelo amor das riquezas, nada mais existe além do próprio eu e, por isso, as pessoas que o rodeiam não caiem sob a alçada do seu olhar. Assim o fruto do apego ao dinheiro é uma espécie de cegueira: o rico não vê o pobre esfomeado, chagado e prostrado na sua humilhação.  Olhando para esta figura, compreende-se por que motivo o Evangelho é tão claro ao condenar o amor ao dinheiro: «Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro» (Mt 6, 24).
3. A Palavra é um dom
O Evangelho do homem rico e do pobre Lázaro ajuda a prepararmo-nos bem para a Páscoa que se aproxima. A liturgia de Quarta-Feira de Cinzas convida-nos a viver uma experiência semelhante à que faz de forma tão dramática o rico. Quando impõe as cinzas sobre a cabeça, o sacerdote repete estas palavras: «Lembra-te, homem, que és pó da terra e à terra hás de voltar». De fato, tanto o rico como o pobre morrem, e a parte principal da parábola desenrola-se no Além. Dum momento para o outro, os dois personagens descobrem que nós «nada trouxemos ao mundo e nada podemos levar dele» (1 Tm 6, 7). Também o nosso olhar se abre para o Além, onde o rico tece um longo diálogo com Abraão, a quem trata por «pai» (Lc 16, 24.27), dando mostras de fazer parte do povo de Deus. Este detalhe torna ainda mais contraditória a sua vida, porque até agora nada se disse da sua relação com Deus. Com efeito, na sua vida, não havia lugar para Deus, sendo ele mesmo o seu único deus.  Só no meio dos tormentos do Além é que o rico reconhece Lázaro e queria que o pobre aliviasse os seus sofrimentos com um pouco de água. Os gestos solicitados a Lázaro são semelhantes aos que o rico poderia ter feito, mas nunca fez. Abraão, porém, explica-lhe: «Recebeste os teus bens na vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado» (v. 25). No Além, restabelece-se uma certa equidade, e os males da vida são contrabalançados pelo bem.  Mas a parábola continua, apresentando uma mensagem para todos os cristãos. De fato o rico, que ainda tem irmãos vivos, pede a Abraão que mande Lázaro avisá-los; mas Abraão respondeu: «Têm Moisés e os Profetas; que os ouçam» (v. 29). E, à sucessiva objeção do rico, acrescenta: «Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos» (v. 31).  Deste modo se patenteia o verdadeiro problema do rico: a raiz dos seus males é não dar ouvidos à Palavra de Deus; isto levou-o a deixar de amar a Deus e, consequentemente, a desprezar o próximo. A Palavra de Deus é uma força viva, capaz de suscitar a conversão no coração dos homens e orientar de novo a pessoa para Deus. Fechar o coração ao dom de Deus que fala, tem como consequência fechar o coração ao dom do irmão. 
Amados irmãos e irmãs, a Quaresma é o tempo favorável para nos renovarmos, encontrando Cristo vivo na sua Palavra, nos Sacramentos e no próximo. O Senhor – que, nos quarenta dias passados no deserto, venceu as ciladas do Tentador – indica-nos o caminho a seguir. Que o Espírito Santo nos guie na realização dum verdadeiro caminho de conversão, para redescobrirmos o dom da Palavra de Deus, sermos purificados do pecado que nos cega e servirmos Cristo presente nos irmãos necessitados. Encorajo todos os fiéis a expressar esta renovação espiritual, inclusive participando nas Campanhas de Quaresma que muitos organismos eclesiais, em várias partes do mundo, promovem para fazer crescer a cultura do encontro na única família humana. Rezemos uns pelos outros para que, participando na vitória de Cristo, saibamos abrir as nossas portas ao frágil e ao pobre. Então poderemos viver e testemunhar em plenitude a alegria da Páscoa.
Vaticano, 18 de outubro de 2016.
Festa do Evangelista São Lucas
Francisco


26 fevereiro, 2017

26-fevereiro-2017 - 8º Domingo do Tempo Comum -   Mt 6, 24-34

A liturgia nos propõe uma reflexão sobre as nossas prioridades. Recomenda que dirijamos o nosso olhar para o que é verdadeiramente importante e que libertemos o nosso coração da tirania dos bens materiais. De resto, o cristão não vive obcecado com os bens mais primários, pois tem absoluta confiança nesse Deus que cuida dos seus filhos com a solicitude de um pai e o amor gratuito e incondicional de uma mãe.  O Evangelho nos  convida a buscar o essencial (o “Reino”) por entre a enorme bateria de coisas secundárias que, dia a dia, ocupam o nosso interesse.  Nos garante, igualmente, que escolher o essencial não é negligenciar o resto: o nosso Deus é um pai cheio de solicitude pelos seus filhos, que provê com amor às suas necessidades.  A primeira leitura sublinha a solicitude e o amor de Deus, desta vez recorrendo à imagem da maternidade: a mãe ama o filho, com um amor instintivo, avassalador, eterno, gratuito, incondicional; e o amor de Deus mantém as características do amor da mãe pelo filho, mas em grau infinito. Por isso, temos a certeza de que Ele nunca abandonará os homens e manterá para sempre a aliança que fez com o seu Povo.  Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a fixarem o seu olhar no essencial (a proposta de salvação/libertação que, em Jesus, Deus fez aos homens) e não no acessório (os veículos da mensagem).
Reflexão:
• A primeira grande questão que, neste texto, Jesus nos coloca é a questão das nossas prioridades.  Dia a dia somos bombardeados com um conjunto de propostas mais ou menos aliciantes, que nos oferecem a chave da felicidade e da vida plena: o dinheiro, o êxito profissional, o progresso na carreira, a beleza física, os aplausos das multidões, o poder… E estes ou outros valores semelhantes – servidos por técnicas de publicidade enganosa – tornam-se o “objetivo final” na vida de tantos dos nossos contemporâneos. No entanto, Jesus nos garante que a vida plena não está aqui e que, se estes valores se tornam a nossa prioridade fundamental, a nossa vida terá sido um tremendo equívoco. Para Jesus, é no “Reino” – isto é, na aposta incondicional em Deus e no acolhimento do seu projeto de salvação/libertação – que está o segredo da nossa realização plena. Quais são as minhas prioridades? Em que é que eu tenho apostado incondicionalmente a minha vida?
• As propostas equívocas de felicidade criam, muitas vezes, desorientação e confusão. Ao encherem o coração do homem de ídolos com pés de barro, afastam o homem de Deus e deixam-no perdido e sem referências, só diante de um mundo hostil – como criança perdida, indefesa, impotente. Jesus nos lembra, porém, que Deus é um Pai cheio de solicitude e de amor, permanentemente atento às necessidades dos filhos (Ele até veste os lírios do campo e alimenta as aves do céu…). Ele nos convida a colocar a nossa confiança e a nossa esperança nesse Pai que nos ama e a enfrentar o dia a dia com essa serena confiança que nos vem da certeza de que Deus é nosso Pai, conhece as nossas dores e necessidades e nos pega ao colo nos momentos mais dramáticos da nossa caminhada.

• A referência à incompatibilidade entre Deus e o dinheiro nos convida a uma particular reflexão neste campo… O dinheiro é, hoje, o verdadeiro centro do poder no mundo. Ele compra consciências, poder, bem-estar, projeção social, reconhecimento e até compra amor. Por ele mata-se, pisa-se sobre  os valores mais fundamentais, renuncia-se à própria dignidade, envenena-se o ambiente (que interessa o buraco do ozonio, a poluição dos rios, o desaparecimento das florestas, se isso fizer mais ricos os donos do mundo…), escravizam-se os irmãos. Quando a lógica do “ter mais” entra no coração do homem e o domina, o homem torna-se escravo e, por sua vez, leva a escravidão aos outros homens. Torna-se injusto, prepotente e explorador, passa indiferente ao lado dos irmãos que vivem abaixo do limiar da dignidade humana, deixa de ter tempo para gastar com aqueles  que ama (o amor do dinheiro sobrepõe-se a todos os outros amores), relega Deus para a lista dos valores secundários, acha o “Reino” proposto por Jesus “uma absurda quimera”. Como nos situamos face a isto? Se tivermos que optar (não em termos teóricos, mas nas situações concretas da vida) entre o dinheiro e os valores do “Reino”, qual é que escolhemos?
fonte:
www.dehonianos.org

18 fevereiro, 2017

19-fevereiro-2017  -  7º Domingo do Tempo Comum- Mt 5, 38-48 
A liturgia nos convida à santidade, à perfeição. Sugere que o “caminho cristão” é um caminho nunca acabado, que exige de cada homem ou mulher, em cada dia, um compromisso sério e radical (feito de gestos concretos de amor e de partilha) com a dinâmica do “Reino”. Somos, assim, convidados a percorrer o nosso caminho de olhos postos nesse Deus santo que nos espera no final da viagem.  A primeira leitura que nos é proposta apresenta um apelo veemente à santidade: viver na comunhão com o Deus santo,  exige o ser santo. Na perspectiva do autor do nosso texto, a santidade passa também pelo amor ao próximo. No Evangelho, Jesus continua a propor aos discípulos, de forma muito concreta, a sua Lei da santidade (no contexto do “sermão da montanha”). Hoje, Ele pede aos seus que aceitem inverter a lógica da violência e do ódio, pois esse “caminho” só gera egoísmo, sofrimento e morte; e pede-lhes, também, o amor que não marginaliza nem discrimina ninguém (nem mesmo os inimigos). É nesse caminho de santidade que se constrói o “Reino”.  Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto – e os cristãos de todos os tempos e lugares – a serem o lugar onde Deus reside e Se revela aos homens. Para que isso aconteça, eles devem renunciar definitivamente à “sabedoria do mundo” e devem optar pela “sabedoria de Deus” (que é doação da vida, amor gratuito e total)
.Reflexão:
• Este Evangelho recorda que, ao aceitar o desafio de viver em comunhão com Deus, eu sou chamado a dar testemunho da vida de Deus diante de todos os meus irmãos e a ser um sinal vivo de Deus, do seu amor, da sua perfeição, da sua santidade, no meio do mundo. Aceito esse desafio e estou disposto a corresponder-lhe?
• A leitura que nos foi proposta coloca, mais uma vez, como cenário de fundo, as exigências do compromisso com o “Reino”. Sugere que viver na dinâmica do “Reino”   implica, não o cumprimento de ritos ou de leis, mas uma atitude nova, revolucionária, que resulta de um compromisso interior com Deus verdadeiramente assumido, e manifestado em atitudes concretas. Exige a superação de uma religião feita de leis, de códigos, de ritos, de gestos externos e o viver em comunhão com Deus, de tal forma que a vida de Deus encha o coração do crente e transborde em gestos de amor para com os irmãos. O que é que define a minha atitude religiosa: o cumprimento dos ritos, a letra da lei, ou a comunhão com Deus que enche o meu coração de vida nova e que depois se expressa em atitudes de amor radical para com os irmãos?
• Jesus pede, aos que aceitaram embarcar na aventura do “Reino”, a superação de uma lógica de vingança, de responder na mesma moeda, e o assumir uma atitude pacífica de não resposta às provocações, que inverta a espiral de violência e que inaugure um novo espírito nas relações entre os homens. Não é, no entanto, esta a lógica do mundo, mesmo do mundo “cristão”: em nome do direito de legítima defesa ou do direito de resposta, as nações em geral e as pessoas em particular recusam enveredar por uma lógica de paz e respondem ao mal com um mal ainda maior. Como é que eu vejo a questão da violência, do terrorismo, da guerra? Tenho consciência de que a lógica da violência, da vingança, não tem nada a ver com os métodos do “Reino”? O que é que é mais questionante,   interpelador e transformador: a violência das armas, ou a violência desarmada do amor?
• Jesus pede, também, aos participantes do “Reino” o amor a todos, inclusive aos inimigos, subvertendo completamente a lógica do mundo. Como é que eu me situo face a isto? A minha atitude é a de quem não exclui nem discrimina ninguém, mesmo aqueles de quem não gosto, mesmo aqueles contra quem tenho razões de queixa, mesmo aqueles  que não compreendo, mesmo aqueles que assumem atitudes opostas a tudo em que eu acredito?
fonte:
www.denhonianos.org
ATENÇÃO!!!

Já está disponível na secretaria do São Benedito os livrinhos da CF 2017 e do Retiro Quaresmal - CEI/ Vila Kostka. Interessados, procurem-nos!!



12 fevereiro, 2017

12-fevereiro - SANTA EULÁLIA
Lembramos neste dia a santidade de Eulália, virgem e mártir. Viveu em Barcelona no fim do século III numa família que a educou para o bem e para a fé em Jesus Cristo.  Quando pequena Eulália gostava da companhia das amigas cristãs, e por outro lado fugia do pecado e era inimiga da vaidade. Aconteceu que possuía apenas 14 anos quando chegou à Espanha a perseguição contra os cristãos por parte do terrível Diocleciano; Eulália soube dos fatos e desejou alegremente o martírio, para assim glorificar e estar com o Cristo.  Os pais religiosos resolveram viajar a fim de esconderem-se juntamente com a menina, mas uma noite, em segredo, ela deixou sua casa em direção à cidade. Diz-se que um cortejo de anjos iluminava o caminho de Eulália. De manhã, diante do palácio do governador, ela elevava a voz contra os perseguidores e defendia os cristãos.  O imperador não sabia o que fazer. Tentou convencê-la a adorar os deuses romanos. Além disso, se Eulália abandonasse Jesus Cristo, ela seria presenteada com ouro e joias e seus pais seriam também agraciados. Ao ouvir tal proposta, Eulália olhou diretamente para o governador e respondeu-lhe: "Não perca seu tempo. Mande logo que me torturem e matem, pois nunca abrirei mão da minha fé". Diante da fé e coragem da jovem Eulália o governador mandou os algozes queimarem o seu corpo com ferros em brasa, e sua oração durante os sofrimentos era esta: “Agora, ó Jesus, vejo no meu corpo os traços de vossa sagrada paixão”.
REFLEXÃO:
 A fé cristã impulsiona-nos a tomar partido exclusivo por Jesus Cristo. Mesmo diante dos maiores desafios, somos convidados a colocar Jesus como a razão central de nossa vida. Iluminados pelo exemplo de santa Eulália, vamos elevar nossa voz contra as injustiças de nossa sociedade e ficar alerta para denunciar tudo aquilo que fere a dignidade humana.
ORAÇÃO:
 Querido Pai, diante de vossa presença de amor, e sob a intercessão de Santa Eulália, pedimos humildemente que nos torne cada vez mais convictos de nossa fé e nos impulsione a viver o amor de Cristo na denúncia de tudo aquilo que fere a vida do ser humano
Fonte:

11 fevereiro, 2017

12-fevereiro-2017 -  6º Domingo do Tempo Comum
A liturgia nos  garante que Deus tem um projeto de salvação para que o homem possa chegar à vida plena e nos propõe uma reflexão sobre a atitude que devemos assumir diante desse projeto.  Na segunda leitura, Paulo apresenta o projeto salvador de Deus (aquilo que ele chama “sabedoria de Deus” ou “o mistério”). É um projeto que Deus preparou desde sempre “para aqueles que o amam”, que esteve oculto aos olhos dos homens, mas que Jesus Cristo revelou com a sua pessoa, as suas palavras, os seus gestos e, sobretudo, com a sua morte na cruz (pois aí, na doação total da vida, revelou-se aos homens a medida do amor de Deus e mostrou-se ao homem o caminho que leva à realização plena).  A primeira leitura recorda, no entanto, que o homem é livre de escolher entre a proposta de Deus (que conduz à vida e à felicidade) e a auto-suficiência do próprio homem (que conduz, quase sempre, à morte e à desgraça). Para ajudar o homem que escolhe a vida, Deus propõe “mandamentos”: são os “sinais” com que Deus delimita o caminho que conduz à salvação.  O Evangelho completa a reflexão, propondo a atitude de base com que o homem deve abordar esse caminho balizado pelos “mandamentos”: não se trata apenas de cumprir regras externas, no respeito estrito pela letra da lei; mas trata-se de assumir uma verdadeira atitude interior de adesão a Deus e às suas propostas, que tenha, depois, correspondência em todos os passos da vida.
Reflexão:
• Os discípulos de Jesus são convidados a viver na dinâmica do “Reino”, isto é, a acolher com alegria e entusiasmo o projeto de salvação que Deus quis oferecer aos homens e a percorrer, sem desfalecer, num espírito de total adesão, o caminho que conduz à vida plena.
• Cumprir um conjunto de regras externas não assegura, automaticamente, a salvação, nem garante o acesso à vida eterna; mas, o acesso à vida em plenitude passa por uma adesão total (com a mente, com o coração, com a vida) às propostas de Deus. Os nossos comportamentos externos têm de resultar, não do medo ou do calculismo, mas de uma verdadeira atitude interior de adesão a Deus e às suas propostas. É isso que se passa na minha vida? Os “mandamentos” são, para mim, princípios sagrados que eu tenho de cumprir, mecanicamente, sob pena de receber castigos (o maior dos quais será o “inferno”), ou são indicações que me ajudam a potenciar a minha relação com Deus e a não me desviar do caminho que conduz à vida? O cumprimento das leis (de Deus ou da Igreja) é, para mim, uma obrigação que resulta do medo, ou o resultado lógico da opção que eu fiz por Deus e pelo “Reino”?
• “Não matar”, é, segundo Jesus, evitar tudo aquilo que cause dano ao meu irmão. Tenho consciência de que posso “matar” com certas atitudes de egoísmo, de prepotência, de autoritarismo, de injustiça, de indiferença, de intolerância, de calúnia e má língua que magoam o outro, que destroem a sua dignidade, o seu bem estar, as suas relações, a sua paz? Tenho consciência que brincar com a dignidade do meu irmão, ofendê-lo, inventar caminhos tortuosos para o desacreditar ou desmoralizar é um crime contra o irmão? Tenho consciência que ignorar o sofrimento de alguém, ficar indiferente a quem necessita de um gesto de bondade, de misericórdia, de reconciliação, é assassinar a vida?
• Não podemos deixar, nunca, que as leis (mesmo que sejam leis muito “sagradas”) se transformem num absoluto ou que contribuam para escravizar o homem. As leis, os “mandamentos”, devem ser apenas “sinais” indicadores desse caminho que conduz à vida plena; mas o que é verdadeiramente importante, é o homem que caminha na história, com os seus defeitos e fracassos, em direção à felicidade e à vida definitiva.
fonte:
www.dehoninaos.org.
11- fevereiro - NOSSA SENHORA DE LOURDES 
Hoje queremos falar de Nossa Senhora de Lourdes, que recebeu este título pelo fato de ter aparecido nesta cidade, localizada na França. A aparição de Maria aconteceu no dia 11 de fevereiro de 1858, numa tarde úmida e fria. A menina Bernadete, de 14 anos e analfabeta, estava procurando gravetos para o lar e teve o privilégio do encontro com Maria. Ela sentiu-se atraída por uma luz que saía de uma gruta, onde estava uma linda mulher de branco, com faixa azul , terço na mão, que a convidava a rezar.  A quem lhe perguntava como era a Senhora, Bernadete fazia esta descrição: «Tem as feições duma donzela de 16 ou 17 anos. Um vestido branco cingido com faixa azul até aos pés. Traz na cabeça véu igualmente branco, que mal deixa ver os cabelos, caindo-lhe pelas costas. Vem descalça, mas as últimas dobras do vestido encobrem-lhe um pouco os pés. Na ponta de cada um sobressai uma rosa dourada. Do braço direito pende um rosário de contas brancas encadeadas em ouro, brilhante como as duas rosas dos pés».   Como era de se esperar, ninguém acreditou na história de Bernadete, mas as aparições continuaram a se repetir. Em 25 de fevereiro, a Senhora pediu a Bernadete que raspasse um lugar na rocha para beber água. A menina obedeceu, raspou a pedra com as unhas e dali brotou um filete de água: a fonte milagrosa de Lourdes.  Curiosa sobre a identidade da mulher com quem conversava, Bernadete perguntou quem era ela. A resposta veio através da voz calma da Virgem: "Eu sou a Imaculada Conceição".  Preocupados com a história de Bernadete, que dizia ser necessário construir uma capela no local da gruta, as autoridades civis e religiosas acabaram por interditar a gruta de Lourdes.  Mas as aparições continuaram até dia 10 de julho de 1858. Ao todo foram 18 aparições. A mensagem de Nossa Senhora de Lourdes consistia no chamado a conversão, oração do terço e principalmente confirmação do Dogma da Imaculada Conceição, tinha sido declarado pela Igreja em 1854.
Maria, Mãe de Lourdes, embora seja inimiga do pecado, é amiga dos pecadores. Ela sabe dos sofrimentos e angústias que abatem sobre aqueles que são esmagados pelo peso dos erros cometidos no dia-a-dia, mas seu convite é sempre o mesmo: o melhor meio de realizar uma vida feliz é o encontro com o caminho do meu Filho Jesus. Reduzida à sua expressão mais simples, a mensagem de Lourdes pode ser sintetizada como a Virgem sem pecado, que vem socorrer os pecadores.  Desde 1858 até hoje, contínuas multidões se têm reunido em Lourdes, que se tornou o maior santuário da França. Em 1925, o Papa Pio XI declarou Bernadete bem-aventurada e, em 1933, tornou-a santa. A festa de Nossa Senhora de Lourdes é celebrada hoje, dia 11 de fevereiro. O Santuário é marco do amor da Mãe que vem nos ajudar, e nele tem-se alcançado, por intercessão de Nossa Senhora de Lourdes, muitas graças.
É comum encontrarmos em nossas cidades pequenas grutas, construídas pelos devotos de Nossa Senhora de Lourdes. Estes locais são ambientes de oração e fé e mostram a profunda fé de nosso povo na Virgem Maria. Nestas grutas não faltam as imagens de Maria e da pequena Bernadete, além da água cristalina e de flores e folhagens, formando um lugar privilegiado do encontro com Deus.
ORAÇÃO:
 Oração em Louvor a Nossa Senhora de Lourdes (Pio XII) Dóceis ao convite de vossa voz maternal, Ó Virgem Imaculada de Lourdes, acorremos a vossos pés junto da humilde gruta onde vos dignastes aparecer para indicar aos que se extraviam o caminho da oração e da penitência, e para dispensar aos que sofrem, as graças e os prodígios da vossa soberana bondade. Recebei, Rainha compassiva, os louvores e as súplicas que os povos e as nações oprimidos pela amargura e pela angústia elevam confiantes a vós. Ó resplandecente visão do paraíso, expulsai dos espíritos - pela luz da fé - as trevas do erro. Ó místico rosário com o celeste perfume da esperança, aliviai as almas abatidas. Ó fonte inesgotável de água salutar com as ondas da divina caridade, reanimai os corações áridos. Fazei que todos nós, que somos vossos filhos por vós confortados em nossas penas, protegidos nos perigos, sustentados nas lutas, nos amemos uns aos outros e sirvamos tão bem ao vosso doce Jesus que mereçamos as alegrias eternas junto a vosso trono no céu. Amém.
Fonte:

10 fevereiro, 2017

10 – fevereiro - SANTA ESCOLÁSTICA
Hoje celebramos a memória de Santa Escolástica, irmã gêmea do grande São Bento, pai do monaquismo. Esta grande santa nasceu na Úmbria, região central da Itália, no ano de 480.
Santa Escolástica foi uma mulher de grande espírito de oração e busca de santidade. Junto com seu irmão São Bento, tornou-se a fundadora de vários mosteiros femininos que também seguiam a Regra de vida monástica do irmão. Escolástica era piedosa, virtuosa, cultivadora da oração, temente a Deus e inimiga do espírito do mundo e das vaidades.  Relata-nos o Papa São Gregório Magno que Escolástica e Bento, embora morassem pertinho, encontravam-se para diálogos santos apenas uma vez ao ano. Numa dessas visitas, pressentindo que o dia de seu encontro com o Pai Eterno estava próximo, Escolástica pediu ao irmão que ficasse com ela até o amanhecer, mas foi repreendida pelo irmão, pois isto seria uma transgressão da Regra do mosteiro.  Diante da resposta negativa do irmão, Santa Escolástica entrelaçou as mãos, abaixou a cabeça e rapidamente conversou com Deus. De repente armou uma tamanha tempestade fora do lugar do encontro, que São Bento ficou impedido de sair com seus irmãos. Diante do olhar de espanto do irmão, Escolástica disse-lhe: "Pedi a você e você não me ouviu; pedi ao Senhor e ele me ouviu. Vá embora, se puder, volte ao seu mosteiro". Alguns dias depois, São Bento teve uma visão da irmã, que rumava ao céu com vestes brancas. Quarenta dias depois, o próprio São Bento também rumou para a Vida Eterna em Deus.  O corpo de Escolástica foi transportado para o mosteiro de São Bento, e sepultado no túmulo que o santo abade tinha mandado preparar para si. Escolástica morreu em 543, na idade de 63 anos.
Santa Escolástica quando se achava em grandes tribulações fixava o olhar no Crucifixo. Este olhar trazia-lhe consolo e coragem para vencer todas as dificuldades. Ela dizia que um único olhar sobre a imagem do Crucificado tirava-lhe toda a aflição e suavizava o sofrimento. 
REFLEXÃO:
 Santa Escolástica amava a solidão e fugia da companhia de pessoas seculares, mas sempre arrumava tempo para conversar sobre assuntos de conteúdo religioso. Também nós devemos valorizar os momentos de silêncio, não perdendo tempo com coisas inúteis, que nos afastam da caridade. Procura mais a Deus no silêncio e na oração, e encontrará a paz a alma.
ORAÇÃO:
 Ó Deus, que prometestes habitar nos corações puros, dai-nos, pela intercessão de Santa Escolástica, viver de tal modo, que possais fazer em nós a vossa morada. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Fonte:

09 fevereiro, 2017

ATENÇÃO, CATEQUISTAS DE LIMEIRA...
E JOVENS BRINCANTES....
No próximo final de semana, teremos um retiro super especial envolvendo arte e espiritualidade. Quem vai nos ajudar é um grupo de Indaiatuba, da Rede Celebra, gente super bacana, cheio de alegria e de carinho. Interessados, entre em contato pelo telefone da paróquia São Benedito. As vagas são limitadas. Aproveitem!

09 – fevereiro - SANTA APOLÔNIA 
A história de Apolônia nos chegou pela narrativa de Dionísio, bispo de Alexandria, escrita em 249. Assim ele se expressa: "No dia 9 de fevereiro, um charlatão alexandrino provocou uma terrível revolta entre os pagãos. As casas dos cristãos foram invadidas e jóias e objetos preciosos foram roubados. Os cristãos, mesmo os velhos e as crianças, foram arrastados pelas ruas, espancados, escorraçados e, condenados a morte, caso não renegassem a fé em voz alta. Os pagãos prenderam também a bondosa virgem Apolônia, que tinha idade avançada. Foi espancada violentamente e teve os dentes arrancados. Além disso, foi arrastada até a grande fogueira, que ardia no centro da cidade, onde seria queimada viva se não repetisse, em voz alta, uma declaração pagã renunciando a fé em Cristo. Neste instante, ela pediu para ser solta por um momento, sendo atendida ela saltou rapidamente na fogueira, sendo consumida pelo fogo".  O martírio da virgem Apolônia, que terminou aparentemente em suicídio, causou, exatamente por isto, um grande questionamento dentro da Igreja, que passou a avaliar se era correto e lícito, se entregar voluntariamente à morte para não renegar a fé.  Contudo, o gesto da mártir Apolônia, a sua vida reclusa dedicada à caridade cristã, provocou grande emoção e devoção na província africana inteira, onde ela consumou o seu sacrifício. Passou a ser venerada, porque foi justamente o seu apostolado desenvolvido entre os pobres da comunidade que a colocou na mira do ódio e da perseguição dos pagãos.
 REFLEXÃO:
 A vida de Apôlonia foi marcada pelo amor aos mais pequenos, nos quais ela reconhecia a pessoa de Jesus. Martirizada numa fogueira, depois de ter os dentes arrancados, Apolônia tornou-se a protetora dos dentistas.
ORAÇÃO:
 Ó gloriosa Santa Apolônia, por aquela dor que padecestes, quando, por ordem do tirano, vos foram arrancados os dentes que tanto decoro ajuntava ao vosso angélico rosto, obtende do Senhor a graça de estarmos sempre livres de todo tipo de maldade. Amém!
Fonte:

08 fevereiro, 2017

08- fevereiro  - SANTA JOSEFINA BAKHITA 
Bakhita nasceu no Sudão, África, em 1869. Seu nome significa "afortunada". Esta flor africana conheceu as humilhações, os sofrimentos físicos e morais da escravidão, sendo vendida e comprada várias vezes.  Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada por um cônsul italiano, que depois a levou consigo para a Itália. Neste país tornou-se babá da filha de um casal italiano. Devido à necessidade de mudanças, a jovem negra foi direcionada para um mosteiro da Congregação de Santa Madalena de Canossa. Era 1890 e ela tinha vinte e um anos quando foi batizada, recebendo o nome de Josefina.  Bakhita resolveu tornar-se uma irmã canossiana. Por mais de cinquenta anos, esta humilde Filha da Caridade, se dedicou às diversas ocupações na congregação, sendo chamada por todos de "Irmã Morena". Ela foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. As irmãs a estimavam pela generosidade, bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido.
A sua humildade, a sua simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de toda população. Com a idade, chegou a doença longa e dolorosa. Na agonia reviveu os terríveis anos de escravidão. Irmã Josefina Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947.
 REFLEXÃO:
 Josefina Bakhita, a primeira santa da África, recebeu do Papa João Paulo II a canonização. O milagre reconhecido pelo Vaticano foi a cura milagrosa de uma brasileira - Eva Tobias da Costa, da cidade de Santos-SP - que a ela recorrera, pedindo intercessão.
ORAÇÃO:
Ó Santa Josefina Bakhita, que, desde menina, foste enriquecida por Deus com tantos dons e a Ele correspondeste com todo o amor, olha por nós. Intercede junto ao Senhor para que cresçamos no seu amor e no amor a todas as criaturas humanas, sem distinção de idade, de raça, de cor, de situação social. Que pratiquemos sempre, como tu, as virtudes da fé, da esperança, da caridade, da humildade, da castidade e da obediência. Amém!
Fonte:

07 – fevereiro  - SÃO RICARDO
No século V, a rainha da Inglaterra meridional era Sexburga, que mais tarde se tornou abadessa e uma santa da Igreja Católica. Ela teve três filhos e duas filhas. O filho do meio, Ricardo, se tornou provisoriamente o rei da Inglaterra por causa da morte prematura do irmão mais velho. Neste cargo reinou alguns anos. Quando o sobrinho alcançou a idade de assumir o trono, Ricardo deixou o palácio e foi morar num mosteiro junto com dois filhos ainda adolescentes. No ano de 720 ele e os filhos empreenderam uma romaria até a cidade eterna, Roma. Atravessaram toda a França, mas quando chegaram na cidade de Luca, a viagem teve de ser interrompida porque Ricardo ficou doente e acabou falecendo. Os milagres foram acontecendo em seu túmulo e o local se tornou uma rota de devoção para os cristãos, que o chamavam de "rei santo".
REFLEXÃO:
 A dedicação de alguns homens pela construção de uma sociedade mais fraterna gerou vidas santas na Igreja. Ricardo é exemplo de um homem nobre que abdicou de suas regalias para servir a Deus e aos mais humildes. Que ele nos inspire ao serviço dos excluídos.
ORAÇÃO:
 Deus de misericórdia derramai sobre nós a graça santificante que nos permite contemplar sua face, e concedei-nos, pelos méritos de são Ricardo, o ânimo para evangelizar os mais sofredores. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Fonte:

06 fevereiro, 2017

06-fevereiro - SANTOS PAULO MIKI E SEUS COMPANHEIROS
Miki nasceu em 1564, era filho de pais ricos e foi educado no colégio jesuíta em Anziquiama, no Japão. A convivência do colégio logo despertou em Paulo o desejo de se juntar a Companhia de Jesus. Com esforço conseguiu ordenar-se sacerdote, o primeiro japonês da companhia.  Mas o imperador japonês não era admirador do cristianismo. Por causa da conquista da Coréia pela Espanha, o Japão motivou uma perseguição contra todos os cristãos ocidentais. Os católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram. Só que a repressão não demorou. Primeiro foram presos seis franciscanos, logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezessete leigos.  Os vinte e seis cristãos sofreram terríveis humilhações enquanto seguiam para o local onde seria executada a pena de morte por crucificação. Alguns dos companheiros de Paulo Miki eram muito jovens, adolescentes ainda, mas enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do líder. A elevação sobre a qual os vinte e seis heróis de Jesus Cristo receberam o martírio pela crucificação em fevereiro de 1597 ficou conhecida como Monte dos Mártires.
REFLEXÃO:
Antes de morrer, São Paulo Miki afirmou: “Se cheguei a este grave momento, espero que ninguém tenha dúvidas quanto a minha sinceridade ou pense que eu estou mentindo. Por isso eu lhes digo: Não há outro caminho de salvação a não ser Cristo Jesus”.
ORAÇÃO:
Bendito seja Deus, que concedeu a São Paulo Miki e seus companheiros o grande dom da firmeza apostólica. Concedei-me ser sempre um corajoso apóstolo de vossos caminhos. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Fonte:
www.a12.com

04 fevereiro, 2017

05-fevereiro-2017 -  5º Domingo do Tempo Comum - Mt 5, 13-16
A Palavra de Deus  nos convida a refletir sobre o compromisso cristão. Aqueles que foram interpelados pelo desafio do “Reino” não podem remeter-se a uma vida cômoda e instalada, nem refugiar-se numa religião ritual e feita de gestos vazios; mas têm de viver de tal forma comprometidos com a transformação do mundo que se tornem uma luz que brilha na noite do mundo e que aponta no sentido desse mundo de plenitude que Deus prometeu aos homens – o mundo do “Reino”.  No Evangelho, Jesus exorta os seus discípulos a não se instalarem na mediocridade, no comodismo, no “deixa ficar”; e pede-lhes que sejam o sal que dá sabor ao mundo e que testemunha a perenidade e a eternidade do projeto salvador de Deus; também os exorta a serem uma luz que aponta no sentido das realidades eternas, que vence a escuridão do sofrimento, do egoísmo, do medo e que conduz ao encontro de um “Reino” de liberdade e de esperança.  A primeira leitura apresenta as condições necessárias para “ser luz”: é uma “luz” que ilumina o mundo, não quem cumpre ritos religiosos estéreis e vazios, mas quem se compromete verdadeiramente com a justiça, com a paz, com a partilha, com a fraternidade. A verdadeira religião não se fundamenta numa relação “platônica” com Deus, mas num compromisso concreto que leva o homem a ser um sinal vivo do amor de Deus no meio dos seus irmãos.  A segunda leitura avisa que ser “luz” não é colocar a sua esperança de salvação em esquemas humanos de sabedoria, mas é identificar-se com Cristo e interiorizar a “loucura da cruz” que é doação da vida. Pode-se esperar uma revelação da salvação no escândalo de um Deus que morre na cruz? Sim. É na fragilidade e na debilidade que Deus Se manifesta: o exemplo de Paulo – um homem frágil e pouco brilhante – demonstra-o.
Reflexão:
• A questão essencial que este trecho do Evangelho nos apresenta é esta: Deus nos propôs um projeto de libertação e de salvação que conduzirá à inauguração de um mundo novo, de felicidade e de paz sem fim; e aqueles que aderiram a essa proposta têm de testemunhá-la diante do mundo e dos homens com palavras e com gestos concretos, a fim de que o “Reino” se torne uma realidade. Como é que me situo face a isto? Para mim, ser cristão é um compromisso sério, profético, exigente, que me obriga a testemunhar o “Reino”, mesmo em ambientes adversos, ou é um caminho “morno”, instalado, cômodo, de quem se sente de acôrdo com Deus porque vai à missa ao domingo e cumpre alguns ritos que a Igreja sugere?
• Eu sou, dia a dia, o sal que dá o sabor, que traz uma “dose extra” de amor e de esperança à vida daqueles que caminham ao meu lado? Para aqueles com quem lido todos os dias, sou uma personagem insípida, incaracterística, instalada numa mediocridade cinzenta, ou sou uma nota de alegria, de entusiasmo, de otimismo, de esperança numa vida nova vivida ao jeito do Evangelho, ao jeito do “Reino”? No meio do egoísmo, do desespero, do sem sentido que caracteriza a vida de tantos dos meus irmãos, eu dou um testemunho de um mundo novo de amor e de esperança?
• Ser cristão é também ser uma luz acesa na noite do mundo, apontando os caminhos da vida, da liberdade, do amor, da fraternidade… Eu sou essa luz que aponta no sentido das coisas importantes, impedindo que a vida dos meus irmãos se gaste em frivolidades e bagatelas? Para os que vivem no sofrimento, na dúvida, no erro, para os que vivem  de olhos no chão, eu sou a luz que aponta para  além e para a realidade libertadora do “Reino”?
• Atenção: eu não sou “a luz”, mas apenas um reflexo da “luz”… Quer dizer: as coisas bonitas que possam acontecer à minha volta não são o resultado do exercício das minhas brilhantes qualidades, mas o resultado da ação de Deus em mim. É Deus que é “a luz” e que, através da minha fragilidade, apresenta a sua proposta de libertação e de vida nova ao mundo. O discípulo não deve, pois, preocupar-se em atrair sobre si o olhar dos homens; mas deve preocupar-se em conduzir o olhar e o coração dos homens para Deus e para o “Reino”.
Vós sois a luz do mundo.
Há quinze dias as leituras apontavam para Deus como Luz das nações. Neste domingo, apontam para nós mesmos, que devemos viver como filhos da luz, isto é, portadores da claridade de Deus.
Oração
Deus de luz, nós Te bendizemos: Quando te chamamos, Tu responde “Eis-me aqui”, nos encontros e na presença dos nossos irmãos e irmãs. Nós Te pedimos pelos famintos e pelos infelizes sem abrigo, mas sobretudo pelas missões que nos confias. Enche-nos do teu Espírito de generosidade. Que Ele nos abra as mãos para a partilha e nos inspire palavras de esperança e de coragem.
Nós Te damos graças, Pai todo-poderoso, pelo teu Filho Jesus Cristo, o Messias crucificado, que transformou a cruz em passagem para a vida.  Nós Te pedimos: purifica-nos das sabedorias ilusórias e das doutrinas contrárias ao Evangelho; pelo teu Espírito, fortifica a nossa fé, faz-nos aderir ao teu Filho, porque só a Ele queremos conhecer.
Pai Nosso que estais nos céus, nós Te damos glória pela luz que entrou no nosso mundo, manifestada no teu Filho Jesus, e pela multidão dos fiéis que caminharam no seguimento da luz, fazendo o bem.  Nós Te pedimos por todas as nossas assembleias cristãs: que elas dêem sabor à nossa humanidade e sejam a luz que brilha para o nosso mundo.
Meditação para a semana. . .
“Sal da terra”. As nossas vidas têm gosto? E que gosto? O gosto da partilha, do acolhimento, da misericórdia, da caridade, como nos convida Isaías? Têm o sabor de Cristo ressuscitado? Se sim, as nossas vidas terão gosto para nós mesmos e para os outros… tornar-se-ão “Luz diante dos homens”. Que assim seja em mais uma semana!
fonte:
www.dehonianos.org

03 fevereiro, 2017

03-fevereiro-2017
De coração a coração


O olhar tem muita força. A mãe olha com carinho o filho, o amado pousa o olhar na amada, o homem bondoso olha com misericórdia o que sofre. O olhar mais profundo é aquele que parte do coração, que atinge  a intimidade da pessoa. O pequeno príncipe já nos alertava: “não se vê senão com o coração. Este é o meu segredo. É muito simples. Os seres humanos esqueceram esta verdade”. É possível que coração se revele a coração. Trata-se de um conhecimento intimo que não se faz com noções e raciocínios, mas com as entranhas mais interiores. A relação interpessoal entre o coração do discípulo e a do Mestre Jesus produz um conhecimento diferente e profundo. Quem se sente amado pelo Senhor, descobre a profundidade do amor do Coração de Deus em Jesus e dá resposta de amor com gestos largos e generosos.


Frei Almir Ribeiro Guimarães. OFM
fonte:
















REZAR COM O PAPA (FEV 2017)

Intenção universal do Papa para o mês de FEVEREIRO:
Acolher os necessitados
Por todos os que vivem em provação, sobretudo os pobres, os prófugos e os marginalizados, para que encontrem acolhimento e conforto nas nossas comunidades.
fonte:
www.passo-a-rezar.net
03-fevereiro - SÃO BRÁS
Brás nasceu na Armênia, era médico, sacerdote e muito benevolente com os pobres e cristãos perseguidos. Foi nomeado bispo de Sebaste no século III. Perseguido pelos romanos, Brás abandonou o bispado e se protegeu na caverna de uma montanha isolada e mesmo assim, depois de descoberto e capturado, morreu em testemunho de sua fé sob as ordens do imperador Licínio, em 316.  São Brás foi um pastor muito querido pelos fiéis de sua grei. Durante o seu cativeiro, na escuridão do calabouço, obteve de presente de algum de seus amigos um par de velas, com as quais recebia luz e calor. Por isso, na representação iconográfica, o santo aparece portando duas velas.
A tradição da "Bênção de São Brás", ou "Bênção das gargantas", que se faz cruzando duas velas sobre as gargantas, se atribui a um milagre que o santo fez em vida, quando curou uma criança que morria engasgada com um osso na garganta.
Muitas tradições envolvem seus prodígios, graças e seu martírio. O bispo Brás teria sido terrivelmente flagelado e torturado, sendo por fim pendurado em um andaime para morrer. Como isso não acontecia, primeiro lhe descarnaram os ossos com pentes de ferro. Depois tentaram afogá-lo duas vezes e, frustrados, o degolaram para ter certeza de sua morte.
 REFLEXÃO:
 A vida e os feitos de São Brás atingem aquele ápice de alguns poucos, que atraem a profunda fé e a admiração popular. Ele é venerado no Oriente e Ocidente com a mesma intensidade ao logo de séculos, e até hoje, mães aflitas recorrem à sua intercessão quando um filho engasga ou apresenta problemas de garganta.
ORAÇÃO:
 Senhor, pelos méritos de São Brás, peço-Vos por minha saúde e, especialmente, que me liberteis dos males da garganta. Rogo-Vos, também, por minha vida espiritual. Liberta-me da preguiça na oração, pois é a única maneira de manter-me sempre unido a Ti. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
fonte:
www.a12.org

02 fevereiro, 2017

02-fevereiro - A origem da devoção à Senhora das Candeias

A origem da devoção à Senhora das Candeias, da Luz, ou da Candelária, ou da Purificação ( todos estes nomes designam a mesma Nossa Senhora), tem o seu começo na festa da apresentação do Menino Jesus no Templo e da purificação de Nossa Senhora, quarenta dias após o seu nascimento. Portanto, sendo celebrada no dia 2 de Fevereiro.
De acordo com a tradição mosaica, as parturientes, após darem à luz, ficavam impuras, devendo inibir-se de visitar ao Templo até quarenta dias após o parto; nessa data, deviam apresentar-se diante do sumo-sacerdote, a fim de apresentar o seu sacrifício (um cordeiro e duas pombas ou duas rolas) e assim purificar-se.  Desta forma, José e Maria apresentaram-se diante de Simeão para cumprir o seu dever, e este, depois de lhes ter revelado maravilhas acerca do filho que ali lhe traziam, ter-lhes-ia dito: «Agora, Senhor, deixa partir o vosso servo em paz, conforme a Vossa Palavra. Pois os meus olhos viram a Vossa salvação que preparastes diante dos olhos das nações: Luz para aclarar os gentios, e glória de Israel, vosso povo».  Com base na festa da Apresentação de Jesus / Purificação da Virgem, nasceu a festa de Nossa Senhora da Purificação; do cântico de São Simeão (conhecido pelas suas primeiras palavras em latim: o Nunc dimittis), que promete que Jesus será a luz que irá aclarar os gentios, nasce o culto em torno de Nossa Senhora das Candeias, cujas festas eram geralmente celebradas com uma procissão de velas, a relembrar o fato. 
APARÊNCIA
A Virgem das Candeias ou Luz apareceu em uma praia na ilha de Tenerife (Ilhas Canárias, Espanha) em 1400. Os nativos guanches da ilha ficaram com medo dela e tentaram atacá-la, mas suas mãos ficaram paralisadas. A imagem foi guardada em uma caverna, onde, séculos mais tarde, foi construído o Templo e Basílica Real da Candelária (em Candelária). Mais tarde, a devoção se espalhou na América. É santa padroeira das Ilhas Canárias, sob o nome de Nossa Senhora da Candelária. 
INVOCAÇÃO E EXPANSÃO DO CULTO
Nossa Senhora das Candeias era tradicionalmente invocada pelos cegos (como afirma o Padre António Vieira no seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus: «Perguntai aos cegos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora das Candeias [...]»), e tornou-se particularmente cultuada em Portugal a partir do início do século XV; segundo a tradição, deve-se a um português, Pedro Martins, muito devoto de Nossa Senhora, que descobriu uma imagem da Mãe de Deus por entre uma estranha luz, no sítio de Carnide, no termo de Lisboa. Aí se fundou de imediato um convento e igreja a ela dedicada, que conheceu grande incremento devido à ação protetora da Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I e sua terceira esposa, D. Leonor de Áustria.  A partir daí, a devoção à Senhora das Candeias cresceu, e com a expansão do Império Português, também se dilatou pelas regiões colonizadas, com especial destaque para o Brasil, onde é a santa padroeira da cidade de Curitiba. 
FONTE MILAGROSA DE NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS NA BAHIA
Local sagrado para muitos fiéis, este templo, criado no século XVIII, recebe uma grande quantidade de romeiros durante todo o ano. No mês de fevereiro, as visitas aumentam vertiginosamente; fato explicado pelas comemorações e homenagens à padroeira do município de Candeias. No local, há uma sala de ex-votos e uma belíssima fonte ornamental, onde as pessoas tocam as mãos, crendo no poder das águas. Trata-se da famosa Fonte Milagrosa de Nossa Senhora das Candeias, que fica aberta à visitação pública diariamente, das 6 às 18 horas. O monumento pode ser facilmente encontrado, pois fica na parte mais alta da cidade, em plena área urbana. Perto da fonte, ainda existe um comércio de artigos sacros, que incluem imagens, velas, miniaturas de santos, dentre outras peças. 
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS
Virgem Santíssima das Candeias, vós que pelos merecimentos de vosso Filho Onipotente, tudo alcançais em benefício dos pecadores de quem sois igualmente Senhora e Mãe.
Vós que não desprezais as súplicas humanas e nem a elas fechais o vosso coração compassivo e misericordioso.
Iluminai-me, eu vos peço, na estrada da vida, encorajai-me e encaminhai os meus passos e as minhas orações para o verdadeiro bem.
Livrai-me de todos os perigos a que está exposta à minha fraqueza. Defendei-me de meus inimigos, como defendeste o vosso amado Filho das perseguições que sofreu sendo menino.
Não consintais que eu seja atingido por ferro, fogo e nem por peste alguma, e depois de todos estes benefícios de vossa clemência nesta vida, conduzi a minha alma para a morada dos anjos, onde com Jesus Cristo, vosso Filho e Nosso Senhor, viveis e reinais, pelos séculos.

Que assim seja.