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29 novembro, 2016

VAMOS FALAR SOBRE O TEMPO DO ADVENTO?

O TEMPO DO ADVENTO


Introdução
A palavra “advento” quer dizer “que está para vir”. O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.
O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.
Esse Tempo possui duas características: As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa.
Origem
Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal. No final do século IV na Gália (atual França) e na Espanha tinha caráter ascético com jejum abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecúmenos para o batismo na festa da Epifania. Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor e passou a ser celebrado durante 5 domingos.
Só após a reforma litúrgica é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas. A Igreja entendeu que não podia celebrar a liturgia, sem levar em consideração a sua essencial dimensão escatológica.
Teologia do Advento
O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo. Ao serem aprofundados os textos litúrgicos desse tempo, constata-se na história da humanidade o mistério da vinda do Senhor. Jesus que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15) . O Advento recorda também o Deus da revelação, Aquele que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação mas cuja consumação se cumprirá no “dia do Senhor”, no final dos tempos. O caráter missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da missionariedade de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus.
A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos a Jesus como referencia e fundamento, dispondo-nos a “perder” a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.
Espiritualidade do advento
A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão.
Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusia do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é “Marana tha”! Vem Senhor Jesus!
O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.
O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que “preparemos o caminho do Senhor” nas nossas próprias vidas, “lutando até o sangue” contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.
No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus (e não dos bens terrenos), que tem n’Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.
( continua. . .)
fonte:
www.catequistasemformação.com.br

27-novembro- Nossa Senhora das Graças

Em uma tarde de sábado, no dia 27 de novembro de 1830, na capela das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Santa Catarina Labouré teve uma visão de Nossa Senhora. A Virgem Santíssima estava de pé sobre um globo, segurando com as duas mãos outro globo menor, sobre o qual aparecia uma cruzinha de ouro. Dos dedos das suas mãos, que de repente encheram-se de anéis com pedras preciosas, partiam raios luminosos em todas as direções e, num gesto de súplica, Nossa Senhora oferecia o globo ao Senhor.     

Santa Catarina Labouré relatou assim sua visão: "A Virgem Santíssima baixou para mim os olhos e me disse no íntimo de meu coração: 'Este globo que vês  representa o mundo inteiro (...) e cada pessoa em particular. Eis o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que as pedem. ' Desapareceu, então, o globo que tinha nas mãos e, como se estas não pudessem já com o peso das graças, inclinaram-se para a terra em atitude amorosa. ...Formou-se em volta da Santíssima Virgem um quadro oval, no qual em letras de ouro se liam estas palavras que cercavam a mesma Senhora: Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. Ouvi, então, uma voz que me dizia: 'Faça cunhar uma medalha por este modelo; todas as pessoas que a trouxerem receberão grandes graças, sobretudo se a trouxerem no pescoço; as graças serão abundantes, especialmente para aqueles que a usarem com confiança. ' “Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é a mesma Nossa Senhora das Graças", por ter Santa Catarina Labouré ouvido, no princípio da visão, as palavras: "Estes raios são o símbolo das Graças que Maria Santíssima alcança para os homens."

26 novembro, 2016

27-novembro-2016  -1º Domingo do Advento
Celebramos a vinda futura do Senhor, a plena realização do seu reino. Algumas pessoas perguntam:  quando e como será o dia da segunda vinda, o dia do juízo?  O texto de Mateus parece responder essas questões. Não pensem,  irmãos, que as coisas extraordinárias acontecerão. Será um dia comum e nem todos serão capazes de reconhecê-lo. Portanto, fiquem atentos! Agora, não imaginem que o juízo acontecerá somente nesse dia futuro. Ele já está acontecendo. Em tudo o que fazemos, e na maneira como fazemos,  estamos reafirmando ou não a nossa comunhão com o Senhor. Duas pessoas executam a mesma tarefa, mas apenas uma busca fazer a vontade do Senhor - e isso faz toda a diferença.

Pe.Marcos Ramalho
fonte:



27-novembro-2016 - 1º Domingo do Advento - Mt 24,37-44 

A liturgia apresenta um apelo veemente à vigilância. O cristão não deve instalar-se no comodismo, na passividade, no desleixo, na rotina; mas deve caminhar, sempre atento e sempre vigilante, preparado para acolher o Senhor que vem e para responder aos seus desafios.   A primeira leitura convida os homens – todos os homens, de todas as raças e nações – a se dirigirem à montanha onde reside o Senhor… É do encontro com o Senhor e com a sua Palavra que resultará um mundo de concórdia, de harmonia, de paz sem fim. A segunda leitura recomenda aos crentes que despertem da letargia que os mantém presos ao mundo das trevas (o mundo do egoísmo, da injustiça, da mentira, do pecado), que se vistam da luz (a vida de Deus, que Cristo ofereceu a todos) e que caminhem, com alegria e esperança, ao encontro de Jesus, ao encontro da salvação.  O Evangelho apela à vigilância. O crente ideal não vive mergulhado nos prazeres que alienam, nem se deixa sufocar pelo trabalho excessivo, nem adormece numa passividade que lhe rouba as oportunidades; o crente ideal está, em cada minuto que passa, atento e vigilante, acolhendo o Senhor que vem, respondendo aos seus desafios, cumprindo o seu papel, empenhando-se na construção do “Reino”.
Reflexão:
• O que é que significa para nós “estar vigilantes”, “estar atentos”, “estar preparados” para acolher o Senhor?
Significa ter a “alminha” na “graça de Deus” para que, se a morte chegar de repente, Deus não consiga encontrar em nós qualquer pecado não confessado e não tenha qualquer razão para nos mandar para o inferno?
Significa, fundamentalmente, acolher todas as oportunidades de salvação que Deus nos oferece continuamente…
Se Ele vem ao meu encontro, me desafia a cumprir uma determinada missão e eu prefiro continuar a viver a minha “vidinha” fácil e sem compromisso, estou  perdendo uma oportunidade de dar sentido à minha vida; se Ele vem ao meu encontro, me convida a partilhar algo com os meus irmãos mais pobres e eu escolho a avareza e o egoísmo, estou  perdendo uma oportunidade de abrir o meu coração ao amor, à alegria, à felicidade…
• O Evangelho que nos é proposto apresenta alguns dos motivos que impedem o homem de “acolher o Senhor que vem”… Fala da opção por “gozar a vida”, sem ter tempo nem espaço para compromissos sérios (quanta gente, ao domingo, tem todo o tempo do mundo para dormir até ao meio dia, mas não para celebrar a fé com a sua comunidade cristã); fala do viver obcecado com o trabalho, esquecendo tudo o mais (quanta gente trabalha quinze horas por dia e esquece que tem uma família e que os filhos precisam de amor); fala do adormecer, do instalar-se, não prestando atenção às realidades mais essenciais (quanta gente encolhe os ombros diante do sofrimento dos irmãos e diz que não tem nada com isso: é o governo ou o Papa que têm que resolver a situação)… E eu: o que é que na minha vida me distrai do essencial e me impede, tantas vezes, de estar atento ao Senhor que vem?
• Neste tempo de preparação para a celebração do nascimento de Jesus, sou convidado a recentrar a minha vida no essencial, a redescobrir aquilo que é importante, a estar atento às oportunidades que o Senhor, dia a dia, me oferece, a acordar para os compromissos que assumi para com Deus e para com os irmãos, a empenhar-me na construção do “Reino”… É essa a melhor forma – ou melhor, a única forma – de preparar a vinda do Senhor.
Aos homens sem armas, Deus promete a vitória da Paz. Um homem desarmado é um homem vulnerável… mas ele pode também desarmar os violentos que lhe fazem face. Jesus veio precisamente desarmar os homens. Apresenta-Se como “Príncipe da Paz”. Proclama felizes os construtores de Paz, porque a Paz é uma obra: faz-se a Paz, infelizmente também se faz a guerra. Neste período da nossa história marcado pela violência, apresentemo-nos sem armas: apenas dispostos à reconciliação, dando um passo; a do diálogo, escutando e falando; a do respeito, olhando e ousando falar; a da solidariedade, estendendo a mão… Os desarmados não são gente que baixa os braços dizendo: “nunca se conseguirá!” A vitória lhes é  assegurada pelo próprio Deus: “Glória a Deus e paz na terra aos homens por Ele amados!”
ORAÇÃO 
Bendito sejas, Deus nosso Pai! Numa humanidade ferida pelas espadas e pelas lanças dos sofrimentos  e das guerras, Tu revelaste o caminho da paz, comunicando a Palavra e instruindo o teu povo. Nós Te pedimos pelas Igrejas espalhadas por todo o universo: que elas irradiem a tua luz para traçar no mundo o caminho da paz.

Nosso Pai, nós Te bendizemos pelo tempo da salvação: Tu nos anuncias o fim da noite e a vinda do dia, e em cada domingo se torna presente a ressurreição do teu Filho, Jesus, nosso irmão. Nós Te pedimos por nós mesmos: guarda-nos das atividades das trevas, reveste-nos para o combate da luz, reveste-nos do Senhor Jesus.
Nós Te damos graças pela tua vigilância e pela tua solicitude: mesmo nas infelicidades da nossa terra, Tu vigias os teus fiéis, com atenção e bondade. Nós Te pedimos ainda: que o teu Espírito nos torne atentos e preparados, que o teu Filho Jesus nos encontre em situação de vigilância, na oração e na atenção ao próximo.
Meditação para a semana ...
Vigiai! Para esperar o quê? Ou quem? Que esperamos concretamente?

Vigiai! Como no tempo de Noé ou de Jesus, estamos absorvidos por tantos interesses!
Vigiai! A vida é curta! Paulo nos indica alguns meios muito práticos para ficar vigilantes e reorientar a nossa espera.

Vigiai! Em tempo de Advento, em cada dia da semana que nos é dada para viver!
fonte:
www.dehonianos.org


24 novembro, 2016


O que é o Dia de Ação de Graças:
O Dia de Ação de Graças (conhecido em inglês como Thanksgiving Day) é um feriado celebrado maioritariamente nos Estados Unidos e Canadá. 
Como o próprio nome diz, o Dia de Ação de Graças é um dia onde as pessoas se juntam para demonstrarem a sua gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas durante o ano, expressando também carinho pelos seus amigos e familiares. Este é um dos feriados mais importantes dos Estados Unidos e Canadá, juntamente com o Natal e a Passagem de Ano.
O Dia de Ação de Graças é um feriado familiar, onde é normal realizar longas viagens para que os parentes estejam reunidos. Outra grande tradição deste feriado é a comida. As famílias celebram este dia com muita fartura gastronômica, onde tipicamente se come peru (por isso também é conhecido como Turkey Day - Dia do Peru), batata-doce, purê de batata, torta de abóbora, torta de maçã, torta de nozes, entre muitas outras coisas.
Origem do Dia de Ação de Graças
Os primeiro Dia de Ação de Graças foi celebrado nos Estados Unidos em 1620 em Plymouth, Massachusetts, pelos peregrinos fundadores da vila.
Depois das colheitas terem sido gravemente prejudicadas pelo Inverno rigoroso, os colonos tiveram uma boa colheita de milho no Verão seguinte, em 1621. Para marcar e celebrar a ocasião depois de sucessivos anos complicados no que diz respeito à agricultura, o governador da vila resolveu organizar uma festa no Outono de 1621. Nessa festa participaram cerca de 90 índios e foram comidos patos, perus, peixes e milho. A partir desse ano, na Nova Inglaterra, em cada Outono era organizada uma festa de gratidão a Deus, por causa das boas colheitas.
Em 1863, Abraham Lincoln (presidente na época) anunciou que a quarta quinta-feira de Novembro seria conhecida como o Dia Nacional de Ação de Graças.
No Brasil, o então presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças, através da lei 781, de 17 de agosto de 1949, por sugestão do embaixador Joaquim Nabuco, entusiasmado com as comemorações que vira em 1909, na Catedral de São Patrício, quando embaixador em Washington
24-novembro - SANTOS ANDRÉ DUNG-LAC E COMPANHEIROS
Hoje homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja católica vietnamita. Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado foi vigário e missionário em diversas partes do país. Seu apostolado rendeu a ele muitas prisões durante a vida, mas geralmente seus companheiros o resgatavam a preço de pagamentos em dinheiro. Mas André não gostava desses resgates. Ele sabia que era necessário dar a Vida pelo Cristo para recebê-la de volta em plenitude. Dizia ao seus companheiros: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". 
Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.
 REFLEXÃO:
 O Evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita. Quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão. O Papa João Paulo II em 1988 inscreveu esses heróis de Cristo no Livro dos Santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de Santo André Dung-lac, no dia de sua morte.
ORAÇÃO:
 Deus de misericórdia, que na sua bondade escolhestes Santo André e tantos outros homens e mulheres vietinamitas para propagar vosso evangelho em terras hostis, daí-nos a disposição necessária para realizar o mesmo apostolado em nossas comunidades. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Fonte:
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

22 novembro, 2016

22-novembro-2016 - SANTA CECÍLIA

Santa Cecília era de família romana pagã, nobre, rica e influente. Estudiosa, adorava estudar música. Desde a infância era muito religiosa e fez voto secreto de virgindade. Porém os pais armaram para ela um casamento. Após as núpcias, Cecília contou ao marido Valeriano que era cristã e do seu compromisso de castidade.  O marido acatou o pedido de Cecília, mas pediu um sinal de que realmente seu voto era sério. Um dia, chegando em casa, viu Cecília rezando e um anjo ao seu lado. Imediatamente converteu-se ao cristianismo e junto com ele seu irmão Tibúrcio. Entretanto a denúncia de que Cecília era cristã chegou as autoridades romanas. Ela foi presa junto com seu marido e seu cunhado. Julgados, se recusaram a renegar a fé. Cecília foi levada para uma câmara com ar quente para ser asfixiada. Na câmara começou a cantar incessantemente músicas de louvor a Deus e por este motivo e pelo dom de ouvir músicas vindas dos céus, ficou consagrada como padroeira dos músicos. Finalmente, após várias tentativas de executá-los sem sucesso, os três foram decapitados. 
O corpo da virgem foi enterrado nas catacumbas romanas e no terreno do seu antigo palácio foi construída a igreja de Santa Cecília, onde era celebrada a sua memória no dia 22 de novembro, já no século VI. Muitos anos depois constatou-se que o corpo de Cecília não tinha se corrompido.

 REFLEXÃO:
 Dentre as santas veneradas pela tradição da Igreja, Cecília é a que mais tem basílicas em Roma e nenhuma outra conseguiu tantas igrejas em sua homenagem e memória. Santa Cecília também é a padroeira dos músicos e dos cantores sagrados. A sua simplicidade e fidelidade ao Cristo marcaram seu nome na vida da fé cristã.
ORAÇÃO:
 Ó, gloriosa Santa Cecília espelho de pureza e modelo de esposa cristã. Revesti-nos de inviolável confiança na misericórdia de Deus, pelos merecimentos infinitos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Dilatai o nosso coração, para que, abrasados do amor de Deus, não nos desviemos jamais da salvação eterna.
Fonte:

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

19 novembro, 2016

20-novembro-2016 - Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo-Lc 23,35-43

A Palavra de Deus, neste último domingo do ano litúrgico, nos convida a tomar consciência da realeza de Jesus. Deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma realeza que se exerce no amor, no serviço, no perdão, na doação da vida.  A primeira leitura nos apresenta o momento em que David se tornou rei de todo o Israel. Com ele, iniciou-se um tempo de felicidade, de abundância, de paz, que ficou na memória de todo o Povo de Deus. Nos séculos seguintes, o Povo sonhava com o regresso a essa era de felicidade e com a restauração do reino de David; e os profetas prometeram a chegada de um descendente de David que iria realizar esse sonho.  O Evangelho nos  apresenta a realização dessa promessa: Jesus é o Messias/Rei enviado por Deus, que veio tornar realidade o velho sonho do Povo de Deus e apresentar aos homens o “Reino”; no entanto, o “Reino” que Jesus propôs não é um Reino construído sobre a força, a violência, a imposição, mas sobre o amor, o perdão, a doação da vida.  A segunda leitura apresenta um hino que celebra a realeza e a soberania de Cristo sobre toda a criação; além disso, põe em relevo o seu papel fundamental como fonte de vida para o homem.
Reflexão:
Na colina do Gólgota, os chefes zombam… os soldados troçam… um soldado injuria Jesus… Até ao fim Jesus encontrará a oposição e a incompreensão. A sua mensagem era perturbadora, o seu testemunho provocador, o seu rosto desfigurado, mesmo Deus parecia tê-lo abandonado… É um malfeitor que reconhece no seu companheiro de infelicidade, também perto de morrer, o Rei de um outro Reino em que a única defesa é a do Amor. Então, vira-se para Jesus, de quem deve ter ouvido falar do seu Reino, e pede-Lhe somente para Se recordar dele quando vier inaugurar este Reino. Ora, a hora chegou, é hoje que estará com Ele no Paraíso. Aquele que foi malfeitor sobre a terra torna-se benfeitor no Reino, é isso a salvação. Isso se passou na colina do Gólgota, numa certa sexta-feira da história…
• Celebrar a Festa de Cristo Rei do Universo não é celebrar um Deus forte, dominador que Se impõe aos homens do alto da sua onipotência e que os assusta com gestos espetáculares; mas é celebrar um Deus que serve, que acolhe e que reina nos corações com a força desarmada do amor. A cruz – ponto de chegada de uma vida gasta  construindo o “Reino de Deus” – é o trono de um Deus que recusa qualquer poder e escolhe reinar no coração dos homens através do amor e da doação da vida.
• À Igreja de Jesus ainda falta alguma coisa para interiorizar a lógica da realeza de Jesus. Depois dos exércitos para impor a cruz, das conversões forçadas e das fogueiras para combater as heresias, continuamos  mantendo estruturas que nos equiparam aos reinos deste mundo… A Igreja, corpo de Cristo e seu sinal no mundo, necessita que o seu Estado com território (ainda que simbólico) seja equiparado a outros Estados políticos? A Igreja, esposa de Cristo, necessita de servidores que se comportam como se fossem funcionários superiores do império? A Igreja, serva de Cristo e dos homens, necessita de estruturas que funcionam, muitas vezes, apenas segundo a lógica do mercado e da política? Que sentido é que tudo isto faz?
• Em termos pessoais, a Festa de Cristo Rei nos convida, também, a repensar a nossa existência e os nossos valores. Diante deste “rei” despojado de tudo e pregado numa cruz, não nos parecem completamente ridículas as nossas pretensões de honras, de glórias, de títulos, de aplausos, de reconhecimentos? Diante deste “rei” que dá a vida por amor, não nos parecem completamente sem sentido as nossas manias de grandeza, as lutas para conseguirmos mais poder, as invejas mesquinhas, as rivalidades que nos magoam e separam dos irmãos? Diante deste “rei” que se dá sem guardar nada para si, não nos sentimos convidados a fazer da vida uma doação?
Na oração do Pai Nosso, Jesus nos faz pedir, e reza conosco: “Não nos deixeis cair em tentação”. De fato, Jesus foi submetido à tentação e resistiu. A este propósito, Lucas dá uma estranha explicação, dizendo que o diabo afastou-se de Jesus até ao momento fixado. Este momento é quando Jesus é pregado na cruz. No deserto, o diabo tinha dito: “Se és o Filho de Deus…” Agora Jesus ouve: “Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também”. É a mesma tentação: se Jesus é verdadeiramente o Messias, o Filho de Deus, deve dispor de toda a onipotência de Deus. Então, que utilize este mesmo poder para cumprir um último milagre e despegar-Se da cruz. Até os seus inimigos ficariam confundidos. Mas Jesus resistiu. É porque algo de sumamente importante está em jogo. Trata-se, uma vez mais, do verdadeiro rosto de Deus que Jesus veio revelar. Não um Deus todo-poderoso à maneira dos homens, mas um Deus Pai que só pode fazer uma coisa: amar, amar os seus inimigos, ainda e sempre, mesmo quando eles O rejeitam e crucificam o seu Filho bem-amado. Ora, se esta tentação acompanhou Jesus até à cruz, não é de admirar que ela acompanhe sempre os seus discípulos, que a própria Igreja não lhe escape! Na cruz, Jesus, o Rei, exerce outro poder, outra realeza. Não utiliza um poder à maneira do mundo. O segundo malfeitor, que chamamos de “bom ladrão”, só pede uma coisa a Jesus: que Se lembre dele no seu Reino. O que ele pede não é que o livre da morte iminente, a mesma de Jesus! É que, depois da morte, Jesus Se lembre dele. Simplesmente, diz: “Jesus, preciso de ti”. É um grito de pobreza. Então Jesus diz-lhe: “Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso”. E o assassino tornou-se o primeiro homem a entrar com Jesus no Reino do Pai. Aí está o verdadeiro, o único poder de Jesus.
Meditação para a semana…
Levar a Palavra de Deus como luz para mais uma semana de trabalho, de estudo… Ao longo dos dias da semana que se segue, procurar rezar e meditar algumas frases da Palavra de Deus: “Vamos com alegria para a casa do Senhor”…;
“Deus Pai libertou-nos do poder das trevas… transferiu-nos para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, o perdão dos pecados”…;
“Jesus, lembra-Te de Mim, quando vieres com a tua realeza”…
Procurar transformar as palavras de Deus em atitudes e em gestos de verdadeiro encontro com Deus e com os próximos que formos encontrando nos caminhos percorridos da vida…

fonte:
www.dehonianos.org
Novembro – Encerramento do ano Litúrgico

12 novembro, 2016

13-novembro -2016 - 33º Domingo do Tempo Comum- Lc 21,5-19

A liturgia  reflete sobre o sentido da história da salvação e nos diz que a meta final para onde Deus nos conduz é o novo céu e a nova terra da felicidade plena, da vida definitiva. Este quadro (que deve ser o horizonte que os nossos olhos contemplam em cada dia da nossa caminhada neste mundo) faz nascer em nós a esperança; e da esperança brota a coragem para enfrentar a adversidade e para lutar pelo advento do Reino.  Na primeira leitura, um “mensageiro de Deus” anuncia a uma comunidade desanimada, cética e apática que Jahwéh não abandonou o seu Povo. O Deus libertador vai intervir no mundo, vai derrotar o que oprime e rouba a vida e vai fazer com que nasça esse “sol da justiça” que traz a salvação.  O Evangelho nos oferece uma reflexão sobre o percurso que a Igreja é chamada a percorrer, até à segunda vinda de Jesus. A missão dos discípulos em caminhada na história é comprometer-se na transformação do mundo, de forma a que a velha realidade desapareça e nasça o Reino. Esse “caminho” será percorrido no meio de dificuldades e perseguições; mas os discípulos terão sempre a ajuda e a força de Deus.  A segunda leitura reforça a ideia de que, enquanto esperamos a vida definitiva, não temos o direito de nos instalarmos na preguiça e no comodismo, alienando-nos das grandes questões do mundo e evitando dar a nossa contribuição na construção do Reino.
Reflexão:
• O que parece, aqui, fundamental, não é o discurso sobre o “fim do mundo”, mas sim o discurso sobre o percurso que devemos percorrer, até chegarmos à plenitude da história humana… Trata-se de uma caminhada que não nos leva ao aniquilamento, à destruição absoluta, ao fracasso total, mas à vida nova, à vida plena; por isso, deve ser uma caminhada que devemos percorrer de cabeça levantada, cheios de alegria e de esperança.
• É, sem dúvida, uma caminhada cercada  de dificuldades, de lutas, onde o bem e o mal se confrontarão sem cessar; mas é um percurso onde o mundo novo irá surgindo – embora com avanços e recuos – e onde a semente do “Reino” irá germinando. Aos crentes pede-se que reconheçam os “sinais” do “Reino”, que se alegrem porque o “Reino” está presente e que se esforcem, todos os dias, por tornar possível essa nova realidade. A nossa vida não pode ser um ficar de braços cruzados  olhando para o céu, mas um compromisso sério e empenhado, de forma a que floresça o mundo novo da justiça, do amor e da paz. Quais são os sinais de esperança que eu contemplo e que me fazem acreditar na chegada iminente do “Reino”? O que posso fazer, no dia a dia, para apressar a chegada do “Reino”?
• Nessa caminhada, os crentes sabem que não estão sós, mas que Deus vai com eles… É essa presença constante e amorosa de Deus que lhes permitirá enfrentar as forças da morte, apostando  em evitar que o mundo novo apareça; é essa força de Deus que permitirá aos discípulos de Jesus vencer o desânimo, a adversidade, o medo.
• Alguns sinais de desagregação do mundo velho, que todos os dias contemplamos, não devem assustar-nos: eles são, apenas, sinais de que estamos nascendo para algo novo e melhor. O perder certas referências pode assustar-nos e embaralhar os nossos esquemas e certezas; mas todos sabemos que é impossível construir algo mais bonito, sem a destruição do que é velho e caduco.
Os homens têm sempre necessidade de se apoiar naquilo que é sólido. Compreende-se o olhar admirado dos discípulos contemplando o templo de Jerusalém. É então que Jesus escolhe o momento para lhes anunciar que tudo o que é terrestre é efêmero e que virá um dia em que tudo de desmoronará para deixar chegar o Reino, que será eterno e nunca conhecerá a destruição. Mas, ao mesmo tempo, Jesus assegura-lhes: virá o momento em que eles deverão testemunhar no meio das perseguições, por causa do seu Nome. E para este testemunho ser-lhes-á dada a linguagem e a sabedoria à qual todos os adversários não poderão opor resistências nem contradições. E, depois, Aquele que está Vivo e que aparecerá no fim dos tempos como o grande vencedor sobre as forças do mal manterá vivos para sempre aqueles que souberem perseverar. Tal é a promessa de Jesus aos seus discípulos; e Jesus mantém sempre as suas promessas.

O fim do mundo! Não podemos descobrir no nosso tempo todos estes sinais do fim do mundo tal como Jesus os dá? “Há de erguer-se povo e reino contra reino. Haverá grandes terremotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias”. Diríamos hoje epidemias como a aids, a gripe das aves… Muitas coisas podem servir para manipular o medo e a angústia de muitas pessoas. Além de que, há toda uma paranoia de seitas. Mesmo no cristianismo vemos surgir regularmente aparições de várias espécies. O “regresso do religioso” toma muitas vezes a forma de uma procura de sinais milagrosos, de previções sobre tudo e sobre nada. Há mais magos, adivinhos, cartomantes, astrólogos e gurus de toda a espécie, do que padres. Quem nunca leu um horóscopo? Em suma, o esoterismo está na moda. E, para tranquilizar a consciência, até nos apoiamos nas palavras de Jesus. Mas Jesus nos adverte: “Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: ‘sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os sigais”. Em São Mateus, afirma mesmo: “surgirão falsos Cristos e falsos profetas, que produzirão grandes sinais e prodígios, a ponto de abusar, mesmo os eleitos”. São Paulo diz mesmo que Satanás se disfarça em anjo de luz. Então, nós também, hoje, somos convidados a resistir a estas tentações de esoterismo. O nosso futuro não está inscrito nem nos astros, nem nas cartas,  nem nas linhas da mão. O nosso futuro está em Jesus. Queremos sinais?  Só temos um: a morte e a ressurreição de Jesus, que nos são dadas em cada Eucaristia e que são a prova última e definitiva do amor de Deus por nós. É verdade que este sinal só se pode reconhecer na fé e o próprio Jesus se questionou: “O Filho do Homem, quando vier, encontrará a fé sobre a terra?” Desde então, a nossa primeira preocupação deve ser vivificar a nossa fé, reencontrar uma intimidade com Jesus: “Jesus, eu creio, mas aumenta a minha fé!” Então, não teremos mais medo.
Meditação para a semana…
Levar a Palavra de Deus como luz para mais uma semana de trabalho, de estudo…

Ao longo dos dias da semana que se segue, procurar rezar e meditar algumas frases da Palavra de Deus: «há de vir o dia do Senhor… Nascerá o sol de justiça… trazendo a salvação…”; “trabalhem tranquilamente, para ganharem o pão que comem…”; “tereis ocasião de dar testemunho…”; “pela vossa perseverança salvareis as vossas almas…”. Procurar transformar as palavras de Deus em atitudes e em gestos de verdadeiro encontro com Deus e com os próximos que formos encontrando nos caminhos percorridos da vida…
PALAVRA VIVIDA AO LONGO DANO LITÚRGICO.
Termina mais um ano do ciclo litúrgico, com a Solenidade de Cristo Rei no próximo domingo. Durante a semana podemos meditar sobre o crescimento da nossa fé a partir do encontro dominical e quotidiano com a Palavra de Deus na Eucaristia.


 Transformou-nos?  Nos fez crescer? Ou ficamos na mesma, passivos e estagnados?
fonte:
www.dehonianos.org

05 novembro, 2016

06-novembro-2016-  Solenidade de Todos os Santos

A solenidade de Todos os Santos, costume que vem já do séc. IX para toda a Igreja.
Alegremo-nos todos no Senhor e celebremos festivamente este dia em honra de Todos os Santos…”
É realmente uma festa de família para o Povo de Deus.
É a festa da esperança. O pensamento do céu, nossa verdadeira pátria, (cfr. Heb 13, 14) dá mais seriedade aos nossos pensamentos e traz mais calma para as nossas penas fazendo-nos viver na intimidade dos que vivem no além a quem rezamos e que por nós oram.
Evangelho: São Mateus 5, 1-12ª
Reflexão:
As  bem-aventuranças, expressas na terceira pessoa do plural, têm em Mateus um caráter solene e universal, para todas as pessoas e para todos os tempos. Elas condensam a grande novidade do Evangelho, em contraste flagrante com o próprio pensamento religioso judaico então vigente, para já não falarmos do espírito mundano, hedonista do paganismo de então e do de agora. Elas não são expressão de uma «ética dos fracos», mas, pelo contrário, de um ideal de vida para almas fortes e generosas. As bem-aventuranças correspondem a uma ética que, quando vivida a sério, é capaz de renovar as pessoas e a sociedade, como o demonstra a vida de todos os santos.
 «Bem-aventurados». Esta tradução (em vez de «felizes») firma a ideia de que o Senhor promete a felicidade na bem-aventurança eterna e, ao mesmo tempo, já nesta vida, ao dizê-la do presente: «deles é»(não diz «deles será»). As bem-aventuranças são o mais surpreendente código de felicidade, e não se trata de uma felicidade qualquer: é uma felicidade incomparável, interior e profunda, embora ainda não possuída de modo perfeito e completo na vida terrena.
«Os pobres em espírito». «No Antigo Testamento, o pobre está já delineado não só como uma situação econômico-social, mas como um valor religioso muito elaborado: é pobre quem se apresenta diante de Deus com uma atitude humilde, sem méritos pessoais, considerando a sua realidade de homem pecador, necessitado do perdão divino, da misericórdia de Deus para ser salvo. Daí que, além de viver com uma sobriedade e uma austeridade de vida reais, efetivas, ele aceita e quer tais condições de pobreza não como algo imposto pela necessidade, mas voluntariamente, com afeto (…). A “explicação” de Mateus, em espírito, sublinha a exigência dessa mesma pobreza: não é pobre em espírito quem só o é obrigado pela sua situação econômico-social, mas sim quem, além disso, é pobre querendo essa pobreza de modo voluntário (…). Esta atitude religiosa de pobreza está muito relacionada com a chamada infância espiritual. O cristão considera-se diante de Deus como um filho pequeno que não tem nada como propriedade; tudo é de Deus, o seu Pai, e a Ele lho deve. De qualquer modo, a pobreza em espírito, isto é, a pobreza cristã, exige o desprendimento dos bens materiais e uma austeridade no uso deles».
 «Os humildes». A tradução preferiu um termo mais suave do que «os mansos», que são os que sofrem serenamente e sem ira, ódio ou abatimento, as perseguições injustas e as contrariedades. De fato só os humildes são capazes da virtude da mansidão, pois não dão muita importância a si próprios. A «terra» é a nova terra prometida, isto é, o Céu.
 «Os que choram», isto é, os aflitos, e muito particularmente os que têm o coração cheio de mágoa por terem ofendido a Deus e que, com vontade de reparação, choram e deploram os seus pecados.
 «Fome e sede de justiça». A ideia de justiça na Sagrada Escritura é uma ideia de natureza religiosa: justo é aquele que cumpre a vontade de Deus, e justiça corresponde a santidade, vocação a que todos são chamados.
 «Os puros de coração» são, em geral, os que têm uma intenção reta, os que são capazes de um amor puro, limpo e nobre, os que têm um olhar reto e são; está, portanto, englobada a castidade, mas não é só ela a ser referida aqui.
«Os que promovem a paz» (uma tradução mais expressiva do que os pacíficos) são os que promovem a paz entre os homens e dos homens com Deus, fundamento sério de toda a paz no mundo.
Santos Anônimos
São milhares e milhares de pessoas em múltiplas atividades de voluntariado, nos hospitais, nas prisões, nos bairros degradados, junto dos sem-teto, dos que vivem sós, em suas casas ou nos asilos.
Heróis anônimos são também as mães que se levantam muito cedo para levar os filhos à creche e deixar as refeições preparadas em casa, porque só vão regressar, à tardinha, depois de uma extenuante jornada de trabalho. São os pais que se desdobram numa luta pelo emprego, que já não está fácil, inventando, aqui e ali, alternativas para equilibrar os seus magros orçamentos. São os jovens, que resistindo ao facilidades e à civilização do prazer efêmero e do «deixa correr, que tudo isto é para gastar e gozar» se esforçam por fazerem o que a consciência lhes dita, por ser fiéis aos valores familiares e cristãos que os seus antepassados lhes legaram.
São os pescadores que todas as noites buscam no mar o pão de cada dia, indiferentes aos perigos que os cercam. São os agricultores que suportam as inclemências do tempo e tiram da terra, com suor e lágrimas, os alimentos de que todos precisamos.
São os condutores  de veículos coletivos  que sem liberdade para as suas divagações, se vergam com a responsabilidade de milhares de vidas nas suas costas. São os policiais chamados a acudir a quem precisa, não sabendo que perigos escondem para si, a escuridão e a maldade dos outros.
São os médicos e enfermeiros que velam no silêncio de um hospital qualquer , à disposição de um pedido de ajuda. São também, milhares de homens e mulheres, com nome e rosto, de carne e osso como nós, com um futuro material risonho à sua frente, mas que, renunciam à família, ao dinheiro e ao protagonismo social para serem servos de todos, impulsionados pela sua fé sincera em Deus e em Jesus Cristo encarnado no outro, naquele que está ao nosso lado e que se descobre sempre como um irmão que importa ajudar hoje, com atos concretos de heroísmo, e não com piedosos sentimentos de compaixão.
Lembramos  ainda, com acentuado toque de gratidão, no rol dos heróis anônimos, os dedicados e sacrificados professores, voltados à tarefa espinhosa (diríamos até de alto risco) de educar crianças e jovens, com as suas travessuras  e rebeldias, na rotina diária das nossas escolas; os muitos clérigos e religiosos a trabalhar em Instituições da igreja, que testemunham,  com modelares obras de solidariedade social, o verdadeiro humanismo cristão, acolhendo e tratando, com muito amor, com dedicação extrema, aqueles que a família e a sociedade lhes confiam, nos Asilos, nos Centros de Recuperação, nos Jardins de Infância ou nos Hospitais.
Afinal, este nosso mundo, não é assim tão mau como, às vezes o pintam. O mal, porque é uma anormalidade, vem mais vezes, nos noticiários que nos entram em casa a toda a hora.
Mas o bem, desinteressado e heroico, praticado por gente de todas as idades, em cada dia que passa, é igualmente uma consoladora realidade,  provando que Deus não abandona as suas criaturas.
ORAÇÃO : 

Deus eterno e onipotente, que nos concedeis a graça de honrar numa única solenidade os méritos de Todos os Santos, dignai-Vos derramar sobre nós, em atenção a tão numerosos intercessores, a desejada abundância da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor…

03 novembro, 2016

04-Novembro-2016

Discípulos do Sagrado Coração
Ser discípulo do Coração de Jesus  é acreditar num mundo novo e transformado pelo amor. É gerar novos discípulos e discípulas para o Senhor. Servir na fé e na esperança. Solidarizar-se  na caridade, na compaixão.  Viver a missão e o testemunho. Testemunhar a alegria, a bondade e a compreensão.  Testemunhar a fé, a fortaleza e a felicidade. Transmitir o amor,  a generosidade e a gratidão. Vivenciar a simplicidade, a sinceridade e a solidariedade. Viver com coragem, firmeza,  determinação. Ser discípulo do Sagrado Coração é caminhar no segmento de Jesus. Dar testemunho pelo exemplo. Doar-se com disponibilidade. Estender as mãos aos que precisam.


Pe. Antonio Francisco Bohn
fonte:











REZAR COM O PAPA (Novembro-2016)
Cada mês, o Santo Padre propõe intenções de oração a todos os cristãos, pelos desafios que considera mais importantes para o mundo e para a Igreja. 

Universal:  Países que acolhem refugiados.
Para que os países que acolhem um grande número de deslocados e refugiados sejam apoiados no seu empenho de solidariedade.

Pela Evangelização: Colaboração entre sacerdotes e leigos.
Para que, nas paróquias, os sacerdotes e os leigos colaborem no serviço à comunidade sem ceder à tentação do desânimo. 
fonte:

www.passo-a-rezar.net

02 novembro, 2016

2 Novembro 2016 - Comemoração de Todos os fiéis Defuntos
A Igreja, acolhendo uma tradição monástica que vem do século XI, dedica o dia 2 de Novembro à memória dos fiéis defuntos. Depois de ter celebrado a glória e a felicidade dos Santos, no dia 1 de Novembro, a Igreja dedica o dia 2 à oração de sufrágio pelos “irmãos que adormeceram na esperança da ressurreição”. Assim fica perfeita a comunhão de todos os crentes em Cristo.
Primeira leitura: Jó 19, 1.23-27ª ; Segunda leitura: Romanos 5, 5-11; Evangelho: João 6, 37-40
Meditação:
O silêncio é a melhor atitude perante a morte. Introduzindo-nos no diálogo da eternidade e nos revelando a linguagem do amor, nos põe em comunhão profunda com esse mistério imperscrutável. Há um laço muito forte entre os que deixaram de viver no espaço e no tempo e aqueles que ainda vivem neles. É verdade que o desaparecimento físico dos nossos entes queridos nos causa grande sofrimento, devido à intransponível distância que se estabelece entre eles e nós. Mas, pela fé e pela oração, podemos experimentar uma íntima comunhão com eles. Quando parece que nos deixam, é o momento em que se instalam mais solidamente na nossa vida, permanecem presentes, fazem parte da nossa interioridade. Encontramo-los na pátria que já levamos no coração, lá onde habita a Santíssima Trindade. São Paulo nos encoraja a vivermos positivamente o mistério da morte, confrontando-nos com ela todos os dias, aceitando-a como lei de natureza e de graça, para sermos progressivamente despojados do que deve perecer até nos vermos milagrosamente transformados no que devemos ser. Deste modo, a “morte quotidiana” revela-se um nascimento: o lento declínio e o pôr-do-sol tornam-se aurora luminosa. Todos os sofrimentos, canseiras e tribulações da vida fazem parte desta “morte quotidiana” que nos levará à vida imortal. Havemos de viver fixando os olhos na bem-aventurada esperança, confiando na fidelidade do Senhor, que nos prometeu a eternidade. Vivendo assim, quando chegar ao termo desta vida, não veremos descer as trevas da noite, mas veremos erguer-se a aurora da eternidade, onde teremos a alegria de nos sentir uma só coisa com o Senhor. Depois de muitas tribulações, seremos completamente seus, e essa pertença será plena bem-aventurança na visão do seu rosto.  Para o cristão, o sofrimento é um tempo de “disponibilidade pura”, de “pura oblação” e, ao mesmo tempo, uma forma eminente de apostolado, em união a Cristo vítima, na comunhão dos santos, para salvação do mundo. Vivendo assim, prepara-se, assim, para o supremo ato de oblação, para o último apostolado, o da morte: configurados “a Cristo na morte”.Se a morte de Cristo na Cruz é o ato de apostolado mais eficaz, que remiu o mundo, o mesmo se pode dizer da morte do cristão em união com a morte de Cristo. Não se quer com isto dizer que, sob o ponto de vista humano, a morte do cristão deva ser uma “morte bonita”, tal como não foi bonita, com certeza, a morte de Cristo aos olhos dos homens. Foi, pelo contrário, uma “liturgia esquálida”, de abandono e de desolação. O importante é que seja uma morte “para Cristo e em Cristo” (S. Inácio de Antioquia). Imolados com Ele, com Ele ressuscitaremos.
Se, na humildade do dia a dia, vivemos a nossa oblação-imolação com Cristo, oblato e imolado pela salvação do mundo, estamos preparados para o último apostolado da nossa vida: a oblação-imolação da nossa morte, o extremo sacrifício, consumado pelo fogo do Espírito, como aconteceu na morte de Cristo na cruz: “Por um Espírito eterno ofereceu a Si mesmo sem mancha, a Deus”. A morte é, então, a nossa última oferta, o momento da suprema, pura oblação: “Se morrermos com Ele, com Ele viveremos”.
Oração
Senhor, quero hoje rezar por aqueles que desapareceram no mistério da morte. Dá o descanso àqueles que expiam, luz aos que esperam, paz aos que anseiam pelo teu infinito amor. Descansem em paz: na paz do porto seguro, na paz da meta alcançada, na tua paz, Senhor. Vivam no teu amor aqueles que amaste, aqueles que me amaram. Não esqueças o bem que me fizeram, o bem que fizeram a outros. Esquece todo o mal que praticaram, risca-o do teu livro. Aos que passaram pela dor, àqueles que parecem ter sido imolados por um iníquo destino, revela, com o teu rosto, os segredos da tua justiça, os mistérios do teu amor. Concede-me aquela vida interior que permite comunicar com o mundo invisível em que se encontram os nossos defuntos: esse mundo fora do tempo e do espaço, esse mundo que não é lugar, mas estado, e mundo que não está longe de mim, mas à minha volta, esse mundo que não é de mortos, mas de vivos. Amém.
Contemplação
O amor ultrapassa o temor e a esperança. O amor não destrói o temor nem a esperança, mas retira-lhes o que o amor-próprio lhe pode misturar de visões mercenárias. O amor não conhece habitualmente outro temor senão o temor filiar, isto é, o medo de desagradar a um Pai bem-amado. Sendo filho do amor, este temor é de uma atenção e delicadeza totalmente diferentes do medo da justiça divina e dos seus castigos. Leva a evitar as mínimas faltas, as mais  pequenas imperfeições voluntárias. Em vez de comprimir e de gelar o coração, alarga-o e aquece-o. Não causa nenhuma perturbação, nenhum alarme; e mesmo quando escapa alguma falta, reconduz docemente a alma ao seu Deus através de um arrependimento tranquilo e sincero. Procura acalmar-se e reparar abundantemente da mágoa que se lhe pôde causar. De resto, não se inquieta nem perde a confiança. O amor tira também à esperança o que ela tem de mais pessoal. Aquele que ama não sabe outra coisa senão contar com Deus, nem fazer boas obras principalmente com o objetivo de acumular méritos; e por este nobre desinteresse, merece incomparavelmente mais. Esquecendo tudo o que fez por Deus, não pensa noutra coisa senão em fazer ainda mais. Não se apoia sobre si mesmo; visa a recompensa celeste menos sob o título de recompensa do que como uma garantia de amar o seu Deus com todas as suas forças e de ser por Ele amado durante a eternidade. Sem excluir a esperança, que lhe é natural, considera a felicidade mais do lado do bom agrado do seu Deus e da sua glória que lhe pertence do que do lado do seu próprio interesse. E quando o amor está no seu ponto mais elevado de perfeição, estaria disposto a sacrificar a sua felicidade própria à vontade divina, se exigisse dele este sacrifício. Coloca a sua felicidade no cumprimento desta vontade. O coração dos Santos atingiu mesmo sobre a terra este grau de pureza. É a disposição dos bem-aventurados no céu. É preciso, portanto, que o amor seja purificado a este grau neste mundo, ou no outro pelas penas do purgatório. Há, portanto, que deliberar sobre esta escolha? E quando a via do amor não tivesse outra vantagem senão a de nos isentar do purgatório ou de lhe abreviar consideravelmente a duração, poderíeis hesitar em abraçá-la? (Leão Dehon, OSP 2, p. 16s.).
Repete frequentemente e vive a palavra:
«Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso, entres os esplendores da luz perpétua. Fazei que descansem em paz.  Amém.»

fonte:
www.dehonianos.org

01 novembro, 2016