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11 fevereiro, 2015

12 de Fevereiro - Santa Eulália
Eulália, nasceu nas proximidades da cidade de Barcelona, no ano 290. Pertencia a uma família da nobreza espanhola e seus pais viviam numa vasta propriedade na periferia daquela movimentada corte. Cobriam a menina Eulália com todo amor, carinho e mimos, quase sufocando a pequena que já na tenra idade resplandecia em caráter.  Humilde, sábia, prudente e muito inteligente era a caridade em pessoa. Dedicava um extremo amor à Jesus Cristo, para o qual despendia muitas horas do dia em virtuosas orações. Costumava ficar no seu modesto quarto, reunida com suas amiguinhas, entoando cânticos e hinos de louvor ao Senhor, depois saíam para distribuir seus melhores pertences às crianças pobres das imediações, que sempre batiam à sua porta. Entrou para a adolescência, aos treze anos, no mesmo período em que chegava à Barcelona a notícia da volta à terrível perseguição contra os cristãos, decretada para todos os domínios do Império. Quando os sanguinários dos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano souberam da rápida e veloz propagação da fé cristã, nas longínquas terras espanholas, onde até então era rara esta fé, decidiram e mandaram o mais cruel e feroz de seus juízes, chamado Daciano, para acabar com aquela "superstição".  Temendo pela vida de Eulália, seus pais decidiram levá-la para uma outra propriedade mais afastada, onde poderia ficar longe dos soldados que andavam pelas ruas caçando os cristãos denunciados. Eulália considerou covardia fugir do poder que exterminava os irmãos cristãos. Assim, altas horas da noite e sem que sua família soubesse, fugiu e se apresentou espontaneamente ao temido juiz, como cristã. Consta inclusive que teria dito: "Querem cristãos? Eis uma".  Como queria, na impetuosidade da adolescência, foi levada a julgamento. Ordenaram novamente que ela adorasse um deus pagão, dando-lhe sal e incenso, para que depositasse ao pé do altar. Eulália, ao invés, derrubou a estátua do deus pagão, espalhando para longe os grãos de incenso e sal. A sua recusa a oferecer os sacrifícios deixou furioso Daciano, que mandou chicoteá-la até que seu corpo todo ficasse em chagas e sangrando. Depois foi queimada viva com as tochas dos carrascos. Era 12 de fevereiro de 304.

Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria das Arenas, mais tarde destruída durante um incêndio. Mas suas relíquias se mantiveram intactas e foram ocultadas durante a dominação dos árabes muçulmanos, quando o culto cristão era proibido.  O culto à Santa Eulália foi mantido principalmente em Barcelona onde é muito antigo. De lá, acabou se estendendo por toda Espanha atravessando as fronteiras, para além da França, Itália, África enfim atingiu todo o mundo cristão, oriental e ocidental. Ela costuma ser festejada na diocese de Mérida em 10 de dezembro, cidade de seu martírio. Santa Eulália é co-padroeira da cidade de Barcelona, ao lado da Virgem das Mercês.




 12 de Fevereiro - São Julião ou Juliano , o  Hospitaleiro

De acordo com James Voragine, Julião era casado com uma viuva rica e acidentalmente cometeu um crime terrível. Ele estava caçando e uma corça aproximou-se dele e o repreendeu dizendo que em futuro próximo cometeria um crime. Pois bem, um dia ele retornou ao seu castelo e ao entrar em seu quarto deparou com um casal na sua cama. Sem que ele soubesse seus pais  haviam chegado inesperadamente e muito cansados foram deitar em seu quarto. Julião supondo que outro homem estava em sua cama com sua esposa, impetuosamente, matou os dois a facadas. Logo depois ela chegava da igreja onde tinha ido orar. Com imensa culpa e desespero ele disse a ela que ia abandoná-los  pois não era digno de viver no meio de pessoas decentes. Ela recusou-se a abandoná-lo e ambos foram em uma jornada de peregrino para tentar amenizar o seu crime. Ele transformou seu castelo em um hospital para pobres e ao chegar em Roma ele construiu outro hospital para pobres e viajantes junto ao rio. Alem disso ele construiu uma pequena barcaça com a qual ele transportava a todos os viajantes a cruzarem o rio de graça. Após vários anos neste trabalho, Julião foi acordado em uma noite gelada, por uma voz do outro lado do rio, gritando por socorro. Ele atravessou o rio e descobriu que o homem estava morrendo gelado e que o mesmo era um leproso. Apesar disso Julião o carregou através do rio e  o colocou em sua cama esquentado-o ate que ele recobrasse os sentidos. Quando o homem se recobrou ele se revelou como sendo um anjo mensageiro especial de Deus enviado para testar a sua bondade. O leproso disse : “ Julião, Nosso Senhor me envia para dizer que aceitou sua penitencia”. 
Existem vários santos de nome Julião e algumas historias se confundem como a de Julião o Mártir, cuja esposa se chamava Basilissa. Não obstante Julião o hospitaleiro tem sua historia gravada nos sermões de Antoninus de Florença, no 13°  século, nos escritos de Vincent Beauvais e no “Trois Contes” de Gustave Flaubert. Alem disso várias instituições de caridade, igrejas e hospitais tem o nome de São Julião para honrar este herói muito popular na Idade Média.   
São Julião é retratado em vários vitrauxs em cristais no 13° século em igrejas em Chartes, em Rouen e em varias pinturas medievais.
Ele é o padroeiro dos pilotos de barcaças, hoteleiros, viajantes, turistas  e dos que trabalham no circo. 
Sua festa é celebrada no dia 12 de fevereiro.
fonte:
www.paulinas.org.br

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