Fone: 3441-9205 - e-mail: psbenedito@bol.com.br Missas Matriz São Benedito: 2ª a 6ª feiras 7h00 2ª e 4ª 19h00 sábado: 18h30 Domingo: 6h30; 9h00 e 18h30 Comunidade Senhor Bom Jesus: domingo: 11h Comunidade São Geraldo Domingo 9h00 Comunidade Santo André: Sábado: 18h30 Domingo 7h30 Recanto dos Idosos N.Sra.do Rosário- RINSER)- toda 3ª feiras as 15h
28 fevereiro, 2015
01-março/2015 -2º Domingo do Tempo da
Quaresma - Mc 9,2-10
No segundo Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus
define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir para chegar à vida
nova: é o caminho da escuta atenta de Deus e dos seus projetos, o caminho da
obediência total e radical aos planos do Pai. O Evangelho relata a
transfiguração de Jesus. Recorrendo a elementos simbólicos do Antigo
Testamento, o autor nos apresenta uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de
Deus, que vai concretizar o seu projeto libertador em favor dos homens através
do dom da vida. Aos discípulos, desanimados e assustados, Jesus diz: o caminho
do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva. Segui-o,
vós também. Na primeira leitura apresenta-se a figura de Abraão como paradigma
de uma certa atitude diante de Deus.
Abraão é o homem de fé, que vive numa constante escuta de Deus, que aceita os
apelos de Deus e que lhes responde com a obediência total (mesmo quando os
planos de Deus parecem ir contra os seus sonhos e projetos pessoais). Nesta
perspectiva, Abraão é o modelo do crente que percebe o projeto de Deus e o
segue de todo o coração. A segunda leitura lembra aos crentes que Deus os ama
com um amor imenso e eterno. A melhor prova desse amor é Jesus Cristo, o Filho
amado de Deus que morreu para ensinar ao homem o caminho da vida verdadeira.
Sendo assim, o cristão nada tem a temer e deve enfrentar a vida com serenidade
e esperança.
Reflexão:
Jesus
se encontra com o seu Pai. O monte é o
lugar de encontro com Deus: Moisés e Elias encontram Deus no monte Horeb, Jesus
retira-Se muitas vezes para o monte para rezar. Naquele dia, Deus toma a
palavra para reconhecer Jesus como seu Filho bem-amado, e pede para O escutar.
Jesus se encontra com Moisés e Elias, estes porta-vozes cheios do poder de Deus
libertador junto do seu povo. A sua presença no monte da transfiguração revela
que Jesus veio cumprir tudo o que os profetas tinham anunciado. Enfim, Jesus se encontra no monte das Oliveiras com as
testemunhas adormecidas da Paixão. E se Jesus Se transfigura a seus olhos, é
para lhes fazer ver a glória que Lhe vem de seu Pai. Mas para conhecer esta
glória, é preciso passar pelo sofrimento e pela morte. Ainda não chegou o
momento para nos sentarmos, é preciso retomar o caminho para “passar” com o
Mestre.
• A questão fundamental expressa no episódio da transfiguração está na
revelação de Jesus como o Filho amado de Deus, que vai concretizar o projeto
salvador e libertador do Pai em favor dos homens através do dom da vida, da
entrega total de Si próprio por amor. Pela transfiguração de Jesus, Deus
demonstra aos crentes de todas as épocas e lugares que uma existência feita doação
não é fracassada – mesmo se termina na cruz. A vida plena e definitiva espera,
no final do caminho, todos aqueles que, como Jesus, forem capazes de pôr a sua
vida ao serviço dos irmãos.
• Na verdade, os homens do nosso tempo têm alguma dificuldade em perceber esta
lógica… Para muitos dos nossos irmãos, a vida plena não está no amor levado até
às últimas consequências (até a doação total da vida), mas sim na preocupação
egoísta com os seus interesses pessoais, com o seu orgulho, com o seu pequeno
mundo privado; não está no serviço simples e humilde em favor dos irmãos
(sobretudo dos mais fracos, dos mais marginalizados, dos mais infelizes), mas
no assegurar para si próprio uma dose generosa de poder, de influência, de
autoridade, de domínio, que dê a sensação de pertencer à categoria dos
vencedores; não está numa vida vivida como doação, com humildade e
simplicidade, mas numa vida feita um jogo complicado de conquista de honras, de
glórias, de êxitos. Na verdade, onde é que está a realização plena do homem?
Quem tem razão: Deus, ou os esquemas humanos que hoje dominam o mundo e que nos
impõem uma lógica diferente da lógica do Evangelho?
• Por vezes somos tentados pelo desânimo, porque não percebemos o alcance dos
esquemas de Deus; ou então, parece que, seguindo a lógica de Deus, seremos
sempre perdedores e fracassados, que nunca integraremos a elite dos senhores do
mundo e que nunca chegaremos a conquistar o reconhecimento daqueles que
caminham ao nosso lado… A transfiguração de Jesus grita-nos, do alto daquele
monte: não desanimeis, pois a lógica de Deus não conduz ao fracasso, mas à
ressurreição, à vida definitiva, à felicidade sem fim.
• Os três discípulos, testemunhas da transfiguração, parecem não ter muita
vontade de “descer à terra” e enfrentar o mundo e os problemas dos homens.
Representam todos aqueles que vivem de olhos postos no céu, alienados da
realidade concreta do mundo, sem vontade de intervir para o renovar e
transformar. No entanto, ser seguidor de Jesus obriga a “regressar ao mundo”
para testemunhar aos homens – mesmo contra a corrente – que a realização
autêntica está na doação da vida; obriga a atolarmo-nos no mundo, nos seus problemas
e dramas, a fim de dar o nosso contributo para o aparecimento de um mundo mais
justo e mais feliz. A religião não é um ópio que nos adormece, mas um
compromisso com Deus, que se faz compromisso de amor com o mundo e com os
homens.
Meditação
para a semana . . .
A
sua Palavra como uma semente de vida… “Mestre, como é bom estarmos aqui!
Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias”. Dizendo
de outro modo: instalemo-nos, fiquemos aqui para sempre, estamos tão bem contemplando
a tua glória! Como seria tão bom se nós tivéssemos podido guardar Jesus
glorioso no meio de nós! Ele manifestaria desde agora a sua vitória sobre todas
as forças do mal e sobre a própria morte. Ele curaria todas as doenças, Ele
estabeleceria a justiça, Ele apaziguaria todas as tempestades, Ele suprimiria
todas as violências. Jesus estaria sempre ao nosso serviço, à nossa disposição!
Seria verdadeiramente o paraíso na terra! Mas Jesus não se deixou apanhar na
armadilha. “Olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho
com eles”. Foi necessário retomar o caminho quotidiano. Será preciso que
atravessem a noite do Gólgota, depois os seus próprios sofrimentos e a sua
própria morte. Jesus não veio tirar-nos da nossa condição humana com uma
varinha mágica. Mas Ele vem juntar-se a nós nos nossos caminhos pedregosos,
dando-nos o seu Espírito para que nos tornemos capazes de O escutar, no mais íntimo
de nós mesmos. Então a sua Palavra pode enraizar-se cada vez mais profundamente
em nós, como uma semente de vida. Não a percebemos sempre… mas ela brotará na
plenitude da luz, na Ressurreição com Jesus.
fonte:
www.dehonianos.org
23 fevereiro, 2015
1º
SEMANA DA QUARESMA
Atitude: Arrependimento
Esta
é a atitude para meditarmos ao longo da
semana.
Ela
exige que entremos bem profundamente em nós
mesmos e analisemos a nossa vida, a nossa forma de estar e agir com Deus, conosco e com
os outros…
Há
alguma coisa de que nos envergonhemos?
Há
alguma coisa que tenha prejudicado gravemente alguma destas relações?...
Este
é o tempo certo para arrumarmos o nosso interior, para jogarmos fora aquilo que já não queremos e para nos empenharmos em melhorar o nosso coração.
Oração:
Meu Deus, por vezes o meu caminho não é reto. Desvio-me de Ti e, tal como Tu
caminho no deserto. Olho para mim e vejo que tantas vezes me afastei do que
era realmente importante, te traí e não agi como Tu. Senhor. Tu me conheces, estás atento a todos os meus passos. Pergunto-me: “Que bem fiz hoje? Que mal
fiz hoje? O que poderei fazer melhor amanhã?” Estou hoje diante de Ti,
arrependendo-me desses meus desvios, das minhas dúvidas e dos meus erros.
Perdoa Senhor as minhas falhas, as minhas culpas e os meus desvios. Guia-me na
direção mais correta.
Glória
ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
fonte:
www.dpjguarda.com
Datas e locais das Confissões:
Dia
|
Semana
|
Paróquia
|
Grupo
|
24/02
|
Terça
|
Nossa Senhora Aparecida
Im. Coração de Maria/ N Sra Fatima
|
A
B
|
25/02
|
Quarta
|
São Cristovão
|
AB
|
26/02
|
Quinta
|
Santa Isabel
Sagrada Família/São Marcos
|
A
B
|
GRUPO DE PADRES
Grupo A
|
Grupo B
|
Pe. Alexander Luiz Dezotti
|
Pe. Fernando Mendes
|
Pe. Amauri de Castro
|
Pe. Benedito Tadeu Rosa
|
Pe Cleiton Bulgari
|
Pe. Danilo Rodrigues
|
Pe. Eduardo Luiz
|
Pe. José Valter Rossini
|
Pe. Edson Pianca
|
Pe. Jaime Thomaz
|
Pe. Vasques
|
Pe. Gilmarcos
|
Pe Gilson Fernandes
|
Pe. Marcos Daniel
|
Pe. Israel de Souza
|
Pe. Márcio Catani
|
Pe. Alexandre Boratti
|
Pe. Márcio Marcelo
|
Pe. Valdinei A. da Silva
|
Pe. Osmar Mendes
|
Pe. Marcos José Theodoro
|
Pe. Rodrigo Alves
|
Pe. Vitor José Minuti
|
Pe. Reginaldo Schivo
|
Pe. Vladimir Hergert
|
Pe. Donizete Q. dos Santos
|
Pe. Nilson Freire
|
Pe. Anderson
|
Pe. Synval
|
Pe. Miranda
|
22 fevereiro, 2015
21 fevereiro, 2015
1º
Domingo do Tempo da Quaresma - Mc 1,12-15
No
primeiro Domingo do Tempo da Quaresma, a liturgia nos garante que Deus está
interessado em destruir o velho mundo do egoísmo e do pecado e em oferecer aos
homens um mundo novo de vida plena e de felicidade sem fim.
A
primeira leitura é um resumo da história do dilúvio. Nos diz que Jahwéh, depois
de eliminar o pecado que escraviza o homem e que corrompe o mundo, depõe o seu
“arco de guerra”, vem ao encontro do homem, faz com ele uma Aliança
incondicional de paz. A ação de Deus se destina a fazer nascer uma nova
humanidade, que percorra os caminhos do amor, da justiça, da vida verdadeira.
No
Evangelho, Jesus nos mostra como a renúncia a caminhos de egoísmo e de pecado e
a aceitação dos projetos de Deus está na origem do nascimento desse mundo novo
que Deus quer oferecer a todos os homens (o “Reino de Deus”). Aos seus
discípulos Jesus pede – para que possam fazer parte da comunidade do “Reino” –
a conversão e a adesão à Boa Nova que Ele próprio veio propor.
Na
segunda leitura, o autor da primeira Carta de Pedro recorda que, pelo Batismo,
os cristãos aderiram a Cristo e à salvação que Ele veio oferecer.
Comprometeram-se, portanto, a seguir Jesus no caminho do amor, do serviço, da
doação da vida; e, envolvidos nesse dinamismo de vida e de salvação que brota
de Jesus, tornaram-se o princípio de uma nova humanidade.
Reflexão:
São Marcos inicia o seu Evangelho proclamando a encarnação
do Filho de Deus. Jesus é plenamente homem, pois é tentado, e plenamente Deus,
ao manifestar a vitória do Amor sobre o Mal, a vitória de Deus sobre o Maligno.
Ele faz uma declaração: os tempos se cumpriram. Dirige-Se a um povo à espera de
um Messias que estabelecerá um Reino novo. Ora, este Reino está bem próximo,
afirma Jesus, que vem precisamente trazer a esperança a todo o povo. Mas Deus
não impõe a sua vinda, Ele se faz desejar. Então, duas atitudes do coração são
necessárias: a conversão, mudando de vida e voltando a Deus; e a fé, aderindo
plenamente com todo o ser à mensagem que Jesus vem anunciar. Se Jesus começa a
sua pregação por estas duas recomendações, isso significa a sua urgência e a
sua importância.
• O
quadro da “tentação no deserto” nos diz que Jesus, ao longo do caminho que
percorreu no meio dos homens, foi confrontado com opções. Ele teve que escolher
entre viver na fidelidade aos projetos do Pai e fazer da sua vida um dom de
amor, ou frustrar os planos de Deus e enveredar por um caminho de egoísmo, de
poder, de auto-suficiência. Jesus escolheu viver – de forma total, absoluta,
até a doação da vida – na obediência às propostas do Pai. Os discípulos de
Jesus são confrontados a todos os instantes com as mesmas opções. Seguir Jesus
é perceber os projetos de Deus e cumpri-los fielmente, fazendo da própria vida
uma entrega de amor e um serviço aos irmãos.
-Estou
disposto a percorrer este caminho?
• Ao se
dispor a cumprir integralmente o projeto de salvação que o Pai tinha para os
homens, Jesus começou a construir um mundo novo, de harmonia, de justiça, de
reconciliação, de amor e de paz. A esse mundo novo, Jesus chamava “Reino de
Deus”. Nós aderimos a esse projeto e nos comprometemos com ele, no dia em que
escolhemos ser seguidores de Jesus.
-O nosso
empenho na construção do “Reino de Deus” tem sido coerente e consequente?
- Mesmo
contra a corrente, temos procurado ser profetas do amor, testemunhas da
justiça, servidores da reconciliação, construtores da paz?
• Para
que o “Reino de Deus” se torne uma realidade, o que é necessário fazer? Na
perspectiva de Jesus, o “Reino de Deus” exige, antes de mais nada, a
“conversão”. “Converter-se” é, antes de tudo, renunciar a caminhos de egoísmo e
de auto-suficiência e focar a própria vida em Deus, de forma que Deus e os seus projetos sejam sempre a
nossa prioridade máxima. Implica, naturalmente, modificar a nossa mentalidade,
os nossos valores, as nossas atitudes, a nossa forma de encarar Deus, o mundo e
os outros. Exige que sejamos capazes de renunciar ao egoísmo, ao orgulho, à
auto-suficiência, ao comodismo e que voltemos a escutar Deus e as suas
propostas.
-O que é
que temos que “converter” – quer em termos pessoais, quer em termos
institucionais – para que se manifeste, realmente, esse Reino de Deus tão
esperado?
• De
acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, o “Reino de Deus” exige,
também, o “acreditar” no Evangelho. “Acreditar” não é, na linguagem
neo-testamentária, a aceitação de certas afirmações teóricas ou a concordância
com um conjunto de definições a propósito de Deus, de Jesus ou da Igreja; mas
é, sobretudo, uma adesão total à pessoa de Jesus e ao seu projeto de vida. Com
a sua pessoa, com as suas palavras, com os seus gestos e atitudes, Jesus propôs
aos homens – a todos os homens – uma vida de amor total, de doação
incondicional, de serviço simples e humilde, de perdão sem limites. O
“discípulo” é alguém que está disposto a escutar o chamamento de Jesus, a
acolher esse chamamento no coração e a seguir Jesus no caminho do amor e da doação
da vida.
-Estou
disposto a acolher o chamamento de Jesus e a percorrer o caminho do “discípulo”?
• O
chamamento para integrar a comunidade do “Reino” não é algo reservado a um
grupo especial de pessoas, com uma missão especial no mundo e na Igreja; mas é
algo que Deus dirige a cada homem e a cada mulher, sem exceção. Todos os batizados
são chamados a ser discípulos de Jesus, a “converter-se”, a “acreditar no
Evangelho”, a seguir Jesus nesse caminho de amor e de doação da vida. Esse
chamamento é radical e incondicional: exige que o “Reino” se torne o valor
fundamental, a prioridade, o principal objetivo do discípulo.
• O
“Reino” é uma realidade que Jesus começou e que já está, decisivamente,
implantada na nossa história. Não tem fronteiras materiais e definidas; mas
está acontecendo e se concretizar
através dos gestos de bondade, de serviço, de doação, de amor gratuito que
acontecem à nossa volta (muitas vezes, até fora das fronteiras institucionais
da “Igreja”) e que são um sinal visível do amor de Deus nas nossas vidas. Não é
uma realidade que construímos de uma vez, mas é uma realidade sempre em
construção, até à sua realização final,
no fim dos tempos, quando o egoísmo e o pecado desaparecerem para sempre. Em
cada dia que passa, temos que renovar o compromisso com o “Reino” e nos empenharmos
na sua edificação.
Meditação para a semana. .
.
A verdadeira conversão… Quaresma, tempo de
penitência, de sacrifícios de toda a espécie, de resistência às tentações, à
imitação de Jesus no deserto… Tempo não muito entusiasmante! Porém, na breve
passagem do Evangelho, S. Marcos fala duas vezes da Boa Nova. Uma Boa Nova
dilata o coração, traz alegria. Então, porque não falar de alegria durante a
Quaresma? Será que isso desvirtua o seu sentido? Trata-se de conversão. Mas
isso não quer dizer, em primeiro lugar, como pensamos muitas vezes, parar de
cometer pecados, voltar a uma vida moralmente pura e reta. A verdadeira
conversão é, antes de mais nada, “acreditar na Boa Nova”. E esta Boa Nova é a
manifestação do verdadeiro rosto de Deus em Jesus: um Pai no qual só há amor,
porque Ele é Amor em estado puro, a fonte absoluta do Amor. Às vezes, a
primeira tentação, a mais terrível, consiste em transferir para Deus as nossas
maneiras de amar, de compreender a justiça, o poder. Ora, não é Deus que é à
nossa imagem, nós é que somos à sua imagem. A verdadeira conversão consiste em
mudar todas as nossas concepções de Deus para acolher um Pai que nunca pára de
nos amar, que nunca nos rejeita. E quando recusamos o seu amor, Ele só tem um
desejo: manifestar ainda mais o seu amor, até nos dar o seu Filho, para que,
enfim, nós nos deixemos amar. A Quaresma é um tempo propício para descobrir
este Deus!
Rezar em cada manhã o Salmo 24… Ao longo da
semana, rezar em cada manhã, lentamente, este Salmo 24. Pode ser meditado,
“ruminado”. Esforçar-se também por memorizar um versículo para cada dia (“Tu és
o Deus que me salva”; “lembra-te, Senhor, da tua ternura”); repeti-lo várias
vezes ao longo do dia, como uma caminhada com o Senhor. Será uma maneira
possível de viver a exortação à oração em segredo, a exortação que ouvimos na quarta-feira
de Cinzas. Procurar também recorrer a esta oração quando tivermos que tomar uma
decisão, fazer uma escolha, um
discernimento (“guiai-me na verdade”,
“ensinai-me”…).
fonte:
www.dehonianos.org
20 fevereiro, 2015
20/fevereiro
Beatos Francisco e Jacinta - Irmãos videntes de
Fátima
No ano de 1908, nasceu
Francisco Marto. Em 1910, Jacinta Marto. Filhos de Olímpia de Jesus e Manuel
Marto. Eles pertenciam a uma grande família; e eram os mais novos de nove
irmãos. A partir da primavera de 1916, a vida dos jovens santos portugueses
sofreria uma grande transformação: as diversas aparições do Anjo de Portugal (o
Anjo da Paz) na “Loca do Cabeço” e, depois, na “Cova da Iria”. A partir de 13
de maio de 1917, Nossa Senhora apareceria por 6 vezes a eles.
O mistério da Santíssima
Trindade, a Adoração ao Santíssimo Sacramento, a intercessão, o coração de
Jesus e de Maria, a conversão, a penitência… Tudo isso e muito mais foi
revelado a eles pelo Anjo e também por Nossa Senhora, a Virgem do Rosário. Na
segunda aparição, no mês de junho, Lúcia (prima de Jacinta e Francisco) fez um
pedido a Virgem do Rosário: que ela levasse os três para o Céu. Nossa Senhora
respondeu-lhe: “Sim, mas Jacinta e Francisco levarei em breve”. Os
bem-aventurados vivenciaram e comunicaram a mensagem de Fátima. Esse fato não
demorou muito. Em 4 de abril de 1919, Francisco, atingido pela grave gripe
espanhola, foi uma das primeiras vítimas em Aljustrel. Suas últimas palavras
foram: “Sofro para consolar Nosso Senhor. Daqui, vou para o céu”.
Jacinta Marto, modelo de
amor que acolhe, acolheu a dor na grave enfermidade, tendo até mesmo que fazer
uma cirurgia sem anestesia. Tudo aceitou e ofereceu, como Nossa Senhora havia
lhe ensinado, por amor a Jesus, pela conversão dos pecadores e em reparação aos
ultrajes cometidos contra o coração imaculado da Virgem Maria. Por conta da
mesma enfermidade que atingira Francisco, em 20 de fevereiro de 1920, ela
partiu para a Glória. No dia 13 de maio do ano 2000, o Papa João Paulo II
esteve em Fátima, e do ‘Altar do Mundo’ beatificou Francisco e Jacinta, os mais
jovens beatos cristãos não-mártires. Beatos Francisco e Jacinta, rogai por nós!
fonte:
www.cancaonova.com.br
19 fevereiro, 2015
HINO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2015
Com o tema “Fraternidade:
Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45),
a Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação
e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e
colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico
Vaticano II.
O texto base utilizado
para auxiliar nas atividades da CF 2015, reflete a dimensão da vida em
sociedade que se baseia na convivência coletiva, com leis e normas de condutas,
organizada por critérios e, principalmente, com entidades que “cuidam do
bem-estar daqueles que convivem”.
Na apresentação do texto,
o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo
Ulrich Steiner, explica que a Campanha da Fraternidade 2015 convida a refletir,
meditar e rezar a relação entre Igreja e sociedade.
“Será uma oportunidade de
retomarmos os ensinamentos do Concílio Vaticano II. Ensinamentos que nos levam
a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa,
samaritana. Sabemos que todas as pessoas que formam a sociedade são filhos e
filhas de Deus. Por isso, os cristãos trabalham para que as estruturas, as
normas, a organização da sociedade estejam a serviço de todos”, comenta dom
Leonardo.
Texto base
O texto base está
organizado em quatro partes. No primeiro capítulo são apresentadas reflexões
sobre “Histórico das relações Igreja e Sociedade no Brasil”, “A sociedade
brasileira atual e seus desafios”, “O serviço da Igreja à sociedade brasileira”
e “Igreja – Sociedade: convergência e divergências”.
Na segunda parte é
aprofundada a relação Igreja e Sociedade à luz da palavra de Deus, à luz
do magistério da Igreja e à luz da doutrina social.
Já o terceiro capítulo
debate uma visão social a partir do serviço, diálogo e cooperação entre Igreja
e sociedade, além de refletir sobre “Dignidade humana, bem comum e justiça
social” e “O serviço da Igreja à sociedade”. Nesta parte, o texto aponta
sugestões pastorais para a vivência da Campanha da Fraternidade nas
dioceses, paróquias e comunidades.
O último capítulo do texto
base apresenta os resultados da CF 2014, os projetos atendidos por região,
prestação de contas do Fundo Nacional de Solidariedade de 2013 (FNS) e as
contribuições enviadas pelas dioceses, além de histórico das últimas Campanhas
e temas discutidos nos anos anteriores.
Explicação do Cartaz CF
2015
Entenda o significado do
cartaz:
01 - O cartaz da CF
2015 retrata o Papa Francisco lavando os pés de um fiel na Quinta-feira Santa
de 2014. A Igreja atualiza o gesto de Jesus Cristo ao lavar os pés de seus
discípulos. O lava-pés é expressão de amor capaz de levar a pessoa a entregar
sua vida pelo outro. E com este amor que todo ser humano é amado por Deus em
Jesus Cristo. Ao entregar-se à morte na cruz e ressuscitar, como celebramos
na Páscoa, Jesus leva em plenitude o Eu vim para servir (cf. Mc 10,45).
02 - A Igreja
Católica, através de suas comunidades, participa das alegrias e tristezas do
povo brasileiro. O Concílio Vaticano II veio iluminar a missão evangelizadora
da Igreja. Evangelizar pelo testemunho, dialogando com as pessoas e a
sociedade. No diálogo, a Igreja (as comunidades) está a serviço de todas as
pessoas. Ao servir, ela participa da construção de uma sociedade justa,
fraterna, solidária e pacífica. No serviço, ela edifica o Reino de Deus.
|
Tema: “Fraternidade:
Igreja e Sociedade”
Lema: “Eu vim para
servir” (cf. Mc 10,45)
Ó Pai, Alegria e
esperança de vosso povo,
vós conduzis a Igreja,
servidora da vida,
nos caminhos da
história.
A exemplo de Jesus
Cristo
e ouvindo sua palavra
que chama à conversão,
seja vossa igreja
testemunha viva de
fraternidade
e de liberdade, de
justiça e de paz.
Enviai o vosso Espírito
da verdade
para que a sociedade se
abra
à aurora de um mundo
justo e solidário,
sinal do Reino que há de
vir.
Por Cristo Senhor nosso.
Amém!
|
Fonte:
www.cnbb.org.br
18 fevereiro, 2015
MENSAGEM
DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2015 –
« Fortalecei
os vossos corações» (Tg5,8)
Amados irmãos e irmãs!
Tempo de renovação para a
Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é
sobretudo um « tempo favorável » de graça (cf. 2 Cor6,2). Deus nada nos
pede, que antes não no-lo tenha dado: « Nós amamos, porque Ele nos amou
primeiro » (1 Jo4,19). Ele não nos olha com indiferença; pelo
contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de
nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada
um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que
nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente
instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o
faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e
injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença:
encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não
estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão
mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de
um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.
Quando o povo de Deus se
converte ao seu amor, encontra resposta para as questões que a história
continuamente nos coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre o qual
me quero deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença. Dado
que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real
também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada
Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos
despertar. A Deus não Lhe é indiferente
o mundo, mas ama-o até ao ponto
de entregar o seu Filho pela salvação de
todo o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do
Filho de Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem,
entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta esta
porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos,
do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl
5,6). O mundo, porém, tende a fechar-se
em si mesmo e a fechar a referida porta através da qual Deus entra
no mundo e o mundo n’Ele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve
jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida. Por isso, o povo
de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se
fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos propor
três textos para a vossa meditação.
1. « Se um membro sofre,
com ele sofrem todos os membros » (1 Cor12,26)– A Igreja.
Com o seu ensinamento e
sobretudo com o seu testemunho, a Igreja oferece-nos o amor de Deus,
que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença.
Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentamos. O cristão é
aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia,
revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos
homens. Bem no-lo recorda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito do
lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu
que Jesus não pretendia apenas exemplificar como
devemos lavar os pés uns aos outros; este serviço, só o
pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa
pessoa « tem parte com Ele » (cf. Jo 13,8), podendo assim servir o
homem. A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e,
deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se
isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os
sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que
recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença
que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações;
porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n’Ele, um não olha
com indiferença o outro. « Assim, se um membro sofre, com ele sofrem
todos os membros; se um membro é honrado, todos
os membros participam da sua alegria » (1 Cor12,26).
A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos
mas também porque é comunhão de coisas santas: o amor de Deus, que
nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes,
há que incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar por tal
amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas santas,
aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para
todos. E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo
pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais, com as
nossas simples forças, alcançar: rezamos com eles e por eles a Deus, para
que todos nos abramos à sua obra de salvação.
2. « Onde está o teu
irmão? » (Gn 4,9)– As paróquias e as comunidades
Tudo o que se disse a
propósito da Igreja universal é necessário agora
traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas
realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos
parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha
aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus
membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal
pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro
sentado à sua porta fechada
(cf. Lc16,19-31)? Para
receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se
ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direcções. Em primeiro
lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na oração. Quando a Igreja terrena reza,
instaura--se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até
à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua
plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é
vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque deixou para
trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; antes
pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com
o facto de terem vencido definitivamente a indiferença, a dureza de
coração e o ódio, graças à morte
e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do
amor não impregnar todo o mundo, os Santos caminham connosco, que
ainda somos peregrinos. Convicta de que a alegria no Céu pela
vitória do amor crucificado não é plena enquanto houver, na terra, um só
homem que sofre e geme, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora da
Igreja: « Muito espero não ficar
inactiva no Céu; o meu desejo é continuar a trabalhar pela
Igreja e pelas almas » (Carta254, de 14 de Julho de 1897).
Também nós participamos
dos méritos e da alegria dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no
nosso desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela
vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas formas
de indiferença e dureza de coração.
Em segundo
lugar, cada comunidade cristã é chamada a
atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com
os pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária,
não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens. Esta
missão é o paciente testemunho d’Aquele que
quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é aquilo que o
amor não pode calar. A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz
a cada homem, até aos confins da terra (cf.Act1,8). Assim podemos ver, no
nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou.
Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa,
tudo o que estes irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a
humanidade inteira.
Amados irmãos e irmãs,
como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as
nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia
no meio do mar da indiferença!
3. « Fortalecei os vossos
corações » (Tg 5,8)– Cada um dos fiéis
Também como indivíduos
temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens
impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo
tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos
deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência? Em primeiro
lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos
a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que
espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias
13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração. Em
segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem
vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúmeros
organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para
mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno,
mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em
comum. E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um
apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da
minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos.
Se humildemente pedirmos a
graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então
confiaremos nas possibilidades infinitas
que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir à
tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e
salvar o mundo sozinhos. Para superar a indiferença e as nossas pretensões de
omnipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de
Quaresma como um percurso de formação do coração, a que nos convidava
Bento XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31). Ter um
coração misericordioso não significa ter um
coração débil. Quem quer ser misericordioso
precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a
Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos
caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um
coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro.
Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo:
« Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração semelhante ao
vosso » (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus). Teremos
assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se
deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da
indiferença.
Com estes votos, asseguro
a minha oração por cada crente e comunidade eclesial para que percorram,
frutuosamente, o itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço
que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora
vos guarde!
Vaticano, Festa de São
Francisco de Assis, 4 de Outubro de 2014
fonte:
www.pt.radiovaticana.va
17 fevereiro, 2015
18/fevereiro/2015 - Quarta-feira de Cinzas- Evangelho: Mateus 6, 1-6.16-18
Reflexão:
A Liturgia da Palavra nos dá,
hoje, a orientação correta para vivermos frutuosa mente a Quaresma, tempo
favorável de graça, dia de salvação. Penitência e arrependimento não são
caminhos de tristeza, de depressão, mas caminho de luz e de alegria, porque, nos levam a reconhecer a nossa verdade de
pecadores, e também nos abrem ao amor e à misericórdia de Deus. O profeta, em
nome de Deus, convida o povo a percorrer o caminho da esperança, fazendo
penitência; os apóstolos recebem de Deus o ministério da reconciliação; a
Igreja repete a boa nova: «É este o tempo favorável, é este o dia da salvação»
(2 Cor 6, 2). Com todo o povo de Deus, somos convidados a caminhar, a nos voltar
para o Senhor, a deixar-nos reconciliar, a dar a Cristo ocasião de tomar sobre
Si o nosso pecado, porque só Ele o conhece e pode expiar. Renovados pelo amor,
podemos viver alegre e confiante na presença de Deus, nosso Pai, cumprindo
humildemente tudo quanto Lhe agrada e é útil para os irmãos. E a presença do
Pai, no mais íntimo de nós mesmos, nos garante a verdadeira alegria. Jesus, no
evangelho, mostra qual deve ser a nossa atitude quando praticamos obras de
penitência (tais como a esmola, a oração, o jejum), e insiste na retidão
interior, garantida pela intimidade com o Pai. Era essa a atitude e a
orientação do próprio Jesus em todas as suas palavras e obras. Nada fazia para
ser admirado pelos homens. Nós podemos ser tentados a fazer o bem para obtermos
a admiração dos outros. Mas essa atitude, por um lado, nos fecha em nós mesmos,
por outro lado nos projeta para fora de nós, tornando-nos dependentes da
opinião dos outros. Há, pois, que fazer
o bem porque é bom, e porque Deus é Deus, e nos dá oportunidade de vivermos em
intimidade e solidariedade com Ele, para o bem dos nossos irmãos. Estar cheios de Deus,
viver na sua presença, é a máxima alegria neste mundo, e nos garante essa mesma
situação, levada à perfeição, no outro.
Converter-se "ao
Evangelho"! O Evangelho para nós, mais do que um livro, é uma pessoa,
Jesus Cristo. É necessária a "conversão" ao verdadeiro conhecimento
de Cristo. Não um conhecimento intelectual, como aquele que se obtém nas aulas
de teologia. É preciso um conhecimento de fé, uma experiência viva, como aquela
de fala S. Paulo: "Na verdade, em tudo isso só vejo dano, comparado com o supremo
conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por Ele tudo desprezei e tenho em
conta de esterco, a fim de ganhar Cristo ... Assim poderei conhece-lo, à força da Sua Ressurreição e à comunhão nos
seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à
ressurreição. Não que eu já tenha alcançado a meta, ou que já seja perfeito,
mas prossigo a minha carreira para ver se de algum modo a poderei alcançar,
visto que já fui alcançado por Jesus Cristo' (Fil 3, 8.10-13).
Façamos nesta Quaresma as
obras de penitência que pudermos. Mas as façamos na intimidade e na presença do
Senhor, que havemos de procurar na oração, na Eucaristia, na comunidade... Não
esqueçamos a ascese, especialmente a que nos é exigida pelo fiel cumprimento
dos nossos compromissos com Deus e com os irmãos.
Meditação. . .
Que sou eu? Cinza e pó. O
pó é levado pelo vento. Assim acontece com a minha pobre natureza. Sou
acessível a todo o vento da tentação. A minha vontade é tão móvel como o pó. Em
que é então que me posso orgulhar? Que lição de humildade!
Porque é que o barro e a
cinza se orgulham, pergunta o Sábio (Eccli 10, 8). Todos os homens, diz ainda,
são apenas terra e cinza (17, 31). Os povos, depois de um rápido brilho, são
como um amontoado de cinza depois do incêndio, diz Isaías (33, 12).
A nossa vida desaparecerá
como se extingue uma fagulha, diz o Sábio, e o nosso corpo cairá feito em
cinzas (Sab 2, 3).
Abraão dizia: «Ousarei
falar a Deus, eu que não sou senão cinza e pó?» (Gen 18, 27).
No entanto, falou a Deus
com humildade e confiança.
Tal deve ser o fruto desta
cerimônia. Devo recordar-me, todos os dias, do meu nada e da minha fragilidade.
O sinal material apagar-se-á da minha fronte, mas o pensamento que exprime deve
permanecer gravado na minha memória.
Sou apenas nada, no
entanto irei ter com Deus, mas irei com humildade. Irei lamentando as minhas
faltas, irei fazendo reparação e confissão pública pelos meus pecados e pelos
dos meus irmãos.
Irei com a consciência da
minha fraqueza, mas mesmo assim confiante, porque Deus é bom, porque o Filho de
Deus tomou um coração para me amar e partir este coração para deixar escorrer
sobre a minha alma o perfume da sua misericórdia (Leão Dehon, OSP 3, p. 196).
Ação
Repete frequentemente e
vive hoje a palavra:
«E este o tempo favorável é este o dia da
salvação» (2 Cor 6,2)
Oração
Senhor, que, mais uma vez,
me ofereces a graça da Quaresma, tempo favorável, dia de salvação, ajuda-me a
vivê-lo no segredo onde me vês, me amas e me esperas. Sei que as coisas
exteriores têm a sua importância. Mas quero vivê-Ias na tua presença. Gostaria
de fazer muitas obras de penitência durante este tempo. Mas, se fizer poucas,
que sejam no teu amor, o que é mais importante do que fazer muitas para atrair
a admiração e a estima dos outros. Quero fazer o que puder na oração, na
mortificação, na caridade fraterna; mas quero fazê-lo na humildade e na
sinceridade diante de Ti. Infunde em mim o teu Espírito Santo que me conduza e
guie pelo deserto da penitência, durante esta Quaresma. Amém.
fonte:
www.dehonianos.org
17 de Fevereiro - Os sete fundadores da Ordem dos
Servitas
Na Europa dos séculos XII
e XIII houve uma grande ruptura dos valores cristãos, tanto por parte da
sociedade civil e dos religiosos. Com isso surgiram várias confrarias de
penitências onde os leigos buscavam viver a plenitude do evangelho, em oposição
à ganância, luxo, prazeres fúteis e o gosto pelo poder que imperava. Algumas
ordens são bem conhecidas, mas uma estendeu suas raízes por quase todo o mundo,
foi a "Ordem dos Servidores de Nossa Senhora", ou Servitas. Conta
a tradição que, no dia 15 de agosto de 1233 os sete jovens estavam reunidos
para as orações, onde também cantavam "laudas" de poemas religiosos
dedicados à Virgem Maria e a imagem da Santa se mexeu. Mais tarde, quando
atravessavam a ponte para voltar para casa, Nossa Senhora apareceu vestida de
luto e chorando. Falou que a causa de sua tristeza era a guerra civil que
ocorria em Florença, há dezoito anos. Naq uele momento, os setes nobres,
abandonaram os bens e as famílias, e se dedicaram às orações e à assistência
aos pobres, para "vivenciar o compromisso cristão da pobreza,
humildade e caridade". Eram eles: Bonfiglio Monardi, Bonaiuto Manetti,
Amadio de Amadei, Ugoccio de Ugoccioni, Sostenio de Sosteni, Maneto d'Antela e
Aleixo Falconieri.
O bispo de Florença que era monge e nutria pelo grupo grande estima, soube do
projeto que tinham de fundar uma comunidade religiosa de vida eremita. Resolveu
ajudar doando o seu terreno de monte Senário, que ficava a dezoito quilômetros
da cidade. Alí os sete irmãos fundaram a Companhia de Nossa Senhora das Dores e
passaram a se vestir de preto, em homenagem à Virgem de luto. Viviam reclusos
em êxtases de orações e se mantendo em constante vigília penitente. Uma vez por
semana iam rezar para Nossa Senhora numa pequena capela, que existia na estrada
de Cafagio, próxima da cidade. O grupo as vezes era visto mendigando pelas
ruas para conseguir ajuda para os pobres, doentes e sem recursos. Certo dia,
quando distribuíam alimentos aos pobres, um menino passou e perguntou:
"Vocês são os servidores de Maria?". Perceberam que era mais um sinal
de Nossa Senhora. Fundaram uma ordem religiosa mariana , sob as Regras de Santo
Agostinho e mudaram o nome para "Servidores de Maria".
A ordem recebeu apoio tanto das autoridades religiosas quanto sociais. Mais
tarde, a capelinha inicial usada pelos sete fundadores foi transformada num
santuário dedicado a Nossa Senhora das Dores, um dos mais visitados templos
marianos do mundo. Com exceção de Aleixo, todos os outros fundadores foram
ordenados padres. A atuação da Ordem dos Servitas produziu frutos em
muitos países, inclusive no Brasil, principalmente em São Paulo, Santa Catarina
e Acre onde foram construídos vários conventos. Ainda há uma missão dela em Rio
Branco, no Acre. Os "Sete Fundadores" foram canonizados pelo papa
Leão XIII, em 1888 e são celebrados juntos no dia 17 de fevereiro, dia da morte
do último fundador: Aleixo Falconieri. Ele que na sua humildade se recusou a
tomar o hábito de padre, por se considerar indigno de ser representante de
Cristo.
fonte:
www.paulinas.org.br
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