28 de Janeiro - São Tomás D'Aquino

Tomás nasceu em 1225, no castelo de Roccasecca, na Campânia, da família feudal
italiana dos condes de Aquino. Possuía laços de sangue com as famílias reais da
Itália, França, Sicília e Alemanha, esta ligada à casa de Aragão. Ingressou no
mosteiro beneditino de Montecassino aos cinco anos de idade, dando início aos
estudos que não pararia nunca mais. Depois, freqüentou a Universidade de
Nápoles, mas, quando decidiu entrar para a Ordem de São Domingos encontrou
forte resistência da família. Seus irmãos chegaram a trancá-lo num castelo por
um ano, para tentar mantê-lo afastado dos conventos, mas sua mãe acabou por
libertá-lo e, finalmente, Tomás pôde se entregar à religião. Tinha então
dezoito anos. Não sendo por acaso a sua escolha pela Ordem de São Domingos, que
trabalha para unir Ciência e Fé em favor da Humanidade. Este sempre foi seu
objetivo maior. Foi para Colônia e Paris
estudar com o grande Santo e doutor da Igreja, Alberto Magno. Por sua mansidão
e silêncio foi apelidado de "boi mudo", por ser também, gordo,
contemplativo e muito devoto. Depois se tornou conselheiro dos papas Urbano IV,
Clemente IV e Gregório X, além do rei São Luiz da França. Também, lecionou em
grandes universidades de Paris, Roma, Bologna e Nápoles e jamais se afastou da
humildade de frei, da disciplina que cobrava tanto de si mesmo quanto dos
outros e da caridade para com os pobres e doentes. Grande intelectual, vivia imerso nos estudos, chegando às vezes a
perder a noção do tempo e do lugar onde estava. Sua norma de vida era:
"oferecer aos outros os frutos da contemplação". Sábios e políticos
tentaram muitas vezes homenageá-lo com títulos, honras e dignidades, mas Tomás
sempre recusou. Escrevia e publicava obras importantíssimas, frutos de seus
estudos solitários desfrutados na humildade de sua cela, aliás seu local
preferido. Seus escritos são um dos maiores monumentos de filosofia e teologia
católica.
Tomás D'Aquino morreu muito jovem, sem completar os quarenta e nove anos de
idade, no mosteiro de Fossanova, a caminho do II Concílio de Lion, em 07 de
março de 1274, para o qual fora convocado pelo papa Gregório X. Imediatamente
colégios e universidades lhe prestaram as mais honrosas homenagens. Suas obras,
a principal, mais estudada e conhecida, a "Summa Teológica", foram a causa
de sua canonização, em 1323. Disse sobre ele, nessa ocasião, o papa João XXII:
"Ele fez tantos milagres, quantas proposições teológicas escreveu". É
padroeiro das escolas públicas, dos estudantes e professores.
No dia 28 de janeiro de 1567, o papa São Pio V lhe deu o título de "doutor
da Igreja", e logo passou a ser chamado de "doutor angélico",
pelos clérigos. Em toda a sua obra filosófica e teológica tem primazia à
inteligência, estudo e oração; sendo ainda a base dos estudos na maioria dos
Seminários. Para isso contou, mais recentemente, com o impulso dado pelo
incentivo do papa Leão XIII, que fez reflorescer os estudos tomistas.
A sua festa litúrgica é celebrada no dia 28 de janeiro ou no dia 07 de março.
Seus restos mortais estão em Tolouse, na França, mas a relíquia de seu braço
direito, com o qual escrevia, se encontra em Roma.
fonte:
www.paulinas.org.br
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