Visitas desde JUNHO/2009

online
online

17 janeiro, 2015

18/janeiro/2015 - II Domingo do Tempo Comum
A liturgia do 2º Domingo do Tempo Comum nos  propõe uma reflexão sobre a disponibilidade para acolher os desafios de Deus e para seguir Jesus.
A primeira leitura nos apresenta a história do chamamento de Samuel. O autor desta reflexão deixa claro que o chamamento é sempre uma iniciativa de Deus, o qual vem ao encontro do homem e o chama pelo nome. Ao homem é pedido que se coloque numa atitude de total disponibilidade para escutar a voz e os desafios de Deus. O Evangelho descreve o encontro de Jesus com os seus primeiros discípulos. Quem é “discípulo” de Jesus? Quem pode integrar a comunidade de Jesus? Na perspectiva de João, o discípulo é aquele que é capaz de reconhecer no Cristo que passa o Messias libertador, que está disponível para seguir Jesus no caminho do amor e da entrega, que aceita o convite de Jesus para entrar na sua casa e para viver em comunhão com Ele, que é capaz de testemunhar Jesus e de anunciá-lo aos outros irmãos. Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a viverem de forma coerente com o chamamento que Deus lhes fez. No crente que vive em comunhão com Cristo deve manifestar-se sempre a vida nova de Deus. Aplicado ao domínio da vivência da sexualidade – um dos campos onde as falhas dos cristãos de Corinto eram mais notórias – isto significa que certas atitudes e hábitos desordenados devem ser totalmente banidos da vida do cristão.

Reflexão:
• O Evangelho deste domingo nos diz, antes de mais nada, o que é ser cristão… A identidade cristã não está na simples pertença jurídica a uma instituição chamada “Igreja”, nem na recepção de determinados sacramentos, nem na militância em certos movimentos eclesiais, nem na observância de certas regras de comportamento dito “cristão”… O cristão é, simplesmente, aquele que acolheu o chamamento de Deus para seguir Jesus Cristo.
• O que é, de maneira concreta, seguir Jesus? É ver nele o Messias libertador com uma proposta de vida verdadeira e eterna, aceitar se tornar seu discípulo, segui-lo no caminho do amor, da entrega, da doação da vida, aceitar o desafio de entrar na sua casa e de viver em comunhão com Ele.
• O  texto sugere também que essa adesão só pode ser radical e absoluta, sem meias palavras nem hesitações. Os dois primeiros discípulos não discutiram o “salário” que iam ganhar, se a aventura tinha futuro ou se estava condenada ao fracasso, se o abandono de um mestre para seguir outro representava uma promoção ou uma despromoção, se o que deixavam para trás era importante ou não era importante; simplesmente “seguiram Jesus”, sem garantias, sem condições, sem explicações supérfluas, sem “seguros de vida”, sem se preocuparem em salvaguardar o futuro se a aventura não desse certo. A aventura da vocação é sempre um salto, decidido e sereno, para os braços de Deus. 
• A história da vocação de André e do outro discípulo (despertos por João Batista para a presença do Messias) mostra, ainda, a importância do papel dos irmãos da nossa comunidade na nossa própria descoberta de Jesus. A comunidade  nos ajuda a tomar consciência desse Jesus que passa e nos aponta o caminho do seguimento. Os desafios de Deus ecoam, tantas vezes, na nossa vida através dos irmãos que nos rodeiam, das suas indicações, da partilha que eles fazem conosco e que dispõe o nosso coração para reconhecer Jesus e para  segui-lo. É na escuta dos nossos irmãos que encontramos, tantas vezes, as propostas que o próprio Deus nos apresenta.
• O encontro com Jesus nunca é um caminho fechado, pessoal e sem consequências comunitárias… Mas é um caminho que tem que me levar ao encontro dos irmãos e que deve tornar-se, em qualquer tempo e em qualquer circunstância, anúncio e testemunho. Quem experimenta a vida e a liberdade que Cristo oferece, não pode ignorar essa descoberta; mas deve sentir a necessidade de a partilhar com os outros, a fim de que também eles possam encontrar o verdadeiro sentido para a sua existência. “Encontramos o Messias” deve ser o anúncio jubiloso de quem fez uma verdadeira experiência de vida nova e verdadeira e anseia por levar os irmãos a uma descoberta semelhante.
• João Batista nunca procurou apontar os holofotes para a sua própria pessoa e criar um grupo de adeptos ou seguidores que satisfizessem a sua vaidade ou a sua ânsia de protagonismo… A sua preocupação foi apenas preparar o coração dos seus concidadãos para acolher Jesus. Depois, retirou-se discretamente para a sombra, deixando que os projetos de Deus seguissem o seu curso. Ele nos ensina a nunca o protagonisno ou a atrair sobre nós as atenções; ele nos ensina a sermos testemunhas de Jesus, não de nós próprios.

Meditação para a semana. . . 
Reunião de família… A voz do Pai profere uma palavra de ternura: “Tu és o meu Filho bem amado, em ti coloquei todo o meu amor”. Como se o Filho tivesse necessidade de ouvir dizer que era amado pelo seu Pai… A efusão é do Espírito para que o sopro de vida e de libertação que o Filho veio espalhar sobre a terra seja o sopro do Espírito, um sopro que não guardará para si, pois no Pentecostes derramará sobre os apóstolos. A solidariedade é a do Filho para manifestar a sua humanidade. Ele é verdadeiramente homem, homem no meio dos homens, partilhando toda a condição humana, exceto o pecado.

«Aqui estou!»
A minha resposta à maneira de Samuel…
Como, sob que forma, não necessariamente explícita, foi dada esta resposta?
Que escolhas mais ou menos importantes ela provocou?
Que consequências teve a seguir?
Que balanço fazer hoje?
Faço regularmente um balanço espiritual?
Vamos esta semana, voltar a dizer “aqui estou”, com generosidade, liberdade e felicidade…
fonte:
www.dehonianos.org


piritual?

Vamos esta semana, voltar a dizer “aqui estou”, com generosidade, liberdade e felicidade…

Nenhum comentário:

Postar um comentário