Meditação das sete Dores de Nossa Senhora - I
Assim nós diz Maria Santíssima:
Meditai muitas vezes nas minhas sete dores para consolar
meu Coração e crescereis muito na virtude.
Ó almas que sofreis, vinde para perto de meu Coração e
aprendei comigo. É junto de meu Coração transpassado de dor que achareis
consolação! Mães aflitas, esposas amarguradas, jovens desorientados, meditando nos meus sofrimentos
tereis força para atravessardes todas as dificuldades.
Que minhas dores vos comovam o coração, impulsionando-vos
para a prática do bem.
Primeira Dor:
Apresentação de meu Filho no templo.
Nesta primeira dor veremos como meu coração foi
transpassado por uma espada, quando Simeão profetizou que meu Filho seria a
salvação de muitos, mas também serviria para ruína de outros.
A virtude que aprendereis nesta dor é a da santa
obediência.
Sede obedientes aos vossos superiores, porque são eles
instrumentos de Deus. Quando soube que uma espada Me atravessaria a alma, desde
aquele instante experimentei sempre uma grande dor. Olhei para o Céu e disse: 'Em vós confio'.
Quem confia em Deus jamais será confundido. Nas vossas penas, nas vossas angustias, confiai em Deus e
jamais vos arrependereis dessa confiança. Quando a obediência vos trouxer qualquer sacrifício,
confiando em Deus, a Ele entregai vossas dores e preocupaões, sofrendo de bom
grado por amor.
Obedeçam não por motivos humanos, mas pelo amor Daquele
que por vosso amor se fez obediente até a morte de Cruz.
Segunda Dor:
A fuga para o Egito.
Amados filhos, quando fugimos para o Egito, foi grande
dor saber que desejavam matar meu querido filho, aquele que trazia a salvação! Não me afligi pelas dificuldades em terras longínquas;
mas por ver meu filho inocente, perseguido por ser o Redentor. Almas queridas, quanto sofri neste exílio! Porém tudo suportei com amor e santa alegria por Deus me
fazer cooperadora da salvação das almas.
Se fui obrigada a este exílio, foi para guardar meu
filho, sofrendo provações por aquele que um dia ia ser a chave da nossa salvação. Um dia estas penas serão convertidas em sorrisos e em
força para as almas, porque Ele abrirá as portas do Céu!
Amados meus, nas maiores provações pode haver alegria
quando se sofre para agradar a Deus e por seu amor. Em terras estranhas, Eu Me rejubilava por poder sofrer
com Jesus, meu adorável filho! Na santa amizade de Jesus e sofrendo tudo por seu amor,
não se chama sofrer senão santificar-se! No meio da dor sofrem os infelizes, que vivem longe de
Deus, os que estão na sua inimizade. Pobres infelizes, entregam-se ao desespero, porque não
têm o conforto da amizade divina, que dá à alma tanta paz e tanta confiança.
Almas que aceitais vossos sofrimentos por amor a Deus,
exultai de alegria porque grande é vosso merecimento, se assemelhando a Jesus
Crucificado, que tanto sofreu por amor a vossas almas! Alegrai-vos todos os que, como Eu, sois chamados para
longe da vossa pátria defender o vosso Jesus.Grande será a vossa recompensa, pelo vosso SIM à vontade
de Deus.
Almas queridas, avante! Aprendei Comigo, a não medir
sacrifícios, quando se trata da glória e dos interesses de Jesus, que também
não mediu sacrifícios para vos abrir as portas da salvação.
Terceira Dor:
Perda do Menino Jesus.
Amados filhos, procurai compreender esta minha imensa
dor, quando perdi meu adorável Filho por três dias. Sabia que meu Filho era o Messias prometido, que contas
daria então a Deus do tesouro que me tinha sido entregue ? Tanta dor e tanta agonia, e sem esperança de encontrá-lo! Quando O achei no templo, no meio dos doutores, e lhe
disse que me havia deixado três dias em aflição, eis o que Me respondeu:
'Eu vim ao mundo para cuidar dos interesses de meu Pai,
que está no Céu'.
A esta resposta do meigo Jesus, emudeci e compreendi que
sendo o Redentor do gênero humano assim devia proceder, fazendo sua Mãe, desde
aquele instante, tomar parte na sua missão redentora, sofrendo pela Redenção do
gênero humano!
Almas que sofreis, aprendei nesta minha dor a
submeter-vos à vontade de Deus, que muitas vezes vos fere para proveito de um
de vossos entes queridos. Jesus me deixou por três dias em tanta angustia para
proveito vosso. Aprendei Comigo a sofrer e a preferir a vontade de Deus à
vossa.
Mães que chorais, ao verdes os vossos filhos generosos
ouvirem o chamamento divino, aprendei Comigo a sacrificar o vosso amor natural. Se vossos filhos forem chamados para trabalhar na vinha
do Senhor, não abafeis tão nobre aspiração, como é a vocação religiosa. Mães e pais dedicados, ainda que vosso coração sangre de
dor, deixai-os partir, deixai-os corresponder aos desígnios de Deus, que usa
com eles de tanta predileção. Pais que sofreis, ofertai a Deus a dor da separação, para
que vossos filhos, que foram chamados, possam ser na realidade testemunhas Daquele que os chamou. Lembrai-vos que vossos filhos a Deus pertencem e não a
vós. Deveis criá-los para servir e amar a Deus neste mundo, e
um dia no Céu O louvarem por toda a eternidade. Pobres aqueles que querem prender seus filhos,
abafando-lhes a vocação!
Os pais que assim procedem podem levar seus filhos à
perdição eterna e ainda terão que dar contas a Deus no ultimo dia. Porém, protegendo suas vocações, encaminhando-os para tão
nobre fim, que bela recompensa receberão estes pais afortunados! Ainda que aqui chorem de saudades e a separação lhes
custe muitas lágrimas, eles serão abençoados! E vós, filhos prediletos que sois chamados por Deus,
procedei como Jesus procedeu comigo: primeiramente obedecei à vontade de Deus,
que vos chamou para habitar na sua casa, quando diz: 'Quem ama seu pai e sua mãe mais do que a mim não é digno
de Mim'.
Vigiai se, por causa de um amor natural, deixais de
corresponder ao chamado divino! Almas eleitas que fostes chamadas e sacrificastes as
afeições mais caras e a vossa própria vontade para servir a Deus! Grande é
vossa recompensa. Avante! sede generosas em tudo e louvai a Deus por terdes
sido escolhidas para tão nobre fim. Vós que chorais, pais, irmãos, regozijai-vos porque
vossas lágrimas um dia converter-se-ão em pérolas, como as minhas se
converteram em favor da humanidade.
fonte:
www.oracoes.org
Continua. . .
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