03 de Setembro - São Marino
Nas últimas décadas do século III, dois cristãos, Marino e
Leão, procedentes da ilha de Arbe, na Dalmácia, viajaram para Rimini, Itália,
atraídos pela oportunidade de trabalhar como escultores, onde evangelizaram a
região e ali morreram. Os dados que temos além desses fazem parte de uma
vigorosa tradição cristã. Ela nos conta que, assim que Marino chegou,
procurando pedras para o seu trabalho, descobriu a região do monte Titano,
ficando maravilhado pela imponência do monte e beleza do local, tanto assim que
sempre que podia voltava para lá. Além de trabalhar no seu ofício, desenvolvia
a missão de converter a população riminiense ao cristianismo. Devido a essa
atividade, certa vez uma senhora pagã, maldosa e sem caráter, querendo
impedi-lo de propagar a religião, dizendo ser sua esposa, acusou-o às
autoridades de professar o cristianismo. Como era época de perseguição aos
cristãos imposta pelo imperador Diocleciano, ele foi obrigado a refugiar-se na
floresta do monte Titano, a qual conhecia muito bem. Todavia a citada senhora
foi atrás dele tentando dar crédito às suas acusações. Marino não encontrou
outra maneira de defender-se dela a não ser com suas orações e jejum,
aguardando por um milagre da Providência divina. E ele chegou. A senhora, vendo
sua total entrega à vontade de Deus, converteu-se e redimiu-se. Voltou a
Rimini, onde se explicou às autoridades e à população. A tradição narra, também, que Marino e Leão,
para evitar outras experiências daquele tipo, retiraram-se para junto de uma
pequena comunidade que vivia no alto do monte Titano, estabelecendo a região
como seu definitivo refúgio. Depois, Leão transferiu-se, sozinho, para o
vizinho monte Feretrio, atual Montefeltro. Mas o terreno onde ficou Marino era
de propriedade de dona Felicíssima, uma das mais influentes matronas da
comunidade, cujo filho, Veríssimo, amante da caça, decidiu fazer de Marino sua
presa. Ao ser encontrado, ele se defendeu da violência somente com a força das
orações ao Senhor; foi escutado imediatamente, pois, quando o jovem tentou
atingi-lo, ficou paralisado como uma estátua.
Sabendo do fato prodigioso, a mãe, dona Felicíssima, foi em seu socorro,
suplicando a Marino o perdão pelo ato tão violento do filho Veríssimo, que,
graças ao desespero da mãe e à intercessão das orações de Marino, voltou à
normalidade. Depois, converteu todos da família de dona Felicíssima, que doou a
Marino as terras daquela região do monte Titano. Além disto, pelo seu trabalho
de pregação e a conversão de cristãos, o bispo de Rimini, Gaudêncio, também
venerado como santo, conferiu a Marino a ordem do diaconato. Marino morreu no ano 366. Foi sepultado na
igreja que ele mesmo havia erguido e dedicado a são Pedro, atualmente dedicada
a são Marino. O local tornou-se meta de uma peregrinação tão vigorosa que seu
culto foi reconhecido pela Igreja pela devoção dos fiéis, sendo festejado no
dia 3 de setembro. O mais interessante é que da sua atuação evangelizadora
frutificou um país. Assim, na história de Igreja, são Marino é o único santo
fundador de um país e padroeiro da república que leva o seu nome, a pequenina e
bela República de São Marino.
fonte:
www.paulinas.org.br
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