Continuação. . .
Meditação das sete Dores de Nossa Senhora - II
Assim nós diz Maria Santíssima:
Meditai muitas vezes nas minhas sete dores para consolar
meu Coração e crescereis muito na virtude.
Ó almas que sofreis, vinde para perto de meu Coração e
aprendei comigo. É junto de meu Coração transpassado de dor que achareis
consolação! Mães aflitas, esposas amarguradas, jovens desorientados, meditando nos meus sofrimentos
tereis força para atravessardes todas as dificuldades. Que minhas dores vos comovam o coração,
impulsionando-vos para a prática do bem.
Quarta Dor:
Doloroso encontro no caminho do Calvário.
Amados filhos, contemplai e vede se há dor semelhante a
esta minha, quando me encontrei com meu divino Filho no caminho do Calvário,
carregando uma pesada cruz como se fosse
um criminoso.
'É preciso que o Filho de Deus seja esmagado para abrir
as portas da salvação e da paz!'
Lembrei-Me de suas palavras e aceitei a vontade do
Altíssimo, que sempre foi a minha força em horas tão cruéis como esta. Ao encontrá-lo, seus olhos me fitaram e me fizeram
compreender a dor de sua alma. Não pôde Me dizer palavra, porém me fizeram
compreender que era necessário que unisse a minha à Sua grande dor. Amados meus, a união de nossa grande dor neste encontro
tem sido a força de tantos mártires e de tantas mães aflitas! Almas que temeis o sacrifício, aprendei aqui neste
encontro a submeter-vos à vontade de Deus, como Eu e meu Filho nos submetemos! Aprendei a calar-vos nos vossos sofrimentos. No nosso silêncio, nesta dor imensa armazenamos para vós
riquezas imensuráveis! As vossas almas hão de sentir a eficácia desta riqueza
na hora em que, abatidos pela dor, recorrerdes a Mim, fazendo a meditação deste
encontro dolorosíssimo. O valor do nosso silêncio se converte em força para as
almas aflitas, quando nas horas difíceis souberem recorrer à meditação desta
dor! Amados filhos, como é precioso o silêncio nas horas de
sofrimentos! Há almas que não sabem sofrer uma dor física, uma tortura
de alma em silêncio; desejam logo contá-la para que todos o lastimem! Meu Filho e Eu tudo suportamos em silêncio por amor a
Deus! Almas queridas, a dor humilha e é na santa humildade que
Deus edifica! Sem a humildade, trabalhareis em vão; vede pois como a
dor é necessária para a vossa santificação. Aprendei a sofrer em silêncio, como Eu e Jesus sofremos
neste doloroso encontro no caminho do Calvário.
Quinta Dor:
Aos pés da Cruz.
Amados filhos, na meditação desta minha dor encontrareis
consolo e força para vossas almas contra mil tentações e dificuldades e
aprendereis a ser fortes em todos os combates de vossa vida. Vede-me aos pés da Cruz, assistindo à morte de Jesus, com
a alma e meu coração transpassados com as mais cruéis dores!
Não vos escandalizeis com o que fizeram os judeus! Eles diziam: 'Se Ele é Deus, por que não desce da cruz e
se livra a si próprio!' Pobres judeus, ignorantes, não quiseram crer que Ele era o Messias. Não podiam compreender que um Deus se humilhasse tanto e
que a sua divina doutrina pregava a humildade. Jesus precisava dar o exemplo, para que seus filhos
tivessem a força de praticar uma virtude, que tanto custa aos filhos deste
mundo, que têm nas veias a herança do orgulho. Infelizes os que, à imitação dos que crucificaram a
Jesus, ainda hoje não sabem se humilhar! Depois de três horas de tormentosa agonia, meu adorável
Filho morre, deixando-me a alma na mais negra escuridão! Sem duvidar um só instante, aceitei a vontade de Deus, e
no meu doloroso silêncio, entreguei ao Pai minha imensa dor, pedindo, como
Jesus, perdão para os criminosos. Entretanto, quem me confortou nesta hora angustiosa Fazer
a vontade de Deus foi o meu conforto; saber que o Céu foi aberto para todos os
filhos foi meu consolo! Porque Eu também no Calvário fui provada com o abandono
de toda consolação! Amados filhos, sofrer em união com os sofrimentos de
Jesus encontra consolo; sofrer por ter feito o bem neste mundo, recebendo
desprezos e humilhações encontra força. Que glória para vossas almas, se um dia por amar a Deus
com todo o vosso coração, fordes também perseguidos! Aprendei a meditar muitas vezes nesta minha dor, que ela
vos dará força para serdes humildes: virtude amada de Deus e dos homens de boa
vontade.
Sexta Dor:
Uma lança atravessa o Coração de Jesus.
Amados filhos, com a alma imersa na mais profunda dor, vi
Longuinho transpassar o coração de meu Filho, sem poder dizer palavra! Derramei muitas lágrimas. Só Deus pode compreender o martírio desta hora, na alma e
no coração! Depois depositaram Jesus nos meus braços, não cândido e
belo como em Belém, mas morto e chagado, parecendo mais um leproso do que aquele
adorável e encantador menino, que tantas vezes apertei ao meu coração! Amados filhos, se Eu tanto sofri, não serei capaz de
compreender vossos sofrimentos Por que, então, não recorreis a Mim com mais
confiança, esquecidos que tenho tanto valor diante do Altíssimo. Porque muito sofri aos pés da cruz, muito me foi dado! Se não tivesse sofrido tanto, não teria recebido os
tesouros do Paraíso em minhas mãos. A dor de ver transpassar o Coração de Jesus com a lança,
conferiu-me o poder de introduzir, neste amável Coração, a todos aqueles que a
Mim recorrerem. Vinde a Mim, porque Eu posso vos colocar dentro do
Coração Santíssimo de Jesus Crucificado, morada de amor e de eterna felicidade!
O sofrimento é sempre um bem para a alma. Ó almas que sofreis, regozijai-vos Comigo que fui a
segunda mártir do Calvário! A minha alma e meu coração participaram dos suplícios do
Salvador, conforme a vontade do Altíssimo, para reparar o pecado da primeira
mulher! Jesus foi o novo Adão e Eu a nova Eva, livrando assim a
humanidade do cativeiro no qual se achava presa. Para corresponderdes porém a tanto amor, sede muito
confiantes em Mim, não vos afligindo nas contrariedades da vida; ao contrário,
confiai-Me todos os vossos receios e dores, porque Eu sei dar em abundância os
tesouros do Coração de Jesus! Não vos esqueçais, filhos meus, de meditar nesta minha
imensa dor, quando estiver pesada a vossa Cruz. Achareis força para sofrer por amor a Jesus que sofreu na
Cruz a mais infame das mortes.
fonte:
www.oracoes.org
continua . . .
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