16-junho -SANTOS JULITA E CIRO
Julita vivia na cidade de Icônio, atualmente Turquia. Ela
era uma senhora riquíssima, da alta aristocracia e cristã, que se tornara viúva
logo após ter dado à luz a um menino. Ele foi batizado com o nome de Ciro.
Tinha três anos de idade quando o sanguinário imperador Diocleciano começou a
perseguir, prender e matar cristãos. Julita, levando o filhinho Ciro, tentou
fugir, mas acabou presa. O governador local, um cruel romano, tirou-lhe o filho
dos braços e passou a usá-lo como um elemento a mais à sua tortura. Colocou-o
sentado sobre seus joelhos, enquanto submetia Julita ao flagelo na frente do
menino, com o intuito de que renegasse a fé em Cristo. Como ela não obedeceu,
os castigos aumentaram. Foi então que o pequenino Ciro saltou dos joelhos do
governador, começou a chorar e a gritar junto com a mãe: "Também sou
cristão! Também sou cristão!". Foi tamanha a ira do governador que ele,
com um pontapé, empurrou Ciro violentamente fazendo-o rolar pelos degraus do
tribunal, esmigalhando-lhe assim o crânio. Conta-se que Julita ficou imóvel,
não reclamou, nem chorou, apenas rezou para que pudesse seguir seu pequenino
Ciro no martírio e encontrá-lo, o mais rápido possível, ao lado de Deus. E foi
o que aconteceu. Julita continuou sendo brutamente espancada e depois foi
decapitada. Era o ano 304. Ciro tornou-se o mais jovem mártir do cristianismo,
precedido apenas dos Santos Mártires Inocentes, exterminados pelo rei Herodes
em Belém. É considerado o Santo padroeiro das crianças que sofrem de maus
tratos.
REFLEXÃO
A memória dos mártires mantém viva a
convicção de que vale a pena perder a vida em função do amor a Jesus Cristo.
Quando ouvimos relatos de mártirio, como o de hoje, sentimos nosso coração
gelar de horror. Mas ainda hoje, séculos depois do início da Igreja, muitos
cristãos ainda são martirizados de forma brutal e violenta. Ecoa ainda hoje o
evangelho de Jesus: “se o grão de trigo não morre, ele não nasce para dar
frutos em abundância”.
ORAÇÃO
Deus Nosso Senhor e Nosso Pai, destes a Santa
Julita e a São Ciro os sofrimentos do martírio, por sua intercessão dai-me uma
fé verdadeira, forte, perseverante. Suplico-Vos o perdão de meus pecados e a
graça de Vos amar e bendizer todos os dias de minha vida. Amém.
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