08-setembro - Natividade de Nossa Senhora
A memória litúrgica da
Natividade de Nossa Senhora remonta ao século V, quando foi edificada em
Jerusalém uma igreja, num sítio que os Apócrifos indicavam como lugar da casa
de Joaquim e de Ana, pais da mãe de Jesus. São desconhecidas as razões da data
de 8 de Setembro. A Igreja Oriental soleniza a natividade de Maria como início
do ano litúrgico; no Ocidente (a partir de Roma) as primeiras celebrações
surgem no século VII.
A festa da Natividade de
Maria, aurora da nossa salvação, nos oferece importantes elementos de
meditação. São os evangelhos apócrifos que narram o nascimento da Mãe do
Salvador, com emocionantes e inverossímeis fantasias, que podem ser vistas como
simbologias e interpretações. A Bíblia não nos dá informações sobre o
nascimento de Maria. Mas ele foi uma realidade importante na realização do projeto divino da nossa
salvação. Daí que vale a pena meditar sobre esse acontecimento à luz da fé em
Deus que, na sua misericórdia, quis salvar os homens com a colaboração de
Maria, nova criatura, cuja entrada no mundo hoje celebramos. Para darmos conta da importância do nascimento de
Maria, devemos ter em conta que o seu protagonista é Deus. As fantasias dos
apócrifos indiciam fé nesse protagonismo. A Liturgia aponta para a presença e o
protagonismo de Deus no nascimento e na vida de Maria. O oráculo de Miqueias
(1ª leitura alternativa da festa) tem em vista a maternidade, isto é, a fonte
de um nascimento, projetado por Deus: a citação desse oráculo em Mt 2, 6
regista uma convicção messiânica do evangelista traduzida em convicção cristológica
e contextualmente mariológica. A releitura de um outro oráculo (Is 7, 14) pelo
mesmo evangelista vê na Virgem que dá à luz, a mãe designada pelo próprio Deus
e envolta no abismo místico da comunhão com o Espírito Santo, o «Senhor que dá
a vida». A importância do nascimento da Virgem também se deduz pela verificação
da sua presença entre aqueles que foram chamados por Deus conforme o seu
desígnio, desde sempre conhecidos, predestinados, justificados (a singular
redenção antecipada da Imaculada), glorificados.
Reflexão:
Esta festa é uma excelente
ocasião para crescermos no amor e na devoção à Virgem Maria, Mãe de Deus e
nossa mãe.
Que alegria no céu! Que
cânticos de alegria entre os anjos quando Maria nasceu! Informados pela
mensagem do Arcanjo Gabriel, sabiam que era a aurora da salvação dos homens.
Maria ocupa um importante lugar nas promessas, nas figuras, na redenção! Ela é
como que a aurora que precede o sol, como a lua que reflete os raios do
astro-rei. É a nova Eva, a mãe espiritual dos homens, é Judite que será
vitoriosa sobre o inimigo do povo de Deus. É Ester que alcançará misericórdia
para o seu povo. É a esposa dos cantares, cuja poesia sagrada cantou a união
com Jesus. Foi ela que Adão entreviu quando Deus lhe disse que uma mulher
esmagaria a cabeça da serpente. Deus tinha-a em vista quando prometia a Abraão,
aos patriarcas, a David, que o Salvador brotaria da sua estirpe. Ela é o tronco
de Jessé que havia de dar a flor escolhida, conforme a profecia de Isaías.
Oração
Salve santa Maria,
filha do Deus da vida, criatura nascida na alegria, cofre da graça plasmado
pelo Espírito. Ó Mãe daquele que vive, canta mais uma vez, por nós, o louvor do
Onipotente, e guia a nossa gratidão por cada vida que nasce e cresce à nossa
volta. Mulher escolhida desde sempre para abrir a vida ao Filho do homem, ao
vencedor da morte na sua ressurreição, acompanha-nos no caminho e nas paragens
da existência. Virgem solitária, presença amorosa e serviçal na nossa história,
acolhe a oração dos teus servos. Amém.
fonte:
www.dehonianos.org
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