11 de Agosto - Santa Filomena -
"Filomena era filha dos reis de um pequeno Estado da
Grécia. Ela nasceu após seus pais converterem-se ao cristianismo, no dia 10 de
janeiro. Foi uma bênção de Jesus, pois a rainha era estéril. No batismo,
recebeu o nome de Filomena, que significa 'filha da luz da fé'. Aos 12 anos,
fez os votos de virgindade e tornou-se esposa de Jesus. Tinha 13 anos quando o imperador romano
Diocleciano declarou guerra a seu pai. O rei decidiu viajar para Roma, com a
esposa e a filha, e suplicar ao imperador pelo seu povo. O imperador
encantou-se com a beleza da jovem e prometeu desistir da guerra se o rei lhe
desse a linda filha em casamento. Os reis, com alegria, logo aceitaram, mas
Filomena contestou, porque já tinha compromisso com Jesus, seu divino esposo. E
ninguém conseguiu convencê-la do contrário. O imperador, humilhado, mandou
prendê-la e torturá-la com chicotadas durante 37 dias. Nossa Senhora
apareceu-lhe na prisão e revelou que dentro de três dias voltaria com seu amado
Filho e a levariam para o céu. O imperador, cada vez mais cego pelo ódio,
mandou flechá-la, mas as flechas voltaram e mataram os arqueiros; então ele
mandou jogá-la no rio Tibre com uma âncora no pescoço, mas veio um anjo e
cortou a corda. Diante disso, o tirano ordenou que ela fosse decapitada. E
assim sua alma voou gloriosamente para o céu, no dia 10 de agosto, numa
sexta-feira, às 3 horas da tarde, como seu divino esposo Jesus." Este relato está no livro
"Revelações", de madre Maria Luiza de Jesus, fundadora da Ordem
Religiosa das Irmãs da Imaculada e de Santa Filomena. Entretanto, o corpo de santa Filomena só foi
encontrado nas escavações das catacumbas de Priscila, em Roma, no dia 25 de
maio de 1802. A sepultura estava intacta, fato realmente raríssimo, e foi
aberta na presença de autoridades civis, religiosos da Igreja e peritos leigos.
Durante as escavações, ainda encontraram três placas de terracota com as
seguintes inscrições: "Paz te Cum Fi Lumena", ou seja "A paz
esteja contigo, Filomena". O caixão tinha os entalhes de uma palma, três flechas,
uma âncora, um chicote e um lírio, indicando a forma de seu martírio e morte.
Dentro dele estavam as relíquias do corpo de uma jovem e um pequeno frasco com
um líquido vermelho ressequido. Os peritos verificaram que o corpo era de uma
jovem com cerca de 13 anos, que tinha o crânio fraturado e que teria vivido no
século IV. Assim, finalmente, foram encontradas as relíquias da jovem mártir
santa Filomena, que ficaram sob os cuidados da Igreja Católica. Essas relíquias foram transferidas para a
Igreja de Nossa Senhora das Graças, em Nápoles, onde muitas graças e milagres
foram alcançados por intercessão da santa, bem como ocorreram em muitas outras
partes do mundo cristão. O seu santuário tornou-se um centro de intensa e
frequente peregrinação. O dominicano
monsenhor Mastai Ferretti, que se tornou o papa Pio IX em 1849, foi ao
santuário de Santa Filomena, em Nápoles, e celebrou uma missa na igreja em
agradecimento à graça e intercessão da santa, que o curou de uma doença grave.
Outros pontífices declararam-se fiéis devotos de santa Filomena, entre eles o
papa Leão XII, que a proclamou "a grande milagrosa do século XIX".
Foi o papa Gregório XVI que a nomeou "Padroeira do Rosário Vivente" e
escolheu o dia 11 de agosto para a sua festa.
Entretanto as sequências dos estudos e descobertas posteriores mostraram
que a sepultura de santa Filomena havia sido utilizada, ao longo dos séculos,
para abrigar outros mártires. Diante de tal conclusão, a Igreja, durante a
reforma universal dos ritos litúrgicos, em 1961, suprimiu-a do calendário. Mas
os reconhecimentos oficiais dos milagres por intercessão de santa Filomena, a
legião de fiéis e peregrinos, a própria devoção particular de papas e muitos
santos continuam dando vida a esta celebração como marca da grande e intensa
manifestação de fé que o povo tem pelo Redentor.
fonte:
www.paulinas.org.br
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