28 de Agosto - Santo Agostinho de Hipona
Bispo e doutor da Igreja (354-430)
Aurélio Agostinho nasceu, no dia 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste,
hoje região da Argélia, na África. Era o primogênito de Patrício, um pequeno
proprietário de terras, pagão. Sua mãe, ao contrário, era uma devota cristã,
que agora celebramos, como santa Mônica, no dia 27 de agosto. Mônica procurou
criar o filho no seguimento de Cristo. Não foi uma tarefa fácil. Aliás, ela até
adiou o seu batismo, receando que ele o profanasse. Mas a exemplo do provérbio
que diz que "a luz não pode ficar oculta", ela entendeu que Agostinho
era essa luz. Aos dezesseis anos de idade, na exuberância da adolescência, foi estudar fora
de casa. Na oportunidade, envolveu-se com a heresia maniqueísta e também passou
a conviver com uma moça cartaginense, que lhe deu, em 372, um filho, Adeodato.
Assim era Agostinho, um rapaz inquieto, sempre envolvido em paixões e atitudes
contrárias aos ensinamentos da mãe e dos cristãos. Possuidor de uma
inteligência rara, depois da fase de desmandos da juventude centrou-se nos
estudos e formou-se, brilhantemente, em retórica. Excelente escritor,
dedicava-se à poesia e à filosofia. Procurando
maior sucesso, Agostinho foi para Roma, onde abriu uma escola de retórica. Foi
convidado para ser professor dessa matéria e de gramática em Milão. O motivo
que o levou a aceitar o trabalho em Milão era poder estar perto do agora santo
bispo Ambrósio, poeta e orador, por quem Agostinho tinha enorme admiração.
Assim, passou a assistir aos seus sermões. Primeiro, seu interesse era só pelo
conteúdo literário da pregação; depois, pelo conteúdo filosófico e doutrinário.
Aos poucos, a pregação de Ambrósio tocou seu coração e ele se converteu,
passando a combater a heresia maniqueísta e outras que surgiram. Foi batizado,
junto com o filho Adeodato, pelo próprio bispo Ambrósio, na Páscoa do ano de
387. Portanto, com trinta e três e quinze anos de idade, respectivamente. Nessa época, Agostinho passou por uma grande provação: seu filho morreu. Era um
menino muito inteligente, a quem dedicava muita atenção e afeto. Decidiu, pois,
voltar com a mãe para sua terra natal, a África, mas Mônica também veio a
falecer, no porto de Óstia, não muito distante de Roma. Depois do sepultamento
da mãe, Agostinho prosseguiu a viagem, chegando a Tagaste em 388. Lá,
decidiu-se pela vida religiosa e, ao lado de alguns amigos, fundou uma
comunidade monástica, cujas Regras escritas por ele deram, depois, origem a
várias Ordens, femininas e masculinas. Porém o então bispo de Hipona decidiu
que "a luz não devia ficar oculta" e convidou Agostinho para
acompanhá-lo em suas pregações, pois já estava velho e doente. Para tanto ele
consagrou Agostinho sacerdote e, logo após a sua morte, em 397, Agostinho foi
aclamado pelo povo como novo bispo de Hipona.
Por trinta e quatro anos Agostinho foi bispo daquela diocese,
considerado o pai dos pobres, um homem de alta espiritualidade e um grande
defensor da doutrina de Cristo. Na verdade, foi definido como o mais profundo e
importante filósofo e teólogo do seu tempo. Sua obra iluminou quase todos os
pensadores dos séculos seguintes. Escreveu livros importantíssimos, entre eles
sua autobiografia, "Confissões", e "Cidade de Deus".
Depois de uma grave enfermidade, morreu amargurado, aos
setenta e seis anos de idade, em 28 de agosto de 430, pois os bárbaros haviam
invadido sua cidade episcopal. Em 725, o seu corpo foi transladado para Pavia,
Itália, sendo guardado na igreja São Pedro do Céu de Ouro, próximo do local de
sua conversão. Santo Agostinho recebeu o honroso título de doutor da Igreja e é
celebrado no dia de sua morte.
fonte:
www.paulinas.org.br
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