18 de Agosto - Santa Helena
Flávia Júlia Helena, esse era o seu nome completo. Nasceu
em meados do século III, na Bitínia, Ásia Menor. Era descendente de uma família
plebéia e tornou-se uma bela jovem, inteligente e bondosa. Trabalhava numa
importante hospedaria na sua cidade natal quando conheceu o tribuno Constâncio
Cloro. Apaixonados, casaram-se. Mas quando o imperador Maximiano nomeou-o
co-regente, portanto seu sucessor, exigiu que ele abandonasse Helena e se
casasse com sua enteada Teodora. Isso era possível porque a lei romana não
reconhecia o casamento entre nobres e plebeus.
O ambicioso Constâncio obedeceu. Entretanto levou consigo para Roma o
filho Constantino, que nascera em 274 da união com Helena, que ficou separada
do filho por quatorze anos. Com a morte do pai em 306, Constantino mandou
buscar a mãe para junto de si na Corte. Ela já se havia convertido e tornado
uma cristã fervorosa e piedosa. O jovem
Constantino, auxiliado pela sabedoria de Helena, conseguiu assumir o trono como
o legítimo sucessor do pai. Primeiro, tornou-se governador; depois, o supremo e
incontestável imperador de Roma, recebendo o nome de Constantino, o Grande.
Para tanto, teve de vencer seu pior adversário, Maxêncio, na histórica batalha
travada, em 312, às portas de Roma. Conta a história que, durante a batalha
contra Maxêncio, seu exército estava em desvantagem. Influenciado por Helena,
que tentava convertê-lo, Constantino teve uma visão. Apareceu-lhe uma cruz
luminosa no céu com os seguintes dizeres: "Com este sinal vencerás".
Imediatamente, mandou pintar a cruz em todas as bandeiras e, milagrosamente,
venceu a batalha. Nesse mesmo dia, o imperador mandou cessar, imediatamente,
toda e qualquer perseguição contra os cristãos e editou o famoso decreto de
Milão, em 313, pelo qual concedeu liberdade de culto aos cristãos e deu a
Helena o honroso título de "Augusta".
Helena passou a dedicar-se à expansão da evangelização e crescimento do
cristianismo em todos os domínios romanos. Às custas do Império, patrocinou a
construção de igrejas católicas nos lugares dos templos pagãos, de mosteiros de
monges e monjas e ajudou a organizar as obras de assistência aos pobres e
doentes. Depois, apesar de idosa e cansada, foi em peregrinação para a
Palestina, visitar os lugares da Paixão de Cristo. Lá supervisionou a
construção das importantes basílicas erguidas nos lugares santos, dentre elas a
da Natividade e a do Santo Sepulcro, que existem até hoje. Conta a tradição que
Helena ajudou, em Jerusalém, o bispo Macário a identificar a verdadeira cruz de
Jesus, quando as três foram encontradas. Para isso, levaram ao local uma mulher
agonizante, que se curou milagrosamente ao tocar aquela que era a verdadeira.Pressentindo
que o fim estava próximo, voltou para junto de seu filho, Constantino, morrendo
em seus braços, aos oitenta anos de idade, num ano incerto entre 328 e 330.
O culto a santa Helena, celebrado no dia 18 de agosto, é
um dos mais antigos da Igreja Católica. Algumas de suas relíquias são veneradas
na basílica dedicada a ela em Roma.
fonte:
www.paulinas.org.br
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