Fone: 3441-9205 - e-mail: psbenedito@bol.com.br Missas Matriz São Benedito: 2ª a 6ª feiras 7h00 2ª e 4ª 19h00 sábado: 18h30 Domingo: 6h30; 9h00 e 18h30 Comunidade Senhor Bom Jesus: domingo: 11h Comunidade São Geraldo Domingo 9h00 Comunidade Santo André: Sábado: 18h30 Domingo 7h30 Recanto dos Idosos N.Sra.do Rosário- RINSER)- toda 3ª feiras as 15h
31 agosto, 2014
30 agosto, 2014
31/agosto/2014 XXII Domingo Comum
A liturgia do 22º Domingo
do Tempo Comum nos convida a descobrir a
“loucura da cruz”: o acesso a essa vida verdadeira e plena que Deus quer nos oferecer
passa pelo caminho do amor e do dom da vida (cruz).Na primeira leitura, um
profeta de Israel (Jeremias) descreve a sua experiência de “cruz”. Seduzido por
Jahwéh, Jeremias colocou toda a sua vida ao serviço de Deus e dos seus projetos.
Nesse “caminho”, ele teve que enfrentar os poderosos e por causa da lógica do mundo; por isso, conheceu o
sofrimento, a solidão, a perseguição… É essa a experiência de todos aqueles que
acolhem a Palavra de Jahwéh no seu coração e vivem em coerência com os valores
de Deus. A segunda leitura convida os cristãos a oferecerem toda a sua
existência de cada dia a Deus. Paulo garante que é esse o sacrifício que Deus
prefere. O que é que significa oferecer a Deus toda a existência? Significa, de
acordo com Paulo, não nos conformarmos com a lógica do mundo, aprendermos a
discernir os planos de Deus e viver d e
maneira coerente com esses planos. No Evangelho, Jesus avisa os discípulos de
que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas
passa pelo amor e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai
percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo tem que aceitar
percorrer um caminho semelhante.
REFLEXÃO:
• Frente a frente, o
Evangelho deste domingo coloca a lógica dos homens (Pedro) e a lógica de Deus
(Jesus). A lógica dos homens aposta no poder, no domínio, no triunfo, no êxito;
garante-nos que a vida só tem sentido se estivermos do lado dos vencedores, se
tivermos dinheiro em abundância, se formos reconhecidos e incensados pelas
multidões, se tivermos acesso às festas onde se reúne a alta sociedade, se
tivermos lugar no conselho de administração da empresa. A lógica de Deus aposta
na entrega da vida a Deus e aos irmãos; garante-nos que a vida só faz sentido
se assumirmos os valores do Reino e vivermos no amor, na partilha, no serviço,
na solidariedade, na humildade, na simplicidade. Na minha vida de cada dia,
estas duas perspectivas se confrontam ? Qual é a minha escolha? Na minha
perspectiva, qual destas duas propostas apresenta um caminho de felicidade
seguro e duradouro?
• Jesus tornou-se um de nós para concretizar os planos do Pai e propor aos
homens – através do amor, do serviço, do dom da vida – o caminho da salvação,
da vida verdadeira. Neste texto (como, aliás, em muitos outros), fica
claramente expressa a fidelidade radical de Jesus a esse projeto. Por isso, Ele
não aceita que nada nem ninguém o afaste
do caminho do dom da vida: dar ouvidos à lógica do mundo e esquecer os planos
de Deus é, para Jesus, uma tentação diabólica que Ele rejeita duramente. Que
significado e que lugar ocupam na minha vida os projetos de Deus? Esforço-me
por descobrir a vontade de Deus a meu respeito e a respeito do mundo? Estou
atento a esses “sinais dos tempos” através dos quais Deus me interpela? Sou
capaz de acolher e de viver com fidelidade e radicalidade as propostas de Deus,
mesmo quando elas são exigentes e vão contra os meus interesses e projetos pessoais?
• Quem são os verdadeiros discípulos de Jesus? Muitos de nós receberam uma
catequese que insistia em ritos, em fórmulas, em práticas de piedade, em
determinadas obrigações legais, mas que deixou para segundo plano o essencial:
o seguimento de Jesus. A identidade cristã constrói-se à volta de Jesus e da
sua proposta de vida. Que nenhum de nós tenha dúvidas: ser cristão é bem mais
do que ser batizado, ter casado na igreja, organizar a festa do santo padroeiro
da paróquia, ou dar-se bem com o padre… Ser cristão é, essencialmente, seguir
Jesus no caminho do amor e do dom da vida. O cristão é aquele que faz de Jesus
a referência fundamental à volta da qual constrói toda a sua existência; e é
aquele que renuncia a si mesmo e que toma a mesma cruz de Jesus.
• O que é “renunciar a si mesmo”? É não deixar que o egoísmo, o orgulho, o
comodismo, a auto-suficiência dominem a vida. O seguidor de Jesus não vive indiferente aos dramas que se passam à sua
volta, insensível às necessidades dos irmãos, alienado das lutas e
reivindicações dos outros homens; mas vive para Deus e na solidariedade, na
partilha e no serviço aos irmãos.
• O que é “tomar a cruz”? É amar até às últimas consequências, até à morte. O
seguidor de Jesus é aquele que está disposto a dar a vida para que os seus
irmãos sejam mais livres e mais felizes. Por isso, o cristão não tem medo de
lutar contra a injustiça, a exploração, a miséria, a exclusão, o pecado, mesmo
que isso signifique enfrentar a morte, a tortura, as represálias dos poderosos.
Meditação para a semana. .
.
• “Não vos conformeis com
este mundo” – pede Paulo. O cristão é alguém que não pactua com um mundo que se
constrói à margem ou contra os valores de Deus. O cristão não pode pactuar com
a violência como meio para resolver os problemas, nem com a lógica materialista
do sucesso a qualquer custo, nem com as leis do neo-liberalismo que deixam
atrás uma multidão de vencidos e de sofredores, nem com as exigências de uma
globalização que favorece alguns privilegiados mas aumenta as bolsas de miséria
e de exclusão, nem com a forma de organização de uma sociedade que condena à
solidão os velhos e os doentes… Eu sou um comodista, egoisticamente desfrutando
a minha pequena fatia de felicidade, ou
sou alguém que não se conforma e que luta para que os projetos de Deus se concretizem?
Três perfis de discípulos…
Através das leituras deste domingo, temos três perfis de discípulos:
PEDRO – que receia a cruz
para Jesus mas também para si mesmo;
PAULO – que nos convida a
ultrapassar os modelos do mundo para que as nossas vidas estejam de acordo com
a vontade de Deus;
JEREMIAS – que, apesar de todas as
dificuldades encontradas, se deixa seduzir pelo amor do Senhor.
E nós? Que gênero de discípulos somos?
fonte:
www.dehonianos.org.br
29 agosto, 2014
29/Agosto - Martírio de João Batista
O «maior nascido de
mulher» morreu mártir por ter censurado a Herodes Agripa pela sua conduta
desonesta e imoral. Foi vítima da fé e da missão que exerceu. A sua degolação
aconteceu na fortaleza de Maqueronte, junto ao Mar Morto, lugar de férias de
Herodes. O sangue de João Batista sela o seu testemunho em favor de Jesus: com
a sua morte, completou a missão de precursor. A Igreja celebra hoje o seu
nascimento para o céu, talvez por, nesta data, foi dedicada em sua honra uma
antiga basílica, erguida em Sebaste, na Samaria
Evangelho: Marcos 6, 17-29
Marcos coloca a narrativa
do martírio de João Baptista no caminho de Jesus para Jerusalém, como uma etapa
fundamental. Com ela, concluiu-se o ciclo da vida do profeta e prenuncia-se o
martírio de Jesus.
Não devemos deixar-nos
impressionar apenas pelos pormenores narrativos, aliás muito sugestivos, desta
página de Marcos. O evangelista não pretende evidenciar nem os vícios de
Herodes nem a malícia de Herodíade e nem sequer a leviandade da filha. A sua
intenção é dar o devido realce à figura de João Baptista, que é como que o
«mentor» do Nazareno, e mostrar como este grande profeta leva a termo a sua
vida do mesmo modo e pelos mesmos motivos que Jesus.
Este é o «pequeno mistério
pascal» de João Baptista que, depois de experimentar a adversidade dos inimigos
do evangelho, conhece agora o silêncio do sepulcro, onde espera a ressurreição.
MEDITAÇÃO:
As memórias
litúrgicas de João Baptista levam-nos a meditar sobre o dom da profecia e sobre
a figura do profeta. Qual é a sua função no meio do povo de Deus? Quais são as
características que o qualificam como profeta? De que modo se coloca perante os
seus contemporâneos como sinal de uma presença superior, como porta-voz da
Palavra divina?
O profeta revela-se como
tal pelo seu modo de falar, pelo estilo da sua pregação. A palavra não é tudo,
mas é capaz de manifestar o sentido de uma presença, incômoda mas
incontornável, com a qual todos devem se
confrontar. O profeta manifesta-se também, e sobretudo, pelas suas opções de
vida. Assim mostra ter percebido que o tempo em que se vive aquele em que Deus
nos chama a “ser para os outros”. O profeta não pode escapar a esse chamamento,
sob pena de ser infiel à missão. Finalmente o profeta manifesta autenticidade
da sua missão pela coragem em dar a vida por aquele que o chamou e por aqueles
a quem é enviado. Ou se é profeta com a vida, a vida gasta por amor, ou não se é
profeta sério.
Devemos ser “profetas” e “servidores... em Cristo”. Só dando Cristo ao
mundo, somos “profetas do amor e servidores da reconciliação dos homens... em
Cristo”. Havemos que sê-lo pela nossa
vida e pelas nossas opções de vida: “Uma vida serena, porque oferecida em
sacrifício a Deus; uma vida alegre, porque somos testemunhas do amor de Cristo;
uma vida empenhada, porque colaboramos no advento do Reino de Deus; uma vida
disponível, porque dada ao próximo, a exemplo de Cristo; uma vida partilhada,
porque queremos ser testemunhas de que a “a fraternidade por que os homens
anseiam é possível em Jesus Cristo e dela quereremos ser fiéis servidores”. «Não
devem os homens apostólicos assemelhar-se muito particularmente ao Precursor?
Como ele, devem preparar os caminhos de Nosso Senhor. Como ele, devem
contribuir para a salvação dos pecadores pelas suas expiações e sacrifícios».
Não devia o
Precursor assemelhar-se a Nosso Senhor e preparar-lhe os caminhos? Nosso Senhor
devia salvar-nos pela cruz, devia cumprir a sua missão pelo sofrimento: “Não
devia Cristo padecer?” (Lc 24). Devia estabelecer a religião pela cruz e pelo
sofrimento, e convinha que o seu Precursor passa-se pelo mesmo caminho e que se
mostrasse heróico nas aflições e sofrimentos. Convinha que o mártir da
sinagoga, que chegava ao fim, preparasse os caminhos ao Salvador, que devia
abrir o céu pelos seus sofrimentos e pelo seu sangue. Nosso Senhor queria fazer
partilhar a graça dos seus sofrimentos ao seu Precursor. Queria também preparar
os espíritos para o Evangelho mostrando-lhe o que os justos têm a esperar dos
homens. Queria também dar-nos um modelo para nos ensinar como bem sofrer… A
coragem deste justo condena o nosso desleixo e incita-nos, a nós pecadores, a
sofrer pacientemente pelos nossos pecados e por seu amor.
ORAÇÃO
Ó glorioso S. João Batista,
pregador corajoso e coerente da verdade, intercede por nós e por todos quantos,
na Igreja, são chamados a exercer a missão profética. Que a exerçam com
clareza, com coerência de vida, com coragem, dispostos a selar com o próprio
sangue o seu testemunho. Que todos os homens apostólicos se assemelhem a ti, a
fim de prepararem os caminhos do Senhor, entre os caminhos dos homens de hoje.
Que o fogo da caridade divina arda em nossos corações, para sermos zelosos e
perseverantes no testemunho do seu amor e no serviço da reconciliação. Amém.
Não devia o Precursor
assemelhar-se a Nosso Senhor e preparar-lhe os caminhos? Nosso Senhor devia
salvar-nos pela cruz, devia cumprir a sua missão pelo sofrimento: “Não devia
Cristo padecer?” (Lc 24). Devia estabelecer a religião pela cruz e pelo
sofrimento, e convinha que o seu Precursor passa-se pelo mesmo caminho e que se
mostrasse heróico nas aflições e sofrimentos. Convinha que o mártir da
sinagoga, que chegava ao fim, preparasse os caminhos ao Salvador, que devia
abrir o céu pelos seus sofrimentos e pelo seu sangue. Nosso Senhor queria fazer
partilhar a graça dos seus sofrimentos ao seu Precursor. Queria também preparar
os espíritos para o Evangelho mostrando-lhe o que os justos têm a esperar dos
homens. Queria também dar-nos um modelo para nos ensinar como bem sofrer… A
coragem deste justo condena o nosso desleixo e incita-nos, a nós pecadores, a
sofrer pacientemente pelos nossos pecados e por seu amor.
fonte:
www.dehonianos.org.br
28 agosto, 2014
28 de Agosto - Santo Agostinho de Hipona
Bispo e doutor da Igreja (354-430)
Aurélio Agostinho nasceu, no dia 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste,
hoje região da Argélia, na África. Era o primogênito de Patrício, um pequeno
proprietário de terras, pagão. Sua mãe, ao contrário, era uma devota cristã,
que agora celebramos, como santa Mônica, no dia 27 de agosto. Mônica procurou
criar o filho no seguimento de Cristo. Não foi uma tarefa fácil. Aliás, ela até
adiou o seu batismo, receando que ele o profanasse. Mas a exemplo do provérbio
que diz que "a luz não pode ficar oculta", ela entendeu que Agostinho
era essa luz. Aos dezesseis anos de idade, na exuberância da adolescência, foi estudar fora
de casa. Na oportunidade, envolveu-se com a heresia maniqueísta e também passou
a conviver com uma moça cartaginense, que lhe deu, em 372, um filho, Adeodato.
Assim era Agostinho, um rapaz inquieto, sempre envolvido em paixões e atitudes
contrárias aos ensinamentos da mãe e dos cristãos. Possuidor de uma
inteligência rara, depois da fase de desmandos da juventude centrou-se nos
estudos e formou-se, brilhantemente, em retórica. Excelente escritor,
dedicava-se à poesia e à filosofia. Procurando
maior sucesso, Agostinho foi para Roma, onde abriu uma escola de retórica. Foi
convidado para ser professor dessa matéria e de gramática em Milão. O motivo
que o levou a aceitar o trabalho em Milão era poder estar perto do agora santo
bispo Ambrósio, poeta e orador, por quem Agostinho tinha enorme admiração.
Assim, passou a assistir aos seus sermões. Primeiro, seu interesse era só pelo
conteúdo literário da pregação; depois, pelo conteúdo filosófico e doutrinário.
Aos poucos, a pregação de Ambrósio tocou seu coração e ele se converteu,
passando a combater a heresia maniqueísta e outras que surgiram. Foi batizado,
junto com o filho Adeodato, pelo próprio bispo Ambrósio, na Páscoa do ano de
387. Portanto, com trinta e três e quinze anos de idade, respectivamente. Nessa época, Agostinho passou por uma grande provação: seu filho morreu. Era um
menino muito inteligente, a quem dedicava muita atenção e afeto. Decidiu, pois,
voltar com a mãe para sua terra natal, a África, mas Mônica também veio a
falecer, no porto de Óstia, não muito distante de Roma. Depois do sepultamento
da mãe, Agostinho prosseguiu a viagem, chegando a Tagaste em 388. Lá,
decidiu-se pela vida religiosa e, ao lado de alguns amigos, fundou uma
comunidade monástica, cujas Regras escritas por ele deram, depois, origem a
várias Ordens, femininas e masculinas. Porém o então bispo de Hipona decidiu
que "a luz não devia ficar oculta" e convidou Agostinho para
acompanhá-lo em suas pregações, pois já estava velho e doente. Para tanto ele
consagrou Agostinho sacerdote e, logo após a sua morte, em 397, Agostinho foi
aclamado pelo povo como novo bispo de Hipona.
Por trinta e quatro anos Agostinho foi bispo daquela diocese,
considerado o pai dos pobres, um homem de alta espiritualidade e um grande
defensor da doutrina de Cristo. Na verdade, foi definido como o mais profundo e
importante filósofo e teólogo do seu tempo. Sua obra iluminou quase todos os
pensadores dos séculos seguintes. Escreveu livros importantíssimos, entre eles
sua autobiografia, "Confissões", e "Cidade de Deus".
Depois de uma grave enfermidade, morreu amargurado, aos
setenta e seis anos de idade, em 28 de agosto de 430, pois os bárbaros haviam
invadido sua cidade episcopal. Em 725, o seu corpo foi transladado para Pavia,
Itália, sendo guardado na igreja São Pedro do Céu de Ouro, próximo do local de
sua conversão. Santo Agostinho recebeu o honroso título de doutor da Igreja e é
celebrado no dia de sua morte.
fonte:
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26 agosto, 2014
Mônica nasceu em Tagaste, atual Argélia, na
África, no ano 332, no seio de uma família cristã. Desde muito cedo dedicou sua
vida a ajudar os pobres, que visitava com freqüência, levando o conforto por
meio da Palavra de Deus. Teve uma vida muito difícil. O marido era um jovem
pagão muito rude, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica suportou tudo em
silêncio e mansidão. Encontrava o consolo nas orações que elevava a Cristo e à
Virgem Maria pela conversão do esposo. E Deus recompensou sua dedicação, pois
ela pôde assistir ao batismo do marido, que se converteu sinceramente um ano
antes de morrer. Tiveram dois filhos,
Agostinho e Navígio, e uma filha, Perpétua, que se tornou religiosa. Porém
Agostinho foi sua grande preocupação, motivo de amarguras e muitas lágrimas.
Mesmo dando bons conselhos e educando o filho nos princípios da religião
cristã, a vivacidade, inconstância e o espírito de insubordinação de Agostinho
fizeram que a sábia mãe adiasse o seu batismo, com receio que ele profanasse o
sacramento. E teria acontecido, porque
Agostinho, aos dezesseis anos, saindo de casa para continuar os estudos, tomou
o caminho dos vícios. O coração de Mônica sofria muito com as notícias dos
desmandos do filho e por isso redobrava as orações e penitências. Certa vez,
ela foi pedir os conselhos do bispo, que a consolou dizendo: "Continue a
rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas". Agostinho tornou-se um brilhante professor de
retórica em Cartago. Mas, procurando fugir da vigilância da mãe aflita, às
escondidas embarcou em um navio para Roma, e depois para Milão, onde conseguiu
o cargo de professor oficial de retórica.
Mônica, desejando a todo custo ver a recuperação do filho, viajou também
para Milão, onde, aos poucos, terminou seu sofrimento. Isso porque Agostinho,
no início por curiosidade e retórica, depois por interesse espiritual, tinha se
tornado freqüentador dos envolventes sermões de santo Ambrósio. Foi assim que
Agostinho se converteu e recebeu o batismo, junto com seu filho Adeodato.
Assim, Mônica colhia os frutos de suas orações e de suas lágrimas.
Mãe e filho decidiram voltar para a terra natal, mas, chegando ao porto de
Óstia, perto de Roma, Mônica adoeceu e logo depois faleceu. Era 27 de agosto de
387 e ela tinha cinqüenta e seis anos.
O papa Alexandre III confirmou o tradicional culto a santa Mônica, em 1153,
quando a proclamou Padroeira das Mães Cristãs. A sua festa deve ser celebrada
no mesmo dia em que morreu. O seu corpo, venerado durante séculos na igreja de
Santa Áurea, em Óstia, em 1430 foi trasladado para Roma e depositado na igreja
de Santo Agostinho.
Uma de suas frases: "Nada está longe de Deus".
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www.paulinas.org.br
25 agosto, 2014
Agosto
Mês
Vocacional
Quarta
Semana: Vocação para os ministérios e serviços na comunidade (quando há um
quinto domingo: Dia dos Catequistas
O mês de agosto como vocacional foi indicado pela
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – em 1981, na sua 19ª
Assembléia Geral. Em 1983, reforçando esta caminhada, foi celebrado em todo o
Brasil um Ano Vocacional. O objetivo principal foi o de instituir um tempo, o
mês de agosto, voltado prioritariamente para a reflexão e a oração pelas
vocações e os ministérios. A Igreja, cumprindo a ordem de Jesus, deve rezar ao
Senhor da Messe para que envie operários para a sua messe. A nova evangelização
necessita de muitos e qualificados evangelizadores: cristãos e cristãs leigos
comprometidos, consagrados e consagradas totalmente doados ao Reino, ministros
ordenados que sejam verdadeiros pastores e sinais de comunhão e unidade do povo
de Deus.
Quarta
Semana: Vocação para os ministérios e serviços na comunidade (quando há um
quinto domingo: Dia dos Catequistas
Um dia
para os catequistas e os ministérios leigos. No quarto domingo do mês
vocacional lembramos-nos dos catequistas. Eles são, por vocação e missão, os
grandes educadores da fé na comunidade cristã. Junto com eles, e tendo-os como
símbolo e referência, recordamos hoje também todos os que na comunidade e na
sociedade assumem ministérios e serviços. Na Igreja do Brasil temos um número
muito grande de catequistas. São homens e mulheres que, cientes de sua
responsabilidade cristã, assumem o serviço de educar e formar crianças, jovens
e adultos, preparando-os não só para os sacramentos, de modo particular a
eucaristia, mas para testemunhar com a própria vida a pessoa de Jesus e o seu
Evangelho. Da catequese familiar e eclesial depende a maturidade da fé dos
cristãos e a vivacidade e o testemunho da Igreja.
A
vocação do catequista. Ser catequista é ter consciência de ser chamado e
enviado para educar e formar na fé. Sabemos que há diversidade de dons e de
ministérios, mas o Espírito Santo é o mesmo. Existem diversos modos de ação,
mas é o mesmo Deus que age em todos e realiza tudo em todos. É assim que nos
diz a Bíblia, a Palavra de Deus. Carisma é um dom do alto, que torna seu
portador apto a desempenhar determinadas atividades e serviços em vista da
evangelização e da salvação. Todo catequista tem um carisma e recebe este dom,
que assume a forma do serviço da catequese na comunidade. É uma graça acolhida
e reconhecida pela comunidade eclesial, que comporta estabilidade e
responsabilidade. Ser catequista é uma vocação e uma missão.
A
missão dos catequistas. Uma das preocupações fundamentais da Igreja hoje é a
formação de seus agentes pastorais. Temos necessidade de muitos e santos
evangelizadores. A vocação é essencialmente eclesial e está destinada ao
serviço e ao bem da comunidade. A Igreja, como assembléia dos vocacionados à
santidade, tem o compromisso e o dever de preparar adequadamente, seus filhos e
filhos, para que realizem, com fé, amor e eficácia, o projeto de evangelização.
Pela catequese a Igreja contribui para que cada batizado cresça, amadureça e
frutifique sua fé. Sabemos que uma das tarefas mais importantes da Igreja é
ajudar cada um a encontrar seu projeto de vida, a perceber o chamado de Deus.
Catequistas bem preparados e cheios do Espírito de Deus podem trabalhar a
dimensão vocacional no conteúdo e na metodologia da catequese, de forma que ela
favoreça o despertar vocacional e o engajamento eclesial. Na própria formação
dos catequistas deve-se contemplar a dimensão vocacional.
Apoiar
e incentivar os catequistas. Que riqueza imensa ter na comunidade muitos e
santos catequistas. Com seu empenho e compromisso contribuem também para a
preparação das novas gerações de batizados. Eles são pais, mães, irmãos, irmãs,
amigos, das crianças, dos adolescentes, dos jovens, dos adultos. Estabelecem
relações de amizade e afeto, de confiança e credibilidade. Através dos
catequistas a Igreja expressa sua missão de anunciar a pessoa de Jesus e o seu
Reino. Hoje é dia de rezar por esses homens e mulheres que, apesar de todos os
outros compromissos familiares e profissionais, com gratuidade se doam ao
serviço da catequese. Devemos a eles muito do que somos e vivemos como
cristãos. Todos nós tivemos um dia um catequista, a começar de nossos próprios
pais. Ao mesmo tempo apoiemos e encorajemos os que na comunidade assumiram um
serviço, um ministério. Vamos rezar para que continuem sendo abençoados por Deus
e vivam com fé e amor a vocação e missão recebida.
CNBB e SAV – Serviço de Animação Vocacional
24 de Agosto - São Bartolomeu
Bartolomeu, também chamado Natanael, foi um dos doze
primeiros apóstolos de Jesus. É assim descrito nos evangelhos de João, Mateus,
Marcos e Lucas, e também nos Atos dos Apóstolos. Bartolomeu nasceu em Caná, na Galiléia, uma
pequena aldeia a quatorze quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor
Tholmai. No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Em hebraico, a palavra
"bar" que dizer "filho" e "tholmai" significa
"agricultor". Por isso os historiadores são unânimes em afirmar que
Bartolomeu-Natanael trata-se de uma só pessoa. Seu melhor amigo era Filipe e
ambos eram viajantes. Foi o apóstolo Filipe que o apresentou ao Messias. Até esse seu primeiro encontro com Jesus,
Bartolomeu era cético e, às vezes, irônico com relação às coisas de Deus.
Porém, depois de convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes
na vida pública de Jesus. Mas a melhor descrição que temos de Bartolomeu foi
feita pelo próprio Mestre: "Aqui está um verdadeiro israelita, no qual não
há fingimento". Ele teve o
privilégio de estar ao lado de Jesus durante quase toda a missão do Mestre na
terra. Compartilhou seu cotidiano, presenciou seus milagres, ouviu seus
ensinamentos, viu Cristo ressuscitado nas margens do lago de Tiberíades e,
finalmente, assistiu sua ascensão ao céu.
Depois de Pentecostes, Bartolomeu foi pregar a Boa-Nova. Encerradas
essas narrativas dos evangelhos históricos, entram as narrativas dos apócrifos,
isto é, das antigas tradições. A mais conhecida é da Armênia, que conta que
Bartolomeu foi evangelizar as regiões da Índia, Armênia Menor e Mesopotâmia. Superou dificuldades incríveis, de idioma e
cultura, e converteu muitas pessoas e várias cidades à fé do Cristo, pregando
segundo o evangelho de são Mateus. Foi na Armênia, depois de converter o rei
Polímio, a esposa e mais doze cidades, que ele teria sofrido o martírio,
motivado pela inveja dos sacerdotes pagãos, os quais insuflaram Astiages, irmão
do rei, e conseguiram uma ordem para matar o apóstolo. Bartolomeu foi esfolado
vivo e, como não morreu, foi decapitado. Era o dia 24 de agosto de 51.
A Igreja comemora são Bartolomeu Apóstolo no dia de sua morte. Ele se tornou o
modelo para quem se deixa conduzir pelo outro ao Senhor Jesus Cristo.
fonte:
www.paulinas.org.br
24 agosto, 2014
23 agosto, 2014
24/agosto/2014 - XXI Domingo Comum
No centro da reflexão que
a liturgia do 21º Domingo do Tempo Comum nos propõe, estão dois temas à volta
dos quais se constrói e se estrutura toda a existência cristã: Cristo e a Igreja. O Evangelho convida
os discípulos a aderirem a Jesus e a acolherem-no como “o Messias, Filho de
Deus”. Dessa adesão, nasce a Igreja – a comunidade dos discípulos de Jesus,
convocada e organizada à volta de Pedro. A missão da Igreja é dar testemunho da
proposta de salvação que Jesus veio trazer. À Igreja e a Pedro é confiado o
poder das chaves – isto é, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os
ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos
aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece. A primeira leitura
mostra como se deve concretizar o poder “das chaves”. Aquele que detém “as
chaves” não pode usar a sua autoridade para concretizar interesses pessoais e
para impedir aos seus irmãos o acesso aos bens eternos; mas deve exercer o seu
serviço como um pai que procura o bem dos seus filhos, com solicitude, com amor
e com justiça. A segunda leitura é um convite a contemplar a riqueza, a
sabedoria e a ciência de Deus que, de forma misteriosa e às vezes desconcertante,
realiza os seus projetos de salvação do homem. Ao homem resta entregar-se
confiadamente nas mãos de Deus e deixar que o seu espanto, reconhecimento e
adoração se transformem num hino de amor e de louvor ao Deus salvador e
libertador.
Reflexão:
• Quem é Jesus? O que é
que “os homens” dizem de Jesus? Muitos dos nossos conterrâneos vêem em Jesus um
homem bom, generoso, atento aos sofrimentos dos outros, que sonhou com um mundo
diferente; outros vêem em Jesus um admirável “mestre” de moral, que tinha uma
proposta de vida “interessante”, mas que não conseguiu impor os seus valores;
alguns vêem em Jesus um admirável condutor de massas, que acendeu a esperança
nos corações das multidões carentes e órfãs, mas que passou, caiu de moda
quando as multidões deixaram de se interessar pelo fenômeno; outros, ainda,
vêem em Jesus um revolucionário, ingênuo e inconsequente, preocupado em
construir uma sociedade mais justa e mais livre, que procurou promover os
pobres, os marginalizados, e que foi
eliminado pelos poderosos, preocupados em manter o “status quo”. Estas visões
apresentam Jesus como “um homem” – embora “um homem” excepcional, que marcou a
história e deixou uma recordação imorredoura. Jesus foi, apenas, um “homem” que
deixou a sua pegada na história, como tantos outros que a história absorveu e
digeriu?
• Para os discípulos, Jesus foi bem mais do que “um homem”. Ele foi e é “o
Messias, o Filho de Deus vivo”. Defini-lo dessa forma significa reconhecer em
Jesus o Deus que o Pai enviou ao mundo com uma proposta de salvação e de vida
plena, destinada a todos os homens. A proposta que Ele apresentou não é apenas
uma proposta de “um homem” bom, generoso, clarividente, que podemos admirar de
longe e aceitar ou não; mas é uma proposta de Deus, destinada a tornar cada
homem ou cada mulher uma pessoa nova, capaz de caminhar ao encontro de Deus e
de chegar à vida plena da felicidade sem fim. A diferença entre o “homem bom” e
o “Messias, Filho de Deus”, é a diferença entre alguém a quem admiramos e que é
igual a nós, e alguém que nos transforma, que nos renova e que nos encaminha
para a vida eterna e verdadeira.
• “E vós, quem dizeis que Eu sou?” É uma pergunta que deve, de forma constante,
ecoar nos nossos ouvidos e no nosso coração. Responder a esta questão não
significa papaguear lições de catequese ou tratados de teologia, mas sim
interrogar o nosso coração e tentar perceber qual é o lugar que Cristo ocupa na
nossa existência… Responder a esta questão obriga-nos a pensar no significado
que Cristo tem na nossa vida, na atenção que damos às suas propostas, na
importância que os seus valores assumem nas nossas opções, no esforço que
fazemos ou que não fazemos para segui-lo…
Quem é Cristo para mim?
• É sobre a fé dos discípulos (isto é, sobre a sua adesão ao Cristo libertador
e salvador, que veio do Pai ao encontro dos homens com uma proposta de vida
eterna e verdadeira) que se constrói a Igreja de Jesus. O que é a Igreja? O
texto responde de forma clara: é a comunidade dos discípulos que reconhecem
Jesus como “o Messias, o Filho de Deus”. Que lugar ocupa Jesus na nossa
experiência de caminhada em Igreja? Porque é que estamos na Igreja: é por causa
de Jesus Cristo, ou é por outras causas (tradição, inércia, admiração pelo
padre, promoção pessoal…)?
• A Igreja de Jesus não existe, no entanto, para ficar olhando para o céu, numa contemplação estéril
e inconsequente do “Messias, Filho de Deus”; mas existe para O testemunhar e
para levar a cada homem e a cada mulher a proposta de salvação que Cristo veio
oferecer. Temos consciência desta dimensão “profética” e missionária da Igreja?
Os homens e as mulheres com quem contatamos no dia a dia – em casa, no trabalho,
na escola, na rua, no prédio, nos acontecimentos sociais – recebem de nós este
anúncio e este convite a integrar a comunidade da salvação?
• A comunidade dos discípulos é uma comunidade organizada e estruturada, onde
existem pessoas que presidem e que
desempenham o serviço da autoridade. Essa autoridade não é, no entanto,
absoluta; mas é uma autoridade que deve, constantemente, ser amor e serviço.
Sobretudo, é uma autoridade que deve procurar discernir, em cada momento, as
propostas de Cristo e a interpelação que Ele lança aos discípulos e a todos os
homens
Meditação para a semana. .
.
«Para vós, quem sou Eu?»
Encontremos tempo para
colocar esta questão a nós mesmos, no real muito concreto das nossas
existências.
Quem é Jesus para nós?
E o que “dizemos” Dele –
ou não dizemos – quando se apresenta ocasião para testemunhar a nossa fé?
fonte:
www.dehonianos.org.br
23 de Agosto - Santa Rosa de Lima
Isabel Flores y de Oliva nasceu na cidade de Lima,
capital do Peru, no dia 20 de abril de 1586. A décima dos treze filhos de
Gaspar Flores e Maria de Oliva. À medida que crescia com o rosto rosado e belo,
recebeu dos familiares o apelido de Rosa, como ficou conhecida. Seus pais eram
ricos espanhóis que se haviam mudado para a próspera colônia do Peru, mas os
negócios declinaram e eles ficaram na miséria.
Ainda criança, Rosa teve grande inclinação à oração e à meditação, sendo
dotada de dons especiais de profecia. Já adolescente, enquanto rezava diante da
imagem da Virgem Maria, decidiu entregar sua vida somente a Cristo. Apesar dos
apelos da família, que contava com sua ajuda para o sustento, ela ingressou na
Ordem Terceira Dominicana, tomando como exemplo de vida santa Catarina de Sena.
Dedicou-se, então, ao jejum, às severas penitências e à oração contemplativa,
aumentando seus dons de profecia e prodígios. E, para perder a vaidade, cortou
os cabelos e engrossou as mãos, trabalhando na lavoura com os pais. Aos vinte anos, pediu e obteve licença para
emitir os votos religiosos em casa e não no convento, como terciária
dominicana. Quando vestiu o hábito e se consagrou, mudou o nome para Rosa e
acrescentou Santa Maria, por causa de sua grande devoção à Virgem Maria,
passando a ser chamada Rosa de Santa Maria.
Construiu uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais,
levando uma vida de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de
Deus. A partir do hábito, ela imprimiu ainda mais rigor às penitências. Começou
a usar, na cabeça, uma coroa de metal espinhento, disfarçada com botões de
rosas. Aumentou os dias de jejum e dormia sobre uma tábua com pregos. Passou a
sustentar a família com as rendas e bordados que fazia, pois seu confessor
consentiu que ela não saísse mais de sua cela, exceto para receber a
eucaristia. Vivendo em contínuo contato com Deus, atingiu um alto grau de vida
contemplativa e experiência mística, compreendendo em profundidade o mistério
da Paixão e Morte de Jesus. Rosa cumpriu
sua vocação, devotando-se à eucaristia e à Virgem Maria, cuidando para afastar
o pecado do seu coração, conforme a espiritualidade da época. Aos trinta e um
anos de idade, foi acometida por uma grave doença, que lhe causou sofrimentos e
danos físicos. Assim, retirou-se para a casa de sua benfeitora, Maria de
Uzátegui, agora Mosteiro de Santa Rosa, para cumprir a profecia de sua morte.
Todo ano, ela passava o Dia de São Bartolomeu em oração, pois, dizia:
"este é o dia das minhas núpcias eternas". E assim foi, até morrer no
dia 24 de agosto de 1617. O seu sepultamento parou toda a cidade de Lima. Muitos milagres aconteceram por sua
intercessão após sua morte. Rosa foi beatificada em 1667 e tornou-se a primeira
santa da América Latina ao ser canonizada, em 1671, pelo papa Clemente X. Dois
anos depois, foi proclamada Padroeira da América Latina, das Filipinas e das
Índias Orientais, com a festa litúrgica marcada para o dia 23 de agosto. A
devoção a santa Rosa de Lima propagou-se rapidamente nos países
latino-americanos, sendo venerada pelos fiéis como Padroeira dos Jardineiros e
dos Floristas.
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22 agosto, 2014
22 de Agosto - Nossa Senhora Rainha
"O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do
Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será
chamado Filho de Deus". Disse, então, Maria: "Eu sou a serva do
Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" Lc. 1,37-38.
Ainda Lucas, nos Atos dos Apóstolos, coloca Maria no meio
dos apóstolos, recolhida com eles em oração. Ela constitui o vínculo que mantém
unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do
Espírito Santo. Pois a sua extraordinária humildade e fé total na palavra do
anjo, que fez descer sobre a Terra um Deus ainda mais humilde do que ela. E,
através de suas virginais virtudes e pureza de coração, Maria ficou ainda mais
próxima de seu Filho. Maria é
Rainha, porque é a Mãe de Jesus Cristo, o Rei. Ela é Rainha porque supera todas
as criaturas em santidade. "Ela encerra em si toda a bondade das
criaturas", diz Dante na Divina Comédia. Tudo que se refere ao Messias traz a marca da
divindade. Assim, todos os cristãos vêem em Maria a superabundante generosidade
do amor divino, que a acumulou de todos os bens. A Igreja convida o povo a
invocá-la não só com o nome de Mãe, mas também com aquele de Rainha, porque ela
foi coroada com o duplo diadema, de virgindade e de maternidade divina. A Virgem Maria Rainha resplandece em todos os
tempos, no horizonte da Igreja e do mundo, como sinal de consolação e de
esperança segura para todos os cristãos, já cobertos pela dignidade real do
Senhor através do Batismo.
O Papa Pio XII instituiu em 1955 a festa da Virgem Maria Rainha, como
consequência daquela de Cristo Rei. Inicialmente era celebrada no dia 31 de
maio, mês de Maria, encerrando as comemorações com o coroamento desta singular
devoção. O dia 22 de agosto era reservado à homenagem ao Coração Imaculado de
Maria. Mas, a Igreja desejando aproximar a festa da realeza de Maria à da sua
gloriosa assunção ao céu, inverteu estas datas a partir da última reforma do
seu calendário litúrgico em 1969.
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21 agosto, 2014
Seu nome de batismo era José Melquior Sarto, oriundo de família humilde e
numerosa, mas de vida no seguimento de Cristo. Nasceu numa pequena aldeia de
Riese, na diocese de Treviso, no norte da Itália, no dia 2 de junho de 1835.
Desde cedo, José demonstrava ser muito inteligente e, por causa disso, seus
pais fizeram grande esforço para que ele estudasse. Todos os dias, durante
quatro anos, o menino caminhava com os pés descalços por quilômetros a fio,
tendo no bolso apenas um pedaço de pão para o almoço. E desde criança
manifestou sua vontade de ser padre. Quando
seu pai faleceu, sua mãe, Margarida, uma camponesa corajosa e piedosa, não
permitiu que ele abandonasse o caminho escolhido para auxiliar no sustento da
casa. Ficou no seminário e, aos vinte e três anos, recebeu a ordenação
sacerdotal com mérito nos estudos. Teve uma rápida ascensão dentro da Igreja.
Primeiro, foi vice-vigário em uma pequena aldeia, depois vigário de uma
importante paróquia, cônego da catedral de Treviso, bispo da diocese de Mântua,
cardeal de Veneza e, após a morte do grande papa Leão XIII, foi eleito seu
sucessor, com o nome de Pio X, em 1903. No
Vaticano, José Sarto continuou sua vida no rigor da simplicidade,
modéstia e pobreza. Surpreendeu o mundo católico quando adotou como lema de seu
pontificado "restaurar as coisas em Cristo". Tal meta traduziu-se em
vigilante atenção à vida interna da Igreja. Realizou algumas renovações dentro
da Igreja, criando bibliotecas eclesiásticas e efetuando reformas nos
seminários. Pelo grande amor que dispensava à música sagrada, renovou-a.
Reformou, também, o breviário. Sua intensa devoção à eucaristia permitiu que os
fiéis pudessem receber a comunhão diária, autorizando, também, que a primeira
comunhão fosse ministrada às crianças a partir dos sete anos de idade.
Instituiu o ensino do catecismo em todas as paróquias e para todas as idades,
como caminho para recuperar a fé, e impôs-se fortemente contra o modernismo.
Outra importante característica de sua personalidade era a bondade suave e
radiante que todos notavam e sentiam na sua presença. Pio X não foi apenas um teólogo. Foi um
pastor dedicado e, sobretudo, extremamente devoto, que sentia satisfação em
definir-se como "um simples pároco do campo". Ficou muito amargurado
quando previu a Primeira Guerra Mundial e sentiu a impotência de nada poder
fazer para que ela não acontecesse. Possuindo o dom da cura, ainda em vida
intercedeu em vários milagres. Consta dos relatos que as pessoas doentes que
tinham contato com ele se curavam. Discorrendo sobre tal fato, ele mesmo
explicava como sendo "o poder das chaves de são Pedro". Quando alguém
o chamava de "padre santo", ele corrigia sorrindo: "Não se diz
santo, mas Sarto", numa alusão ao seu sobrenome de família.
No dia 20 de agosto de 1914, aos setenta e nove anos, Pio X morreu. O seu
testamento assim se inicia: "Nasci pobre, vivi pobre e desejo morrer
pobre".
O povo, de imediato, passou a venerá-lo como um santo. Mas só em 1954 ele foi
oficialmente canonizado.
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20 agosto, 2014
19 agosto, 2014
João Eudes nasceu, em 14 de novembro de 1601, na pequena
vila de Ri, próxima de Argentan, no norte da França. Era o primogênito de Isaac
e Marta, que tiveram sete filhos. Cresceu num clima familiar profundamente
religioso. Inicialmente, estudou no Colégio Real de "Dumont",
em Caen, dos padres jesuítas. Nos intervalos das aulas, costumava ir à capela
rezar, deixando as brincadeiras para o segundo plano. Na adolescência, por sua
grande devoção a Maria, secretamente consagrou-se a ela. Depois, sentindo sua
vocação religiosa, foi aconselhado a terminar os estudos antes de ordenar-se
sacerdote. Em 1623, com o consentimento
dos pais, foi para Paris, onde ingressou na Congregação do Oratório, sendo
recebido pelo próprio fundador, o cardeal Pedro de Bérulle. Dois anos depois,
recebeu sua ordenação, dedicando-se integralmente à pregação entre o povo.
Pleno do carisma dos oratorianos, centrados no amor a Cristo, e de sua especial
devoção a Maria, passou ao ministério de pregação entre o povo. Visitou vilas e
cidades de Ile de França, Bolonha, Bretanha e da sua própria região de origem,
a Normandia. Nessa última, quando, em
1627, ocorreu a epidemia da peste, João percorreu quase todas, principalmente
as vilas mais distantes e esquecidas. Como sensível pregador, levou a Palavra
de Cristo, dando assistência aos doentes e suas famílias. Nunca temeu o
contágio. Costumava dizer, em tom de brincadeira, que de sua pele até a peste
tinha medo. Mas temia pela integridade daqueles que viviam à sua volta, que, ao
seu contato, poderiam ser contagiados. Por isso não entrava em casa e à
noite dormia dentro de um velho barril abandonado ao lado do paiol.
Inconformado com o contexto social que evoluía perigosamente, no qual as elites
dos intelectuais valorizavam a razão e desprezavam a fé, João Eudes, sabendo
interpretar esses sinais dos tempos, fundou, em 1643, a Congregação de Jesus e
Maria com um grupo de sacerdotes de Caen que se uniram a ele. A missão dos
eudianos é a formação espiritual e doutrinal dos padres e seminaristas e a
pregação evangélica inserida nas necessidades espirituais e materiais do povo.
Além de difundir, por meio dessas missões, a devoção aos sagrados corações de
Jesus e Maria. Seguindo esse pensamento,
também fundou a Congregação Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, para atender
às jovens que de desviavam pelos caminhos da vida e às crianças abandonadas. A
Ordem deu origem, no século XIX, à Congregação de Nossa Senhora da Caridade do
Bom Pastor, conhecida como as Irmãs do Bom Pastor. Com os seus missionários, João dedicou-se à
pregação de missões populares, num ritmo de trabalho simplesmente espantoso. As
regiões atingidas pelo esforço dos seus missionários foram aquelas que mais
resistiram ao vendaval anti-religioso da Revolução Francesa. Coube a João Eudes a glória de ter sido o
precursor do culto da devoção dos sagrados corações de Jesus e de Maria. Para
isso, ele próprio compôs missas e ofícios, festejando, pela primeira vez, com
um culto litúrgico do Coração de Maria em 1648, e do Coração de Jesus em 1672.
Hoje, essas venerações fazem parte do calendário da Igreja.
Morreu em Caen, norte da França, no dia 19 de agosto de 1680, deixando uma obra
escrita de grande valor teológico pela clareza e profundidade. Foi canonizado
pelo papa Pio XII em 1925. A festa de são João Eudes comemora-se no dia de sua
morte.
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18 agosto, 2014
Terceira
semana: Vocação para a vida Consagrada: religiosos(as) e consagrados(as)
seculares
O mês de agosto como vocacional foi indicado pela
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – em 1981, na sua 19ª
Assembléia Geral. Em 1983, reforçando esta caminhada, foi celebrado em todo o
Brasil um Ano Vocacional. O objetivo principal foi o de instituir um tempo, o
mês de agosto, voltado prioritariamente para a reflexão e a oração pelas
vocações e os ministérios. A Igreja, cumprindo a ordem de Jesus, deve rezar ao
Senhor da Messe para que envie operários para a sua messe. A nova evangelização
necessita de muitos e qualificados evangelizadores: cristãos e cristãs leigos
comprometidos, consagrados e consagradas totalmente doados ao Reino, ministros
ordenados que sejam verdadeiros pastores e sinais de comunhão e unidade do povo
de Deus.
Terceira
semana: Vocação para a vida Consagrada: religiosos(as) e consagrados(as)
seculares
Um dia
para a vida religiosa. No terceiro domingo do mês vocacional celebramos a
vocação religiosa. Quando nos referimos à vida religiosa temos presente os
homens e mulheres que vivendo em comunidade, buscam a perfeição pessoal e
assumem a missão própria do seu Instituto, Ordem ou Congregação. Na solenidade
da Assunção de Maria ao céu, a Igreja lembra que a Mãe de Jesus é modelo para
todos os cristãos, e, de forma particular, dos que se consagram a Deus pelos
conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência. Hoje existem diferentes
formas de vida consagrada, desde os que testemunham a fé em comunidades,
apostólicas, contemplativas e monásticas, até os que, pessoalmente, se inserem
nas realidades profissionais e evangelizadoras, e aí vivem sua consagração e
missão. Recordamos aqui os inúmeros Institutos Seculares. Na Igreja do Brasil
lembramos dos consagrados e consagradas no terceiro domingo de agosto. O Papa
João Paulo II instituiu uma data especial para a vida consagrada, dia 2 de
fevereiro, festa da Apresentação do Senhor.
A
vocação à vida consagrada. O fundamento evangélico da vida consagrada está na
relação que Jesus estabeleceu com alguns de seus discípulos, convidando-os a
colocarem sua existência ao serviço do Reino, deixando tudo e imitando mais de
perto a sua forma de vida. A origem da vida consagrada está, pois, no
seguimento de Jesus Cristo a partir da profissão pública dos conselhos
evangélicos. A referência vital e apostólica são os carismas de fundação. Sua
função consiste em dar testemunho de santidade e do radicalismo das
bem-aventuranças. Exige-se dos consagrados total disponibilidade e testemunho
de vida, levando a todos o valor da vocação cristã. São sinais visíveis do
absoluto de Deus através do sinal de Jesus Cristo histórico pobre, casto e
obediente.
A
missão da vida consagrada. A vida consagrada, em suas diversas formas, tanto
apostólica como contemplativa e monástica, é evangelizadora pela sua própria
existência. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil
dizem que a vida consagrada evangeliza na medida em que “vive radicalmente a
experiência cristã e testemunha a entrega total no seguimento de Cristo”. Não
só, o melhor serviço está na “força pastoral que lhe vem, sobretudo do fato de
ser expressão do seguimento de Cristo no meio do Povo de Deus que é sinal de
esperança para ele”. A presença dos consagrados e consagradas em nossas
comunidades é significativa e imprescindível, pelo que são e pelos serviços que
prestam nos diferentes campos pastorais. Os religiosos e religiosas encontraram
novas maneiras de viver em comunidades inseridas e de animar as comunidades
eclesiais e as pastorais específicas. Ou seja, em tudo a vida consagrada tem
aprofundado sua consagração a Deus na vivência dos conselhos evangélicos em
vista da construção do Reino.
Vamos
rezar pelos religiosos e religiosas, pelos consagrados e consagrados, para que
sejam entre nós sinais vivos e confiáveis do amor de Deus e de seu Reino. Com
eles vamos formar a grande comunidade, que é a Igreja, em sua missão de
evangelização.
Fonte:
CNBB e SAV – Serviço de Animação Vocacional
18 de Agosto - Santa Helena
Flávia Júlia Helena, esse era o seu nome completo. Nasceu
em meados do século III, na Bitínia, Ásia Menor. Era descendente de uma família
plebéia e tornou-se uma bela jovem, inteligente e bondosa. Trabalhava numa
importante hospedaria na sua cidade natal quando conheceu o tribuno Constâncio
Cloro. Apaixonados, casaram-se. Mas quando o imperador Maximiano nomeou-o
co-regente, portanto seu sucessor, exigiu que ele abandonasse Helena e se
casasse com sua enteada Teodora. Isso era possível porque a lei romana não
reconhecia o casamento entre nobres e plebeus.
O ambicioso Constâncio obedeceu. Entretanto levou consigo para Roma o
filho Constantino, que nascera em 274 da união com Helena, que ficou separada
do filho por quatorze anos. Com a morte do pai em 306, Constantino mandou
buscar a mãe para junto de si na Corte. Ela já se havia convertido e tornado
uma cristã fervorosa e piedosa. O jovem
Constantino, auxiliado pela sabedoria de Helena, conseguiu assumir o trono como
o legítimo sucessor do pai. Primeiro, tornou-se governador; depois, o supremo e
incontestável imperador de Roma, recebendo o nome de Constantino, o Grande.
Para tanto, teve de vencer seu pior adversário, Maxêncio, na histórica batalha
travada, em 312, às portas de Roma. Conta a história que, durante a batalha
contra Maxêncio, seu exército estava em desvantagem. Influenciado por Helena,
que tentava convertê-lo, Constantino teve uma visão. Apareceu-lhe uma cruz
luminosa no céu com os seguintes dizeres: "Com este sinal vencerás".
Imediatamente, mandou pintar a cruz em todas as bandeiras e, milagrosamente,
venceu a batalha. Nesse mesmo dia, o imperador mandou cessar, imediatamente,
toda e qualquer perseguição contra os cristãos e editou o famoso decreto de
Milão, em 313, pelo qual concedeu liberdade de culto aos cristãos e deu a
Helena o honroso título de "Augusta".
Helena passou a dedicar-se à expansão da evangelização e crescimento do
cristianismo em todos os domínios romanos. Às custas do Império, patrocinou a
construção de igrejas católicas nos lugares dos templos pagãos, de mosteiros de
monges e monjas e ajudou a organizar as obras de assistência aos pobres e
doentes. Depois, apesar de idosa e cansada, foi em peregrinação para a
Palestina, visitar os lugares da Paixão de Cristo. Lá supervisionou a
construção das importantes basílicas erguidas nos lugares santos, dentre elas a
da Natividade e a do Santo Sepulcro, que existem até hoje. Conta a tradição que
Helena ajudou, em Jerusalém, o bispo Macário a identificar a verdadeira cruz de
Jesus, quando as três foram encontradas. Para isso, levaram ao local uma mulher
agonizante, que se curou milagrosamente ao tocar aquela que era a verdadeira.Pressentindo
que o fim estava próximo, voltou para junto de seu filho, Constantino, morrendo
em seus braços, aos oitenta anos de idade, num ano incerto entre 328 e 330.
O culto a santa Helena, celebrado no dia 18 de agosto, é
um dos mais antigos da Igreja Católica. Algumas de suas relíquias são veneradas
na basílica dedicada a ela em Roma.
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17 agosto, 2014
HOMILIA: 17/AGOSTO/2014
Padre Marcos Daniel Ramalho
Assunção de Nossa Senhora (Lc 1,9-56)
A ressurreição é um presente que Deus nos concedeu por
meio de seu Filho. Esse presente é mesmo uma graça, pois nada fizemos para
merecê-lo. É Deus mesmo, em seu profundo amor, que nos concede a salvação.
Maria também recebeu esse presente. Porém, diferentemente de nós, a virgem fez
por merecer tamanha graça. Em toda a sua existência, ela sempre procurou ouvir
e colocar em prática a vontade de Deus Pai. Serva fiel, Maria foi a primeira a
colaborar na obra da redenção. Se alguém mereceu o presente da ressurreição,
esse alguém foi a Virgem Maria.
Celebrar a Assunção, portanto, é
celebrar a participação de Nossa Senhora na vitoria de Cristo sobre a morte.
Padre Marcos Ramalho
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16 agosto, 2014
17/agosto/2014 -Solenidade da Assunção da Virgem Maria
Bendita és tu, Maria! Hoje, Jesus ressuscitado acolhe a sua mãe na glória do céu… Hoje, Jesus vivo, glorificado à direita do Pai, põe sobre a cabeça da sua mãe a coroa de doze estrelas… Primeira leitura: Maria, imagem da Igreja. Como Maria, a Igreja gera na dor um mudo novo. E como Maria, participa na vitória de Cristo sobre o Mal. Salmo: Bendita és tu, Virgem Maria! A esposa do rei é Maria. Ela tem os favores de Deus e está associada para sempre à glória do seu Filho. Segunda leitura: Maria, nova Eva. Novo Adão, Jesus faz da Virgem Maria uma nova Eva, sinal de esperança para todos os homens. Evangelho: Maria, Mãe dos crentes. Cheia do Espírito Santo, Maria, a primeira, encontra as palavras da fé e da esperança: doravante todas as gerações a chamarão bem-aventurada!
Reflexão:
O cântico de Maria descreve o programa que Deus tinha começado a realizar desde o começo, que ele prosseguiu em Maria e que cumpre agora na Igreja, para todos os tempos.
Pela Visitação que teve lugar na Judéia, Maria levava Jesus pelos caminhos da terra. Pela Dormição e pela Assunção, é Jesus que leva a sua mãe pelos caminhos celestes, para o templo eterno, para uma Visitação definitiva. Nesta festa, com Maria, proclamamos a obra grandiosa de Deus, que chama a humanidade a se juntar a ele pelo caminho da ressurreição.
Em Maria, Ele já realizou a sua obra na totalidade; com ela, nós proclamamos: “dispersou os soberbos, exaltou os humildes”. Os humildes são aqueles que crêem no cumprimento das palavras de Deus e se põem a caminho, aqueles que acolhem até ao mais íntimo do seu ser a Vida nova, Cristo, para o levar ao nosso mundo. Deus debruça-se sobre eles e cumpre neles maravilhas.
Rezar por Maria.
Frequentemente, ouvimos a expressão: “rezar à Virgem Maria”… Esta maneira de falar não é absolutamente exata, porque a oração cristã dirige-se a Deus, ao Pai, ao Filho e ao Espírito: só Deus atende a oração. Os nossos irmãos protestantes que, contrariamente ao que se pretende, por vezes têm a mesma fé que os católicos e os ortodoxos na Virgem Maria Mãe de Deus, recordam-nos que Maria é e se diz ela própria a Serva do Senhor.
Rezar por Maria é pedir que ela reze por nós: “Rogai por nós pecadores agora e na hora da nossa morte!” A sua intervenção maternal em Caná resume bem a sua intercessão em nosso favor. Ela é nossa “advogada” e nos diz: “Fazei tudo o que Ele vos disser!”
Rezar com Maria.
Ela está ao nosso lado para nos levar na oração, como uma mãe sustenta a palavra balbuciante do seu filho. Na glória de Deus, na qual nós a honramos hoje, ela prossegue a missão que Jesus lhe confiou sobre a Cruz: “Eis o teu Filho!” Rezar com Maria, mais que nos ajoelharmos diante dela, é ajoelhar-se ao seu lado para nos juntarmos à sua oração. Ela nos acompanha e nos guia na nossa caminhada junto de Deus.
Rezar como Maria.
Aprendemos junto de Maria os caminhos da oração. Na escola daquela que “guardava e meditava no seu coração” os acontecimentos do nascimento e da infância de Jesus, nós meditamos o Evangelho e, à luz do Espírito Santo, avançamos nos caminhos da verdade. A nossa oração torna-se ação de graças no eco ao Magnificat. Pomos os nossos passos nos passos de Maria para dizer com ela na confiança: “que tudo seja feito segundo a tua Palavra, Senhor!”
Meditação para a semana. . .
Eis uma festa para nos fazer parar junto de Maria e receber dela um tríplice segredo:
o segredo da fé sem falha tão bem ajustada a Deus (“Eis a serva do Senhor”…);
o segredo da sua esperança confiante em Deus (“nada é impossível a Deus”…);
o segredo da sua caridade missionária (“Maria pôs-se a caminho apressadamente”…).
E nós podemos pedir-lhe para nos acompanhar no caminho das nossas vidas…
fonte:
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16 de Agosto - São Roque
Roque nasceu no ano de 1295, na cidade de Montpellier,
França, em uma família rica, da nobreza da região. Outros dados sobre sua vida
e descendência não são precisos. Ao certo, o que sabemos é que ficou órfão na
adolescência e que vendeu toda a herança e distribuiu o que arrecadou entre os
pobres. Depois disso, viveu como peregrino andante. Percorreu a França com
destino a Roma. Mas antes disso Roque deparou com regiões infestadas pela
chamada peste negra, que devastou quase todas as populações da Europa no final
do século XIII e início do XIV. Era comum ver, à beira das estradas, pequenos
povoados só de doentes que foram isolados do convívio das cidades para evitar o
contágio do restante da população ainda sã. Lá eles viviam até morrer,
abandonados à própria sorte e sofrendo dores terríveis. Enxergando nas pobres
criaturas o verdadeiro rosto de Cristo, Roque atirou-se de corpo e alma na
missão de tratá-los. Iluminado pelo Santo Espírito, em pouco tempo adquiriu o
dom da cura, fazendo inúmeros prodígios. Fez isso durante dois anos, ganhando
fama de santidade. Depois partiu para Roma, onde durante três dias rezou sobre
os túmulos de são Pedro e são Paulo. Depois, por mais alguns anos, peregrinou
por toda a Itália setentrional, onde encontrou um vasto campo de ação junto aos
doentes incuráveis. Cuidando deles, descuidou-se de si próprio. Certo dia,
percebeu uma ferida na perna e viu que fora contaminado pela peste. Assim,
decidiu refugiar-se, sozinho, em um bosque, onde foi amparado por Deus. Roque foi encontrado por um cão, que passou a
levar-lhe algum alimento todos os dias, até que seu dono, curioso, um dia o
seguiu. Comovido, constatou que era seu cão que socorria o pobre doente. O
homem, que não reconheceu em Roque o peregrino milagreiro, a partir daquele
momento, cuidou da sua recuperação. Restabelecido, voltou para Montpellier,
que, na ocasião, estava em guerra. Confundido como espião, foi preso e levado
para o cárcere, onde sofreu calado durante cinco anos. No cárcere, continuou
praticando a caridade e pregando a palavra de Cristo, convertendo muitos
prisioneiros e aliviando suas aflições, até morrer. Diz a tradição que, quando o carcereiro, manco
de nascença, tocou com o pé o seu corpo, para constatar se realmente estava
morto, ficou imediatamente curado e começou a andar normalmente. Esse teria
sido o primeiro milagre de Roque, após seu falecimento, ocorrido em 16 de
agosto de 1327, na prisão de seu país de origem.
O seu culto foi reconhecido em 1584 pelo papa Gregório XIII, que manteve a sua
festa no dia de sua morte. Hoje, as relíquias de são Roque são veneradas na
belíssima basílica dedicada a ele em Veneza, Itália, sendo considerado o santo
Protetor contra as Pestes.
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15 agosto, 2014
Festa da assunção de Nossa Senhora
A solenidade da assunção de Nossa Senhora, celebrada em 15
de agosto, é uma das principais festas marianas da Igreja. No Brasil, 15 de
agosto não é mais dia santo de guarda. Por determinação da CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil) e autorização da Santa Sé, a solenidade é
celebrada no domingo depois do dia 15 de agosto, caso o dia 15 não caia em
domingo.
No final de sua vida, no que a tradição chama de
“dormição” de Nossa Senhora, contemplamos o dogma que é celebrado neste final
de semana: a Assunção de Maria. Ela foi levada ao céu após a sua peregrinação
terrestre, onde levou a vida acolhendo a vontade do Pai, dizendo “sim” a Deus,
mas também entre cuidados, angústias e sofrimentos. Por isso, segundo a
profecia do santo velho Simeão, uma espada de dor lhe traspassou o coração,
junto da cruz do seu divino Filho e nosso Redentor. Com a Assunção, se crê que
o seu sagrado corpo não sofreu a corrupção do sepulcro, nem foi reduzido à
cinzas aquele tabernáculo do Verbo Divino. Pelo contrário, os fiéis iluminados
pela graça e abrasados de amor para com aquela que é Mãe de Deus e nossa Mãe
dulcíssima, compreenderam, cada vez com maior clareza, a maravilhosa harmonia
existente entre os privilégios concedidos por Deus àquela que o mesmo Deus quis
associar ao nosso Redentor. Esses privilégios elevaram-na a uma altura tão
grande que não foi atingida por nenhum ser criado, excetuada somente a natureza
humana de Cristo. São João Damasceno, que entre todos se distingue como
pregoeiro dessa grande tradição – que por motivações pastorais no Brasil é
transferida para o primeiro domingo após o dia 15 de agosto –, ao comparar a
assunção gloriosa da Mãe de Deus com as suas outras prerrogativas e
privilégios, exclama com veemente eloquência: "Convinha que aquela que no
parto manteve ilibada virgindade, conservasse o corpo incorrupto mesmo depois
da morte. Convinha que aquela que trouxe no seio o Criador encarnado, habitasse
entre os divinos tabernáculos. Convinha que morasse no tálamo celestial aquela
que o Eterno Pai desposara. Convinha que aquela que viu o seu Filho na cruz,
com o coração traspassado por uma espada de dor, de que tinha sido imune no
parto, contemplasse assentada à direita do Pai. Convinha que a Mãe de Deus
possuísse o que era do Filho, e que fosse venerada por todas as criaturas como
Mãe e Serva do mesmo Deus".O Catecismo da Igreja Católica explica que "a
Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na
Ressurreição do seu Filho, e uma antecipação da Ressurreição dos demais
cristãos" (966).A Assunção de Maria ocorre imediatamente depois de
terminar a sua vida mortal e não pode ser situada no fim dos tempos, como
sucederá com todos os homens, mas tem de considerar-se como um evento que já
ocorreu. Ensina que a Virgem, ao terminar a sua vida nesse mundo, foi elevada
ao céu em corpo e alma, com todas as qualidades e dons próprios da alma dos
bem-aventurados, e com todas as qualidades e dotes próprios dos corpos
gloriosos. Trata-se, pois, da glorificação de Maria, na sua alma e no seu
corpo, quer a incorruptibilidade e a imortalidade lhe tenham sido concedidas
sem morte prévia, quer depois da morte, mediante a ressurreição. O dogma da Assunção nos dá uma certeza: Maria Santíssima
já alcançou a realização final. Tornou-se, assim, um sinal para a Igreja que,
olhando para ela, crê com renovada convicção nos cumprimentos das promessas de
Deus. Também nós somos chamados a estar, um dia, com a Santíssima Trindade.
Olhando para o que Deus já realizou em Maria, os cristãos animam-se a lutar
contra o pecado e a construir um mundo justo e solidário para participar, um
dia, do Reino definitivo.Uma mulher já participa da glória que está reservada à humanidade. Nasce, para
nós, um desafio: lutar em favor das mulheres que, humilhadas, não têm podido
deixar transparecer sua grande vocação. Em Maria, a dignidade da mulher é
reconhecida pelo Criador. Quanto nosso mundo precisa caminhar e progredir para
chegar a esse mesmo reconhecimento! A Solenidade da Assunção de Nossa Senhora demonstra a delicadeza de Deus em
preservar a Virgem Santíssima da corrupção do pecado original – seu corpo é
elevado ao céu! Daí vem a dignidade do corpo humano, da vida humana. É para o
cristão também um olhar para o seu destino final. Neste tempo de tantas mudanças é importante que nos
elevemos com Maria. Infelizmente, uma lei aprovada procurando coibir com toda a
justiça a violência contra a mulher trouxe consigo outra grande violência:
contra a vida. Nesse sentido, ao olhar para a Assunção de Maria nós pedimos a
Deus que nos faça testemunhas do Ressuscitado em meio a tantos e complexos
problemas que aparecem a cada momento. Urge nunca perder de vista a direção e
fazer de tudo para que hoje, escutando a voz do Senhor, caminhemos procurando
fazer Sua vontade.
Dom Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
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