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15 julho, 2017

                      16-julho-2017 - 15º Domingo do Tempo Comum -  Mt 13,1-23

A liturgia nos convida a tomar consciência da importância da Palavra de Deus e da centralidade que ela deve assumir na nossa vida.  A primeira leitura nos garante que a Palavra de Deus é verdadeiramente fecunda e criadora de vida. Ela nos dá esperança, nos indica os caminhos que devemos percorrer e nos dá o ânimo para intervirmos no mundo. É sempre eficaz e sempre produz efeito, embora não atue sempre de acordo com os nossos interesses e critérios.  O Evangelho nos propõe, em primeiro lugar, uma reflexão sobre a forma como acolhemos a Palavra e nos exorta a ser uma “boa terra”, disponível para escutar as propostas de Jesus, para as  acolher e para deixar que elas dêem abundantes frutos na nossa vida de cada dia. Garante-nos também que o “Reino” proposto por Jesus será uma realidade inabalável, onde se manifestará em todo o seu esplendor e fecundidade a vida de Deus.  A segunda leitura apresenta uma temática (a solidariedade entre o homem e o resto da criação) que, à primeira vista, não está relacionada com o tema deste domingo – a Palavra de Deus. Podemos, no entanto, dizer que a Palavra de Deus é que fornece os critérios para que o homem possa viver “segundo o Espírito” e para que ele possa construir o “novo céu e a nova terra” com que sonhamos.
Reflexão:
• No seu “estado atual”, a parábola do semeador e da semente é, sobretudo, um convite a refletir sobre a importância e o significado da Palavra de Jesus. É verdade que, nas nossas comunidades cristãs, a Palavra de Jesus é a referência fundamental, à volta do qual se constrói a vida da comunidade e dos crentes? Temos consciência de que é a Palavra anunciada, proclamada, meditada, partilhada, celebrada, que cria a comunidade e que a alimenta no dia a dia?
• A semente que caiu em terrenos duros, de terra batida, nos faz  pensar em corações insensíveis, egoístas, orgulhosos, onde não há lugar para a Palavra de Jesus e para os valores do “Reino”. É a realidade de tantos homens e mulheres que vêem no Evangelho um caminho para fracos e vencidos, e que preferem um caminho de independência e de auto-suficiência, à margem de Deus e das suas propostas. Este caminho de orgulho e de auto-suficiência alguma vez foi “o meu caminho”?
• A semente que caiu em terrenos  pedregosos, que brota nessa pequena camada de terra que existe, mas que morre rapidamente por falta de raízes profundas, nos faz  pensar em corações inconstantes, capazes de se entusiasmarem com o “Reino”, mas incapazes de suportarem as contrariedades, as dificuldades, as perseguições. É a realidade de tantos homens e mulheres que vêem em Jesus uma verdadeira proposta de salvação e que a ela aderem, mas que rapidamente perdem a coragem e entram num jogo de concessões  e de meias palavras quando são confrontados com a radicalidade do Evangelho. A Palavra de Deus é, para mim, uma realidade que eu levo a sério, ou algo que acolho quando me convêm ?
• A semente que caiu entre os espinhos e que foi sufocada por eles, nos faz  pensar em corações materialistas, comodistas, instalados, para quem a proposta do “Reino” não é a prioridade fundamental. É a realidade de tantos homens e mulheres que, sem rejeitarem a proposta de Jesus (muitas vezes são “muito religiosos” e têm “a sua fé”) fazem do dinheiro, do poder, da fama, do êxito profissional ou social o verdadeiro Deus a que tudo sacrificam. As propostas de Jesus são a referência fundamental à volta da qual a minha vida se constrói, ou deixo que outros  interesses e valores sufoquem os valores do Evangelho?
• A semente que caiu em boa terra e que deu fruto abundante nos faz  pensar em corações sensíveis e bons, capazes de aderirem às propostas de Jesus e de embarcarem na aventura do “Reino”. É a realidade de tantos homens e mulheres que encontraram na proposta de Jesus um caminho de libertação e de vida plena e que, como Jesus,  aceitam fazer da sua vida uma entrega a Deus e uma doação aos homens. Este é o quadro ideal do verdadeiro discípulo; e é esta a proposta que o Evangelho de hoje me faz.
• A parábola, na sua forma original,  refere-se à inevitável erupção do “Reino”, à sua força e aos resultados maravilhosos que o “Reino” alcançará… Com frequência, olhamos o mundo que nos rodeia e ficamos desanimados com o materialismo, a futilidade, os falsos valores que marcam a vida de muitos homens e mulheres do nosso tempo. Nos perguntamos se vale a pena anunciar a proposta libertadora de Jesus num mundo que vive obcecado com as riquezas, com os prazeres, com os valores materiais… O Evangelho de hoje responde: “coragem! Não desanimeis pois, apesar do aparente fracasso, o ‘Reino’ é uma realidade imutável; e o resultado final será algo de surpreendente, de maravilhoso, de inimaginável”. 
ORAÇÃO
Deus que estás tão próximo de nós, nós Te damos graças pela tua Palavra. Assim como os pais comunicam com os seus filhos para  fazê-los  crescer, também Tu ages para conosco para nos elevar para Ti. Nós Te pedimos: prepara os nossos corações e os nossos espíritos como uma boa terra para o acolhimento da tua Palavra, para que ela germine e dê fruto nas nossas vidas.
Nós Te damos graças, ó Pai, porque és o Criador do imenso e admirável universo, que nos ofereces como um jardim para cultivar.Nós Te pedimos por toda a criação, mas sobretudo pela humanidade, guarda da nossa terra e do espaço. Nos ilumina com o teu Espírito criador, para nos inspirar o respeito pela tua criação.
Nós Te agradecemos pelo semeador que nos enviaste, Jesus, teu Filho. Ele lançou generosamente o bom grão do teu amor e da tua vida em todos os terrenos, e Ele continua esta obra na tua Igreja. Nós Te pedimos pelas nossas comunidades: livra-nos de abafar o bom grão, mas que o teu Espírito o faça frutificar em nós e à nossa volta.
Meditação para a semana . . . 
Que gênero de terra somos nós?  Que gênero de terra somos nós para esta Palavra semeada em nós com abundância? Se tivermos a possibilidade, tomemos um momento ao longo da semana, diretamente na natureza, para rezar esta página do Evangelho. E deixemo-la enraizar-se em nós para lhe permitir produzir fruto em abundância.
fonte:
www.dehonianos.org

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