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01 abril, 2017

02-abril-2017 - 5º Domingo da Quaresma -  Jo 11,1-45

Neste 5º Domingo da Quaresma, a liturgia nos garante que o desígnio de Deus é a comunicação de uma vida que ultrapassa definitivamente a vida biológica: é a vida definitiva que supera a morte.  Na primeira leitura, Jahwéh oferece ao seu Povo exilado, desesperado e sem futuro (condenado à morte) uma vida nova. Essa vida vem pelo Espírito, que irá recriar o coração do Povo e inseri-lo numa dinâmica de obediência a Deus e de amor aos irmãos. O Evangelho nos garante que Jesus veio realizar o desígnio de Deus e dar aos homens a vida definitiva. Ser “amigo” de Jesus e aderir à sua proposta (fazendo da vida uma entrega obediente ao Pai e um dom aos irmãos) é entrar na vida definitiva. Os crentes que vivem desse jeito experimentam a morte física; mas não estão mortos: vivem para sempre em Deus. A segunda leitura lembra aos cristãos que, no dia do seu Batismo, optaram por Cristo e pela vida nova que Ele veio oferecer. Convida-os, portanto, a ser coerentes com essa escolha, a fazerem as obras de Deus e a viverem “segundo o Espírito”.
Reflexão:
• A questão principal deste  Evangelho  – e que é uma questão determinante para a nossa existência  – é a afirmação de que não há morte para os “amigos” de Jesus – isto é, para aqueles que acolhem a sua proposta e que aceitam fazer da sua vida uma entrega ao Pai e uma doação aos irmãos. Os “amigos” de Jesus experimentam a morte física; mas essa morte não é destruição e aniquilação: é, apenas, a passagem para a vida definitiva. Mesmo que estejam privados da vida biológica, não estão mortos: encontraram a vida plena, junto de Deus. A história de Lázaro pretende representar essa realidade.
• No dia do nosso Batismo, escolhemos essa vida plena e definitiva que Jesus oferece aos seus e que lhes garante a eternidade. A nossa vida tem sido coerente com essa opção? A nossa existência tem sido uma existência egoísta e fechada, que termina na morte, ou tem sido uma existência de amor, de partilha, de doação da vida, que aponta para a realização plena do homem e para a vida eterna?
• Ao longo da nossa existência nesta terra, convivemos com situações em que somos tocados pela morte física daqueles a quem amamos… É natural que fiquemos tristes pela sua partida e por eles deixarem de estar fisicamente presentes a nosso lado. A nossa fé nos convida, no entanto, a ter a certeza de que os “amigos” não são aniquilados: apenas encontraram essa vida definitiva, longe da fraqueza e da finitude humanas.
• Diante da certeza que a fé nos dá, somos convidados a viver a vida sem medo. O medo da morte como aniquilamento total torna o homem cauteloso e impotente face à opressão e ao poder dos opressores; mas libertando-nos do medo da morte, Jesus torna-nos livres e nos capacita para gastar a vida ao serviço dos irmãos, lutando generosamente contra tudo aquilo que oprime e que rouba ao homem a vida plena.
A vida é esperança. Estão vivos aqueles que esperam. Depois do momento do nosso nascimento, em que fomos criados, somos habitados pela esperança. Não cessamos de procurar, esperar, desejar. Procuramos os sinais de Deus? Esperamos a sua vinda? Desejamos a sua presença? Neste tempo da Quaresma, somos convidados à conversão. A esperança opera uma mudança nos nossos comportamentos. Não nos contentemos com esperanças que nos podem decepcionar. Nós vivemos de esperança, porque Deus não pode nos decepcionar. Porque o nosso Deus é um Deus que fala, somos chamados por Ele. A esperança nos faz escutar os seus apelos e responder-lhes. Sejamos vivos. Sê-lo-emos se nós esperamos.
 ORAÇÃO
Deus, nosso Pai, nós Te bendizemos, porque és o Deus da Vida. Tu o mostraste, libertando o teu povo, desde o tempo de Isaac, de Moisés e do exílio. Nós Te pedimos pelo teu novo Povo: liberta as comunidades cristãs de todas as formas de morte, divisões, indiferenças, tédio, isolamento do mundo. Venha sobre nós o teu Espírito de Vida.

Pai de Jesus Cristo, nós Te damos graças porque o teu Espírito habita em nós e pelo teu Batismo nos incorporaste ao teu Filho. Nós Te pedimos: vê as nossas fraquezas. Abrimos as nossas mãos para Ti, para Te pedir o teu Espírito: que Ele dê vida aos nossos corpos mortais, que Ele nos justifique com a justiça que está em Ti.
Senhor Jesus, proclamamos a tua glória, porque em Ti irradia a luz da vida e da ressurreição: te associastes aos nossos lutos, chamas os teus amigos a sair dos seus túmulos, Tu os arranca do sono da morte. 
Nós Te pedimos: desperta em nós a fé. Tu que libertaste Lázaro das ligaduras, liberta-nos dos laços que nos paralisam diante do próximo.


Meditação para a semana . . . 
O passo da confiança… A que “empresa”  nós estamos sujeitos? À do Espírito de Cristo ressuscitado? Ou à da carne, isto é, aquela de todas as contingências humanas que esgotam o nosso tempo e a nossa energia? Ousaremos dar o passo da confiança? Ousaremos nos entregar a este Espírito que habita em nós para nos comprometermos na sua plenitude de Vida? A quem nós pertencemos?
fonte:
www.dehoninanos.org

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