Visitas desde JUNHO/2009

online
online

15 abril, 2017

16-abril-2017 - Domingo de Páscoa - Jo 20,1-9

A liturgia  celebra a ressurreição e nos garante  que a vida em plenitude resulta de uma existência feita doação e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto.  A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, Se deu até à morte; por isso, Deus ressuscitou-O. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este “caminho” a todos os homens.  O Evangelho nos coloca diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida nunca podem ser geradores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta (a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira).  A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo batismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova até à transformação plena (que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última barreira da nossa finitude).
Reflexão:
• A lógica humana vai  na linha da figura representada por Pedro: o amor partilhado até à morte, o serviço simples e sem pretensões, a entrega da vida, só conduzem ao fracasso e não são um caminho sólido e consistente para chegar ao êxito, ao triunfo, à glória; da cruz, do amor radical, da doação de si, não pode resultar realização, felicidade, vida plena. É verdade que é esta a perspectiva da cultura dominante; é verdade que é esta a perspectiva de muitos cristãos (representados na figura de Simão Pedro). Como me situo face a isto?
• A ressurreição de Jesus prova, precisamente, que a vida plena, a vida total, a transfiguração total da nossa realidade finita e das nossas capacidades limitadas passa pelo amor que se dá, com radicalidade,  até às últimas consequências. Tenho consciência disso? É nessa direção que conduzo a caminhada da minha vida?
• Pela fé, pela esperança, pelo seguimento de Cristo e pelos sacramentos, a semente da ressurreição (o próprio Jesus) é depositada na realidade do homem/corpo. Revestidos de Cristo, somos nova criatura: estamos, portanto,  ressuscitando, até atingirmos a plenitude, a maturação plena, a vida total (quando ultrapassarmos a barreira da morte física). Aqui começa, pois, a nova humanidade.
• A figura de Pedro pode também representar, aqui, essa velha prudência dos responsáveis institucionais da Igreja, que os impede de ir à frente da caminhada do Povo de Deus, de arriscar, de aceitar os desafios, de aderir ao novo, ao desconcertante, ao incompreensível. O Evangelho de hoje sugere que é, precisamente aí que, tantas vezes, se revela o mistério de Deus e se encontram ecos de ressurreição e de vida nova.
SEQUÊNCIA DA PÁSCOA
À Vítima pascal ofereçam os cristãos sacrifícios de louvor.
O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo, o Inocente,  reconciliou com o Pai os pecadores.
A morte e a vida  travaram um admirável combate:
Depois de morto,  vive e reina o Autor da vida.
Diz-nos, Maria:  Que viste no caminho?
Vi o sepulcro de Cristo vivo e a glória do Ressuscitado.
Vi as testemunhas dos Anjos,  vi o sudário e a mortalha.
Ressuscitou Cristo, minha esperança:
 precederá os seus discípulos na Galileia.

Sabemos e acreditamos:  Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso,  tende piedade de nós.
ORAÇÃO
Aleluia, Pai, nós Te damos graças pelo grande mistério da Páscoa. Nós Te louvamos e Te bendizemos pelo teu Filho Jesus, que os homens tinham levado à morte, mas que Tu ressuscitaste ao terceiro dia. Nós Te pedimos por todas as Igrejas fundadas sobre a fé dos Apóstolos, para que elas testemunhem no mundo inteiro que Jesus está vivo.
Ressuscitados com Cristo, nós Te louvamos, Deus nosso Pai, pelo Cordeiro pascal, teu Filho Jesus, que transforma a nossa velha terra numa primavera de vida e de luz e que nos renova a nós mesmos pela sua Páscoa.  Nós Te pedimos por todos os batizados e por todos os jovens que renovam nestes tempos a sua profissão de fé.
Deus nosso Pai, a força do teu Espírito abriu o túmulo, o teu Filho ressuscitou na luz deste dia eterno de Páscoa.  Nós Te pedimos: abre os olhos do nosso coração, como fizeste ao discípulo que viu e acreditou, abre os nossos espíritos à inteligência das Escrituras.
Meditação para a semana. . . 
Páscoa! Mergulhada no coração da nossa fé! Mergulhada nas fontes do nosso Batismo!
Hoje, a Ressurreição de Cristo é para nós algo mais que um vago sentimento?
A Ressurreição de Cristo é o “dínamo” das nossas vidas de batizados?
 A Ressurreição de Cristo é a energia que nos envia a testemunhar: “Cristo está vivo! 
fonte:
www.dehonianos.org

Nenhum comentário:

Postar um comentário