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29 abril, 2017

30-abril-2017 - 3º Domingo da Páscoa 
A liturgia nos convida a descobrir esse Cristo vivo que acompanha os homens pelos caminhos do mundo, que com a sua Palavra anima os corações magoados e desolados, que se revela sempre que a comunidade dos discípulos se reúne para “partir o pão”; apela, ainda, a que os discípulos sejam as testemunhas da ressurreição diante dos homens.  É no Evangelho, sobretudo, que esta mensagem aparece de forma nítida. O texto que nos é proposto põe Cristo, vivo e ressuscitado, a caminhar ao lado dos discípulos,  explicando-lhes as Escrituras,  enchendo-lhes o coração de esperança e  sentando-Se com eles à mesa para “partir o pão”. É aí que os discípulos O reconhecem.  A primeira leitura mostra (através da história de Jesus) como do amor que se faz dom a Deus e aos irmãos, brota sempre ressurreição e vida nova; e convida a comunidade de Jesus a testemunhar essa realidade diante dos homens. A segunda leitura convida a contemplar com olhos de ver o projeto salvador de Deus, o amor de Deus pelos homens (expresso na cruz de Jesus e na sua ressurreição). Constatando a grandeza do amor de Deus, aceitamos o seu apelo a uma vida nova.
Reflexão:
• Na nossa caminhada pela vida, fazemos, frequentemente, a experiência do desencanto, do desalento, do desânimo. As crises, os fracassos, o desmoronamento daquilo que julgávamos seguro e em que apostamos tudo, a falência dos nossos sonhos deixam-nos frustrados, perdidos, sem perspectivas. Então, parece que nada faz sentido e que Deus desapareceu do nosso horizonte… No entanto, a catequese que Lucas nos propõe hoje nos  garante que Jesus, vivo e ressuscitado, caminha ao nosso lado. Ele é esse companheiro de viagem que encontra formas de vir ao nosso encontro – mesmo se nem sempre somos capazes de  reconhece-lo,  e de encher o nosso coração de esperança.
• Como é que Ele nos fala? Como é que Ele faz renascer em nós a esperança? Como é que Ele nos passa esse suplemento de entusiasmo que nos permite continuar? Lucas responde: é através da Palavra de Deus, escutada, meditada, partilhada, acolhida no coração, que Jesus nos indica caminhos, nos aponta perspectivas novas, nos dá a coragem de continuar, depois de cada fracasso, a construir uma cidade ainda mais bonita. Que lugar  que a Palavra de Deus desempenha na minha vida? Tenho consciência de que Jesus me fala e me aponta caminhos de esperança através da sua Palavra?
• Quando é que os olhos do nosso coração se abrem para descobrir Jesus, vivo e atuante? Lucas responde: é na partilha do Pão eucarístico. Sempre que nos sentamos à mesa com a comunidade e partilhamos o pão que Jesus nos oferece, nos damos conta de que o Ressuscitado continua vivo, caminhando ao nosso lado, alimentando-nos ao longo da caminhada, ensinando-nos que a felicidade está na doação, na partilha, no amor. Sempre que nos juntamos com os irmãos à volta da mesa de Deus, celebrando na alegria e na festa o amor, a partilha e o serviço, encontramos o Ressuscitado  enchendo a nossa vida de sentido, de plenitude, de vida autêntica.
• E quando O encontramos? Que fazer com Ele? Lucas responde: Temos de levá-lo para os caminhos do mundo, temos de partilhá-lo com os nossos irmãos, temos de dizer a todos que Ele está vivo e que oferece aos homens (através dos nossos gestos de amor, de partilha, de serviço) a vida nova e definitiva.
Denunciamos a violência, mas será que lhe renunciamos? Sofremos quando vemos na televisão ou na Internet imagens de situações violentas de várias partes do mundo. Esperamos acordos que façam cessar os atentados, as exclusões, a morte das vítimas inocentes, os conflitos de qualquer espécie. Mas a violência está primeiro no coração do ser humano antes de se manifestar nas suas palavras e nos seus atos. Somos violentos, quando recusamos o outro diferente, quando não lhe permitimos que se exprima, quando procuramos fazê-lo calar ou ridicularizar. Somos violentos quando recusamos dar o passo para uma reconciliação, quando recusamos perdoar. Os violentos não são apenas os que trazem armas, mas também aqueles que endurecem o seu coração.
ORAÇÃO
Nosso Pai, Nós Te damos graças pelo teu Filho Jesus. Nele realizaste os anúncios dos profetas, Tu O ressuscitaste de entre os mortos e O elevaste na tua glória. Bendito sejas! Pai, como o teu Filho Jesus, olhamos para Ti sem cessar e Te pedimos: mostra-nos o caminho da vida, derrama sobre nós o teu Espírito.
Nós Te bendizemos por Jesus Cristo, o Cordeiro sem pecado e sem mancha, cujo precioso sangue nos libertou. Por Cristo ressuscitado, acreditamos e colocamos em Ti a nossa fé e a nossa esperança. Nós Te invocamos como nosso Pai, Tu que não fazes distinção entre os homens e que dás sentido às nossas existências: liberta-nos do erro.
Bendito sejas, Senhor Jesus, Tu que caminhas nos nossos caminhos, ao nosso lado, para nos fazer compreender as Escrituras. Nós Te damos graças pelo Pão partido e pela revelação da tua ressurreição. Nós Te pedimos: torna-nos atentos à tua presença, cura os nossos corações, tão lentos a crer; fica conosco, quando se aproxima a noite, e ilumina o nosso caminho.
Meditação para a semana. . . 
Emaús… é a nossa história de cada dia: os nossos olhos fechados que não reconhecem o Ressuscitado… os nossos corações que duvidam, fechados na tristeza… os nossos velhos sonhos vividos com decepção… o nosso caminho, talvez, afastando-se do Ressuscitado… Nele, durante este tempo, ajustemos o seu passo ao nosso para caminhar junto de nós no caminho da vida. Há urgência em abrir os nossos olhos para reconhecer a sua Presença e a sua ação no coração do mundo e para levar a Boa Notícia: Deus ressuscitou Jesus! Eis a nossa fé!
fonte:
www.dehonianos.org

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