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25 março, 2017

26-março-2017-  4º Domingo da Quaresma -  Jo 9,1-41
As leituras  nos propõem o tema da “luz”. Definem a experiência cristã como “viver na luz”. No Evangelho, Jesus  se apresenta como “a luz do mundo”; a sua missão é libertar os homens das trevas do egoísmo, do orgulho e da auto-suficiência. Aderir à proposta de Jesus é enveredar por um caminho de liberdade e de realização que conduz à vida plena. Da ação de Jesus nasce, assim, o Homem Novo – isto é, o Homem elevado às suas máximas potencialidades pela comunicação do Espírito de Jesus.  Na segunda leitura, Paulo propõe aos cristãos de Éfeso que recusem viver à margem de Deus (“trevas”) e que escolham a “luz”.  Paulo explica que viver na “luz” é praticar as obras de Deus (a bondade, a justiça e a verdade).

A primeira leitura não se refere diretamente ao tema da “luz” . No entanto, conta a escolha de David para rei de Israel e a sua unção: é um ótimo pretexto para refletirmos sobre a  unção que recebemos no dia do nosso Batismo e que nos constituiu testemunhas da “luz” de Deus no mundo.

Reflexão:
• Nós, que acreditamos, não podemos nos fechar num pessimismo estéril, decidir que o mundo “está perdido” e que à nossa volta só há escuridão… No entanto, também não podemos esconder a cabeça na areia e dizer que tudo está bem. Há, objetivamente, situações, instituições, valores e esquemas que mantêm o homem fechdo no seu egoísmo, fechado a Deus e aos outros, incapaz de se realizar plenamente. O que é que, no nosso mundo, gera escuridão, trevas, alienação, cegueira e morte? O que é que impede o homem de ser livre e de se realizar plenamente, conforme previa o projeto de Deus?
• A catequese que João nos propõe hoje nos garante: a realização plena do homem continua a ser a prioridade de Deus. Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio ao encontro dos homens e mostrou-lhes a luz libertadora: convidou-os a renunciar ao egoísmo e auto-suficiência que geram “trevas”, sofrimento, escravidão e a fazerem da vida uma  doação, por amor. Aderir a esta proposta é viver na “luz”. Como é que eu me situo face ao desafio que, em Jesus, Deus me faz?
• O Evangelho descreve várias formas de responder negativamente à “luz” libertadora que Jesus oferece. Há aqueles que se opõem decididamente à proposta de Jesus porque estão instalados na mentira e a “luz” de Jesus só os incomoda; há aqueles que têm medo de enfrentar as “bocas”, as críticas, que se deixam manipular pela opinião dominante, e que, por medo, preferem continuar escravos do que arriscar ser livres; há aqueles que, apesar de reconhecerem as vantagens da “luz”, deixam que o comodismo e a inércia os prendam numa vida de escravos… Eu identifico-me com algum destes grupos?
• O cego que escolhe a “luz” e que adere incondicionalmente a Jesus e à sua proposta libertadora é o modelo que nos é proposto. A Palavra de Deus nos convida, neste tempo de Quaresma, a um processo de renovação que nos leve a deixar tudo o que nos escraviza, nos aliena, nos oprime – no fundo, tudo o que impede que brilhe em nós a “luz” de Deus e que impede a nossa plena realização. Para que a celebração da ressurreição – na manhã de Páscoa – signifique algo, é preciso realizarmos esta caminhada quaresmal e renascermos, feitos Homens Novos, que vivem na “luz” e que dão testemunho da “luz”. O que é que eu posso fazer para que isso aconteça?
• Receber a “luz” que Cristo oferece é, também, acender a “luz” da esperança no mundo. O que é que eu faço para eliminar as “trevas” que geram sofrimento, injustiça, mentira e alienação? A “luz” de Cristo que os padrinhos me passaram no dia em que fui batizado brilha em mim e ilumina o mundo?
A vida é conversão! Aquele que está na verdade vem à luz, diz Jesus a Nicodemos quando o vem encontrar de noite. Esta palavra também nos é dirigida. Fazer uma caminhada de reconciliação é fazer sempre a verdade. Receber o perdão é acolher sempre a luz. Mas antes de fazer esta caminhada, é preciso decidir voltar para Deus. Deus nunca se afastou de nós, não esqueçamos isso. Eis porque, antes de nos confessarmos, devemos confessar (= afirmar com outros) que Deus é Amor. Somos nós que nos afastamos de Deus. Tomamos distância em relação a Deus cada vez em que não amamos ou amamos mal. O pecado é tudo o que é contrário ao amor por Deus e pelos irmãos. Deus nos  espera. Demos-lhe a alegria de nos perdoar.  
ORAÇÃO 
Nós Te louvamos, ó Pai, porque nos julgas não segundo as aparências, mas olhas o coração do homem. Nós Te bendizemos pelo teu Espírito que nos dás e que faz de nós um povo real e sacerdotal.  Nós Te pedimos pelos pais e pelos educadores, pelas autoridades nas nossas sociedades, mas também pelos seus eleitores, responsáveis pelas boas escolhas.

Nós Te damos graças, Cristo, Luz do mundo, que Te levantaste de entre os mortos, Tu que nos iluminas desde o nosso Batismo. Nós Te pedimos: arranca-nos das trevas, que o teu Espírito nos faça viver como filhos e filhas da luz, e que Ele produza em nós frutos de bondade, de justiça e de verdade, que Ele nos torne capazes de agradar a Deus.
Nós Te bendizemos pela nova criação realizada pelo teu Filho, que remodelou a nossa humanidade, e pela cura dos nossos olhos, quando estão fechados ao próximo e à luz da tua presença.
Meditação para a semana...
Um outro olhar… “Deus não vê à maneira dos homens, os homens vêem a aparência, mas o Senhor olha o coração”. Uma Palavra para reajustar os nossos critérios de julgamento: Que olhar  nós temos  sobre as pessoas? Sobre os acontecimentos? Uma Palavra para nos alegrar também com as escolhas do nosso Pai que olha a verdade dos nossos corações!

fonte:

www,dehonianos.org


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