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08 abril, 2017


09-abril-2017 -  Domingo de Ramos -  Mt 26,14 – 27,66

A liturgia deste último domingo da Quaresma nos  convida a contemplar esse Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, se fez  servo dos homens, se deixou  matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. A cruz (que a liturgia deste domingo coloca no horizonte próximo de Jesus) nos apresenta a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.  A primeira leitura nos apresenta um profeta anônimo, chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra da salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com teimosa fidelidade, os projetos de Deus. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus.  A segunda leitura nos  apresenta o exemplo de Cristo. Ele prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência ao Pai e o serviço aos homens, até a doação da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe. O Evangelho nos convida  a contemplar a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita doação e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se o amor de Deus – esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz doação  total.

Reflexão :
• Celebrar a paixão e a morte de Jesus é fixar-se na contemplação de um Deus a quem o amor tornou frágil… Por amor, Ele veio ao nosso encontro, assumiu os nossos limites e fragilidades, experimentou a fome, o sono, o cansaço, conheceu a mordedura das tentações, tremeu perante a morte, suou sangue antes de aceitar a vontade do Pai; e, estendido no chão, esmagado contra a terra, atraiçoado, abandonado, incompreendido, continuou a amar. Desse amor resultou vida plena, que Ele quis repartir conosco “até ao fim dos tempos”: esta é a mais espantosa história de amor que é possível contar; ela é a boa notícia que enche de alegria o coração dos crentes.
• Contemplar a cruz, onde se manifesta o amor e a entrega de Jesus, significa assumir a mesma atitude e solidarizar-se com aqueles que são crucificados neste mundo: os que sofrem violência, os que são explorados, os que são excluídos, os que são privados de direitos e de dignidade… Olhar a cruz de Jesus significa denunciar tudo o que gera ódio, divisão, medo, em termos de estruturas, valores, práticas, ideologias; significa evitar que os homens continuem a crucificar outros homens; significa aprender com Jesus a entregar a vida por amor… Viver deste jeito pode conduzir à morte; mas o cristão sabe que amar como Jesus é viver a partir de uma dinâmica que a morte não pode vencer: o amor gera vida nova e introduz na nossa carne os dinamismos da ressurreição.
A vida é paixão. Nunca ficamos insensíveis diante de um apaixonado. Ou irrita ou seduz… De qualquer modo, ele provoca. Jesus foi apaixonado de Deus seu Pai. Uma só coisa contava para Ele: fazer a sua vontade. Ora, a vontade de Deus não era que seu Filho morresse, mas que fosse até ao fim do amor. Com o risco de dar a sua vida… e foi o que Ele fez. Jesus foi um apaixonado dos homens seus irmãos. Uma só coisa contava para Ele: salvar a humanidade, arrancando-a do egoísmo, da violência, do orgulho, da riqueza, da idolatria, de tudo o que leva à morte e à infelicidade… para lhe propor o serviço, o acolhimento, o perdão, a pobreza, tudo o que leva à vida e à felicidade, e que tem um nome: o Amor. Durante toda esta Semana Santa, ergamos os olhos para Cristo na sua Paixão por Deus seu Pai, na paixão pelos homens seus irmãos. Para que nós também sejamos apaixonados!
ORAÇÃO 
Nós Te damos graças pelo testemunho de não-violência dado e ensinado pelos Profetas e, sobretudo, pelo teu Filho Jesus. Nós Te pedimos. Vem em nosso auxílio, nos revela cada manhã a escuta da tua Palavra, instrui-nos pelo teu Espírito de paciência. Que nós saibamos, da nossa parte, reconfortar aqueles que não podem mais.

Cristo Jesus, nós Te adoramos e bendizemos: Tu que és de condição divina, Tu que Te tornaste servo. Pai, nós Te glorificamos, porque o teu Filho humilhado até ao extremo pelos homens, Tu O revelaste acima de todos.  Nós Te pedimos pela nossa humanidade que continua a sofrer e a fazer sofrer: que se deixe transformar e curar pelo teu Espírito de ressurreição.
Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor! Nós Te bendizemos, Senhor Jesus, e confessamos: verdadeiramente, Tu és o Filho de Deus.
Perdão pelas nossas negações, as nossas traições, as nossas faltas de fé, que semeiam a morte nas nossas existências e no nosso mundo. Nós sabemo-lo: Tu nunca nos abandonas. Pela tua cruz, livra-nos do mal.

Meditação para a semana...
Um Rei-Servidor…

 Mudança radical de valores! Numa sociedade que só acredita no seu poder, no seu dinheiro, nas suas conquistas, eis o nosso Rei que vem até nós na humildade, no serviço, no sofrimento, vulnerável até morrer.
-Discípulos deste Messias-Servidor, onde se situam os nossos valores de referência: do lado do Evangelho?  Do lado do mundo? Não há meio termo…
fonte:
www.dehonianos.org

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