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13 setembro, 2016

14 Setembro - Exaltação da Santa Cruz

Foi na Cruz que Jesus consumou a sua oblação de amor para glória e alegria de Deus e nossa salvação. É, pois, justo que veneremos o sinal e o instrumento da Redenção.
Esta festa nasceu em Jerusalém e difundiu-se por todo o Médio Oriente, onde ainda hoje é celebrada, em paralelo com a Páscoa. A 13 de Setembro foi consagrada a Basílica da Ressurreição, em Jerusalém mandada construir por Santa Helena e Constantino. No dia seguinte, foi explicado ao povo o significado profundo da igreja, mostrando-lhe o que restava da Cruz do Salvador. No século VI esta festa em honra da Santa Cruz já era conhecida em Roma. Em meados do século VII, começou a ser celebrada no dia 14 de Setembro, quando se expunham à veneração dos fiéis as relíquias da Santa Cruz.
Evangelho: João 3, 13-17
“Naquele tempo, Jesus disse a Nicodemos: Ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem. Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto, a fim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigênito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele”.
Reflexão:
O texto do evangelho faz parte do longo discurso com que Jesus responde a Nicodemos, apontando a necessidade da fé para obter a vida eterna e fugir ao juízo de condenação. Jesus, o Filho do homem, provém do seio do Pai; é aquele que «desceu do Céu» , o único que viu a Deus e pode comunicar o seu projeto de amor, que se realiza na oblação do Filho unigênito. Jesus compara-se à serpente de bronze , afirmando que a plena realização do que aconteceu no deserto irá verificar-se quando Ele for elevado na cruz  para salvação do mundo 
 Quem olhar para Ele com fé, isto é, quem acreditar que Cristo crucificado é o Filho de Deus, o salvador, terá a vida eterna. Acolhendo nele o dom de amor do Pai, o homem passa da morte do pecado à vida eterna. No horizonte deste texto, transparece o cântico do “Servo de Javé” , onde encontramos juntos os verbos “elevar” e “glorificar”. Compreende-se, portanto, que S. João quer apresentar a cruz, ponto supremo de ignomínia, como vértice da glória.
Jesus veio dar cumprimento à história do povo hebreu e à nossa história. Verificamo-lo todas as vezes que lemos a palavra de Deus. De fato, como Ele mesmo afirma, não veio abolir, mas dar pleno cumprimento à Lei. Jesus é Aquele que desceu do céu, Aquele que conhece o Pai, e que está em íntima união com Ele: “Eu e o Pai somos Um” . Jesus é enviado pelo Pai para revelar o mistério da salvação, o mistério de amor que se há de realizar com a sua morte na cruz. Jesus crucificado é a suprema manifestação da glória de Deus. Por isso, a cruz torna-se símbolo de vitória, de doação, de salvação, de amor. Tudo o que podemos entender com a palavra “cruz” – o sofrimento, a injustiça, a perseguição, a morte – é incompreensível se for olhado apenas com olhos humanos. Mas, aos olhos da fé e do amor, tudo aparece como meio de conformidade com Aquele que nos amou por primeiro. Então, o sofrimento não é vivido como fim em si mesmo, mas como participação no mistério de Deus, caminho que leva à salvação.
Só se acreditamos em Cristo crucificado, isto é, se nos dispomos a acolher o mistério de Deus que eincarna e dá a vida por todos; só se nos pomos diante da vida com humildade, livres para nos deixar amar e, por nossa vez, nos tornarmos doação de amor aos irmãos, saberemos receber a salvação: participaremos na vida divina de amor. Celebrar a festa da Exaltação da Santa Cruz significa tomar consciência do amor de Deus Pai, que não hesitou em nos enviar o seu Filho, Jesus Cristo: esse Filho que, despojado do seu esplendor divino, se tornou semelhante aos homens, deu a vida na cruz por cada um dos seres humanos, crente ou não crente. A Cruz torna-se o espelho em que, refletindo a nossa imagem, podemos reencontrar o verdadeiro significado da vida, as portas da esperança, o lugar da renovada comunhão com Deus.
Como dizem as nossas Constituições, “Do Coração de Cristo, aberto na cruz, nasce o homem de coração novo, animado pelo Espírito e unido aos seus irmãos na comunidade de amor, que é a Igreja”.
"Do Coração de Cristo, aberto na cruz, nasce o homem de coração novo, animado pelo Espírito" . Este nascimento, preanunciado a Nicodemos , realizou-se na perfuração do Lado, onde a água que brota de Cristo é sinal do dom do Espírito, do Batismo, do nascimento da Igreja e, na Igreja, de cada um de nós.

Oração
Divino Coração de Jesus, Tu amaste e quiseste a cruz, como nos mostras nas chamas do teu amor; não tinhas modo mais forte de nos dizer que devemos amá-la. Abraço a tua cruz. Quero carregá-la hoje e todos os dias, praticando o evangelho, obedecendo, trabalhando e suportando as provações que vierem.
Esta festa nos mostra o  valor do sinal da cruz. É o sinal da salvação… A cruz fala a Deus, apresenta-lhe tudo o que Nosso Senhor sofreu por nós. Mas a cruz é também símbolo da penitência, da reparação, do sacrifício. A cruz coroou a vida de Nosso Senhor, que foi totalmente passada na humildade, no desapego, no desprezo pelos prazeres terrestres, e na expiação dos nossos pecados. A cruz fala às nossas almas, como um sinal sagrado, como um estandarte eloquente. Ela tornou-se o sinal do cristão. Ela indica o caráter da nossa vida. Somos cruzados, somos marcados pela luta e pelo sacrifício. Uma obra não é verdadeiramente cristã se não for marcada pela cruz. As nossas ações serão santas se tiverem esse sinal, se forem feitas em espírito de humildade, de penitência, de reparação. As nossas iniciativas serão abençoadas por Deus se forem marcadas pela cruz e, sendo preciso, será o próprio Deus a marcá-las com alguma provação, sobretudo se se tratar de uma obra importante.
Ação:

Repete frequentemente e vive hoje a Palavra:
«Quem acreditar em Jesus elevado na cruz,
terá a vida eterna» (cf. Jo 3, 15)

fonte:
www.dehonianos.org

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