Diaconato Permanente
Assim como padres e bispos, os diáconos compõem a hierarquia da Igreja. Com a ordenação, o diácono deixa de ser leigo e passa a fazer parte do clero. Recebe um Sacramento que o faz diácono por toda a vida. Diferentemente de padres e bispos, o diácono permanente pode casar-se. Além do diácono permanente, existe o diácono transitório, que é aquele que recebe o Sacramento da Ordem no grau diaconal para posteriormente receber o Sacramento da Ordem no grau presbiteral, tornando-se padre. Já o diácono permanente, sendo casado, não pode ascender ao grau de padre, portanto, é permanentemente diácono. O diácono deve dedicar a vida ao serviço, seguindo os ensinamentos de Cristo. Diaconia significa servir. Entre outras atividades, pode celebrar batismos e casamentos, além de abençoar fiéis.
Mensagem aos Diáconos Permanentes
Caro irmão Diácono permanente,
A Paz do Senhor!
Quero, hoje, quando celebramos a memória de São Lourenço,
em nome da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida
Consagrada, dirigir-me aos Diáconos Permanentes de nosso imenso Brasil para
congratular-me com cada um dos senhores pelo ministério que exercem no seio de
tantas comunidades.
Os diáconos tem origem apostólica! Segundo o livro dos
Atos dos Apóstolos, diante do crescimento do número de discípulos, das
lamentações apresentadas por alguns e o empenho dos apóstolos no exercício da
pregação, foram escolhidos homens de “boa reputação, cheios do Espírito e de
sabedoria” para o serviço das mesas.
A restauração do Diaconado Permanente na Igreja está
completando 50 anos. Trata-se certamente de algo importante para a vida das
distintas comunidades que constituem as Igrejas Particulares. Muito já se fez
em vista de tal restauração, muito se está fazendo e tanto ainda deverá ser
aprimorado.
A aprovação das Diretrizes para o Diaconado Permanente da
Igreja no Brasil (Doc. 96) representa um marco no processo de restauração desse
Ministério. Através das orientações para a formação, vida e ministério que elas
propõem, podemos certamente encontrar indicações seguras para “continuar
contribuindo, através do ministério e testemunho de vida, para que Jesus Cristo
seja reconhecido e amado especialmente nos irmãos e irmãs que mais necessitam”.
O ministério não é algo que nos pertence. A vocação é dom
divino, e como tal deve ser acolhida, avaliada e promovida! O ministério é algo
que recebemos da Igreja! O que realizamos é resposta generosa ao dom, em favor
da Igreja. Desenvolvemos o ministério em comunhão com os Pastores que Deus
colocou à frente de sua Igreja, dispostos a participar ativa, cordial e
evangelicamente das “alegrias e esperanças, as tristezas e as angústias” da
humanidade de hoje.
Testemunho de fé se expressa certamente de muitos modos.
O teu empenho e a tua determinação no serviço às mesas é expressão de
cooperação na obra da evangelização. Neste sentido vale recordar o que diz as
Diretrizes para o Diaconado Permanente da Igreja no Brasil: “A promoção da
caridade e do serviço constitui um campo privilegiado de evangelização. O
diácono testemunha a presença viva da caridade de toda a Igreja e contribui
para a edificação do Corpo de Cristo, reunindo a comunidade dispersa,
desenvolvendo o senso comunitário e o espírito de
família. Vai ao encontro das pessoas de qualquer religião ou raça, classe
ou situação social, fazendo-se um servidor de todos como Jesus” (n. 55).
Quero também agradecer à tua família que participa de
forma particular no exercício do teu ministério. É nela – na tua família – que
por primeiro brilha o teu testemunho de fidelidade e o teu empenho na ação
evangelizadora. Mostras assim que as obrigações familiares, de trabalho e do
ministério podem harmonizar-se no serviço da missão da Igreja (João Paulo II.
19.09.1987).
Agradeço todo bem que realizas em favor da comunidade
onde exerces o ministério. Faço votos que juntos possamos promover de forma
vigorosa o Diaconado Permanente em nossa Igreja do Brasil.
Que o Senhor te abençoe, inspire e ilumine.
Em Cristo,
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre e Presidente da Comissão Episcopal
Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada
Brasília, 10 de agosto de 2015
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