26 de agosto dia dedicado à Nossa Senhora de Czestochowa (Jasna
Gora – Czestochowa)
Jasna Gora em polonês significa: “Montanha de Luz” ou “Monteclaro”;
e Czestochowa é o nome da cidade que ao longo dos séculos, cresceu e tornou-se
um ponto de referência.
Iconografia:
O quadro milagroso da Madona Polonesa, pintado em madeira,
é considerado uma das mais antigas imagens da Mãe de Deus. Segundo a lenda, ele
foi pintado em Jerusalém por São Lucas, no tampo de uma mesa feita por São José,
quando Maria ainda vivia.
A imagem de Nossa Senhora de Monte Claro é em estilo
bizantino, lembrando um pouco a Virgem do Perpétuo Socorro. Maria se apresenta
a meio corpo, vestida de uma túnica bordada a ouro e com a cabeça coberta por
um véu decorado com os mesmos desenhos da túnica. Sua mão direita está sobre o
peito e traz, sentado em seu braço esquerdo, o Menino Jesus, vestido de uma
camisa, que lhe cobre as pernas. O menino Deus segura com o braço esquerdo um
livro e com a mão direita acaricia sua Mãe.
Quando contemplamos o quadro da Santíssima Virgem de
Czestochowa percebemos que sobre o seu rosto encontram-se dois cortes que
segundo a tradição, foram feitos pela espada do Chefe do Exército dos Hussistas
(Sectários da Heresia de João Huss), na madrugada do dia da Páscoa, do ano de
1430, o Santuário de Nossa Senhora, onde apenas os frades e alguns peregrinos
se encontravam, foi repentinamente invadido por bandidos. Arrancaram do altar o
quadro, jóias, cálices e tudo de grande valor, jogaram tudo numa carroça,
pondo-se em fuga, por descuido o quadro caiu da carroça e quiseram o recolocar,
mas não o conseguiram. Do castelo mais próximo, vieram soldados armados e
puseram-se imediatamente atrás dos bandidos, os bandidos percebendo o que
acontecera e não conseguindo recolocar o quadro no veículo, o chefe dos
bandidos, na iminência de ser apanhado, encolerizou-se, golpeou-o diversas
vezes com a espada e fugiu apressado. Ao chegar no local, soldados, peregrinos e
frades, encontraram o quadro partido e o rosto de Nossa Senhora dolorosamente
ferido. Ajoelhando-se, pediram ajuda de Deus. Depois famosos pintores foram até
lá para restaurar, mas nenhum deles conseguiu restaurar a pintura do quadro.
Quando todos desistiram, um jovem que havia auxiliado o
primeiro pintor veio até o rei e declarou com toda simplicidade:
"A Mãe de Deus não quer que sejam apagadas essas
cicatrizes".
A imagem da Padroeira foi trazida ao Brasil por
membros da colônia polonesa radicada em Curitiba e colocada na igreja de Santo
Estanislau, onde se mantém viva a devoção à Senhora de Monte Claro, coroada
Rainha da Polônia em 1925, pelo Papa Pio XI. Em 1966, comemorando o milenário da
Polônia, a efígie de Nossa Senhora de Czentochowa foi levada em concorrida
procissão, no Rio de Janeiro, da rua 7 de Setembro até a Catedral
Metropolitana, onde foi celebrada, a 25 de maio, solene missa, pelo cardeal Dom
Jaime de Barros Câmara.
Durante a estadia do Papa João Paulo II no Brasil, em
1980, S. S. rezou a cerimônia religiosa em Curitiba diante do quadro que é
venerado na igreja de santo Estanislau. Grande número de participantes se
apresentaram em trajes típicos regionais, demonstrando assim o entranhado amor
do povo polonês, que mesmo do outro lado do oceano venera com carinho a sua
Padroeira, uma das diversas Virgens Negras que povoam o folclore das devoções
marianas na Europa Oriental.
O mais expressivo devoto da Virgem da Czestochowa foi sem
dúvida o Polonês Karol Wojtyla, eleito Papa como João Paulo II. Nos últimos
tempos mais de 4 milhões de peregrinos visitam anualmente o santuário, e centenas
vão a pé. No seu brasão papal, São João Paulo II, colocou uma
grande cruz, a letra M e as palavras: TOTUS TUUS, que significa: Todo Teu
– Todo de Maria.
Cumpre ressaltar ainda a data de 1982, quando se comemorou os 600 anos do
reinado maternal da Virgem de Czestochowa, e o papa João Paulo II alimentava o
grande desejo de ir agradecer pessoalmente a Maria a proteção Materna à sua
Pátria, mas o governo comunista não o permitiu, transferindo a peregrinação
para 1983. E graças a bondosa proteção da Virgem, a polônia ficou livre do jugo
comunista.
Oração:
“Ó Maria, querida Nossa Senhora de Częstochowa, olhai
graciosamente para seus filhos neste mundo conturbado e pecador. Abrace todos
nós com seu amor e proteção maternal. Proteja nossos jovens dos caminhos
ímpios; ajude aos nossos queridos idosos, os enfermos, e aqueles que se
preparam para sua páscoa eterna. Seja o escudo das crianças indefesas e a nossa
força contra todo o pecado. Poupe seus filhos de todo o ódio, da discriminação
e da Guerra. Encha nossos corações, nossos lares e nosso mundo com a paz e o
amor que vem de Seu filho, a quem tão ternamente segura nos braços. Ó Rainha e
Mãe, padroeira da Polônia e de São João Paulo II, seja nosso conforto e força!
Em nome de Jesus, nós rezamos. Amém.”
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