Visitas desde JUNHO/2009

online
online

07 agosto, 2016

06-agosto - Transfiguração do Senhor

A Transfiguração confirma a fé dos Apóstolos, manifestada por Pedro em Cesareia de Filipe, e ajuda-os a ultrapassar a sua oposição à perspectiva da paixão anunciada por Jesus. Quem quiser Seu discípulo, terá de participar nos seus sofrimentos . A Transfiguração é um primeiro resplendor da glória divina do Filho, chamado a ser Servo sofredor para salvação dos homens. Na oração, Jesus transfigura-se e deixa entrever a sua identidade sobrenatural. Moisés e Elias são protagonistas de um êxodo muito diferente nas circunstâncias, mas idêntico na motivação: a fidelidade absoluta a Deus. A luz da Transfiguração clarifica interiormente o seu caminho terreno. Quando a visão parece estar  terminando, Pedro como que tenta parar o tempo. É, então, envolvido com os companheiros pela nuvem. É a nuvem da presença de Deus, do mistério que se revela permanecendo desconhecido. Mas Pedro, Tiago e João recebem dele a luz mais resplandecente: a voz divina proclama a identidade Jesus, Filho e Servo sofredor.
 Reflexão: 
 Jesus manda os seus discípulos rezar. Hoje, toma à parte os seus prediletos, Pedro, Tiago e João, para os fazer rezar mais longa e intimamente. Estes três representam particularmente os pontífices, os religiosos, as almas chamadas à perfeição. Para rezar Jesus gosta da solidão, a montanha onde reina a paz, a calma, onde pode ver-se a grandeza da obra divina sob o céu estrelado durante as belas noites do Oriente. A transfiguração é uma visão do céu. É uma graça extraordinária para os três apóstolos. Não nos devemos agarrar às graças extraordinárias que são por vezes o fruto da contemplação. Pedro agarra-se a isso. Engana-se. Queria ficar lá: «Façamos três tendas», diz. Não sabia o que dizia. A visão desaparece numa nuvem. Há aqui uma lição para nós. Entreguemo-nos à oração habitual, à contemplação. Não desejemos as graças extraordinárias. Se vierem, não nos agarremos a elas. Os frutos desta festa são, em primeiro lugar, o crescimento da fé. Os apóstolos testemunham-nos que viram a glória do Salvador. «Não são fábulas que vos contamos, diz S. Pedro , fomos testemunhas do poder e da glória do Redentor. Ouvimos a voz do céu sobre a montanha gritando-nos no meio dos esplendores da transfiguração: É o meu Filho bem-amado, escutai-o». S. Paulo encoraja a nossa esperança recordando a lembrança da glória do salvador manifestada na transfiguração e na ascensão: «Veremos a glória face a face, diz, e seremos transfigurados à sua semelhança». – Esperamos o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo terrestre e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso» . Mas este mistério é sobretudo próprio para aumentar o nosso amor por Jesus. Nosso Senhor manifestou-nos naquele dia toda a sua beleza. O seu rosto era resplandecente como o sol. Os apóstolos, testemunhas da transfiguração, estavam totalmente inebriados de amor e de alegria. «Que bom é estar aqui», dizia S. Pedro. «Façamos aqui a nossa tenda». Nosso Senhor falava então da sua Paixão com Moisés e Elias: nova lição de amor por nós. O Coração de Jesus, mesmo na sua glória, não pensa senão em nós e nos sacrifícios que quer fazer por nós. Lições também de penitência, de reparação, de compaixão pelo Salvador. Porque teve de sofrer tanto para nos resgatar, choremos os nossos pecados, amemos o nosso Redentor, consolemo-lo.
Este é o meu Filho muito amado: Escutai-o. – A voz do Pai celeste diz-nos: “Escutai-o”, palavra cheia de sentido, como todas as palavras divinas. Deus dá-nos o seu divino Filho por guia, por chefe, por mestre. Escutai-o, fala-nos nas leis santas do Evangelho e nos conselhos de perfeição. Fala-vos nas vossas santas regras, se sois religiosos; no vosso regulamento de vida, se sois do mundo. Fala-vos pelos vossos superiores, pelo vosso diretor. Têm a missão para vos dizer a vontade divina. Fala-vos pela sua graça, na oração, na união habitual com ele. A palavra de Deus nunca vos falta, é a vossa docilidade que falta habitualmente. Esta palavra divina - «Escutai-o» - espera de vós uma resposta. Não basta apenas uma promessa vaga: «hei-de escutar». É preciso uma disposição habitual: «escuto, escuto sempre; falai, Senhor, o vosso servo escuta». Escutarei no começo de cada ação, para saber o que devo fazer e como devo fazê-lo.  
Oração: 

Sim, Senhor, quero doravante escutar-vos. Falai, Senhor, que o vosso servo escuta. Senhor, que quereis que eu faça? A vossa vontade será a minha lei, como a vontade do vosso Pai era a lei do vosso coração. Para cada uma das minhas ações, farei o que vós quiserdes. Consultar-vos-ei antes de agir. Falai, Senhor. 
Fonte:
www.dehonianos.org.

Nenhum comentário:

Postar um comentário