21-agosto-2016 - Solenidade da Assunção da Virgem Santa
Maria
Bendita és tu, Maria! Hoje, Jesus ressuscitado acolhe a
sua mãe na glória do céu… Hoje, Jesus vivo, glorificado à direita do Pai, põe
sobre a cabeça da sua mãe a coroa de doze estrelas…
Primeira leitura: Maria, imagem da Igreja. Como
Maria, a Igreja gera na dor um mudo novo. E como Maria, participa na vitória de
Cristo sobre o Mal.
Salmo: Bendita és tu, Virgem Maria! A esposa do rei
é Maria. Ela tem os favores de Deus e está associada para sempre à glória do
seu Filho.
Segunda leitura: Maria, nova Eva. Novo Adão, Jesus
faz da Virgem Maria uma nova Eva, sinal de esperança para todos os homens.
Evangelho: Maria, Mãe dos crentes. Cheia do Espírito
Santo, Maria, a primeira, encontra as palavras da fé e da esperança: doravante
todas as gerações a chamarão bem-aventurada!
Reflexão:
A Assunção é uma forma privilegiada de
Ressurreição. Tem a sua origem na Páscoa de Jesus e manifesta a emergência de
uma nova humanidade, em que Cristo é a cabeça, como novo Adão. Na passagem
escolhida para a festa da Assunção, o apóstolo apresenta uma espécie de
genealogia da ressurreição e uma ordem de prioridade na participação neste
grande mistério. O primeiro é Jesus, que é o princípio de uma nova humanidade.
Eis porque o apóstolo o designa como um novo Adão, mas que se distingue
absolutamente do primeiro Adão; este tinha levado a humanidade à morte, ao
passo que o novo Adão conduz aqueles que o seguem para a vida. O apóstolo não
evoca Maria, mas se proclamamos esta leitura na Assunção, é porque reconhecemos
o lugar eminente da Mãe de Deus no grande movimento da ressurreição.
O cântico de Maria descreve o programa que Deus
tinha começado a realizar desde o começo, que ele prosseguiu em Maria e que
cumpre agora na Igreja, para todos os tempos.
Pela Visitação que teve lugar na Judeia, Maria levava
Jesus pelos caminhos da terra. Pela Dormição e pela Assunção, é Jesus que leva
a sua mãe pelos caminhos celestes, para o templo eterno, para uma Visitação
definitiva. Nesta festa, com Maria, proclamamos a obra grandiosa de Deus, que
chama a humanidade a se juntar a ele pelo caminho da ressurreição.
Em Maria, Ele já realizou a sua obra na totalidade; com
ela, nós proclamamos: “dispersou os soberbos, exaltou os humildes”. Os humildes
são aqueles que crêem no cumprimento das palavras de Deus e se põem a caminho,
aqueles que acolhem até ao mais íntimo do seu ser a Vida nova, Cristo, para o
levar ao nosso mundo. Deus debruça-se sobre eles e cumpre neles maravilhas.
Rezar por
Maria.
Frequentemente, ouvimos a expressão: “rezar à Virgem
Maria”… Esta maneira de falar não é absolutamente exacta, porque a oração
cristã dirige-se a Deus, ao Pai, ao Filho e ao Espírito: só Deus atende a
oração. Os nossos irmãos protestantes que, contrariamente ao que se pretende,
por vezes têm a mesma fé que os católicos e os ortodoxos na Virgem Maria Mãe de
Deus, recordam-nos que Maria é e se diz ela própria a Serva do Senhor.
Rezar por Maria é pedir que ela reze por nós: “Rogai por
nós pecadores agora e na hora da nossa morte!” A sua intervenção maternal em
Caná resume bem a sua intercessão em nosso favor. Ela é nossa “advogada” e nos diz:
“Fazei tudo o que Ele vos disser!”
Rezar com
Maria.
Ela está ao nosso lado para nos levar na oração, como uma
mãe sustenta a palavra balbuciante do seu filho. Na glória de Deus, na qual nós
a honramos hoje, ela prossegue a missão que Jesus lhe confiou sobre a Cruz:
“Eis o teu Filho!” Rezar com Maria, mais que nos ajoelharmos diante dela, é ajoelhar-se
ao seu lado para nos juntarmos à sua oração. Ela nos acompanha e nos guia na
nossa caminhada junto de Deus.
Rezar como
Maria.
Aprendemos junto de Maria os caminhos da oração. Na
escola daquela que “guardava e meditava no seu coração” os acontecimentos do
nascimento e da infância de Jesus, nós meditamos o Evangelho e, à luz do
Espírito Santo, avançamos nos caminhos da verdade. A nossa oração torna-se ação
de graças no eco ao Magnificat. Pomos os nossos passos nos passos de Maria para
dizer com ela na confiança: “que tudo seja feito segundo a tua Palavra,
Senhor!”
Oração
“Pai do céu, juntamos as nossas vozes à que nos vem do
céu para proclamar: Eis agora a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e o
poder do seu Cristo. Glória a Ti, Deus de vida.
Nós Te pedimos pelas tuas Igrejas, ameaçadas pelos
«dragões» da nossa época: a indiferença, as religiosidades desviadas e as
perseguições”.
“Deus Pai, nós Te damos graças pela ressurreição que
manifestaste pelo teu Filho Jesus, o novo Adão, e pela assunção na vida
gloriosa que revelas em Maria, mãe do teu Filho.Nós Te confiamos os nossos
defuntos e as famílias em luto. Releva-nos pela promessa da ressurreição.
Transformas as nossas penas em esperança”.
“Nós Te bendizemos, Deus do universo, porque pelo
teu Filho ainda pequeno e pela sua mãe, Maria, visitaste o teu povo, vieste até
nós. Felizes aqueles que acreditam no cumprimento da tua Palavra. Nós Te
pedimos pelas nossas comunidades cristãs, encarregadas, como Maria, de levar
Cristo ao mundo. Como fizeste por ela, guia-nos pelo teu Espírito Santo”.
Meditação para a Semana . . .
Um tríplice segredo… Eis uma festa para nos fazer parar
junto de Maria e receber dela um tríplice segredo: o segredo da fé sem
falha tão bem ajustada a Deus (“Eis a serva do Senhor”…); o segredo da sua esperança
confiante em Deus (“nada é impossível a Deus”…); o segredo da sua caridade
missionária (“Maria pôs-se a caminho apressadamente”…).
E nós podemos
pedir-lhe para nos acompanhar no caminho das nossas vidas…
fonte:
www.dehonianos.org
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