28 de Abril - Santa Joana (Gianna) Baretta Molla
Na família italiana dos Baretta de Milão, os treze filhos
foram reduzidos a oito pela epidemia da gripe espanhola e por duas mortes
ocorridas na primeira infância. Desses oito, saíram uma pianista, dois
engenheiros, quatro médicos e uma farmacêutica. Um dos engenheiros, José,
depois se fez sacerdote, e dois médicos fizeram-se religiosos missionários:
madre Virgínia e padre Alberto.
Gianna Baretta, para nós Joana, a penúltima dos oito, nasceu no dia 4 de
outubro de 1922 na cidade de Magenta, onde cresceu e se formou médica cirurgiã,
com especialização em pediatria, concluída 1952. Porém preferiu exercer clínica
geral, atendendo especialmente os velhos abandonados e carentes. Para ela, tudo
era dever, tudo era sagrado: "Quem toca o corpo de um paciente, toca o
corpo de Cristo", dizia. Em 1955, ela se casa com Pedro Molla. O casal
vive na tradição religiosa familiar: missa, oração e eucaristia, inserida com
harmonia na Modernidade. Joana ama esquiar na neve, pintar e a música também.
Ela freqüenta o teatro e os concertos com o marido, importante diretor
industrial, sempre muito ocupado.
Residem em Magenta mesmo, onde Joana participa ativamente também da vida local
da Associação Católica Feminina. Os retiros espirituais são momentos de forte
interiorização e ela é a verdadeira colaboradora dessas novidades felizes da
comunidade católica. Vive essa atribuição como sua missão de médica. Nascem os
filhos: Pedro Luiz , Maria Rita e Laura . No mês de setembro de 1961, no início
da quarta gravidez, é hospitalizada e então é descoberto um fibroma no útero.
Diante da gravidade, sempre mais evidente, do caso, a única perspectiva de
sobreviver é renunciar à gravidez, para não deixar órfãos os três filhos. Mas
Joana possui valores cristãos firmemente consolidados e coloca em primeiro
lugar o direito à vida. E assim decide, com o preço da sua vida, ter o bebê. Joana Emanuela nasce e sua mãe ainda a segura
nos braços antes de morrer, no dia 28 de abril de 1962. Uma morte que é uma
mensagem iluminada do amor em Cristo. Após sua morte, o marido lê as anotações
pessoais de Joana que antecediam os retiros espirituais, e descobre sua conexão
indissolúvel com o amor, o sacrifício e a fé inabalável.
Ao proclamar santa Joana Baretta Molla, em 2004, o papa João Paulo II quis
exaltar, juntamente com seu heroísmo final, a sua existência inteira, os
ensinamentos de toda uma vida no seguimento de Jesus, exemplo para os casais
modernos.
Joana Emanuela, a filha nascida do seu sacrifício, em pronunciamento nessa
ocasião, disse: "Sinto em mim a força e a coragem de viver, sinto que a
vida me sorri". Ela ainda disse que rende homenagem à mãe "dedicando
a minha vida à cura e assistência aos anciãos".
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