A liturgia deste domingo
apresenta-nos essa comunidade de Homens Novos que nasce da cruz e da
ressurreição de Jesus: a Igreja. A sua missão consiste em revelar aos homens a
vida nova que brota da ressurreição. Na primeira leitura temos, na “fotografia”
da comunidade cristã de Jerusalém, os traços da comunidade ideal: é uma
comunidade fraterna, preocupada em conhecer Jesus e a sua proposta de salvação,
que se reúne para louvar o seu Senhor na oração e na Eucaristia, que vive na
partilha, na doação e no serviço e que testemunha – com gestos concretos – a
salvação que Jesus veio propor aos homens e ao mundo. No Evangelho sobressai a
ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é
o centro da comunidade cristã; é em torno
DELE que a comunidade se estrutura e é DELE que ela recebe a vida que a
anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro
lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho)
que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo. A segunda leitura
recorda aos membros da comunidade cristã que a identificação de cada crente com
Cristo – nomeadamente com a sua entrega por amor ao Pai e aos homens – conduzirá
à ressurreição. Por isso, os crentes são convidados a percorrer a vida com
esperança (apesar das dificuldades, dos sofrimentos e da hostilidade do
“mundo”), de olhos postos nesse horizonte onde se desenha a salvação
definitiva.
REFLEXÃO:
• A comunidade cristã gira em torno de Jesus,
constrói-se à volta de Jesus e é dele que recebe vida, amor e paz. Sem Jesus,
estaríamos secos e estéreis, incapazes de encontrar a vida em plenitude; sem
Ele, seriamos um rebanho de gente assustada, incapaz de enfrentar o mundo e de
ter uma atitude construtiva e transformadora; sem Ele, estaríamos divididos, em
conflito, e não seriamos uma comunidade de irmãos…
Na nossa comunidade, Cristo é verdadeiramente
o centro?
É para Ele que tudo tende e é Dele que tudo
parte?
• A comunidade tem que ser o lugar onde fazemos
verdadeiramente a experiência do encontro com Jesus ressuscitado. É nos gestos
de amor, de partilha, de serviço, de encontro, de fraternidade, que encontramos
Jesus vivo, transformando e a renovando
o mundo.
É isso que a nossa
comunidade testemunha?
Quem procura Cristo, O encontra em nós?
• Não é em experiências pessoais, íntimas,
fechadas e egoístas que encontramos Jesus ressuscitado; mas encontramo-lo no
diálogo comunitário, na Palavra partilhada, no pão repartido, no amor que une
os irmãos em comunidade de vida.
O que é que significa, para mim, a Eucaristia?
Meditação para a semana. .
.
Domingo de ternura de Deus
que perdoa. Os nossos contemporâneos sofrem ao verem imagens de violência, ao
ouvirem palavras de ódio, ao serem testemunhas de ajuste de contas. Têm
necessidade que lhes fale de conciliação
e de reconciliação, de ternura e de perdão, de fidelidade e de confiança. Não
podemos nos contentar em rezar ao nosso Deus “misericordioso, lento na cólera,
cheio de fidelidade …” Devemos pedir-lhe para nos tornar parecidos com Ele,
porque nos criou à sua imagem e semelhança. É preciso que estejamos também
prontos a perdoar, a termos um olhar e uma escuta de bondade sobre os outros, a
refrearmos os nossos impulsos de cólera, a sermos fiéis aos nossos
compromissos, a sermos leais nas nossas palavras e nos nossos atos.
Concretamente… O Livro dos Atos apresenta-nos
este belo projeto de vida da primeira comunidade cristã: escutar o ensinamento dos Apóstolos, viver em comunhão fraterna,
partir o pão, participar nas orações, partilhar com os irmãos necessitados.
E nós? Em que ficamos
concretamente?
Este projeto continua
pleno de atualidade para nós hoje ?
fonte:
www.dehonianos.org
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