27 de Abril - Santa Zita
Zita foi empregada doméstica durante trinta anos em Luca,
na Itália. Hoje em dia, as comunidades de baixa renda sofrem grande injustiça
social, principalmente quando trabalham em serviços domésticos, como ela, mas no
século XIII as coisas eram bem piores. Zita
nasceu em 1218, no povoado de Monsagrati, próximo a Luca, e, como tantas outras
meninas, ela foi colocada para trabalhar em casa de nobres ricos. Era a única
forma de uma moça não se tornar um peso para a família, pobre e numerosa. Ela
não ganharia salário, trabalharia praticamente como uma escrava, mas teria
comida, roupa e, quem sabe, até um dote para conseguir um bom casamento, se a
família que lhe desse acolhida se afeiçoasse a ela e tivesse interesse em vê-la
casada. Zita tinha apenas doze anos
quando isso aconteceu. E a família para quem foi servir não costumava tratar
bem seus criados. Ela sofreu muito, principalmente nos primeiros tempos. Era
maltratada pelos patrões e pelos demais empregados. Porém agüentou tudo com
humildade e fé, rezando muito e praticando muita caridade. Aliás, foi o que
tornou Zita famosa entre os pobres: a caridade cristã. Tudo que ganhava dos
patrões, um pouco de dinheiro, alimentos extras e roupas, dava aos
necessitados. A conseqüência disso foi que, em pouco tempo, Zita dirigia a casa
e comandava toda a criadagem. Conquistou a simpatia e a confiança dos patrões e
a inveja de outros criados. Certa vez,
Zita foi acusada de estar dando pertences da despensa da casa para os mendigos,
por uma das criadas que invejavam sua posição junto aos donos da mansão. Talvez
não fosse verdade, mas dificilmente a moça poderia provar isso aos patrões.
Assim, quando o patriarca da casa perguntou o que levava escondido no avental,
ela respondeu: "são flores", e soltando o avental uma chuva delas
cobriu os seus pés. Esta é uma de suas tradições mais antigas citadas pelos
seus fervorosos devotos. A sua vida foi
uma obra de dedicação total aos pobres e doentes que durou até sua morte, no
dia 27 de abril de 1278. Todavia, sua interferência a favor deles não terminou
nesse dia. O seu túmulo, na basílica de São Frediano, conserva até hoje o seu
corpo, que repousa intacto, como foi constatado na sua última exumação, em
1652, e se tornou um lugar de graças e de muitos milagres comprovados e
aceitos. Acontecimentos que serviram para confirmar sua canonização em 1696,
pelo papa Inocêncio XII. Apesar da
condição social humilde e desrespeitada, a vida de santa Zita marcou de tal
forma a história da cidade que ela foi elevada à condição de sua padroeira. E
foi uma vida tão exemplar que até Dante Alighieria a cita na Divina Comédia. O
papa Pio XII proclamou-a padroeira das empregadas domésticas.
fonte:
www.paulinas.org.br
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