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18 março, 2017

19-março-2017 - 3º Domingo da Quaresma -  Jo 4,5-42

A Palavra de Deus que  nos é proposta afirma, essencialmente, que o nosso Deus está sempre presente ao longo da nossa caminhada pela história e que só Ele nos oferece um horizonte de vida eterna, de realização plena, de felicidade perfeita.  A primeira leitura mostra como Jahwéh acompanhou a caminhada dos hebreus pelo deserto do Sinai e como, nos momentos de crise, respondeu às necessidades do seu Povo. O quadro revela a pedagogia de Deus e nos dá a chave para entender a lógica de Deus, manifestada em cada passo da história da salvação.

A segunda leitura repete, noutros termos, o ensinamento da primeira: Deus acompanha o seu Povo em marcha pela história; e, apesar do pecado e da infidelidade, insiste em oferecer ao seu Povo – de forma gratuita e incondicional – a salvação.  O Evangelho também não se afasta desta temática… Garante-nos que, através de Jesus, Deus oferece ao homem a felicidade (não a felicidade ilusória, parcial e falível, mas a vida eterna). Quem acolhe o dom de Deus e aceita Jesus como “o salvador do mundo” torna-se um Homem Novo, que vive do Espírito e que caminha ao encontro da vida plena e definitiva.

Reflexão:
• A modernidade nos criou grandes expectativas. Disse-nos que tinha a resposta para todas as nossas procuras e que podia responder a todas as nossas necessidades. Garantiu-nos que a vida plena estava na liberdade absoluta, numa vida vivida sem dependência de Deus; disse-nos que a vida plena estava nos avanços tecnológicos, que iriam tornar a nossa existência cômoda, eliminar a doença e protelar a morte; afirmou que a vida plena estava na conta bancária, no reconhecimento social, no êxito profissional, nos aplausos das multidões, nos “cinco minutos” de fama que a televisão oferece… No entanto, todas as conquistas do nosso tempo não conseguem calar a nossa sede de eternidade, de plenitude, dessa “mais qualquer coisa” que nos falta para sermos, realmente, felizes. A afirmação essencial que o Evangelho de hoje faz é: só Jesus Cristo oferece a água que mata definitivamente a sede de vida e de felicidade do homem. Eu já descobri isto, ou a minha procura de realização e de vida plena se faz  noutros caminhos? O que é preciso para conseguirmos que os homens do nosso tempo aprendam a olhar para Jesus e a tomar consciência dessa proposta de vida plena que Ele oferece a todos?
• Essa “água viva” de que Jesus fala nos faz  pensar no batismo. Para cada um de nós, esse foi o começo de uma caminhada com Jesus… Nessa altura acolhemos em nós o Espírito que transforma,  que renova, que faz de nós “filhos de Deus” e que nos leva ao encontro da vida plena e definitiva. A minha vida de cristão tem sido,  verdadeiramente, coerente com essa vida nova que então recebi? O compromisso que então assumi é algo esquecido e sem significado, ou é uma realidade que marca a minha vida, os meus gestos, os meus valores e as minhas opções?
• Atentemos no pormenor do “cântaro” abandonado pela samaritana, depois de se encontrar com Jesus… O “cântaro” significa e representa tudo aquilo que nos dá acesso a essas propostas limitadas, falíveis, incompletas de felicidade. O abandono do “cântaro” significa o romper com todos os esquemas de procura de felicidade egoísta, para abraçar a verdadeira e única proposta de vida plena. Eu estou disposto a abandonar o caminho da felicidade egoísta, parcial, incompleta, e a abrir o meu coração ao Espírito que Jesus me oferece e que me exige uma vida nova?
• A samaritana, depois de encontrar o “salvador do mundo” que traz a água que mata a sede de felicidade, não se fechou em casa  saboreando a sua descoberta; mas partiu para a cidade, contando aos seus concidadãos a verdade que tinha encontrado. Eu sou,  como ela, uma testemunha viva, coerente, entusiasmada dessa vida nova que encontrei em Jesus?
O Evangelho do encontro de Jesus com a samaritana, um pouco longo, pode ser lido a diversas vozes: narrador, Jesus, samaritana, discípulos. De qualquer modo, a leitura deve ser bem preparada e proclamada, para que seja escutada como Palavra de Deus e não como uma mera encenação…
A vida é doação. “Se conhecêsseis o dom de Deus!”, diz Jesus à mulher de Samaria. Deus é alguém que oferece um presente, é o seu modo de fazer aliança conosco. Ele nos  faz viver porque é nosso Criador. Ele nos faz reviver porque é nosso Salvador. Ele nos faz  viver com Ele e com os nossos irmãos porque é o Espírito que faz a nossa comunhão. Saibamos apreciar estes presentes, saibamos provar o seu sabor. A vida, recebemo-la… que presente! É preciso que a demos… em troca! Nesta semana, procuremos aprofundar esta relação que somos convidados a viver com Deus e com os nossos irmãos. Não sejamos daqueles “mimados” que já não sabem apreciar o que recebem de presente! Não sejamos daqueles “avarentos” que já não sabem o que é oferecer!
ORAÇÃO
Nós Te bendizemos, Deus nosso Pai, porque habitas verdadeiramente no meio de nós. Tinhas tirado o povo de Israel da sua infelicidade, o fizestes  sair do Egito, pelo teu servo Moisés fizeste jorrar a água do rochedo. Nós Te pedimos: guarda-nos de toda a impaciência, confirma a nossa confiança na tua presença em nós.

Nós Te damos graças porque nos justificas quando temos fé em Ti. Nós Te bendizemos por Jesus, teu Filho, que aceitou morrer por nós, pecadores, e pelo Espírito Santo que foi derramado nos nossos corações.  Nós Te pedimos por todos os nossos irmãos e irmãs cuja esperança está ferida e que atravessam períodos de dúvida, por causa das provações que os atingem.

Bendito sejas, Senhor Jesus, Tu o Messias, o Salvador do mundo, porque nos revelas a água viva da tua presença e nos levas a adorar o Pai no Espírito e em verdade. Bendito sejas pela água do Batismo. Nós Te pedimos pelas crianças e pelos jovens que conduzimos para Ti e por todos os futuros batizados: faz com que tenham sede de Te conhecer!
Meditação para a semana . . .
Que fonte? Sede do Povo de Israel no deserto! Sede da samaritana!
E nós? Temos sede? De quem? De quê? A que poço nós  vamos  beber para matar todas as sedes que nos habitam? E se nos enganamos na fonte? “Senhor, dá me dessa água, para que eu não sinta mais sede”!
 Ao longo dos dias da semana procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo…

Aproveitar, sobretudo, a semana para viver plenamente a Palavra de Deus.
fonte:
www.dehonianos.org

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