Páscoa: a celebração da vida.
A Páscoa, comemorada todos os
anos com grande fervor pelos cristãos, é a maior festa da cristandade. Seu
significado hebraico é passagem. A data é a celebração da Ressurreição de Jesus
Cristo após a sua crucificação e representa a esperança na vida eterna.
A ideia de passagem da Páscoa
não é apenas uma referência à passagem de Cristo da morte à ressurreição.
Também faz referência a algumas celebrações pagãs e outras judaicas, como a
passagem do inverno para a primavera e a passagem de libertação dos judeus
escravizados no Egito, tudo isso antes mesmo do tempo de Jesus Cristo.
A Páscoa é comemorada no
domingo seguinte à primeira lua cheia da primavera do hemisfério norte, sempre
depois de 21 de março e antes de 24 de abril. A celebração da Páscoa vai além
da Semana Santa, ela inicia aqui e vai até fim de Pentecostes, a descida do
Espírito Santo sobre os apóstolos.
No cristianismo, a Páscoa vai
comemorar exclusivamente a Ressurreição de Cristo, por isso esta data é tão
importante e deve ser vivida fervorosamente. Em 2011, a Páscoa acontece no dia
24 de abril. A Páscoa é o ápice de uma série de eventos que começa na Quinta-feira
Santa, passa pela Sexta e Sábado Santos e termina com o Domingo de Páscoa, a
chamada Semana Santa.
Quaresma: o tempo quaresmal se
inicia na Quarta-feira de Cinzas e é celebrado 40 dias antes da Páscoa. Esse é
um período de reflexão, penitência, caridade e conversão espiritual. Os 40 dias
de Quaresma relembram os 40 dias que Jesus passou no deserto antes de voltar a
Jerusalém para sua paixão. No Brasil, o período quaresmal também é marcado
pelas reflexões propostas pelos temas sociais da Campanha da Fraternidade,
realizada pela CNBB. Campanha da Fraternidade:
realizada desde 1961 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a
Campanha da Fraternidade procura despertar a solidariedade dos fieis e da
sociedade para problemas concretos presentes na sociedade brasileira
Semana Santa: celebra a Paixão,
a Morte e a Ressurreição de Cristo. A Semana Santa começa a celebração com a
entrada de Jesus em Jerusalém no Domingo de Ramos, e termina no Domingo de
Páscoa.
Domingo de Ramos: neste dia
Jesus Cristo entra em Jerusalém e é recebido como rei, porém, as mesmas pessoas
que o ovacionaram neste dia, irão condená-lo mais tarde.
Segunda-feira Santa: é a data
em que Jesus começa sua caminhada rumo ao calvário.
Terça-feira Santa: dia em que
se celebram as Sete Dores de Maria.
Quarta-feira Santa: algumas
Igrejas celebram aqui o Dia das Trevas, para lembrar que o mundo já está em
trevas porque a morte de Cristo está próxima.
Quinta-feira Santa: é o dia da
Última Ceia de Jesus Cristo com seus Apóstolos. A Quinta-feira Santa é o fim da
Quaresma e o início do Tríduo Pascal (o conjunto de três dias da Semana Santa,
Quinta, Sexta e Sábado Santos). Durante a Última Ceia, Cristo fez o que mandava
a tradição judaica, cear um cordeiro puro, e com seu sangue marcar a porta de
sua casa em sinal de purificação, conforme relato do Livro Êxodo da Bíblia. Na
Quinta-feira Santa acontecem ainda as Missas dos Santos Óleos ou Missa do
Crisma. Nesta Santa Missa são benzidos os óleos do crisma, dos enfermos e do
batismo. Também os sacerdotes renovam seus votos diante do Bispo. A
Quinta-feira Santa é marcada também pela Missa de Lava-pés, quando Jesus
humildemente lavou os pés dos seus 12 discípulos. É no momento do lava-pés que
Judas Escariote sai para entregar Jesus em troca de 30 moedas de prata. Neste
dia inicia-se a Vigília ao Santíssimo, os altares ficam desnudos, sem flores,
sem velas, sem enfeites, simbolizando que Cristo já está preso e consciente do
que vai acontecer com ele em seguida.
Sexta-feira Santa: também
chamada de Sexta-feira da Paixão. É o dia em que Cristo é crucificado e
acontece a Adoração da Cruz. Neste dia muitos fiéis ainda praticam o jejum ou
abstinência da carne em sinal de penitência e respeito pela morte de Cristo e
as Igrejas têm seus altares sem mantel, sem cruz, sem velas, sem adornos. Os
celebrantes usam vermelho, a cor dos mártires. No Brasil, na cidade
pernambucana de Nova Jerusalém, todos os anos, é feita a encenação da Paixão de
Cristo. São milhares de fiéis todos os anos, vindos de diversos locais do país,
que chegam apenas para se emocionar com a mais famosa das histórias da
humanidade.
Sábado Santo ou Sábado de
Aleluia: Neste dia, como no dia anterior, não se celebra a Eucaristia. A única
celebração é a da Liturgia das Horas (uma oração pública e comunitária com o
objetivo de recordar e despertar a reflexão do que é a obra de Deus). O único
Sacramento permitido para este dia é o da Confissão. No Sábado Santo começa a
Vigília Pascal, quando o dia se põe, a Vigília Pascal começa e termina com o amanhecer
da Páscoa. Aqui acontece a primeira entoação do Glória. Durante a Vigília, o
celebrante abençoa o fogo, símbolo do esplendor do Cristo ressuscitado que
começa a dissipar as trevas do pecado e da morte. É no Sábado Santo que
acontece a Malhação do Judas.
Domingo de Páscoa: é o dia do
grande milagre, quando Cristo volta à vida através da Ressurreição, que celebra
a vida, o amor e a misericórdia de Deus. Após falecer na cruz, o corpo de
Cristo é colocado em um sepulcro, onde permaneceu por três dias, até o Domingo
de Páscoa, quando ele ressuscita. Por isso é o dia santo mais importante do
cristianismo.
Bênção dos Alimentos: como a
Páscoa já era celebrada antes da vinda de Cristo pela tradição judaica para
agradecer as colheitas, a bênção dos alimentos durante a Páscoa se tornou uma
tradição que é mantida até hoje.
Símbolos da Páscoa
- Ovo: o ovo é o símbolo da fertilidade e nova vida desde a
antiguidade, é ele quem simboliza o nascimento, portanto, quando você dá de
presente ovos a uma pessoa querida, está na verdade, desejando que a vida se
renove para ela e para você. Naquela época e hoje ainda, os ovos que eram dados
de presentes eram enfeitados e coloridos, e não ovos de chocolate.
- Coelho: o coelho é um animal que se reproduz várias
vezes durante o ano, por isso a Igreja o escolheu para simbolizar a capacidade
da instituição produzir novos discípulos do filho de Deus.
- Pão e vinho: o pão e o vinho foram escolhidos por Cristo
para representar seu corpo e seu sangue quando ele os ofertou aos seus discípulos
na Última Ceia em celebração da vida eterna.
- Cruz: a cruz é um dos símbolos mais importantes na Igreja católica, não
apenas na época da Páscoa, afinal, a cruz é o símbolo da fé católica, que
lembra o sofrimento e ressurreição de Cristo. E desde o ano 325, ela é
considerada o símbolo oficial do cristianismo.
- Círio pascal: o círio é uma grande vela que
é acesa no Sábado Santo, no início da vigília pascal. Quando a vela é acesa,
sua chama passa a representar o fogo que destrói as trevas, e a luz que é
Cristo afugentando a morte e o pecado. Nesta mesma vela são inscritos os
algarismos do ano em questão e crava-se nela cinco grãos de incenso que lembram
as cinco chagas de Jesus, além das letras alfa e ômega (primeira e última
letras do alfabeto grego, que significam princípio e fim, ou seja, Deus é o
princípio e o fim de tudo). A Vela ou Círio Pascal acesa neste dia será usada
em todo o Tempo Pascal, ficando sempre na Igreja para ser utilizada em
Batismos, Crismas e Funerais.
- Pêssankas: pêssankas são ovos
coloridos à mão tradicionais nos povos eslavos, especialmente entre os
ucranianos. Simboliza a vida, saúde e prosperidade. A tradição vem de milhares
de anos, quando as pêssankas eram preparadas para presentear as divindades no
início da primavera. Com a chegada do Cristianismo, elas passaram a simbolizar
a Páscoa e Ressurreição de Jesus. Devido ao grande número de imigrantes
ucranianos no Brasil, especialmente no Paraná, as pessânkas também se tornaram
tradicionais por aqui.
- Colomba Pascal: a colomba pascal é o bolo em
formato de ave tradicional na Páscoa, preparado com cascas de laranja
cristalizadas, amêndoas ou gotas de chocolate. Diz a lenda que no vilarejo de
Pavia, no norte da Itália, houve uma invasão do exército de Albuino, rei dos
Lombardos. Um padeiro local resolveu preparar um presente para o invasor e
criou o bolo com formato da pomba da paz. O invasor ficou encantado com o
presente e decidiu poupar o vilarejo do ataque.
Sábado Santo
Sábado Santo
Significado
do Sábado da Vigília
Na tradição católica,
é costume os altares serem descomposto, pois, tal como na Sexta-Feira Santa,
não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações são as que fazem parte
da Liturgia das Horas. Além
da eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, exceto o da
confissão. São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa. A distribuição
a comunhão eucarística só é permitida sob a forma de viático, isto é, em caso
de morte. No
Sábado Santo, com a chegada da noite, entramos no coração das celebrações da
Semana Santa! É a hora da Grande Vigília, a Vigília Pascal, que Santo Agostinho
chamava a Mãe de todas as Vigílias!
Somos
uma Igreja Pascal, por isso umas das maiores celebrações da nossa Igreja
Católica é a Festa da Páscoa.
A
Liturgia da Vigília Pascal, riquíssima, divide-se em quatro partes:
1
- A Liturgia da Luz: durante a qual se acende o Círio Pascal e a Benção do
Fogo, que simbolizam o Cristo morto e ressuscitado;
2
- Liturgia da Palavra: com cinco leituras de trechos do Antigo Testamento,
intercalados de salmos e orações, através dos quais a Igreja medita sobre os atos
poderosos de Deus na história da salvação da humanidade;
3
- Liturgia Batismal: recorda-se que, desde os primeiros séculos da Igreja,
o Batismo esteve sempre intimamente ligado à Páscoa. Os catecúmenos recebem
sacramentalmente as graças da Morte e da Ressurreição de Cristo, quando
toda a Igreja celebra o memorial desses atos redentores. E é naturalmente a melhor
das ocasiões para toda a congregação cristã renovar os seus próprios votos batismais;
4
- Liturgia Eucarística: somos sacramentalmente reunidos a Cristo vivo e
ressuscitado, fazendo nossa a Páscoa do Senhor. É o climax natural da Liturgia
Pascal.
fonte:
www.santoprotetor.com.br
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