De que
trata a Assembléia Geral?
De assuntos pastorais de ordem espiritual e
de ordem temporal e dos problemas emergentes da vida das pessoas e da
sociedade, na perspectiva da evangelização. (Estatuto Canônico da CNBB, artigo
29).
Quem
participa?
O artigo 33 do Estatuto Canônico da CNBB diz
que “todos os membros da CNBB são convocados para a Assembléia Geral”. Também
podem ser convidados os bispos eméritos e bispos não-membros da CNBB, “de
qualquer rito, em comunhão com a Santa Sé e tendo domicílio canônico no País”
(artigo 106).
Assembléia
Eletiva (Este ano de 2015 a Assembleia será eletiva)
A presidência da CNBB permanece no cargo
apenas por dois mandatos consecutivos. A cada quatro anos a Assembléia Geral da
CNBB elege nova presidência. Em votações separadas são eleitos o presidente, o
vice-presidente e o secretário-geral da Conferência. (Estatuto Canônico da
CNBB, artigo 43). Também são eleitos os presidentes das Comissões Episcopais de
Pastorais.
Segundo o artigo 143 do Estatuto Canônico da
CNBB, “as eleições quadrienais devem ser precedidas na Assembléia eletiva: a)
pelo relatório da Presidência sobre a vida, as atividades pastorais e a
administração patrimonial da CNBB, durante o quadriênio cessante; b) pela
avaliação da Assembléia sobre o desempenho da CNBB e de seus responsáveis, no
mesmo período; c) pela discussão e votação das diretrizes gerais para a
Pastoral Orgânica do quadriênio que se inicia”. O Artigo 148 do Estatuto afirma
ainda que as “eleições serão realizadas em clima de intensa comunhão eclesial,
contribuindo para isso o dia de espiritualidade”. A posse da nova presidência e
dos novos presidentes das Comissões Episcopais Pastorais acontece antes do
término da Assembléia. (Estatuto da CNBB, Art. 154).
53ª Assembléia Geral dos Bispos
Durante a 53ª Assembleia Geral (AG) da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acontecerá de 15 a 24 de
abril, em Aparecida (SP), os bispos atualizarão as Diretrizes Gerais da Ação
Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). As orientações pastorais aprovadas
em 2011 serão apenas revisadas a partir da Exortação ApostólicaEvangelii
Gaudium e do pronunciamento do papa Francisco aos bispos ocorrido no Rio
de Janeiro (RJ), em julho de 2013.
“As diretrizes gerais continuarão a
inspirar o trabalho da Igreja nos próximos quatro anos, levando em consideração
a atuação do papa Francisco”, explica o arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente
da CNBB, dom José Belisário da Silva.
O arcebispo afirma que as DGAE 2011-2015
foram bem acolhidas pelas comunidades do Brasil. “As pessoas realmente
receberam com o coração muito aberto, e aquelas cinco urgências pegaram muito
bem. Tanto assim que foi aprovado que essas diretrizes continuarão por mais
quatro anos, porém com algumas revisões, inspiradas nos pronunciamentos do
santo padre Francisco”, conta.
As Diretrizes Gerais estão ligadas à natureza
da CNBB, definida em Estatuto Canônico ratificado pela Congregação para os
Bispos do Vaticano. Cabe à Conferência colaborar com os bispos na dinamização
da missão evangelizadora, “para melhor promover a vida eclesial, responder mais
eficazmente aos desafios contemporâneos, por formas de apostolado adequadas às
circunstâncias, e realizar evangelicamente seu serviço de amor, na edificação
de uma sociedade justa, fraterna e solidária, a caminho do Reino definitivo”,
diz o texto.
As atuais DGAE contêm cinco urgências para a
ação evangelizadora: Igreja em estado permanente de missão; Igreja: casa da
iniciação à vida cristã; Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da
pastoral; Igreja: comunidade de comunidades; e Igreja a serviço da vida plena
para todos.
Assembleia Geral
O encontro anual do episcopado brasileiro
reúne mais de 450 bispos, entre cardeais, arcebispos, bispos auxiliares e
eméritos, além dos que fazem parte das igrejas de Rito Oriental. No total,
serão 274 circunscrições eclesiásticas representadas.
O bispo auxiliar de Brasília (DF) e
secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, avalia a assembleia
geral como momento de comunhão, de encontro, de alegria e de celebração da
Igreja no Brasil. “A assembleia é um momento extraordinário para nós bispos. Essa
troca de ideias, essa troca de afeto colegial. Imagina todos nós podermos
celebrar juntos a Eucaristia? Todas as Igrejas particulares ali presentes na
figura do bispo. Isso é extraordinário!”, sugere.
Neste ano, além da atualização das DGAE, os
bispos terão a missão de eleger a nova Presidência da entidade, composta pelo
presidente, vice e secretário geral; os presidentes das doze comissões
episcopais pastorais; além de delegados da CNBB para o Conselho Episcopal
Latino Americano (Celam) e para a XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos
Bispos, marcada para outubro deste ano, no Vaticano.
Tema prioritário
Na grade de atividades da 53ª AG, está
previsto o debate sobre o novo texto que trata dos cristãos leigos e leigas,
preparado após recebimento de sugestões e emendas pela comissão responsável.
Aprovado em 2014, o texto de Estudos 107, Cristãos leigos e leigas na
Igreja e na sociedade – Sal da terra e Luz do mundo, volta à pauta da
reunião episcopal para nova avaliação.
“Esse estudo está sendo muito bem acolhido
nas nossas dioceses, especialmente pelos leigos organizados em comunidades, em
movimentos etc. Eu espero que talvez ele se torne um documento oficial da
CNBB”, afirma dom Belisário da Silva.
No contexto dos 50 anos do Concílio Ecumênico
Vaticano II, o vice-presidente da CNBB considera que a Igreja vive em um
momento de “plena consciência” de sua identidade como povo de Deus. “Acho que
vivemos numa fase em que toma-se plena consciência que a Igreja é o povo de
Deus, e dentro do povo de Deus a maior parte é leigo, sem dúvida nenhuma. A
hierarquia, os ministérios ordenados estão a serviço, são ministérios, então, a
Igreja é fundamentalmente esse povo de Deus, e dentro desse povo de Deus, o
povo que caminha no mundo que são os leigos e leigas”, explica.
fonte:
www.cnbb.org.br
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