Natal de Jesus
A liturgia desta noite
fala-nos de um Deus que ama os homens; por isso, não os deixa perdidos e
abandonados percorrendo caminhos de
sofrimento e de morte, mas envia “um menino” para lhes apresentar uma proposta
de vida e de liberdade. Esse menino será “a luz” para o povo que andava nas
trevas.
A primeira leitura anuncia a chegada de “um menino”, da descendência de David,
dom de Deus ao seu Povo; esse “menino” eliminará a guerra, o ódio, o sofrimento
e inaugurará uma era de alegria, de felicidade e de paz sem fim.
O Evangelho apresenta a realização da promessa profética: Jesus, o “menino de
Belém”, é o Deus que vem ao encontro dos homens para lhes oferecer – sobretudo
aos pobres e marginalizados – a salvação. A proposta que Ele traz não será uma
proposta que Deus quer impor pela força; mas será uma proposta que Deus oferece
aos homens com ternura e amor.
A segunda leitura nos lembra as razões pelas quais devemos viver uma vida
cristã autêntica e comprometida: porque Deus nos ama verdadeiramente; porque
este mundo não é a nossa morada permanente e os valores deste mundo são
passageiros; porque, comprometidos e identificados com Cristo, devemos realizar
as obras dele
Reflexão:
• O menino de Belém nos leva
a contemplar o incrível amor de um Deus que Se preocupa até ao extremo com a
vida e a felicidade dos homens e que envia o próprio Filho ao mundo para
apresentar aos homens um projeto de salvação/libertação. Nesse menino de Belém,
Deus grita a radicalidade do seu amor por nós.
• O presépio nos apresenta a lógica de Deus que não é, tantas vezes, igual à
lógica dos homens: a salvação de Deus não se manifesta nos encontros
internacionais onde os donos do mundo decidem o destino dos homens, nem nos
gabinetes ministeriais, nem nos conselhos de administração das multinacionais,
nem nos salões onde se concentram as estrelas do cinema/televisão, mas numa
gruta de pastores onde brilha a fragilidade, a dependência, a ternura, a
simplicidade de um bebê recém-nascido.
Qual é a lógica com que abordamos o mundo: a
lógica de Deus, ou a lógica dos homens?
• A presença libertadora de Jesus neste mundo é uma “boa notícia” que devia
encher de felicidade os pobres, os fracos, os marginalizados e dizer-lhes que
Deus os ama, que quer caminhar com eles e que quer oferecer-lhes a salvação. É
essa proposta que nós, os seguidores de Jesus, passamos ao mundo? Nós, Igreja,
não estaríamos muito ocupados discutindo
questões periféricas, esquecendo o essencial – o anúncio libertador aos pobres?
• Jesus – o Jesus da justiça, do amor, da fraternidade e da paz – já nasceu, de
forma efetiva, na vida de cada um de nós, nas nossas casas religiosas, nas
nossas comunidades cristãs?
fonte:
www.dehonianos.org.br
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