16 de Outubro - São Geraldo Majela
Filho da modesta e pobre família do alfaiate Majela,
Geraldo nasceu no dia 6 de abril de 1725, numa pequena cidade chamada Muro
Lucano, no sul da Itália. De constituição física muito frágil, cresceu sempre
adoentado, aprendendo o ofício com seu querido pai. Aos quatorze anos de idade ficou órfão de pai
e, com a aprovação da mãe, Benedita, quis tornar-se um frade capuchinho. Mas
foi recusado por ter pouca resistência física. Entretanto o jovem Geraldo
Majela não era de desistir das coisas facilmente. Arrimo de família, foi
trabalhar numa alfaiataria da cidade. Mais tarde, colocou-se a serviço do bispo
de Lacedônia, conhecido pelos modos rudes e severos, suportando aquele serviço
por vários anos, até a morte do bispo. A
forte vocação religiosa sempre teve de ser sufocada, porque não o aceitavam.
Com dezenove anos de idade, voltou para Muro Lucano, onde montou uma
alfaiataria. Recebia um bom dinheiro. Dava tudo de necessário para sua mãe e suas
irmãs, com o restante ajudava os pobres. Na cidade todos sabiam que Geraldo
dava o dote necessário às moças pobres que desejavam ingressar na vida
religiosa. E se preciso, conseguia a vaga de noviça. Só em 1749, quando uma missão de padres
redentoristas esteve em Muro Lucano, Geraldo conseguiu ingressar na vida
religiosa. Tanto importunou o superior, padre Cafaro, que este acabou cedendo e
o enviou para o convento de Deliceto, em Foggia. Enquanto era postulante, passou por muitas
tentações e aflições, mas resistiu e venceu todos os obstáculos. Professou os
primeiros votos, aos vinte e seis anos de idade, naquele convento. E
surpreendeu a todos com seu excelente trabalho de apostolado, simples, humilde,
obediente, de oração e penitência. Chegou a ser encarregado das obras da nova
Casa de Caposele; depois, como escultor, começou a fazer crucifixos. Possuindo
os dons da cura e do conselho, converteu inúmeras pessoas, sendo muito querido
no convento e na cidade. Mas mesmo assim
viu-se envolvido num escândalo provocado por uma jovem que ele ajudara. Foi em
1754, quando Néria Caggiano, não se adaptando à vida religiosa, voltou para
casa. Para explicar sua atitude, espalhou mentiras e calúnias. Para isso
escreveu uma carta ao superior, na época o próprio fundador, santo Afonso,
acusando Geraldo de pecados de impureza com uma outra jovem. Chamado para defender-se, Geraldo preferiu manter o silêncio. O castigo foi
ficar sem receber a santa comunhão e sem ter contato com outras pessoas de fora
do convento. Ele sofreu muito. Somente depois que a calúnia foi desmentida pela
própria Néria, em uma outra carta, é que Geraldo pôde voltar a receber a
eucaristia e a trabalhar com o afinco de sempre na defesa da fé e na
assistência aos pobres. O povo só o chamava de "pai dos pobres". Mas a fama de sua santidade, curiosamente,
vinha das jovens mães. É que as socorridas por ele durante as aflições do parto
contavam, depois, que só tinham conseguido sobreviver graças às orações que ele
rezava junto delas, tendo o filho nascido sadio. De saúde sempre frágil, Geraldo Majela morreu
no dia 16 de outubro de 1755, no Convento de Caposele, com vinte e nove anos de
idade. Após a sua morte, começaram a ser relatados milagres atribuídos à sua
intercessão, especialmente em partos difíceis.
Em 1893, ele foi
beatificado, sendo declarado o padroeiro dos partos felizes.
Em 1904, o papa Pio X canonizou-o e sua festa litúrgica
ocorre no dia de sua morte.
fonte:
www.paulinas.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário