30 de Maio - Santa Joana d'Arc

Filha de Jaques d'Arc e Isabel, camponeses muito pobres,
Joana nasceu em Domrémy, na região francesa de Lorena, em 6 de janeiro de 1412.
Cresceu no meio rural, piedosa, devota e analfabeta, assinava seu nome
utilizando uma simples, mas significativa, cruz. Significativa porque já aos
treze anos começou a viver experiências místicas. Ouvia as "vozes" do arcanjo Miguel,
das santas Catarina de Alexandria e Margarida de Antioquia, avisando que ela
teria uma importante missão pela frente e deveria preparar-se para ela. Os
pais, no início, não deram importância , depois acharam que estava louca e por
fim acreditaram, mas temeram por Joana. A
França vivia a Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra, governada por Henrique VI.
Os franceses estavam enfraquecidos com o rei deposto e os ingleses tentando
firmar seus exércitos para tomar de vez o trono. As mensagens que Joana recebia
exigiam que ela expulsasse os invasores, reconquistasse a cidade de Orleans e
reconduzisse ao trono o rei Carlos VII, para ser coroado na catedral de Reims,
novamente como legítimo rei da França. A ordem para ela não parecia impossível,
bastava cumpri-la, pois tinha certeza de que Deus estava a seu lado. O problema
maior era conseguir falar pessoalmente com o rei deposto. Conseguiu aos dezoito anos de idade. Carlos VII só concordou em seguir seus
conselhos quando percebeu que ela realmente tinha por trás de si o sinal de
Deus. Isso porque Joana falou com o rei sobre assuntos que na verdade eram
segredos militares e de Estado, que ninguém conhecia, a não ser ele. Deu-lhe,
então, a chefia de seus exércitos. Joana vestiu armadura de aço, empunhou como
única arma uma bandeira com a cruz e os nomes de Jesus e Maria nela bordados,
chamando os comandantes à luta pela pátria e por Deus. E o que aconteceu na batalha que teve aquela
figura feminina, jovem e mística, que nada entendia de táticas ou estratégias
militares, à frente dos soldados, foi inenarrável. Os franceses sitiados
reagiram e venceram os invasores ingleses, livrando o país da submissão. Carlos VII foi, então, coroado na catedral de
Reims, como era tradição na realeza francesa.
A luta pela reconquista demorara cerca de um ano e ela desejava voltar
para sua vida simples no campo. Mas o rei exigiu que ela continuasse comandando
os exércitos na reconquista de Paris. Ela obedeceu, mas foi ferida e também
traída, sendo vendida para os ingleses, que decidiram julgá-la por heresia. Num
processo religioso grotesco, completamente ilegal, foi condenada à fogueira
como "feiticeira, blasfema e herética". Tinha dezenove anos e morreu
murmurando os nomes de Jesus e Maria, em 30 de maio de 1431, diante da comoção
popular na praça do Mercado Vermelho, em Rouen. Não fossem os fatos devidamente
conhecidos e comprovados, seria difícil crer na existência dessa jovem mártir,
que sacrificou sua vida pela libertação de sua pátria e de seu povo. Vinte anos
depois, o processo foi revisto pelo papa Calisto III, que constatou a injustiça
e a reabilitou. Joana d'Arc foi canonizada em 1920 pelo papa Bento XV, sendo
proclamada padroeira da França. O dia de hoje é comemorado na França como data
nacional, em memória de santa Joana d'Arc, mártir da pátria e da fé.
fonte:
www;paulinas.org.br
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