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29 março, 2014

30/março/2014 - IV Domingo da Quaresma
As leituras deste Domingo propõem-nos o tema da “luz”. Definem a experiência cristã como “viver na luz”.  No Evangelho, Jesus apresenta-se como “a luz do mundo”; a sua missão é libertar os homens das trevas do egoísmo, do orgulho e da auto-suficiência. Aderir à proposta de Jesus é enveredar por um caminho de liberdade e de realização que conduz à vida plena. Da ação de Jesus nasce, assim, o Homem Novo – isto é, o Homem elevado às suas máximas potencialidades pela comunicação do Espírito de Jesus.  Na segunda leitura, Paulo propõe aos cristãos de Éfeso que recusem viver à margem de Deus (“trevas”) e que escolham a “luz”. Concretamente, Paulo explica que viver na “luz” é praticar as obras de Deus (a bondade, a justiça e a verdade).  A primeira leitura não se refere diretamente ao tema da “luz” (o tema central na liturgia deste domingo). No entanto, conta a escolha de David para rei de Israel e a sua unção: é um ótimo pretexto para refletirmos sobre a unção que recebemos no dia do nosso Batismo e que nos constituiu testemunhas da “luz” de Deus no mundo.
Reflexão:
• Nós, que acreditamos, não podemos  nos fechar  num pessimismo estéril, decidir que o mundo “está perdido” e que à nossa volta só há escuridão… No entanto, também não podemos esconder a cabeça na areia e dizer que tudo está bem. Há, objetivamente, situações, instituições, valores e esquemas que mantêm o homem encerrado no seu egoísmo, fechado a Deus e aos outros, incapaz de se realizar plenamente. O que é que, no nosso mundo, gera escuridão, trevas, alienação, cegueira e morte? O que é que impede o homem de ser livre e de se realizar plenamente, conforme previa o projeto de Deus?

• A catequese que João nos propõe hoje garante-nos: a realização plena do homem continua a ser a prioridade de Deus. Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio ao encontro dos homens e mostrou-lhes a luz libertadora: convidou-os a renunciar ao egoísmo e auto-suficiência que geram “trevas”, sofrimento, escravidão e a fazerem da vida um dom, por amor. Aderir a esta proposta é viver na “luz”.
Como é que eu me situo face ao desafio que, em Jesus, Deus me faz?
• O Evangelho deste domingo descreve várias formas de responder negativamente à “luz” libertadora que Jesus oferece. Há aqueles que se opõem decididamente à proposta de Jesus porque estão instalados na mentira e a “luz” de Jesus só os incomoda; há aqueles que têm medo de enfrentar as “bocas”, as críticas, que se deixam manipular pela opinião dominante, e que, por medo, preferem continuar escravos do que arriscar ser livres; há aqueles que, apesar de reconhecerem as vantagens da “luz”, deixam que o comodismo e a inércia os prendam numa vida de escravos… Eu identifico-me com algum destes grupos?

• O cego que escolhe a “luz” e que adere incondicionalmente a Jesus e à sua proposta libertadora é o modelo que nos é proposto. A Palavra de Deus convida-nos, neste tempo de Quaresma, a um processo de renovação que nos leve a deixar tudo o que nos escraviza, nos aliena, nos oprime – no fundo, tudo o que impede que brilhe em nós a “luz” de Deus e que impede a nossa plena realização. Para que a celebração da ressurreição – na manhã de Páscoa – signifique algo, é preciso realizarmos esta caminhada quaresmal e renascermos, feitos Homens Novos, que vivem na “luz” e que dão testemunho da “luz”.
 O que é que eu posso fazer para que isso aconteça?
• Receber a “luz” que Cristo oferece é, também, acender a “luz” da esperança no mundo.

O que é que eu faço para eliminar as “trevas” que geram sofrimento, injustiça, mentira e alienação?
A “luz” de Cristo que os padrinhos me passaram no dia em que fui batizado brilha em mim e ilumina o mundo?
Meditação  para a semana:

A vida é conversão! Aquele que está na verdade vem à luz, diz Jesus a Nicodemos quando o vem encontrar de noite. Esta palavra também nos é dirigida. Fazer uma caminhada de reconciliação é fazer sempre a verdade. Receber o perdão é acolher sempre a luz. Mas antes de fazer esta caminhada, é preciso decidir voltar para Deus. Deus nunca se afastou de nós, não esqueçamos isso. Eis porque, antes de nos confessarmos, devemos confessar (= afirmar com outros) que Deus é Amor. Somos nós que nos afastamos de Deus. Tomamos distância em relação a Deus cada vez em que não amamos ou amamos mal. O pecado é tudo o que é contrário ao amor por Deus e pelos irmãos. Deus nos espera. Demos-lhe a alegria de nos perdoar.
Um outro olhar…  “Deus não vê à maneira dos homens, os homens vêem a aparência, mas o Senhor olha o coração”.
Uma Palavra para reajustar os nossos critérios de julgamento: 
Que olhar temos nós sobre as pessoas? Sobre os acontecimentos?
Uma Palavra para nos alegrar também com as escolhas do nosso Pai que olha a verdade dos nossos corações!
fonte:
www.dehonianos.org.br

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