19 de Março - São José
Do esposo de
Maria sabemos somente aquilo que nos dizem os evangelistas Mateus e Lucas, mas
é o que basta para colocar esse incomparável "homem justo" na mais
alta cátedra de santidade e de nossa
devoção, logo abaixo da Mãe de Jesus. Venerado desde os primeiros séculos no
Oriente, seu culto se difundiu no Ocidente somente no século IX, mas num
crescendo não igual ao de outros santos. Em 1621, Gregório XV declarou de
preceito a festa litúrgica deste dia; Pio IX elegeu são José padroeiro da
Igreja, e os papas sucessivos o enriqueceram de outros títulos, instituindo uma
segunda comemoração no dia 1º de maio, ligada a seu modesto e nobre ofício de
artesão. O privilégio de ser pai adotivo do Messias constitui o título mais
alto concedido a um homem. O extraordinário evento da Anunciação e da divina
maternidade de Maria - da qual foi advertido pelo anjo depois da sofrida
decisão de repudiar a esposa - coloca são José sob uma luz de simpatia humana,
em razão do papel de devoto defeso da incolumidade da Virgem Mãe, mistério
prenunciado pelos profetas, mas acima da inteligência humana. Resolvido o
angustiante dilema, José não se questiona. Cumpre as prescrições da lei:
dirige-se a Belém para recenseamento, assiste Maria no parto, acolhe os
pastores e os reis Magos com útil disponibilidade, conduz a salvo Maria e o
Menino para subtraí-lo do sanguinário Herodes, depois volta à laboriosa
quietude da casinha de Nazaré, partilhando alegrias e dores comuns a todos os
pais de família que deviam ganhar o pão com o suor de sua fronte. Nós o revemos
na ansiosa procura de Jesus, que ele conduz ao templo por ter cumprido os 12
anos de idade. Enfim, o Evangelho se despede dele com uma imagem rica de
significado, que coloca mais de um tema para nossa reflexão: Jesus, o filho de
Deus, o Messias esperado, obedece a ele e a Maria, crescendo em sabedoria,
idade e graça.
fonte:
www.paulinas.org.br
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