25 Dezembro 2017 - NATAL DO SENHOR – MISSA DA MEIA-NOITE
A liturgia desta noite nos fala de um Deus que ama os
homens; por isso, não os deixa perdidos e abandonados percorrendo caminhos de sofrimento e de morte, mas envia
“um menino” para lhes apresentar uma proposta de vida e de liberdade. Esse
menino será “a luz” para o povo que andava nas trevas.
A primeira leitura anuncia a chegada de “um menino”, da descendência de David,
dom de Deus ao seu Povo; esse “menino” eliminará a guerra, o ódio, o sofrimento
e inaugurará uma era de alegria, de felicidade e de paz sem fim.
O Evangelho apresenta a realização da promessa profética: Jesus, o “menino de
Belém”, é o Deus que vem ao encontro dos homens para lhes oferecer – sobretudo
aos pobres e marginalizados – a salvação. A proposta que Ele traz não será uma
proposta que Deus quer impor pela força; mas será uma proposta que Deus oferece
ao homem com ternura e amor.
A segunda leitura nos lembra as razões pelas quais devemos viver uma vida
cristã autêntica e comprometida: porque Deus nos ama verdadeiramente; porque
este mundo não é a nossa morada permanente e os valores deste mundo são
passageiros; porque, comprometidos e identificados com Cristo, devemos realizar
as obras dele.
Reflexão:
• O menino de Belém leva-nos a contemplar o incrível amor
de um Deus que Se preocupa até ao extremo com a vida e a felicidade dos homens
e que envia o próprio Filho ao mundo para apresentar aos homens um projeto de
salvação/libertação. Nesse menino de Belém, Deus grita a radicalidade do seu amor por nós.
• O presépio nos apresenta a lógica de Deus que não é,
tantas vezes, igual à lógica dos homens: a salvação de Deus não se manifesta
nos encontros internacionais onde os donos do mundo decidem o destino dos
homens, nem nos gabinetes ministeriais, nem nos conselhos de administração das
multinacionais, nem nos salões onde se concentram as estrelas do cinema e
televisão, mas numa gruta de pastores onde brilha a fragilidade, a dependência,
a ternura, a simplicidade de um bebê recém-nascido.
Qual é a lógica com que abordamos o mundo: a lógica de
Deus, ou a lógica dos homens?
• A presença libertadora de Jesus neste mundo é uma “boa
notícia” que devia encher de felicidade os pobres, os fracos, os marginalizados
e dizer-lhes que Deus os ama, que quer caminhar com eles e que quer
oferecer-lhes a salvação. É essa proposta que nós, os seguidores de Jesus,
passamos ao mundo? Nós, Igreja, não estaremos muito ocupados discutindo questões secundárias, esquecendo o
essencial – o anúncio libertador aos pobres?
• Jesus – o Jesus da justiça, do amor, da fraternidade e
da paz – já nasceu, de forma efetiva, na vida de cada um de nós, nas nossas
casas religiosas, nas nossas comunidades cristãs?
fonte:
www.dehonianos.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário