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02 dezembro, 2017

03-dezembro-2017 -  1º Domingo do Advento
A liturgia do primeiro Domingo do Advento nos convida a equacionar a nossa caminhada pela história à luz da certeza de que “o Senhor vem”. Apresenta também aos cristãos  indicações concretas acerca da forma que devem viver esse tempo de espera.  A primeira leitura é um apelo dramático a Jahwéh, o Deus que é “pai” e “redentor”, no sentido de vir mais uma vez ao encontro de Israel para o libertar do pecado e para recriar um Povo de coração novo. O profeta não tem dúvidas: a essência de Deus é amor e misericórdia; essas “qualidades” de Deus são a garantia da sua intervenção salvadora em cada passo da caminhada histórica do Povo de Deus.  O Evangelho convida os discípulos a enfrentar a história com coragem, determinação e esperança, animados  pela certeza de que “o Senhor vem”. Ensina, ainda, que esse tempo de espera deve ser um tempo de “vigilância” – isto é, um tempo de compromisso ativo e efetivo com a construção do Reino.  A segunda leitura mostra como Deus Se faz presente na história e na vida de uma comunidade crente, através dos dons e carismas que gratuitamente derrama sobre o seu Povo. Sugere também aos crentes que se mantenham atentos e vigilantes, a fim de acolherem os dons de Deus.
Reflexão:
• Antes de mais nada o Evangelho deste domingo nos coloca diante de uma certeza fundamental: “o Senhor vem”. A nossa caminhada humana não é um avançar sem sentido ao encontro do nada, mas uma caminhada feita na alegria ao encontro do Senhor que vem. Não se trata de uma vaga esperança, mas de uma certeza baseada na palavra infalível de Jesus. O tempo de Advento nos recorda a realidade de um Senhor que vem ao encontro dos homens e que, no final da nossa caminhada por esta terra, nos oferecerá a vida definitiva, a felicidade sem fim.
• O tempo do Advento é, também, o tempo da espera do Senhor. O Evangelho deste domingo nos diz como deve ser essa espera… A palavra mágica é “vigilância”: o verdadeiro discípulo deve estar sempre “vigilante”, cumprindo com coragem e determinação a missão que Deus lhe confiou. Estar “vigilante” não significa, contudo, preocupar-se em ter sempre a “alminha” limpa para que a morte não o apanhe com pecados por perdoar; mas significa viver sempre ativo, empenhado, comprometido na construção de um mundo de vida, de amor e de paz. Significa cumprir, com coerência e sem meias palavras, os compromissos assumidos no dia do batismo e ser um sinal vivo do amor e da bondade de Deus no mundo. É dessa forma que eu tenho procurado viver?
• Concretamente, estar “vigilante” significa não viver de braços cruzados, fechado num mundo de alienação e de egoísmo, deixando que os outros  tomem as decisões e  escolhem os valores que devem governar a humanidade; significa não me demitir das minhas responsabilidades e da missão que Deus me confiou quando me chamou à existência… Estar “vigilante” é ser uma voz ativa e  questionante  no meio dos homens, levando-os a confrontarem-se com os valores do Evangelho; é lutar de forma decidida e corajosa contra a mentira, o egoísmo, a injustiça, tudo aquilo que rouba a vida e a felicidade a qualquer irmão que caminhe ao meu lado… Como me situo face a isto?
• O nosso Evangelho recomenda especialmente a “vigilância” aos “porteiros” da comunidade – isto é, a todos aqueles a quem é confiado o serviço de proteger a comunidade de invasões estranhas. Todos nós a quem foi confiado esse serviço, sentimos o imperativo de cuidar com amor dos irmãos que Deus nos confiou, ou nos demitimos das nossas responsabilidades e deixamos que o comodismo e a preguiça nos dominem? Quais são os nossos critérios, na filtragem dos valores: os nossos interesses e perspectivas pessoais, ou o Evangelho de Jesus?
A nossa vida tem um horizonte. Mesmo se olhamos por vezes o passado para recordar… mesmo se tomamos o nosso presente para o viver plenamente…, precisamos de nos voltar decididamente para o futuro para entrever os projetos que nos mobilizam. Tal é o convite que Jesus nos lança três vezes: “Vigiai!” Como Maria, José, os pastores, os Reis Magos… Se vigiamos, o nosso presente e o nosso futuro encontrar-se-ão. É isso a esperança.
Meditação para a semana…
A oportunidade de um novo começo…
Devido às nossas numerosas atividades, inclusive na Igreja, a nossa vigilância está muitas vezes ameaçada: falta-nos o tempo para parar, discernir, fazer novas escolhas em ordem a despertar a nossa adesão a Cristo.
E se o tempo do Advento nos oferecesse esta oportunidade de um novo começo?…
fonte:
www.dehonianos.org

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