18-junho-2017 - 11º Domingo do Tempo Comum - Mt 9,36-10,8
Neste domingo, a Palavra que vamos refletir nos recorda a
presença constante de Deus no mundo e a vontade que Ele tem de oferecer aos
homens, a cada passo, a sua vida e a sua salvação. No entanto, a intervenção de
Deus na história humana se concretiza através daqueles que Ele chama e envia,
para serem sinais vivos do seu amor e testemunhas da sua bondade. A primeira leitura nos apresenta o Deus da
“aliança”, que elege um Povo para com ele estabelecer laços de comunhão e de
familiaridade; a esse Povo, Jahwéh confia uma missão sacerdotal: Israel deve
ser o Povo reservado para o serviço de Jahwéh, isto é, para ser um sinal de
Deus no meio das outras nações. O
Evangelho nos traz o “discurso da missão”. Nele, Mateus apresenta uma catequese
sobre a escolha, o chamamento e o envio de “doze” discípulos (que representam a
totalidade do Povo de Deus) para anunciar o “Reino”. Esses “doze” serão os
continuadores da missão de Jesus e deverão levar a proposta de salvação e de
libertação que Deus fez aos homens em Jesus, a toda a terra. A segunda leitura sugere que a comunidade dos
discípulos é fundamentalmente uma comunidade de pessoas a quem Deus ama. A sua
missão no mundo é dar testemunho do amor de Deus pelos homens – um amor eterno,
inquebrável, gratuito e absolutamente único.
Reflexão:
• Como cenário de fundo desta catequese sobre o envio dos
discípulos está o amor e a solicitude de Deus pelo seu Povo. Não esqueçamos
isto: Deus nunca Se ausentou da história dos homens; Ele continua construindo a história da salvação e insistindo em levar o seu Povo ao encontro da
verdadeira liberdade, da verdadeira felicidade, da vida definitiva.
• Como é que Deus age hoje no mundo? A resposta que o
Evangelho deste domingo dá é: através desses discípulos que aceitaram responder
positivamente ao chamamento de Jesus e embarcaram na aventura do “Reino”. Eles
continuam hoje no mundo a obra de Jesus e anunciam – com palavras e com gestos
– esse mundo novo de felicidade sem fim que Deus quer oferecer aos homens.
• Atenção: Jesus não chama apenas um grupo de
“especialistas” para segui-lo e para dar
testemunho do “Reino”. Os “doze” representam a totalidade do Povo de Deus. É a
totalidade do Povo de Deus (os “doze”) que é enviada, a fim de continuar a obra
de Jesus no meio dos homens e anunciar-lhes o “Reino”. Tenho consciência de que
isto me diz respeito e que eu pertenço à comunidade que Jesus envia em missão?
• Qual é a missão dos discípulos de Jesus? É lutar objetivamente
contra tudo aquilo que escraviza o homem e que o impede de ser feliz. Hoje há
estruturas que geram guerra, violência, terror, morte: a missão dos discípulos
de Jesus é contestá-las e desmontá-las; hoje há “valores” (apresentados como o
“último grito” da moda, do avanço cultural ou científico) que geram escravidão,
opressão, sofrimento: a missão dos discípulos de Jesus é recusá-los e
denunciá-los; hoje há esquemas de exploração (disfarçados de sistemas econômicos
geradores de bem-estar) que geram miséria, marginalização, debilidade,
exclusão: a missão dos discípulos de Jesus é combatê-los. A proposta
libertadora de Jesus tem de estar presente (através dos discípulos) em qualquer
lado onde houver um irmão vítima da escravidão e da injustiça. É isso que eu
procuro fazer?
• As obras que eu realizo são verdadeiramente um anúncio
do mundo novo que está para chegar? Eu procuro transmitir alegria, coragem e
esperança àqueles que vivem imersos no abatimento, na frustração, no desespero?
Eu procuro ser um sinal do amor e da ternura de Deus para aqueles que vivem
sozinhos, abandonados, marginalizados?
• O nosso serviço ao “Reino” é um serviço totalmente
gratuito, ou é um serviço que serve para
promover os nossos interesses, a nossa pessoa, os nossos esquemas de realização
pessoal?
ORAÇÃO
Nós Te bendizemos, ó Pai, pela ternura que manifestaste
para com o teu povo: fizeste-o sair do Egito par o libertar, guiaste-o através
do deserto, fizeste dele o teu povo e um reino de sacerdotes. Nós Te pedimos: abre os nossos corações e os
nossos espíritos à tua palavra, torna-nos atentos à tua voz, para que guardemos
a tua Aliança.
Nós Te damos graças, porque nos deste a maior prova do
teu amor, enviando-nos o teu Filho Jesus, e Ele mesmo viveu até aceitar a
morte. Por Ele, nos reconciliaste contigo. Nós Te pedimos por todas as vítimas
das injustiças. Salva-nos pela vida de Cristo ressuscitado. Justifica-nos pelo
dom do teu Espírito.
Nós Te damos graças pela bondade de Jesus, porque Ele
cuidou das multidões humanas quando estavam fatigadas e abatidas, como ovelhas
sem pastor. Nós Te bendizemos pelos apóstolos que instituíste. Mestre da seara,
nós Te pedimos: envia operários para a tua seara. Torna-nos acolhedores do
Reino dos Céus que está bem próximo.
Meditação para a semana . . .
Uma abundante seara e tão poucos trabalhadores! O desemprego não existe no
campo missionário, são os trabalhadores que faltam! Porém, Jesus não se cansa
de chamar! Então? Estás à espera de quê? Não falta talvez consistência e
audácia à nossa fé para ousarmos arriscar este gênero de trabalho cujos
produtos não virão aumentar as nossas contas no banco? E se este convite te
disser pessoalmente respeito? Que respondes?
fonte:
www.dehonianos.org
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