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22 janeiro, 2017

22-janeiro-2017 - 3º Domingo do Tempo Comum  - Mt 4,12-23
A liturgia nos apresenta o projeto de salvação e de vida plena que Deus tem para oferecer ao mundo e aos homens: o projeto do “Reino”.  Na primeira leitura, o profeta/poeta Isaías anuncia uma luz que Deus irá fazer brilhar por cima das montanhas da Galiléia e que porá fim às trevas que submergem todos aqueles que estão prisioneiros da morte, da injustiça, do sofrimento, do desespero.  O Evangelho descreve a realização da promessa profética: Jesus é a luz que começa a brilhar na Galileia e propõe aos homens de toda a terra a Boa Nova da chegada do “Reino”. Ao apelo de Jesus, respondem os discípulos: eles serão os primeiros destinatários da proposta e as testemunhas encarregadas de levar o “Reino” a toda a terra. A segunda leitura apresenta as vicissitudes de uma comunidade de discípulos, que esqueceram Jesus e a sua proposta. Paulo, o apóstolo, exorta-os veementemente a redescobrirem os fundamentos da sua fé e dos compromissos assumidos no batismo.
Reflexão:
• Jesus é o Deus que vem ao nosso encontro para realizar os nossos sonhos de felicidade sem limites e de paz sem fim. Nele e através dele (das suas palavras, dos seus gestos), o “Reino” aproximou-se dos homens e deixou de ser um sonho, para se tornar numa realidade em construção no mundo. Contemplar o anúncio de Jesus é aprofundar-se na contemplação de uma incrível história de amor, protagonizada por um Deus que não cessa de nos oferecer oportunidades de realização e de vida plena. Sobretudo, o anúncio de Jesus toca e enche de júbilo o coração dos pobres e humilhados, daqueles cuja voz não chega ao trono dos poderosos, nem encontram lugar à mesa farta do consumismo, nem protagonizam as histórias das colunas sociais. Para eles, ouvir dizer que “o Reino chegou” significa que Deus quer oferecer-lhes essa vida plena e feliz que os grandes e poderosos insistem em negar-lhes.
• Para que o “Reino” seja possível, Jesus pede a “conversão”. Ela é, antes de mais nada, um refazer a existência, de forma a que só Deus ocupe o primeiro lugar na vida do homem. Implica, portanto, despir-se do egoísmo que impede de estar atento às necessidades dos irmãos; implica a renúncia ao comodismo, que impede o compromisso com os valores do Evangelho; implica o sair do isolamento e da auto-suficiência, para estabelecer relação e para fazer da vida uma doação e um serviço aos outros… O que é que nas estruturas da sociedade ainda impede a efetivação do “Reino”? O que é que na minha vida, nas minhas opções, nos meus comportamentos constitui um obstáculo à chegada do “Reino”?
• A história do compromisso de Pedro e André, Tiago e João com Jesus e com o “Reino” é uma história que define os traços essenciais da caminhada de qualquer discípulo… Em primeiro lugar, é preciso ter consciência de que é Jesus que chama e que propõe o Reino; em segundo lugar, é preciso ter a coragem de aceitar o chamamento e fazer do “Reino” a prioridade essencial (o que pode implicar, até, deixar para segundo plano os afetos, as seguranças, os valores humanos); em terceiro lugar, é preciso acolher a missão que Jesus confia e comprometer-se corajosamente na construção do “Reino” no mundo. É este o caminho que eu estou  percorrendo?
• A missão dos que escutaram o apelo do “Reino” passa por testemunhar a salvação que Deus tem para oferecer a todos os homens, sem exceção. Nós, discípulos de Jesus, comprometidos com a construção do “Reino”, somos testemunhas da libertação e levamos a Boa Nova da salvação aos homens de toda a terra? Aqueles que vivem condenados à marginalização (por causa do fraco poder econômico, por causa da doença, por causa da solidão, por causa do seu inexistente poder de reivindicação), já receberam, através do nosso testemunho, a Boa Nova do “Reino”?
• Em certos momentos da história, procura vender-se a ideia de que o mundo novo da justiça e da paz se constrói a golpes de poder militar, de mísseis, de armas sofisticadas, de instrumentos de morte… Atenção: a lógica do “Reino” não é uma lógica de violência, de vingança, de destruição; mas é uma lógica de amor, de doação da vida, de comunhão fraterna, de tolerância, de respeito pelos outros. A tentação da violência é uma tentação diabólica, que só gera sofrimento e escravidão: aí, o “Reino” não está.
ORAÇÃO 
Deus de luz e de glória, nós Te damos graças pela tua constante presença ao lado do teu povo. Depois da saída do Egito até hoje, Tu nos visitas sempre que estamos nas trevas. Nós Te pedimos pelos nossos irmãos que habitam a terra das trevas, e por nós mesmos, que nos envias a levar-lhes a luz.
Deus nosso Pai, nós Te bendizemos pelo Espírito de unidade que revelas às tuas Igrejas em todo o tempo e lugar, desde a época de São Paulo até aos nossos dias. Nós Te pedimos pelas comunidades e pelas famílias cristãs: que não haja divisão entre nós, que estejamos em perfeita harmonia, para tornar credível o anúncio do Evangelho e a salvação pela Cruz de Cristo.
Nosso Pai, nós Te louvamos pelo Reino dos céus, do qual manifestaste a presença no meio de nós, e pelo apelo que diriges a cada um de nós.  Nós Te pedimos pelas tuas comunidades e por todos nós: Converte os nossos corações à tua presença nas nossas vidas. Tu nos envias como pescadores de homens. Fortalece a nossa fé em Ti, que ela seja irradiadora de luz.
Meditação para a semana . . .
Irradiar a luz… Os textos bíblicos de hoje são atravessados de Luz para o nosso caminho de trevas. Quantos homens e mulheres andam à procura de sentido e procuram o seu caminho na noite… As nossas vidas de batizados estão em coerência com Aquele  a quem procuramos seguir, como cristãos que desejamos  ser ? A Luz do Ressuscitado nos  é confiada para nos juntarmos aos nossos irmãos… Somos focos que irradiam luz ou candeeiros apagados?
fonte:
www.dehonianos.org


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