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14 janeiro, 2017

15-janeiro - 2º Domingo do Tempo Comum

A liturgia deste domingo coloca a questão da vocação; e nos convida a situá-la no contexto do projeto de Deus para os homens e para o mundo. Deus tem um projeto de vida plena para oferecer aos homens; e elege pessoas para serem testemunhas desse projeto na história e no tempo.  A primeira leitura nos  apresenta uma personagem misteriosa – Servo de Jahwéh – a quem Deus elegeu desde o seio materno, para que fosse um sinal no mundo e levasse aos povos de toda a terra a Boa Nova do projeto libertador de Deus.  A segunda leitura nos apresenta um “chamado” (Paulo)  recordando aos cristãos da cidade grega de Corinto que todos eles são “chamados à santidade” – isto é, são chamados por Deus a viver realmente comprometidos com os valores do Reino. O Evangelho nos apresenta Jesus, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Ele é o Deus que veio ao nosso encontro, investido de uma missão pelo Pai; e essa missão consiste em libertar os homens do “pecado” que oprime e não deixa ter acesso à vida plena.
Reflexão:
• Em primeiro lugar, importa termos consciência de que Deus tem um projeto de salvação para o mundo e para os homens. A história humana não é, portanto, uma história de fracasso, de caminhada sem sentido para um beco sem saída; mas é uma história onde é preciso ver Deus  conduzindo o homem pela mão e  apontando-lhe, em cada curva do caminho, a realidade feliz do novo céu e da nova terra. É verdade que, em certos momentos da história, parecem erguer-se muros intransponíveis que nos impedem de contemplar com esperança os horizontes finais da caminhada humana; mas a consciência da presença salvadora e amorosa de Deus na história deve nos animar, nos dar confiança e acender nos nossos olhos e no nosso coração a certeza da vida plena e da vitória final de Deus.
• Jesus não foi mais um “homem bom”, que coloriu a história com o sonho ingênuo de um mundo melhor e desapareceu do nosso horizonte , mas Jesus é o Deus que Se fez pessoa, que assumiu a nossa humanidade, que trouxe até nós uma proposta objetiva e válida de salvação e que hoje continua presente e ativo na nossa caminhada, concretizando o plano libertador do Pai e nos oferecendo a vida plena e definitiva. Ele é, agora e sempre, a verdadeira fonte da vida e da liberdade. Onde é que eu mato a minha sede de liberdade e de vida plena: em Jesus e no projeto do Reino ou em pseudo-messias e miragens ilusórias de felicidade que só me afastam do essencial?
• O Pai investiu Jesus de uma missão: eliminar o pecado do mundo. No entanto, o “pecado” continua a escurecer o nosso horizonte diário, traduzido em guerras, vinganças, terrorismo, exploração, egoísmo, corrupção, injustiça… Jesus falhou? É o nosso testemunho que está  falhando? Deus propõe ao homem o seu projeto de salvação, mas não impõe nada e respeita absolutamente a liberdade das nossas opções. Ora, muitas vezes, os homens pretendem descobrir a felicidade em caminhos onde ela não está. De resto, é preciso termos consciência de que a nossa humanidade implica um quadro de fragilidade e de limitação e que, portanto, o pecado vai fazer sempre parte da nossa experiência histórica. A libertação plena e definitiva do “pecado” acontecerá só nesse novo céu e nova terra que nos espera para além da nossa caminhada terrena.
• Isso não significa, no entanto, pactuar com o pecado, ou assumir uma atitude passiva diante do pecado. A nossa missão – na sequência da de Jesus – consiste em lutar objetivamente contra “o pecado” instalado no coração de cada um de nós e instalado em cada degrau da nossa vida coletiva. A missão dos seguidores de Jesus consiste em anunciar a vida plena e em lutar contra tudo aquilo que impede a sua concretização na história.
ORAÇÃO
Deus, Pai do teu povo, nós Te bendizemos pelo envio de salvadores, os profetas, os juízes e os reis, mas sobretudo pelo envio do teu Filho, o teu eleito, em quem puseste toda a tua alegria, e que Se manifestou como a luz das nações.  Nós Te confiamos as vítimas das inumeráveis angústias da nossa terra, todos os infelizes que aspiram a reencontrar a luz, a liberdade e a paz.
Cristo Jesus, Tu que és o Senhor de todos e que revestiste a nossa condição humana, Tu que o Pai revelou como o Messias e encheu com a sua força, nós Te damos graças pela tua obra de salvação.  Nós Te confiamos os nossos irmãos e irmãs que procuram a luz e a verdade, como fazia outrora o centurião Cornélio. Dá-nos a coragem de ir ao seu encontro, como outrora o apóstolo Pedro.
Pai de Jesus e nosso Pai, nós Te damos graças pelo batismo de Jesus no Jordão, porque nele nos revelaste a nova humanidade, da qual Jesus é a cabeça. Faz de nós também teus filhos bem-amados e cumula-nos com o teu Espírito. Nós Te pedimos pelos novos batizados, pelos padrinhos e madrinhas, pelos pais e pelas equipas que asseguram a preparação para o batismo.
 Reflexão para a semana:
Testemunho…
 A palavra “Servidor” retorna hoje com força, em Isaías, enquanto João nos convida a contemplar o Cordeiro de Deus investido da Força do Espírito, ao qual dá testemunho.
 E nós? O nosso testemunho ficará limitado a estas palavras do Credo proclamado ao domingo? Ou nos  leva a empenharmo-nos em ações concretas no seguimento do Servidor?
fonte:
www.dehonianos.org

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