Após o domingo de Páscoa a
Igreja vive o Tempo Pascal; O Tempo Pascal é um período do Ano litúrgico que
segue 50 dias depois do Domingo de Páscoa. Cristo Ressuscitado: ponto
fundamental do Tempo Pascal; são sete semanas em que celebra a presença de
Jesus Cristo Ressuscitado entre os Apóstolos, dando-lhes as suas últimas
instruções (At1,2). Quarenta dias depois da Ressurreição Jesus teve a sua
Ascensão ao Céu, e ao final dos 49 dias enviou o Espírito Santo sobre a Igreja
reunida no Cenáculo com a Virgem Maria. É o coroamento da Páscoa. O Espírito
Santo dado à Igreja é o grande dom do Cristo glorioso.
O Tempo Pascal compreende
esses cinquenta dias (em grego = “pentecostes”), vividos e celebrados “como um
só dia”. Dizem as Normas Universais do Ano Litúrgico que: “os cinquenta dias
entre o domingo da Ressurreição até o domingo de Pentecostes devem ser
celebrados com alegria e júbilo, “como se fosse um único dia festivo”, como um
grande domingo” .
Esse é o Tempo litúrgico
mais forte de todo o ano. É a Páscoa (passagem) de Cristo da morte à vida, a
sua existência definitiva e gloriosa. É a Páscoa também da Igreja, seu Corpo.
No dia de Pentecostes a Igreja é introduzida na “vida nova” do Reino de Deus.
Daí para frente o Espírito Santo guiará e assistirá a Igreja em sua missão de
salvar o mundo, até que o Senhor volte no Último Dia, a Parusia.
A Igreja logo nos
primórdios começou a celebrar as sete semanas do Tempo Pascal, para “prolongar
a alegria da Ressurreição” até a grande festa de Pentecostes. É um tempo de
prolongada alegria espiritual. Esse tempo deve ser vivido na expectativa da
vinda do Espírito Santo; deve ser o tempo de um longo Cenáculo de oração
confiante.
Usa-se o branco nas missas
próprias desse tempo litúrgico. É muito comum usar a palavra Aleluia no fim de
antífonas. . Fala-se muito de ressurreição e de vida eterna. Fala-se muito do
Batismo.
Usa-se o Círio Pascal em todas as missas desse tempo litúrgico.
O
Círio Pascal aceso em todas as
celebrações, até o domingo de Pentecostes, simboliza o Cristo ressuscitado no
meio da Igreja. Ele deve nos lembrar que todo medo deve ser banido porque o
Senhor ressuscitado caminha conosco, mesmo no vale da morte (Sl 22). É tempo de
renovar a confiança no Senhor, colocar em suas mãos a nossa vida e o nosso
destino, como diz o salmista: “Confia os teus cuidados ao Senhor e Ele
certamente agirá” (Salmo 35,6).
O Círio Pascal
A grande vela acesa
simboliza o Senhor Ressuscitado. É o símbolo mais destacado do Tempo Pascal. A
palavra “círio” vem do latim “cereus”, de cera. O produto das abelhas. O círio
mais importante é o que é aceso na vigília Pascal como símbolo de Cristo – Luz,
e que fica sobre uma elegante coluna ou candelabro enfeitado. O Círio Pascal é
já desde os primeiros séculos um dos símbolos mais expressivos da vigília, por
isso ele traz uma inscrição em forma de cruz, acompanhada da data do ano e das
letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego, para indicar que
a Páscoa do Senhor Jesus, princípio e fim do tempo e da eternidade, nos alcança
com força sempre nova no ano concreto em que vivemos. O Círio Pascal tem em sua
cera incrustado cinco cravos de incenso simbolizando as cinco chagas santas e
gloriosas do Senhor da Cruz.
O Círio Pascal ficará
aceso em todas as celebrações durante as sete semanas do Tempo Pascal, ao lado
do ambão da Palavra, até a tarde do domingo de Pentecostes. Uma vez concluído o
tempo Pascal, convém que o Círio seja dignamente conservado no batistério. O
Círio Pascal também é usado durante os batismos e as exéquias, quer dizer no
princípio e o término da vida temporal, para simbolizar que um cristão
participa da luz de Cristo ao longo de todo seu caminho terreno, como garantia
de sua incorporação definitiva à Luz da vida eterna.
Os vários domingos do
Tempo Pascal não se chamam, por exemplo, “terceiro domingo depois da Páscoa”,
mas “III domingo de Páscoa”. As leituras da Palavra de Deus dos oito domingos
deste Tempo estão voltados para a
Ressurreição. A primeira leitura é sempre dos Atos dos Apóstolos, as ações da
Igreja primitiva, que no meio de perseguições anunciou o Senhor ressuscitado e
o seu Reino, com destemor e alegria.
Portanto, este é um tempo
de grande alegria espiritual, onde devemos viver intensamente na presença do
Cristo ressuscitado que transborda sobre nós os méritos da Redenção. É um tempo
especial de graças, onde a alma mais facilmente bebe nas fontes divinas. É o
tempo de vencer os pecados, superar os vícios, renovar a fé e assumir com
Cristo a missão de todo batizado: levar o mundo para Deus, através de Cristo. É
tempo de anunciar o Cristo ressuscitado e dizer ao mundo que somente nele há
salvação.
O Tempo Pascal é composto
pelos seguintes domingos:
Domingo de Páscoa na
Ressurreição do Senhor Oitava da Páscoa - semana que procede a Páscoa
2º Domingo da Páscoa:
Domingo da Divina Misericórdia 2ª Semana da Páscoa
3º Domingo da Páscoa 3ª Semana da Páscoa
4º Domingo da Páscoa: Dia do Bom Pastor, e Dia
mundial de orações pelas Vocações, 4ª Semana da Páscoa
5º Domingo da Páscoa 5ª Semana da Páscoa
6º Domingo da Pácoa 6ª
Semana da Páscoa
7º Domingo da Páscoa:
Ascensão do Senhor 7ª Semana da Páscoa
Festas móveis devido à
Páscoa A festa da Páscoa determina as seguintes festas: Domingo de Pentecostes:
domingo após da Ascensão do Senhor.
Festa da Santíssima
Trindade: domingo após de Pentecostes.
Festa do Sagrado Coração
de Jesus: sexta-feira após o 2º domingo de Pentecostes. Festa do Sagrado
Coração de Maria: sábado após a Festa do Sagrado Coração de Jesus. Solenidade
do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou Solenidade do
Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, ou Corpus Christ: quinta-feira após a
Festa da Santíssima Trindade.
fontes:
www.cleofas.com.br
www.catqevangelizar.blogspot.com
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